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Ficha Informativa n.

º1 de Português
- Leitura e Educação Literária:

 Texto informativo: apresenta a explicitaçaã o de uma ideia, com a intençaã o


comunicativa de explicar, expor e informar. Tambeé m pode-se designar por
texto expositivo. (texto naã o literaé rio)
 Texto narrativo: texto literaé rio. Apresenta uma sequeê ncia narrativa
(acontecimentos que apresentam uma dada sequencializaçaã o), organizada
de acordo com o esquema “situaçaã o inicial”, complicaçaã o, açaã o, resoluçaã o,
situaçaã o final”.
- Narrador:
O narrador de um texto eé a entidade (criada pelo autor) que narra a açaã o da
histoé ria. O narrador pode ser:
- participante, se participa na açaã o da histoé ria. ÉÉ identificado a
partir da utilizaçaã o das pessoas eu e nós (1.ª pessoa – singular e plural).
Éx: Numa noite fria e hué mida, [eu] fui com os meus
companheiros ateé aà gruta mais assustadora da floresta. (fui eé o verbo ir
flexionado na 1.ª pessoa do singular)
- naã o participante, se naã o participa na açaã o. ÉÉ identificado pela
utilizaçaã o das pessoas tu, ele/ela, vós e eles/elas.
Éx: Depois [eles] atravessaram o rio mais frio do mundo e
continuaram a viagem.
- Personagens:
As personagens saã o as entidades (pessoas, animais, objetos, etc) que
interveê m na açaã o. Quanto ao relevo (importaê ncia na açaã o), as personagens podem
ser:
- principais (personagens mais importantes da histoé ria).
- secundaé rias (personagens menos relevantes da narrativa,
mas que saã o necessaé rias para a progressaã o da açaã o).
- Ação:
A açaã o eé a sequeê ncia de acontecimentos narrados numa histoé ria. A açaã o eé
constituíéda por fases:
- situaçaã o inicial (apresentaçaã o do tempo e espaço da açaã o e
das personagens);
- desenvolvimento (apresentaçaã o do aspeto inesperado e que
perturba de alguma forma as personagens da histoé ria);
- conclusaã o (resoluçaã o do problema encontrado
anteriormente, o final da açaã o pode ser conhecido (ação fechada ou intriga) ou
naã o (ação aberta).
- Tempo e espaço da ação:
O tempo da açaã o eé o conjunto dos momentos em que decorre a açaã o
narrada. O espaço da açaã o eé o local (ou os locais) em que se passa a açaã o da
histoé ria. Normalmente, saã o apresentados na situaçaã o inicial (1.º paraé grafo) do
texto.
- Tema e assunto do texto:
O tema de um texto eé a ideia principal do mesmo, que pode ser resumida
numa ué nica palavra ou expressaã o curta.
Éx: amor; beleza; famíélia, ...
Para identificar um tema podem colocar-se questoã es como:
O texto fala de quê?/Qual é a ideia fundamental do texto?
O assunto do texto obteé m-se por meio de um breve resumo em que se
apresenta a informaçaã o mais relevante do texto.
Éx: O Cavaleiro decidiu passar o Natal seguinte na Terra Santa
e aventurou-se numa longa e perigosa caminhada, que lhe
proporcionou momentos de muita aprendizagem. (Cavaleiro
da Dinamarca).

 Recursos expressivos: processos linguíésticos que atribuem beleza


e/ou expressividade aà informaçaã o apresentada nos textos,
estruturando a linguagem.
- Onomatopeia (consiste na imitaçaã o de um som caracteríéstica
de um animal, objeto, entre outros) – Piu, piu, piu, ...
- Énumeraçaã o (consiste na apresentaçaã o de uma seé rie de
elementos relacionados entre si) – Dois lápis, trente borrachas,
vinte e sete livros e cem canetas.
- Anaé fora (consiste na repetiçaã o intencional de uma palavra ou
de uma expressaã o no iníécio das frases (ou dos versos) – Comi
um bolo. Comi uma laranja. Comi uma mação. Comi dois
pêssegos.
- Pleonasmo (consiste na utilizaçaã o intencional de palavras ou
expressoã es que transmitem a mesma ideia) – Vi, claramente
visto, o lume vivo ou Subi para cima.
- Personificaçaã o (consiste na atribuiçaã o de caracteríésticas
humanas a entidadas naã o humanas – objetos, animais, etc) – O cão disse. (disse –
atribuiçaã o da capacidade humana de dizer a um caã o, que naã o a possui.
- Comparaçaã o (consiste na associaçaã o de duas ou mais
entidades, atraveé s de uma palavra ou expressaã o comparativa
– como, parecer, assemelhar-se, à semelhança de, entre outras)
– O seu sorriso era brilhante como o Sol.
- Metaé fora (consiste na associaçaã o entre duas ou mais
entidades que, embora sejam diferentes, apresentam pelo
menos um aspeto em comum/semelhante, atraveé s do qual
podem ser aproximadas – naã o saã o utilizadas palavras para
comparar as entidades) – Fugi com a velocidade de uma
flecha.
- Períéfrase (consiste na substituiçaã o de uma palavra ou
expressaã o curta por uma expressaã o mais longa, com uma
intençaã o eufemíéstica (atenuar/suavizar determinado aspeto)
ou descritiva (explicitar determinado aspeto) – O Deus dos
céus e dos outros Deuses (= Zeus)
- Hipeé rbole (consiste na utilizaçaã o de palavras ou expressoã es
que exageram de forma desmedida a realidade a que se
referem) – Aquele homem era do tamanho do mundo.
- Gramática:

 Classe de palavras:
- Nome: classe de palavras aberta, que permite identificar o sujeito da frase (quem
pratica a açaã o expressa pelo verbo).
- Subclasses do nome:
- Nome proé prio: nomes de pessoas, cidades, paíéses, etc.
Éx: Hugo, Tiago, Miguel, Timor, Portugal, Rio de Janeiro, ...
- Nome comum:
- contaé vel: eé possíével contar.
Éx: Éu tenho treê s lápis. O Joaã o tem uma bola.
- naã o contaé vel: naã o eé possíével contar.
Éx: AÉ gua – Éu bebi treê s copos de água. (naã o propriamente a
aé gua).
O pacote tem um litro de leite. (naã o
propriamente o leite).
- coletivo: conjunto de elementos com caracteríésticas comuns.
Éx: A multidão eé enorme. (conjunto de pessoas)
Éxistem vaé rios cardumes no mar. (conjunto de peixes)
- Grau dos nomes:
- Grau normal: casa.
- Grau diminutivo: casinha.
- Grau aumentativo: casaraã o.

- Determinante: palavra que esfecifica o nome/que fornece informaçoã es acerca


dele. Os determinantes ocorrem junta ao nome (antes ou depois), formando com
eles grupos nominais e concordando com eles em geé nero e em nué mero.
- Subclasses do determinante:
- artigo:
- definido: o; a; os; as.
- indefinido: um; uma; uns; umas.
- possessivo: meu; minha; meus; minhas; teu; tua; teus; tuas; seu;
sua; seus; suas; nosso; nossa; nossos; nossas; vosso; vossa; vossos;
vossas.
- demonstrativo: este; esta; estes; estas; esse; essa; esses; essas;
aquele; aquela; aqueles; aquelas; + contraçoã es.
- indefinido: certo; certa; certos; certas; outro; outra; outros; outras.
- interrogativo: que; qual; quais.
- relativo: cujo; cuja; cujos; cujas.
Éx: O meu telemoé vel eé flexíével.
 Porque todas as palavras que iniciam perguntas não são
determinantes?
ÉÉ simples. Vamos atentar na frase seguinte:
- Quando e onde nasceste?
(1.º Passo) Identificaçaã o da classe das palavras da frase.
Como queremos saber a classe das palavras interrogativas Quando e onde,
primeiramente teremos de descobrir a classe das palavras restantes da frase.
e – esta palavra eé uma conjunçaã o, porque junta dois constituintes da frase.
nasceste – esta palavra eé um verbo, porque deriva da palvra nascer que eé o
mesmo verbo, mas no infinitivo (forma verbal naã o finita, na qual todos os verbos
terminam em –r).
(2.º Passo) A partir da loé gica, chegar aà conclusaã o.
Sabemos que um determinante ocorre sempre junto ao nome, logo, como
naã o existe nenhum nome na frase, as palavras interrogativas naã o saã o
determinantes, mas sim adveé rbios (porque ocorrem junto a verbos e outras
palavras que naã o sejam nomes).

- Quantificador: palavra que ocorre junto do nome e fornece informaçaã o


relacionada com o nué mero/quantidade.
- Subclasses do quantificador:
- numeral:
- cardinal – um, dois, treê s, ..., cem, mil e cem, quatro milhoã es.
- multiplicativo – o dobro, o triplo, o sextué plo, ...
- fracionaé rio – metade, a terça parte, a deé cima parte, ...
- ... (existem mais subclasse, mas que ainda naã o foram estudadas).
Éx: Éu tenho vinte e sete mil pontos.

- Pronome: palavra que substitui o nome e pode ser o nué cleo de um grupo nominal.
- Pronomes Pessoais: eu, tu, ele/ela, noé s, voé s, eles/elas, me, te, o/a, se, nos,
vos, os/as, se, me, te, lhe, nos, vos, lhes, mim, comigo, ti, contigo, si, consigo,
connosco e convosco.
- Pronomes Pessoais de Sujeito: eu; tu; ele/ela; noé s; voé s; eles/elas.
- Pronomes Pessoais de Complemento direto: me, te, o/a, se, nos,
vos, os/as, se.
- Pronomes Pessoais de Complemento indireto: me, te, lhe, nos, vos,
lhes.
- Pronomes Pessoais de Complemento oblíquo: mim, comigo, ti,
contigo, si, ele/ela, consigo, noé s, connosco, voé s, convosco, si,
eles/elas, consigo.
- Pronomes Pessoais de Complemento agente da passiva: mim, ti,
si, ele/ela, noé s, voé s, si, eles/elas.

- Pronomes Pessoais Tónicos: pronomes pessoais de sujeito,


complemento oblíquo e complemento agente da passiva.
- Pronomes Pessoais Átonos: pronomes pessoais de complemento
direto e complemento indireto.
Éx: Vou-te contar uma histoé ria. Vem comigo ao baile.
- Outras formas dos pronomes pessoais o, a, os, as:
Os pronomes pessoais apresentam ainda outras formas:
- depois de ditongo nasal (-am, -em, -aã o, -oã e), o pronome
o/a/os/as passam a –no/-na/-nos/-nas.
Éx: Éles requisitam livros.  Éles requisitam-nos
- depois de –s, –r ou –z estas consoantes desaparecem e o
pronome o/a/os/as passa a –lo/-la/-los/-las.
Éx: Éu fiz os convites.  Éu fi-los.

- Atenção: Devem consultar o Recorda da paé gina 41 do Caderno de


Atividades para estudarem as restantes regras sobre a colocaçaã o do pronome
pessoal (antes, depois ou no interior do verbo).
- Nunca te esqueças que os pronomes pessoais soé saã o colocados no
interior do verbo, na conjugaçaã o do futuro do indicativo e do condicional.
- Pratica os exercícios da Ficha 16 sobre esta matéria.

 Funçoã es Sintaé ticas:


- Sujeito: quem pratica a açaã o descrita no predicado. O sujeito pode
ser:
- simples: soé eé constituíédo por um grupo nominal
(nome/pronome) – Eu como. Eles gostam de bolo.
- composto: eé constituíédo por dois ou mais grupos nominais
(nomes/pronomes) – O João e a Carla saã o parceiros.
- nulo: naã o existe nenhum grupo nominal – Fui embora.
- O sujeito nulo pode ser:
- subentendido: eé possíével determinar a pessoa
a partir da forma verbal – [Eu] fui embora.
- indeterminado: eé utilizado quando se fala de
uma maneira geral e naã o eé possíével determinar
a pessoa, a partir da forma verbal – Diz-se
(quem?) que ele eé famoso.
- Predicado: o grupo verbal da frase (toda a frase, a partir da forma
verbal) – Éle deu o telemóvel ao Hugo.
- Complemento direto: faz parte do predicado e responde aà s
perguntas Quem? e O quê? – Éle deu o telemóvel. – Éle deu o quê? (o telemóvel).
- Complemento indireto: faz parte do predicado e responde aà s
perguntas A quem? e Ao quê? – Éle deu-o ao Hugo. Éle deu-o a quem? (ao Hugo).
- Complemento oblíquo: faz parte do predicado, mas naã o responde
aà s perguntas Quem?, O quê?, A quem? e Ao quê? – Éu vivo no Porto.
- Modificador: pode fazer parte do grupo verbal ou do grupo
nominal da frase e pode suprimir-se da frase, deixando-a, ainda, com um sentido
gramatical. – Ontem, fomos ao Porto. – Fomos ao Porto (tem um sentido
gramatical).
- Complemento agente da passiva: estaé presente em frases na forma
passiva e eé sempre inicidado pela preposiçaã o simpes ou contraíéda por. – O livro foi
requisitado pela aluna.

As orações:
- coordenadas podem ser:
- copulativas (sindeé ticas ou assindeé ticas);
- adversativas;
- disjuntivas;
- conclusivas;
- explicativas.
- sindeé ticas (se estaé presente uma conjunçaã o coordenativa
copulativa);
- assindeé ticas (se saã o utilizadas víérgulas, em vez de conjunçoã es).
Éx: O gato eé muito mau e resmungaã o. – oraçaã o coordenada
copulativa sindeé tica (oraçaã o sublinhada).

- subordinadas podem ser:


- adverbiais:
- causais;
- temporais;
- condicionais;
- finais;
- adjetivas (podem ser substituíédas por adjetivos):
- relativas restritivas (naã o podem ser separadas por víérgulas);
- relativas explicativas (devem ser separadas por víérgulas).
Deves realizar:
- o teste formativo das páginas 160 e 161 do manual;
- o questionário dos excertos da obra Dentes de Rato e
Mestre Finezas;
- as fichas 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 16, 18, 20, 21 e 22.
- o exercício de escrita proposto a seguir.
1. Na obra Cão Como Nós, eé defendido que os caã es saã o como os humanos.
Concordas com isso? Éscreve um texto argumentativo, com um míénimo de 180 e
um maé ximo de 240 palavras, no qual deê s a tua opiniaã o acerca do tema apresentado
anteriormente. Naã o assines o teu texto.

Bom Estudo e Boa Sorte para o Teste!

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