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Sistema de Esgotamento Sanitário

Sistema
Separador

Esgoto sanitário Água Pluvial


Esgoto Esgoto Água de Contribuição
doméstico industrial infiltração Pluvial
Parasitária

COLETA COLETA

DISPOSIÇÃO DISPOSIÇÃO FINAL


TRATAMENTO
FINAL

Sistema Unitário: Coleta conjunta Definições: NBR 9648/Nov1986


Sistema Unitário

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Sistema separador

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1 – Drenagem urbana Fonte: [Ref 1,2]

• Projeto de Microdrenagem
• Inicia nas edificações, seus coletores pluviais.
• Sistema inicial de drenagem urbana: leito das ruas (guias e
sarjetas), bocas-de-lobo e galerias
• Traçados das ruas, largura, topografia

• Projeto de Macrodrenagem
• Escoamento final das águas pluviais provenientes do Sistema
Inicial de Drenagem Urbana
• Rede física: principais talvegues (fundo de vale)  sempre existe
• Constitui-se basicamente: canais naturais ou artificiais, galerias Hidráulica
de grandes dimensões, estruturas auxiliares e obras de proteção de canais
contra erosão.
• Interesse maior na área total da bacia: seu escoamento natural,
sua ocupação e cobertura, os fundos de vale, os cursos de água,
aspectos sociais (canalização de um córrego pode não ser benéfica
à população)
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Microdrenagem
1 - VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO:
Método Racional
Máxima vazão provocada por uma chuva de intensidade uniforme.
Q  ciA Ocorre quando toda a bacia passa a contribuir para a seção em estudo.
Tempo necessário para que isso ocorra: tc
Q: vazão de pico
c: coeficiente de deflúvio
i : intensidade média da precipitação sobre toda a bacia,
de duração igual ao tc
A: área da bacia

• Uso com cautela, pois envolve várias simplificações


• Quanto maior a área  mais impreciso o método
Aplicação para bacias pequenas:
A ≤ 5 km² (Linsley & Franicini)

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A - Coeficiente de deflúvio (c) ou Coeficiente de escoamento superficial

CHUVA
Posteriormente
evapora Interceptada por
obstáculos
Atinge o solo

Retida em depressões Infiltra Escoa pela Vol.esc.


do terreno c
superfície Vol. prec

As perdas podem variar de uma Direção do deslocamento da


Distribuição da
chuva para outra  c varia chuva na bacia
tempestade em relação ao sistema
de drenagem
Duração e intensidade da
Coeficiente de Precipitação
chuva
i deflúvio antecedente
Pef Rede de drenagem
td Condição da
Uso do solo Tipo de solo umidade do solo
Tabelas:
Cálculo do coeficiente de escoamento de um determinado quarteirão:
Sucepar (Suderhsa, atual Instituto
Secretaria Técnica do Projeto Noroeste: das Águas do Paraná):
0,9 AT  0,9 ARp  0,3 ARnp  0,15 AAq 0,8 Acoberta  0,3 Adescoberta
C C
AQ Acoberta  Adescoberta

AT: Área de telhados


ARp: Área de ruas pavimentadas
ARnp: Área de ruas não pavimentadas
AAq: Área de quintais
AQ: Área do quarteirão

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B - Área contribuinte

B1) A nível de bacia e sub-bacia B.2) A nível de quarteirão


hidrográfica Sucepar (Suderhsa, atual Instituto das
Águas do Paraná):
Individualização da bacia
contribuinte: traçado em planta Dividir os quarteirões pelas bissetrizes.
topográfica.

ESCALA:
• Bacias urbanas: escala 1:5.000
(curvas de nível a cada 5m)

• Estudos mais detalhados: escala


1:2.000 (curvas de nível a cada
metro)

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Secretaria Técnica do Projeto Noroeste:

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Secretaria Técnica do Projeto Noroeste:

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Secretaria Técnica do Projeto Noroeste:

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C - Intensidade média da precipitação (i)

Neste método considera-se: valor médio no tempo e no espaço.

É relacionada com a duração da chuva crítica e o período de retorno Tr


Normalmente tempo de
concentração da bacia

Admite-se que o Tr da precipitação seja o mesmo da cheia que ela provoca.


Não é exatamente verdadeiro.

Para um pluviógrafo isolado, pode-se determinar a equação da chuva:

m i - intensidade máxima média para duração t;


K .Tr
i t0, C e n são parâmetros a determinar
(t  t0 ) n K – fator de freqüência
C.1 - Tempo de recorrência: Microdrenagem: 3 anos
Macrodrenagem: 5 anos

Barragens 1.000 a 10.000 anos


Galerias de águas pluviais 5 a 10 anos
Canais em terra 10 anos
Pontes e bueiros mais importantes, e que dificilmente permitirão 25 anos
ampliações futuras
Obras em geral em pequenas bacias urbanas 5 a 50 anos

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C.2 - Tempo de duração da chuva:
No método racional: tempo de duração da chuva = tempo de concentração da bacia

tc = ti + tp
Tempo de percurso dentro da galeria (min)
Tempo de escoamento superficial
ou de entrada (min)
Ver: TH024 - Hidrologia
Várias fórmulas empíricas,
ábacos, dentre eles: Kirpich
0, 385
ti L  3
tc  57 
H
tc: Tempo de concentração (min)
L: Extensão do talvegue principal (km)
H: Diferença de nível entre o ponto mais
afastado e o ponto considerado (m)

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D - Fatores de redução ou ampliação da vazão

D.1 – Coeficiente de retardo D.2 - Fator de correção de c


 1 • Condições antecedentes de
1 precipitação
 n
• Multiplicar o coeficiente de
100 A escoamento por Cf

A: Área da bacia (km²) (c. cf ) <1

Bacias com declividade:


(Wright-MacLaughin, 1969)
Inferior a 5/1000  n=4
Até 1/100  n=5
Maiores que 1/100  n=6

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Elementos de captação e transporte
Meio-fio

Sarjeta e Sarjetões

Boca de lobo

Tubos de ligação
Caixas de ligação
Poços de visita
Galerias
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a) Sarjetas e Sarjetões
SARJETAS SARJETÕES
Calhas formadas por faixas da Faixas nos cruzamentos de ruas
via pública e o meio-fio (guia)

• Comportamento como canais de seção triangular.


• Dimensionamento:
• Não considera sua função hidráulica.
• interesse: Capacidade hidráulica

Chuva Capacidade Fórmula de Manning


hidráulica da
𝐴 2/3 1/2
sarjeta 𝑄= 𝑅 𝐼
𝑛 𝐻

Posicionamento das n = 0,016 (concreto rústico)


bocas de lobo
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Fatores de redução de escoamento das sarjetas (DAEE/CETESB, 1980)

Declividade da sarjeta (%) Fator de redução


0,4 0,50
1-3 0,50
5,0 0,50
6,0 0,40
8,0 0,27
10 0,20

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b) Boca de Lobo [Ref.1]

A capacidade hidráulica pode 𝑄 = 1,71 × 𝐿 × 𝐻3/2 (m³/s)


ser considerada como a de um L: comprimento da abertura (m)
vertedor de parede espessa: H: altura da água nas proximidades (m)

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[Ref.1]
Boca de lobo com grelha
Leito da via

Tubo

E entrada
pela guia
26
[Ref.1]

27
[Ref.1]

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Fatores de redução de escoamento para bocas de lobo (DAEE/CETESB, 1980)
Localização na Tipo de boca de lobo % permitida sobre o valor
sarjeta teórico
De guia 80
Ponto baixo Com grelha 50
Combinada 65
De guia 80
Grelha longitudinal 80
Ponto
intermediário Grelha transversal ou longitudinal 60
com barras transversais
Combinada 110% dos valores indicados
para a grelha correspondente

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c) Galerias
Dimensionamento pode ser através de Manning.
2/3
𝜋𝐷 2 𝐷 Com a relação Q/Qp:
𝑄𝑝 = 𝐼1/2 Tabela: Condutos circulares
4𝑛 4
parcialmente cheios. Relações
baseadas na equação de
2/3
1 𝐷 Manning:
𝑉𝑝 = 𝐼1/2
𝑛 4
Y/D RH/D A/D² V/Vp Q/Qp

0,22 0,1312 0,1281 0,6506 0,10613


Qp: Vazão a seção plena 0,23 0,1364 0,1365 0,6677 0,11602
Vp: Velocidade a seção plena

Determina-se: V, A, RH e Y/D

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Regras básicas de projeto

• Escoamento nas galerias: conduto livre, em


regime permanente e uniforme
• Nas seções circulares: ≥ 300 mm
– Diâmetro mínimo: 300mm
– Dimensionamento a seção plena ou Y=0,95D
• Nas seções retangulares:
– Altura mínima: 0,50m
– Dimensionamento: Altura livre mínima=0,10H

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• Velocidade
– Mínima (recomendado 0,75m/s)
– Máxima (recomendado 5m/s)
• Declividade
– Declividade econômica = Iterreno
– Recobrimento mínimo: 1m
– Profundidade máxima: 3,5m

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Geratrizes superiores [Ref.3]
internas  alinhadas

A jusante, maior
diâmetro.

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[Ref.3]

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Bibliografia
• [Ref.1] AISSE, Miguel Mansur. Drenagem Urbana. In: Fendrich, R.; Oblade, N.L.;
Aisse, M.M. & Garcias, C.M. 1997. Drenagem e Controle da erosão urbana.
Curitiba: Champagnat. Cap.IV.
• [Ref.2] Azevedo Netto. Manual de Hidráulica. P.536-562.
• [Ref.3] Gribbin, J.E. Introdução à Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais.
Cengage Learning. Tradução da 3ª. Edição norte-americana.

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