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Aula 03

1000 Questões Comentadas de Direito Penal - Banca CESPE

Renan Araujo, Time Renan Araujo

...
DIREITO PENAL Ð 1000 QUESTÍES COMENTADAS DO CESPE
Curso de quest›es comentadas
Aula 03 Ð Prof. Renan Araujo

AULA 03
TEORIA GERAL DO DELITO (PARTE III)
SUMçRIO
1 EXERCêCIOS DA AULA ........................................................................................... 2
2 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................... 2
3 GABARITO .......................................................................................................... 41

Salve, galera!

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Na aula de hoje vamos comentar mais quest›es sobre a Teoria Geral


do Delito (fato t’pico, ilicitude e culpabilidade), fechando esta parte da
matŽria!

Bons estudos!

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Curso de quest›es comentadas
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1! EXERCêCIOS DA AULA

01.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


Aquele que, por ato volunt‡rio, porŽm n‹o espont‰neo, devolve a coisa furtada
antes do recebimento da denœncia n‹o pode beneficiar-se do arrependimento
posterior.

02.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


No que diz respeito ˆ punibilidade do crime imposs’vel, o autor de uma tentativa
inid™nea n‹o merece, segundo a teoria subjetiva, sofrer san•‹o penal, dada a
inexist•ncia de qualquer perigo de les‹o ao bem jur’dico protegido pela norma.

03.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


Admite-se a tentativa nos delitos de imprud•ncia

04.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


Em se tratando de tentativa branca de crime de homic’dio, a fixa•‹o da redu•‹o
da pena pela tentativa deve ocorrer no patamar m‡ximo, isto Ž, dois ter•os.

05.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


A desist•ncia da tentativa inacabada deve ser entendida como arrependimento
eficaz.

06.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


O uso imoderado de um meio necess‡rio configura excesso intensivo de leg’tima
defesa.

07.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue o item seguinte , relativo a fundamentos do direito penal.
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Ricardo, com o objetivo de matar Maur’cio, detonou, por mecanismo remoto, uma
bomba por ele instalada em um avi‹o comercial a bordo do qual sabia que
Maur’cio se encontrara, e, devido ˆ explos‹o, todos os passageiros a bordo da
aeronave morreram.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no
cometimento do delito contra Maur’cio e dolo direto de segundo grau no do delito
contra todos os demais passageiros do avi‹o.

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08.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)
Com rela•‹o a antijuridicidade, culpabilidade, concurso de pessoas, pena e causas
de extin•‹o da punibilidade, julgue o item a seguir.
Agir‡ em estado de necessidade o motorista imprudente que, ap—s abalroar um
ve’culo de passageiros, causando-lhes ferimentos, fugir do local sem prestar
socorro, para evitar perigo real de agress›es que possam ser perpetradas pelas
v’timas.

09.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com rela•‹o a antijuridicidade, culpabilidade, concurso de pessoas, pena e causas
de extin•‹o da punibilidade, julgue o item a seguir.
Se um menor de idade morrer devido ao fato de seus pais, por motivo de
consci•ncia religiosa, terem impedido a realiza•‹o de transfus‹o de sangue, tal
conduta dos pais estar‡ acobertada por causa supralegal de exclus‹o da
culpabilidade, consistente no fato de consci•ncia.

10.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com refer•ncia a fundamentos e no•›es gerais aplicadas ao direito penal, julgue
o pr—ximo item.
A partir da teoria tripartida do delito e das op•›es legislativas adotadas pelo
C—digo Penal, Ž correto afirmar que o dolo integra a culpabilidade e corrobora a
aplica•‹o concreta da pena.

11.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com refer•ncia a fundamentos e no•›es gerais aplicadas ao direito penal, julgue
o pr—ximo item.
Em regra, o fato t’pico n‹o ser‡ antijur’dico se for provado que o agente praticou
a conduta acobertado por uma causa de exclus‹o de antijuridicidade.

12.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Quanto ˆs penas, ˆ tipicidade, ˆ ilicitude e aos elementos e espŽcies da infra•‹o
penal, julgue os itens a seguir.
O princ’pio da insignific‰ncia, com previs‹o legal expressa na parte geral do
C—digo Penal (CP), Ž causa excludente da ilicitude do crime e exige, nos termos
da jurisprud•ncia do STF, m’nima ofensividade da conduta do agente, nenhuma
periculosidade social da a•‹o, reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento e inexpressividade da les‹o jur’dica provocada.

13.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Quanto ˆs penas, ˆ tipicidade, ˆ ilicitude e aos elementos e espŽcies da infra•‹o
penal, julgue os itens a seguir.

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Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual
decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo
resultado posterior, Ž necess‡rio que este seja previs’vel.

14.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Quanto ˆs penas, ˆ tipicidade, ˆ ilicitude e aos elementos e espŽcies da infra•‹o
penal, julgue os itens a seguir.
Na legisla•‹o p‡tria, adotou-se o critŽrio bipartido na defini•‹o das infra•›es
penais, ou seja, estas se subdividem em contraven•›es penais e crimes ou
delitos, inexistindo diferen•a conceitual entre as duas œltimas espŽcies.

15.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
De acordo com a teoria finalista de Hans Welzel, o dolo, por ser elemento
vinculado ˆ conduta, deve ser deslocado da culpabilidade para a tipicidade do
delito.

16.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
S‹o causas legalmente previstas de exclus‹o da ilicitude o estado de necessidade,
a leg’tima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exerc’cio regular do
direito.

17.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Diz-se consumado o crime quando nele se reœnem, pelo menos, parte dos
elementos de sua defini•‹o legal.

18.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


A tentativa, salvo disposi•‹o legal em contr‡rio, Ž punida com a pena
correspondente ˆ prevista para o crime na modalidade continuada, diminu’da de
um ter•o atŽ a metade.

19.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


O agente que, embora tenha iniciado a execu•‹o do crime, voluntariamente
impe•a o resultado danoso responder‡ somente pelos atos por ele j‡ praticados.

20.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Pune-se a tentativa ainda que, por inefic‡cia do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, o resultado il’cito almejado nunca possa ser alcan•ado.

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21.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Quando se trata de omiss‹o penalmente relevante, o dever de agir incumbe
somente a quem, com o seu comportamento anterior, tiver dado causa ao
resultado delituoso.

22.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Se a participa•‹o do agente delituoso no crime for de menor import‰ncia, a sua
pena pode ser reduzida de um sexto a um ter•o

23.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Somente nos casos em que o agente praticar o fato em estado de necessidade,
em leg’tima defesa (ainda que putativa) e em estrito cumprimento do dever legal
n‹o se considerar‡ existente o crime.

24.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


A inimputabilidade penal, se for devidamente comprovada, resultar‡ sempre em
redu•‹o da pena, de um a dois ter•os, independentemente do crime praticado.

25.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


A emo•‹o, a paix‹o e a embriaguez culposa podem, em circunst‰ncias especiais,
excluir a imputabilidade penal.

26.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


O ajuste, a determina•‹o e o aux’lio s‹o sempre pun’veis, independentemente
da natureza do crime planejado

27.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Se, por hip—tese, Joaquim furtar bem de AmŽrico, supondo estar praticando um
ato de vingan•a contra Em’lio, ocorrer‡ erro na execu•‹o.

28.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Supondo que Jœlio deseje agredir Camilo, mas, por erro de representa•‹o, fira
Reinaldo, seu pr—prio irm‹o, incidir‡, nessa hip—tese, em rela•‹o ao crime
praticado, a agravante de parentesco.

29.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


O erro determinado por terceiro pode configurar hip—tese de autoria mediata,
embora a autoria mediata n‹o ocorra somente nos casos em que o executor
material do delito atue sem dolo ou sem culpabilidade.

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30.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria do dom’nio do fato, n‹o h‡ nenhuma utilidade no conceito de
autoria mediata, porque o dom’nio da vontade, elemento especial dessa
modalidade de autoria, insere-se no elemento geral da figura da autoria Ñ que Ž
o pr—prio dom’nio do fato Ñ, podendo-se, por isso, concluir que autor mediato Ž
o mesmo que mandante.

31.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


No ‰mbito da dogm‡tica jur’dico-penal, n‹o se admite leg’tima defesa contra
leg’tima defesa putativa.

32.! (CESPE Ð 2013 Ð STF Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Acerca dos princ’pios gerais que norteiam o direito penal, das teorias do crime e
dos institutos da Parte Geral do C—digo Penal brasileiro, julgue os itens a seguir.
A teoria finalista adota o conceito cl‡ssico de a•‹o, entendida como mero impulso
mec‰nico, dissociado de qualquer conteœdo da vontade.

33.! (CESPE Ð 2013 Ð PG-DF Ð PROCURADOR)


Marcos, imbu’do de animus necandi, disparou tiros de rev—lver em Ricardo por
n‹o ter recebido deste pagamento referente a fornecimento de maconha. Apesar
de ferido gravemente, Ricardo sobreviveu. Marcos, para chegar ao local onde
Ricardo se encontrava, foi conduzido em motocicleta por R™mulo, que sabia da
inten•‹o homicida do amigo, embora desconhecesse o motivo, e concordava em
ajud‡-lo. Ricardo foi atingido pelas costas enquanto caminhava em via pœblica, e
Marcos e R™mulo, ao verem a v’tima tombar, fugiram, supondo t•-la matado.
Com base nessa situa•‹o hipotŽtica, julgue os pr—ximos itens.
Houve desist•ncia volunt‡ria, pois os agentes fugiram do local ao perceberem a
v’tima tombar no ch‹o, sem disparar o tiro de miseric—rdia.

34.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a teoria da imputa•‹o objetiva, a cria•‹o de um risco proibido Ž
suficiente para se atribuir ao agente o tipo incriminador, ainda que o resultado
n‹o decorra diretamente desse risco.

35.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Classifica-se como crime de m‹o pr—pria a a•‹o de exigir de outrem vantagem
indevida se o agente for funcion‡rio pœblico e, no momento da pr‡tica do ato,
estiver no exerc’cio de sua fun•‹o.

36.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)

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Aquele que, tendo obriga•‹o de evitar o resultado, n‹o o faz responder‡ pela
pr‡tica de crime omissivo pr—prio.

37.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Configura-se crime imposs’vel, que enseja a exclus‹o da ilicitude, a conduta de
tomar remŽdios para abortar, se, posteriormente, ficar comprovado que a autora
nunca esteve gr‡vida.

38.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a teoria do tipo indici‡rio, a tipicidade leva ˆ presun•‹o absoluta
de ilicitude da conduta.

39.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Adotando-se a teoria do tipo avalorado ou acrom‡tico, no caso de atropelamento
com morte, a comprova•‹o de que a v’tima se jogou na frente do ve’culo para
cometer suic’dio seria relevante para a verifica•‹o da exist•ncia do fato t’pico.

40.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria dos elementos negativos do tipo ou do tipo total de injusto, a
leg’tima defesa configura causa excludente da tipicidade.

41.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a legisla•‹o penal vigente, toda conduta de quem prev• o
resultado Ž considerada dolosa.

42.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Age no exerc’cio regular de direito o oficial de justi•a que, em cumprimento a
decis‹o proferida nos autos do procedimento de medidas protetivas de urg•ncia,
adentra no im—vel da ofendida para afastar do lar, coercitivamente, o ofensor.

43.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


A causa de exclus‹o da ilicitude decorrente da pr‡tica da conduta em estrito
cumprimento do dever legal pode estender- se ao coautor se for de seu
conhecimento a situa•‹o justificadora.

44.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Age em leg’tima defesa aquele que, para combater o fogo que repentinamente
tomou conta de seu autom—vel, invade carro de terceiro estacionado nas
proximidades e dele retira um extintor, sem autoriza•‹o do propriet‡rio.

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45.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)
As causas excludentes de ilicitude s‹o exaustivamente elencadas no C—digo
Penal.

46.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a teoria adotada pelo C—digo Penal, o estado de necessidade pode
funcionar como causa de exclus‹o da ilicitude ou da culpabilidade, conforme os
valores dos bens em conflito.

47.! (CESPE Ð 2013 Ð AGU Ð PROCURADOR FEDERAL)


Acerca de aspectos diversos do direito penal, entre eles a desist•ncia volunt‡ria,
o arrependimento e a coa•‹o f’sica ou moral, julgue os itens a seguir.
Entende-se que o arrependimento eficaz se configura quando o agente, no curso
do iter criminis, podendo continuar com os atos de execu•‹o, deixa de faz•-lo
por desistir de praticar o crime.

48.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð AGENTE)


Em rela•‹o ao direito penal, julgue os pr—ximos itens.
O crime culposo advŽm de uma conduta involunt‡ria.

49.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Verifica-se o fen™meno da compensa•‹o de culpas no caso em que um motorista
desatento atropela um pedestre que imprudente e inopinadamente atravessa via
pœblica em local inadequado, estando afastada, portanto, a culpabilidade do
motorista.

50.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O agente de crime praticado sem viol•ncia ou grave amea•a poder‡ beneficiar-
se com o instituto do arrependimento posterior, o que reduziria sua pena, desde
que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa atŽ o recebimento da
denœncia ou queixa.

51.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O crime imposs’vel Ž causa de isen•‹o de pena, o que afasta a culpabilidade do
agente, dada a inefic‡cia total do meio empregado ou a impropriedade absoluta
do objeto.

52.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O desconhecimento da lei, quando legitimamente escus‡vel, configura hip—tese
de perd‹o judicial, n‹o se aplicando por completo a pena.

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53.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O resultado t’pico dos crimes comissivos por omiss‹o pode ser atribu’do a
qualquer pessoa, e n‹o apenas aos indiv’duos que tenham a obriga•‹o jur’dica
de evitar o resultado.

54.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tratando-se de crime funcional pr—prio, se o agente n‹o for funcion‡rio pœblico,
operar‡ uma atipicidade relativa, enquadrando-se o fato em outro tipo legal.

55.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em se tratando de crime plurissubjetivo, n‹o se admite concurso eventual, j‡ que
s— pode ser praticado por dois ou mais agentes em concurso.

56.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Considera-se o sequestro um crime instant‰neo de efeito permanente, j‡ que seu
momento consumativo Ž instant‰neo, mas seus efeitos perduram no tempo.

57.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


A tentativa de crime preterdoloso Ž aceit‡vel tanto pela doutrina quanto pela
jurisprud•ncia, porquanto, apesar de o agente n‹o desejar o resultado agravador,
sua conduta inicial Ž sempre dolosa.

58.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


ƒ admiss’vel a tentativa tanto nos crimes plurissubsistentes quanto nos crimes
unissubsistentes.
59.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)
S‹o crimes de atentado aqueles em que o tipo penal incriminador n‹o prev• a
figura tentada em seu enunciado, raz‹o pela qual, no processamento desses
crimes, se faz uso da norma de extens‹o referente ˆ tentativa, disposta na parte
geral do C—digo Penal.

60.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Os crimes materiais admitem a figura da tentativa; entretanto, a tentativa Ž
incompat’vel com os delitos formais, em que se dispensa o resultado natural’stico
para a consuma•‹o do delito.

61.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, reparado o dano
ou restitu’da a coisa atŽ a audi•ncia de instru•‹o e julgamento, por ato volunt‡rio
do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os.

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62.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em se tratando de leg’tima defesa, a agress‹o Ž injusta e a repulsa materializa-
se em uma a•‹o predominantemente defensiva, com aspectos agressivos, ao
passo que, tratando-se de estado de necessidade, inexiste a agress‹o injusta,
sendo a a•‹o predominantemente agressiva, com aspectos defensivos.

63.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tanto a coa•‹o f’sica vis absoluta quanto a coa•‹o moral vis compulsiva, se
irresist’veis, excluem a culpabilidade do agente, restando pun’vel apenas o
agente coator, figura indispens‡vel na defini•‹o de qualquer ocorr•ncia reputada
coativa.

64.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


As causas legais de exclus‹o da ilicitude, previstas na parte geral do C—digo Penal,
s‹o estado de necessidade, leg’tima defesa, estrito cumprimento de dever legal,
exerc’cio regular de direito e consentimento do ofendido.

65.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tanto o estado de necessidade exculpante quanto o estado de necessidade
justificante incidem diretamente sobre a ilicitude, excluindo-a.

66.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


A emo•‹o e a paix‹o excluem a imputabilidade penal, j‡ que se considera, de
regra, que aquele que comete um fato t’pico il’cito em estado emocional ou
mentalmente alterado perde a capacidade de entendimento e de determina•‹o.

67.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tratando-se de crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, o
arrependimento posterior, com a efetiva repara•‹o do dano atŽ o recebimento da
denœncia, acarreta a extin•‹o da punibilidade.

68.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


No caso de, apesar de sua vontade n‹o se dirigir ˆ realiza•‹o de determinado
resultado previsto, o agente aceitar e assumir o risco de caus‡-lo, restar‡
configurado o dolo eventual, espŽcie de dolo indireto ou indeterminado.

69.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O erro de tipo essencial e o acidental produzem as mesmas consequ•ncias penais.

70.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)

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Conforme a teoria finalista da a•‹o, s— h‡ crime se o fato for, concomitantemente,
t’pico, antijur’dico e culp‡vel.

71.! (CESPE Ð 2013 Ð SEGESP Ð PAPILOSCOPISTA)


Com rela•‹o ao crime consumado e tentado e ˆ lei penal no tempo e no espa•o,
julgue os itens a seguir.
O crime omissivo pr—prio admite tentativa.

72.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


O Brasil adota, em rela•‹o ao crime imposs’vel, a teoria objetiva temperada,
segundo a qual os meios empregados e o objeto do crime devem ser
absolutamente inid™neos a produzir o resultado idealizado pelo agente.

73.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


No crime imposs’vel, o erro do agente recai sobre a idoneidade do meio ou do
objeto material, o que exclui a tipicidade; no putativo, o agente acredita realizar
um indiferente penal, o que exclui a culpabilidade, j‡ que se trata do inverso da
falta de consci•ncia do il’cito.

74.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


Em se tratando de arrependimento posterior, a repara•‹o parcial do dano ou a
restitui•‹o implica uma redu•‹o na aplica•‹o da pena, a ser aferida pelo juiz
sentenciante.

75.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A exist•ncia de sistema de vigil‰ncia em estabelecimento comercial exclui a
possibilidade de consuma•‹o de crime patrimonial, dada a caracteriza•‹o de
crime imposs’vel ante a inefic‡cia absoluta do meio empregado.

76.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð ESCRIVÌO)


Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos.
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Henrique Ž dono de um feroz c‹o de guarda, puro de origem e premiado em
v‡rios concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado dia, esse
c‹o escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou
Lucas, um menino que brincava na cal•ada. Ato cont’nuo, JosŽ, tio de Lucas,
como œnica forma de salvar a crian•a, matou o c‹o.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, JosŽ agiu em leg’tima defesa de terceiro.

77.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð ESCRIVÌO)


Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos.

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Na teoria penal, o estado de necessidade se diferencia do estado de necessidade
supralegal, haja vista, no primeiro, o bem sacrificado ser de menor valor que o
do bem salvaguardado e, no segundo, o bem sacrificado ser de valor igual ou
superior ao do bem salvaguardado. Na segunda hip—tese, n‹o estaria exclu’da a
ilicitude da conduta, mas a culpabilidade.

78.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð ESCRIVÌO)


Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos.
ƒ poss’vel, do ponto de vista jur’dico-penal, participa•‹o por omiss‹o em crime
comissivo.

79.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL)


No que se refere aos temas relacionados ˆ teoria do delito e ˆ teoria da pena,
assinale:
Todo delito qualificado pelo resultado Ž preterdoloso.

80.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL)


No que se refere aos temas relacionados ˆ teoria do delito e ˆ teoria da pena,
assinale:
O crime imposs’vel constitui causa de exclus‹o da tipicidade.

81.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


Em se tratando de culpa consciente, o agente prev• o resultado, mas n‹o se
importa que ele venha a ocorrer.

82.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


A combina•‹o entre o dolo, no crime precedente, e dolo eventual, no
consequente, Ž fundamental para a caracteriza•‹o dos crimes preterdolosos.

83.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


H‡ crimes funcionais pr—prios quando, por n‹o ser o autor da a•‹o funcion‡rio
pœblico, configura-se infra•‹o penal n‹o relacionada ao cargo pœblico.

84.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


As elementares objetivas do tipo sempre se comunicam, ainda que o part’cipe
n‹o tenha conhecimento delas.

85.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


O estrito cumprimento do dever legal Ž causa excludente de ilicitude, aplicada
principalmente a agentes pœblicos ou que exercem fun•‹o pœblica.

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86.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð ANALISTA)


No que se refere ˆ aplica•‹o do direito penal no tempo e no espa•o aos diversos
crimes previstos em leis extravagantes, julgue o item subsecutivo.
Nos termos do atual C—digo Penal brasileiro, age em leg’tima defesa quem,
usando moderadamente dos meios necess‡rios, repele injusta agress‹o, atual ou
iminente, a direito seu e de outrem.

87.! (CESPE Ð 2013 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Um crime Ž enquadrado na modalidade de delito tentado quando, ultrapassada a
fase de sua cogita•‹o, inicia-se, de imediato, a fase dos respectivos atos
preparat—rios, tais como a aquisi•‹o de arma de fogo para a pr‡tica de planejado
homic’dio.

88.! (CESPE Ð 2013 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Na reda•‹o atual do C—digo Penal Brasileiro, o ajuste, a determina•‹o ou
instiga•‹o e o aux’lio, salvo disposi•‹o expressa de lei em contr‡rio, n‹o s‹o
pun’veis se, pelo menos, o delito n‹o Ž tentado.

89.! (CESPE Ð 2013 Ð MPE-RO Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A - ADAPTADA)


Age no estrito cumprimento de dever legal o motorista de ambul‰ncia que, para
salvar a vida de paciente conduzido ao hospital, ultrapassa a velocidade permitida
na via e colide o ve’culo, causando les‹o a bem jur’dico de terceiro.

90.! (CESPE Ð 2013 Ð MPE-RO Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A - ADAPTADA)


Age em estado de necessidade agressivo o indiv’duo que, ao caminhar em via
pœblica, mata um cachorro que o ataca ao se soltar da coleira de seu dono

91.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O denominado crime imposs’vel ocorre apenas na hip—tese de absoluta inefic‡cia,
no que se refere ˆ produ•‹o do resultado desejado, do meio de execu•‹o utilizado
pelo agente.

92.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Caracteriza-se crime preterdoloso ou preterintencional caso o agente cause um
resultado mais grave que o desejado, em virtude da inobserv‰ncia do cuidado
objetivo necess‡rio, inclusive na modalidade tentada.

93.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)

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Em se tratando de crimes materiais, formais e de mera conduta, Ž poss’vel a
aplica•‹o dos institutos da desist•ncia volunt‡ria e do arrependimento posterior.

94.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Para que fique caracterizado o arrependimento eficaz ou a desist•ncia, a atitude
do agente deve ser espont‰nea, ou seja, natural, sincera e verdadeira.

95.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O arrependimento posterior s— pode ser aplicado se crime tiver sido cometido
sem viol•ncia ou grave amea•a a pessoa, se houver repara•‹o do dano ou
restitui•‹o do objeto material antes do recebimento da denœncia ou da queixa e
se o ato do agente for volunt‡rio.

96.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Caracterizada a leg’tima defesa putativa, que ocorre quando o agente tem
conhecimento do uso do meio desnecess‡rio ou do uso imoderado do meio
necess‡rio, de sorte que deseje o resultado ou assuma o risco de produzi-lo,
responde o agente pelo resultado a t’tulo de dolo.

97.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


De acordo com a jurisprud•ncia do STJ, age amparada pelo estrito cumprimento
do dever legal a autoridade policial que dispara tiros de rev—lver ou pistola contra
suspeitos da pr‡tica crimes graves em fuga, ainda que dessa a•‹o decorra o
resultado morte.

98.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O fato praticado mediante coa•‹o moral irresist’vel Ž t’pico e antijur’dico,
excluindo-se, entretanto, a culpabilidade do coagido, em virtude da aus•ncia de
conduta diversa, um dos elementos da culpabilidade.

99.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Quando o agente pratica um crime sob o estado de embriaguez completa,
volunt‡ria ou culposa, a culpabilidade fica exclu’da, dada a aus•ncia do elemento
subjetivo (dolo ou culpa).

100.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em rela•‹o ao estado de necessidade, adota-se, no C—digo Penal brasileiro, a
teoria diferenciadora, podendo tal estado ser causa de exclus‹o da ilicitude ou da
culpabilidade.

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2! EXERCêCIOS COMENTADOS

01.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


Aquele que, por ato volunt‡rio, porŽm n‹o espont‰neo, devolve a coisa
furtada antes do recebimento da denœncia n‹o pode beneficiar-se do
arrependimento posterior.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o arrependimento posterior se verifica ainda
que a devolu•‹o da coisa n‹o seja espont‰nea (a inten•‹o n‹o parta do autor do
fato), desde que seja volunt‡ria, ou seja, desde que decorra da vontade do
infrator (n‹o seja obrigado a isso).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

02.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


No que diz respeito ˆ punibilidade do crime imposs’vel, o autor de uma
tentativa inid™nea n‹o merece, segundo a teoria subjetiva, sofrer san•‹o
penal, dada a inexist•ncia de qualquer perigo de les‹o ao bem jur’dico
protegido pela norma.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a teoria SUBJETIVA sustenta que o autor do
fato, neste caso, merece ser punido, j‡ que o desvalor da conduta Ž o mesmo da
tentativa id™nea. A teoria OBJETIVA Ž que sustenta que n‹o deve o agente ser
punido, j‡ que o bem jur’dico n‹o sofre qualquer risco (e foi adotada pelo CP).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

03.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


Admite-se a tentativa nos delitos de imprud•ncia
COMENTçRIOS: Item errado, pois um dos pressupostos da tentativa Ž a
inten•‹o de provocar o resultado, que n‹o ocorre. Nos crimes culposos o
resultado sempre deve ocorrer, e deve decorrer de culpa do agente.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

04.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


Em se tratando de tentativa branca de crime de homic’dio, a fixa•‹o da
redu•‹o da pena pela tentativa deve ocorrer no patamar m‡ximo, isto Ž,
dois ter•os.
COMENTçRIOS: Item correto, pois em se tratando de tentativa branco o alvo
sequer foi atingido, o que significa dizer que o agente esteve longe de alcan•ar o
resultado pretendido, de forma que o patamar de redu•‹o deve ser o m‡ximo, j‡
que o critŽrio utilizado para a aplica•‹o da redu•‹o de pena leva em considera•‹o
a maior ou menor proximidade do resultado.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

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05.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)
A desist•ncia da tentativa inacabada deve ser entendida como
arrependimento eficaz.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a desist•ncia da tentativa inacabada deve ser
compreendida como desist•ncia volunt‡ria, e n‹o arrependimento eficaz, nos
termos do art. 15 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

06.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)


O uso imoderado de um meio necess‡rio configura excesso intensivo de
leg’tima defesa.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o uso imoderado de um meio considerado
necess‡rio configura excesso na intensidade, ou seja, excesso na for•a
empregada (excesso intensivo). Em contraposi•‹o ao excesso intensivo h‡ o
excesso extensivo, que ocorre quando o agente se excede no momento da
rea•‹o, ou seja, j‡ n‹o h‡ mais situa•‹o de leg’tima defesa e o agente continua
a atacar o agressor inicial (excesso extensivo).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

07.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue o item seguinte , relativo a fundamentos do direito penal.
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Ricardo, com o objetivo de matar Maur’cio, detonou, por mecanismo
remoto, uma bomba por ele instalada em um avi‹o comercial a bordo do
qual sabia que Maur’cio se encontrara, e, devido ˆ explos‹o, todos os
passageiros a bordo da aeronave morreram.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau
no cometimento do delito contra Maur’cio e dolo direto de segundo grau
no do delito contra todos os demais passageiros do avi‹o.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o agente tinha a inten•‹o de matar Maur’cio,
havendo em rela•‹o a ele dolo direto de primeiro grau. Quanto aos demais
passageiros, o agente n‹o pretendia o resultado, mas aceitou o resultado como
consequ•ncia NECESSçRIA de sua conduta, logo, houve dolo direto de segundo
grau.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

08.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com rela•‹o a antijuridicidade, culpabilidade, concurso de pessoas, pena
e causas de extin•‹o da punibilidade, julgue o item a seguir.
Agir‡ em estado de necessidade o motorista imprudente que, ap—s
abalroar um ve’culo de passageiros, causando-lhes ferimentos, fugir do

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local sem prestar socorro, para evitar perigo real de agress›es que
possam ser perpetradas pelas v’timas.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o agente, neste caso, deixou de prestar
socorro para salvar sua pr—pria vida de perigo iminente que n‹o provocou por
sua pr—pria vontade (n‹o causou dolosamente), logo, Ž poss’vel falar em estado
de necessidade, nos termos do art. 24 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

09.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com rela•‹o a antijuridicidade, culpabilidade, concurso de pessoas, pena
e causas de extin•‹o da punibilidade, julgue o item a seguir.
Se um menor de idade morrer devido ao fato de seus pais, por motivo de
consci•ncia religiosa, terem impedido a realiza•‹o de transfus‹o de
sangue, tal conduta dos pais estar‡ acobertada por causa supralegal de
exclus‹o da culpabilidade, consistente no fato de consci•ncia.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a Doutrina entende que, neste caso, n‹o se
pode alegar Òfato de consci•nciaÓ, j‡ que h‡ direito fundamental de outra pessoa
em risco (vida do filho menor de idade), havendo uma discrep‰ncia entre os bens
jur’dicos envolvidos (liberdade de consci•ncia religiosa e vida).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

10.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com refer•ncia a fundamentos e no•›es gerais aplicadas ao direito penal,
julgue o pr—ximo item.
A partir da teoria tripartida do delito e das op•›es legislativas adotadas
pelo C—digo Penal, Ž correto afirmar que o dolo integra a culpabilidade e
corrobora a aplica•‹o concreta da pena.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a teoria finalista (de Welzel) trouxe o dolo da
culpabilidade para o fato t’pico, transformando-o em dolo ÒnaturalÓ,
compreendendo apenas elementos de vontade e consci•ncia do fato, e deixando
os elementos normativos (potencial consci•ncia da ilicitude) na culpabilidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

11.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Com refer•ncia a fundamentos e no•›es gerais aplicadas ao direito penal,
julgue o pr—ximo item.
Em regra, o fato t’pico n‹o ser‡ antijur’dico se for provado que o agente
praticou a conduta acobertado por uma causa de exclus‹o de
antijuridicidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois, a teoria do tipo indici‡rio (adotada pelo CP)
sustenta que o tipo penal tem uma fun•‹o indici‡ria em rela•‹o ˆ ilicitude, ou
seja, ocorrendo o fato t’pico, h‡ ind’cios de que a conduta Ž, tambŽm, il’cita, s—

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n‹o o sendo caso haja alguma causa de exclus‹o da ilicitude. Assim, o fato t’pico
leva a uma presun•‹o RELATIVA de ilicitude.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

12.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Quanto ˆs penas, ˆ tipicidade, ˆ ilicitude e aos elementos e espŽcies da
infra•‹o penal, julgue os itens a seguir.
O princ’pio da insignific‰ncia, com previs‹o legal expressa na parte geral
do C—digo Penal (CP), Ž causa excludente da ilicitude do crime e exige,
nos termos da jurisprud•ncia do STF, m’nima ofensividade da conduta do
agente, nenhuma periculosidade social da a•‹o, reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da les‹o jur’dica
provocada.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o princ’pio da insignific‰ncia n‹o est‡
expressamente previsto no CP e n‹o Ž causa de exclus‹o da ilicitude, e sim do
fato t’pico, por aus•ncia de tipicidade material.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

13.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Quanto ˆs penas, ˆ tipicidade, ˆ ilicitude e aos elementos e espŽcies da
infra•‹o penal, julgue os itens a seguir.
Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato
do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente
responda pelo resultado posterior, Ž necess‡rio que este seja previs’vel.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o crime preterdoloso ocorre quando o
agente, com vontade de praticar determinado crime (dolo), acaba por praticar
crime mais grave, n‹o com dolo, mas por culpa.
Ou seja, h‡ dolo na conduta inicial, mas culpa em rela•‹o ao resultado produzido.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

14.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Quanto ˆs penas, ˆ tipicidade, ˆ ilicitude e aos elementos e espŽcies da
infra•‹o penal, julgue os itens a seguir.
Na legisla•‹o p‡tria, adotou-se o critŽrio bipartido na defini•‹o das
infra•›es penais, ou seja, estas se subdividem em contraven•›es penais
e crimes ou delitos, inexistindo diferen•a conceitual entre as duas
œltimas espŽcies.
COMENTçRIOS: Item correto, pois adota-se, no nosso ordenamento jur’dico,
um sistema dicot™mico bipartido em rela•‹o ˆs infra•›es penais, dividindo-se
estas em crimes (ou delitos) e contraven•›es penais.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

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15.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
De acordo com a teoria finalista de Hans Welzel, o dolo, por ser elemento
vinculado ˆ conduta, deve ser deslocado da culpabilidade para a
tipicidade do delito.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a teoria finalista (de Welzel) trouxe o dolo
da culpabilidade para o fato t’pico, transformando-o em dolo ÒnaturalÓ,
compreendendo apenas elementos de vontade e consci•ncia do fato, e deixando
os elementos normativos (potencial consci•ncia da ilicitude) na culpabilidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

16.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
S‹o causas legalmente previstas de exclus‹o da ilicitude o estado de
necessidade, a leg’tima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o
exerc’cio regular do direito.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 23
do CP:
Art. 23 - N‹o h‡ crime quando o agente pratica o fato: (Reda•‹o dada pela Lei n¼
7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Inclu’do pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
II - em leg’tima defesa;(Inclu’do pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exerc’cio regular de direito.(Inclu’do
pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

17.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Diz-se consumado o crime quando nele se reœnem, pelo menos, parte dos
elementos de sua defini•‹o legal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o crime se considera consumado quando se
reœnem nele todos os elementos de sua defini•‹o legal, nos termos do art. 14, I
do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

18.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


A tentativa, salvo disposi•‹o legal em contr‡rio, Ž punida com a pena
correspondente ˆ prevista para o crime na modalidade continuada,
diminu’da de um ter•o atŽ a metade.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois, nos termos do art. 14, II do CP, Òpune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminu’da de um a
dois ter•osÓ, salvo se houver disposi•‹o expressa em sentido contr‡rio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

19.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


O agente que, embora tenha iniciado a execu•‹o do crime,
voluntariamente impe•a o resultado danoso responder‡ somente pelos
atos por ele j‡ praticados.
COMENTçRIOS: Item correto, pois neste caso teremos desist•ncia volunt‡ria
ou arrependimento eficaz, a depender das circunst‰ncias, nos termos do art. 15
do CP. Todavia, em ambos os casos o agente responder‡ apenas pelos atos j‡
praticados.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

20.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Pune-se a tentativa ainda que, por inefic‡cia do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, o resultado il’cito almejado nunca possa ser
alcan•ado.
COMENTçRIOS: Item errado, pois no crime imposs’vel, em raz‹o da absoluta
impropriedade do objeto ou absoluta inefic‡cia do meio, h‡ exclus‹o do pr—prio
fato t’pico, n‹o respondendo o agente por crime algum.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

21.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Quando se trata de omiss‹o penalmente relevante, o dever de agir
incumbe somente a quem, com o seu comportamento anterior, tiver dado
causa ao resultado delituoso.
COMENTçRIOS: Item errado, pois n‹o s— estas pessoas possuem o dever de
agir, mas tambŽm aquelas que tenham por lei obriga•‹o de cuidado, prote•‹o ou
vigil‰ncia ou, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado,
nos termos do art. 13, ¤2¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

22.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Se a participa•‹o do agente delituoso no crime for de menor import‰ncia,
a sua pena pode ser reduzida de um sexto a um ter•o
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 29,
¤1¼ do CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)

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¤ 1¼ - Se a participa•‹o for de menor import‰ncia, a pena pode ser diminu’da de um
sexto a um ter•o. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

23.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


Somente nos casos em que o agente praticar o fato em estado de
necessidade, em leg’tima defesa (ainda que putativa) e em estrito
cumprimento do dever legal n‹o se considerar‡ existente o crime.
COMENTçRIOS: Item errado, pois h‡ diversas outras hip—teses em que n‹o
haver‡ crime, como no exerc’cio regular de direito, no consentimento do
ofendido, na insignific‰ncia da conduta, etc.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

24.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A inimputabilidade penal, se for devidamente comprovada, resultar‡
sempre em redu•‹o da pena, de um a dois ter•os, independentemente do
crime praticado.
COMENTçRIOS: A inimputabilidade penal, uma vez devidamente comprovada,
resulta na exclus‹o da culpabilidade do agente, ou seja, o agente n‹o receber‡
pena alguma.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

25.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A emo•‹o, a paix‹o e a embriaguez culposa podem, em circunst‰ncias
especiais, excluir a imputabilidade penal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a
imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP. AlŽm disso, a embriaguez
dolosa ou culposa n‹o exclui a imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

26.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR - ADAPTADA)


O ajuste, a determina•‹o e o aux’lio s‹o sempre pun’veis,
independentemente da natureza do crime planejado.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o ajuste, a determina•‹o e o aux’lio s‹o, EM
REGRA, impun’veis, nos termos do art. 31 do CP, salvo se houver expressa
previs‹o em sentido contr‡rio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

27.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Se, por hip—tese, Joaquim furtar bem de AmŽrico, supondo estar
praticando um ato de vingan•a contra Em’lio, ocorrer‡ erro na execu•‹o.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso n‹o haver‡ erro na execu•‹o, j‡
que a execu•‹o do delito foi perfeita, tendo havido erro apenas na representa•‹o
acerca da propriedade do objeto.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

28.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Supondo que Jœlio deseje agredir Camilo, mas, por erro de
representa•‹o, fira Reinaldo, seu pr—prio irm‹o, incidir‡, nessa hip—tese,
em rela•‹o ao crime praticado, a agravante de parentesco.
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso teremos o erro sobre a pessoa,
previsto no art. 20, ¤3¼ do CP. Neste caso, o agente responde como se tivesse
atingido a pessoa que pretendia, e n‹o a pessoa efetivamente atingida.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

29.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


O erro determinado por terceiro pode configurar hip—tese de autoria
mediata, embora a autoria mediata n‹o ocorra somente nos casos em
que o executor material do delito atue sem dolo ou sem culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois no erro determinado por terceiro o agente
que executa a conduta age em erro propositalmente criado pelo autor mediato,
que Ž quem efetivamente responde pelo crime. Todavia, a autoria mediata pode
ocorrer em outras situa•›es (coa•‹o moral irresist’vel, obedi•ncia hier‡rquica,
etc.).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

30.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria do dom’nio do fato, n‹o h‡ nenhuma utilidade no
conceito de autoria mediata, porque o dom’nio da vontade, elemento
especial dessa modalidade de autoria, insere-se no elemento geral da
figura da autoria Ñ que Ž o pr—prio dom’nio do fato Ñ, podendo-se, por
isso, concluir que autor mediato Ž o mesmo que mandante.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o dom’nio da vontade, exercido pelo autor
mediato, Ž essencialmente do dom’nio exercido pelo mandante, que se refere ao
dom’nio da conduta, ou seja, o mandante pode, a qualquer momento, fazer
cessar a empreitada criminosa, mas n‹o controla a vontade dos agentes na
execu•‹o do delito, de forma que estes respondem pelo crime, o que n‹o ocorre
na autoria mediata.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

31.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


No ‰mbito da dogm‡tica jur’dico-penal, n‹o se admite leg’tima defesa
contra leg’tima defesa putativa.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a leg’tima defesa putativa Ž causa de
exclus‹o da culpabilidade, de forma que a agress‹o dela decorrente Ž injusta,
podendo ser repelida por meio de leg’tima defesa real.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

32.! (CESPE Ð 2013 Ð STF Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Acerca dos princ’pios gerais que norteiam o direito penal, das teorias do
crime e dos institutos da Parte Geral do C—digo Penal brasileiro, julgue
os itens a seguir.
A teoria finalista adota o conceito cl‡ssico de a•‹o, entendida como mero
impulso mec‰nico, dissociado de qualquer conteœdo da vontade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a teoria finalista (de Welzel) trouxe o dolo da
culpabilidade para o fato t’pico, de forma a entender a conduta como a
conjuga•‹o de um elemento f’sico e um elemento an’mico, ou seja, conduta Ž a
a•‹o dirigida a uma determinada finalidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

33.! (CESPE Ð 2013 Ð PG-DF Ð PROCURADOR)


Marcos, imbu’do de animus necandi, disparou tiros de rev—lver em
Ricardo por n‹o ter recebido deste pagamento referente a fornecimento
de maconha. Apesar de ferido gravemente, Ricardo sobreviveu. Marcos,
para chegar ao local onde Ricardo se encontrava, foi conduzido em
motocicleta por R™mulo, que sabia da inten•‹o homicida do amigo,
embora desconhecesse o motivo, e concordava em ajud‡-lo. Ricardo foi
atingido pelas costas enquanto caminhava em via pœblica, e Marcos e
R™mulo, ao verem a v’tima tombar, fugiram, supondo t•-la matado.
Com base nessa situa•‹o hipotŽtica, julgue os pr—ximos itens.
Houve desist•ncia volunt‡ria, pois os agentes fugiram do local ao
perceberem a v’tima tombar no ch‹o, sem disparar o tiro de miseric—rdia.
COMENTçRIOS: Item errado, pois h‡ tentativa perfeita, j‡ que os agentes
esgotaram seu potencial lesivo, j‡ que acreditaram que a conduta realizada era
suficiente para a produ•‹o do resultado.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

34.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a teoria da imputa•‹o objetiva, a cria•‹o de um risco
proibido Ž suficiente para se atribuir ao agente o tipo incriminador, ainda
que o resultado n‹o decorra diretamente desse risco.
COMENTçRIOS: Item errado, pois alŽm da cria•‹o de um risco proibido pelo
direito, Ž necess‡rio que esse risco seja criado no resultado, ou seja, o resultado
decorra diretamente do risco criado pelo agente, e n‹o de fatores externos.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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35.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Classifica-se como crime de m‹o pr—pria a a•‹o de exigir de outrem
vantagem indevida se o agente for funcion‡rio pœblico e, no momento da
pr‡tica do ato, estiver no exerc’cio de sua fun•‹o.
COMENTçRIOS: Item errado, pois tal conduta pode ser praticada por meio de
interposta pessoa, n‹o se tratando de crime de m‹o pr—pria, nos termos do art.
316 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

36.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Aquele que, tendo obriga•‹o de evitar o resultado, n‹o o faz responder‡
pela pr‡tica de crime omissivo pr—prio.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o agente, aqui, n‹o pratica crime omissivo
pr—prio, mas crime omissivo impr—prio, nos termos do art. 13, ¤2¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

37.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Configura-se crime imposs’vel, que enseja a exclus‹o da ilicitude, a
conduta de tomar remŽdios para abortar, se, posteriormente, ficar
comprovado que a autora nunca esteve gr‡vida.
COMENTçRIOS: Item errado, pois apesar de, neste caso, termos a figura do
crime imposs’vel, em raz‹o da absoluta impropriedade do objeto, n‹o h‡ exclus‹o
da ilicitude, e sim do pr—prio fato t’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

38.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a teoria do tipo indici‡rio, a tipicidade leva ˆ presun•‹o
absoluta de ilicitude da conduta.
COMENTçRIOS: A teoria do tipo indici‡rio sustenta que o tipo penal tem uma
fun•‹o indici‡ria em rela•‹o ˆ ilicitude, ou seja, ocorrendo o fato t’pico, h‡ ind’cios
de que a conduta Ž, tambŽm, il’cita, s— n‹o o sendo caso haja alguma causa de
exclus‹o da ilicitude. Assim, o fato t’pico leva a uma presun•‹o RELATIVA de
ilicitude.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

39.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Adotando-se a teoria do tipo avalorado ou acrom‡tico, no caso de
atropelamento com morte, a comprova•‹o de que a v’tima se jogou na
frente do ve’culo para cometer suic’dio seria relevante para a verifica•‹o
da exist•ncia do fato t’pico.

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COMENTçRIOS: Para a teoria do tipo avalorado, acrom‡tico ou neutro, o tipo
penal est‡ completamente dissociado da ilicitude da conduta, n‹o tendo qualquer
v’nculo com esta, ou seja, a exist•ncia do fato t’pico n‹o Ž ind’cio de ilicitude,
tampouco presun•‹o absoluta de ilicitude.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

40.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria dos elementos negativos do tipo ou do tipo total de
injusto, a leg’tima defesa configura causa excludente da tipicidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a teoria dos elementos negativos do tipo
sustenta que o fato t’pico, na verdade, Ž composto por elementos positivos
(descri•‹o da conduta t’pica) e negativos (inexist•ncia de causas de exclus‹o da
ilicitude). Assim, o tipo penal do crime de homic’dio n‹o diria apenas Òmatar
alguŽmÓ, como consta no art. 121 do CP, mas Òmatar alguŽm, exceto se
acobertado por causa de exclus‹o de justifica•‹oÓ. Assim, para esta teoria, a
leg’tima defesa, o estado de necessidade, etc., n‹o seria nada mais que
Òelementos negativos do tipo penalÓ, s— que previstos em outros dispositivos
legais. Uma vez ocorrendo qualquer destas situa•›es, o fato seria at’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

41.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a legisla•‹o penal vigente, toda conduta de quem prev•
o resultado Ž considerada dolosa.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a culpa consciente tambŽm exige a efetiva
previs‹o do resultado e, neste caso, o crime ser‡ culposo, e n‹o doloso.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

42.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Age no exerc’cio regular de direito o oficial de justi•a que, em
cumprimento a decis‹o proferida nos autos do procedimento de medidas
protetivas de urg•ncia, adentra no im—vel da ofendida para afastar do
lar, coercitivamente, o ofensor.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o oficial de justi•a, aqui, estar‡ agindo no
estrito cumprimento do dever legal, e n‹o no exerc’cio regular de direito, j‡ que
est‡ apenas cumprindo seu dever.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

43.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


A causa de exclus‹o da ilicitude decorrente da pr‡tica da conduta em
estrito cumprimento do dever legal pode estender- se ao coautor se for
de seu conhecimento a situa•‹o justificadora.

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COMENTçRIOS: Item correto, pois Ž poss’vel que alguŽm auxilie outra pessoa
a agir no estrito cumprimento do dever legal (ex.: JosŽ, um particular, v• Paulo,
policial, tentar prender Ricardo. JosŽ, por ser mais r‡pido, corre para ajudar o
policial, conseguindo. Neste caso, JosŽ n‹o pratica crime, por ter agido em aux’lio
a pessoa que agia no estrito cumprimento do dever legal).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

44.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Age em leg’tima defesa aquele que, para combater o fogo que
repentinamente tomou conta de seu autom—vel, invade carro de terceiro
estacionado nas proximidades e dele retira um extintor, sem autoriza•‹o
do propriet‡rio.
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso o agente atua em estado de
necessidade, e n‹o em leg’tima defesa, nos termos do art. 24 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

45.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


As causas excludentes de ilicitude s‹o exaustivamente elencadas no
C—digo Penal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois as causas de exclus‹o da ilicitude elencadas
no art. 23 do CP n‹o configuram um rol exaustivo, ou seja, n‹o excluem a
possibilidade de que outras causas sejam estabelecidas em leis especiais.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

46.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


De acordo com a teoria adotada pelo C—digo Penal, o estado de
necessidade pode funcionar como causa de exclus‹o da ilicitude ou da
culpabilidade, conforme os valores dos bens em conflito.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o CP adota a teoria unit‡ria em rela•‹o ao
estado de necessidade, estabelecendo que o estado de necessidade, em nosso
caso, Ž sempre justificante (seja o bem sacrificado de valor menor ou igual ao
bem protegido). A teoria diferenciadora, n‹o adotada pelo CP, Ž que estabelece
a diferen•a entre estado de necessidade justificante (quando o bem sacrificado Ž
de valor menor que o protegido) e estado de necessidade exculpante (quando o
bem sacrificado Ž de valor igual ao protegido).
H‡, porŽm, na Doutrina, quem sustente que Ž poss’vel o estado de necessidade
exculpante em nosso direito penal, quando o bem sacrificado for de valor maior
que o bem protegido, mas, nas circunst‰ncias, n‹o seja poss’vel exigir do agente
conduta diversa (exclus‹o da culpabilidade por inexigibilidade de conduta
diversa).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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47.! (CESPE Ð 2013 Ð AGU Ð PROCURADOR FEDERAL)
Acerca de aspectos diversos do direito penal, entre eles a desist•ncia
volunt‡ria, o arrependimento e a coa•‹o f’sica ou moral, julgue os itens
a seguir.
Entende-se que o arrependimento eficaz se configura quando o agente,
no curso do iter criminis, podendo continuar com os atos de execu•‹o,
deixa de faz•-lo por desistir de praticar o crime.
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso n‹o temos arrependimento eficaz,
e sim desist•ncia volunt‡ria, j‡ que o agente abandona a execu•‹o, ou seja, ainda
n‹o havia finalizado a execu•‹o da conduta.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

48.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð AGENTE)


Em rela•‹o ao direito penal, julgue os pr—ximos itens.
O crime culposo advŽm de uma conduta involunt‡ria.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a conduta Ž necessariamente volunt‡ria, ou
seja, dirigida a uma determinada finalidade. Involunt‡rio Ž o resultado, pois n‹o
decorre da vontade do agente.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

49.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Verifica-se o fen™meno da compensa•‹o de culpas no caso em que um
motorista desatento atropela um pedestre que imprudente e
inopinadamente atravessa via pœblica em local inadequado, estando
afastada, portanto, a culpabilidade do motorista.
COMENTçRIOS: Item errado, pois em Direito Penal n‹o se admite a
compensa•‹o de culpas. Neste caso, o agente responder‡ pelo crime, em raz‹o
de sua culpabilidade, mas sua pena poder‡ ser atenuada em raz‹o do
comportamento da v’tima.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

50.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O agente de crime praticado sem viol•ncia ou grave amea•a poder‡
beneficiar-se com o instituto do arrependimento posterior, o que
reduziria sua pena, desde que, voluntariamente, repare o dano ou
restitua a coisa atŽ o recebimento da denœncia ou queixa.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 16 do CP:
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, reparado o
dano ou restitu’da a coisa, atŽ o recebimento da denœncia ou da queixa, por ato
volunt‡rio do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os. (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

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51.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O crime imposs’vel Ž causa de isen•‹o de pena, o que afasta a
culpabilidade do agente, dada a inefic‡cia total do meio empregado ou a
impropriedade absoluta do objeto.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o crime imposs’vel, previsto no art. 17 do CP,
n‹o Ž causa de isen•‹o de pena, e sim causa de exclus‹o do fato t’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

52.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O desconhecimento da lei, quando legitimamente escus‡vel, configura
hip—tese de perd‹o judicial, n‹o se aplicando por completo a pena.
COMENTçRIOS: O desconhecimento da lei Ž inescus‡vel, mas o erro sobre
ilicitude do fato (erro de proibi•‹o) pode afastar a culpabilidade, caso seja
inevit‡vel, diminuindo a pena caso seja evit‡vel, nos termos do art. 21 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

53.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O resultado t’pico dos crimes comissivos por omiss‹o pode ser atribu’do
a qualquer pessoa, e n‹o apenas aos indiv’duos que tenham a obriga•‹o
jur’dica de evitar o resultado.
COMENTçRIOS: Item errado, pois nos crimes comissivos por omiss‹o o
resultado s— Ž atribu’do ˆquele que se omite quando tem o dever de agir para
evitar o resultado, nos termos do art. 13, ¤2¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

54.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tratando-se de crime funcional pr—prio, se o agente n‹o for funcion‡rio
pœblico, operar‡ uma atipicidade relativa, enquadrando-se o fato em
outro tipo legal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois nos crimes funcionais pr—prios, caso o agente
n‹o seja funcion‡rio pœbico, teremos atipicidade absoluta (ex.: prevarica•‹o).
Nos crimes funcionais impr—prios Ž que teremos atipicidade relativa, pois o fato
corresponder‡ a outro tipo penal (ex.: peculato-furto).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

55.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em se tratando de crime plurissubjetivo, n‹o se admite concurso
eventual, j‡ que s— pode ser praticado por dois ou mais agentes em
concurso.

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COMENTçRIOS: Item correto, pois nos crimes plurissubjetivos o concurso de
pessoas n‹o Ž eventual, mas necess‡rio, pois tal tipo de crime exige, para sua
configura•‹o, a presen•a de pelo menos duas pessoas.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

56.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Considera-se o sequestro um crime instant‰neo de efeito permanente, j‡
que seu momento consumativo Ž instant‰neo, mas seus efeitos
perduram no tempo.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o sequestro Ž um crime PERMANENTE, ou
seja, um crime cuja execu•‹o se prolonga no tempo, e n‹o um crime instant‰neo
de efeitos permanentes (ex.: homic’dio, que se consuma num œnico ato, mas os
efeitos s‹o irrevers’veis).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

57.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


A tentativa de crime preterdoloso Ž aceit‡vel tanto pela doutrina quanto
pela jurisprud•ncia, porquanto, apesar de o agente n‹o desejar o
resultado agravador, sua conduta inicial Ž sempre dolosa.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a maioria da Doutrina entende n‹o ser cab’vel
a tentativa de crime preterdoloso, j‡ que o resultado decorre de culpa, e n‹o de
dolo do agente.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

58.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


ƒ admiss’vel a tentativa tanto nos crimes plurissubsistentes quanto nos
crimes unissubsistentes.
COMENTçRIOS: Item errado, pois nos crimes unissubsistentes n‹o Ž poss’vel o
fracionamento da conduta, que ocorre num œnico ato (ex.: injœria verbal). Neste
caso, ou o agente inicia a execu•‹o e o crime j‡ se consuma ou ele sequer d‡
in’cio ˆ execu•‹o e o fato Ž at’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

59.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


S‹o crimes de atentado aqueles em que o tipo penal incriminador n‹o
prev• a figura tentada em seu enunciado, raz‹o pela qual, no
processamento desses crimes, se faz uso da norma de extens‹o
referente ˆ tentativa, disposta na parte geral do C—digo Penal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois os crimes de atentado s‹o aqueles em que o
tipo penal estabelece que a tentativa j‡ ser‡ punida da mesma forma que o delito
consumado (ex.: art. 352 do CP). Ou seja, em tais delitos a mera tentativa de
alcan•ar o resultado j‡ consuma o delito.

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Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

60.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Os crimes materiais admitem a figura da tentativa; entretanto, a
tentativa Ž incompat’vel com os delitos formais, em que se dispensa o
resultado natural’stico para a consuma•‹o do delito.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o fato de nos crimes formais o resultado
natural’stico ser dispens‡vel n‹o impede a ocorr•ncia de tentativa, que est‡
relacionada ˆ possibilidade, ou n‹o, de fracionar-se a conduta delituosa. Assim,
se estivermos diante de um crime formal plurissubsistente, ser‡ admiss’vel a
tentativa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

61.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, reparado
o dano ou restitu’da a coisa atŽ a audi•ncia de instru•‹o e julgamento,
por ato volunt‡rio do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o arrependimento posterior se verifica
quando o agente repara o dano ou restitui a coisa, nos crimes sem viol•ncia ou
grave amea•a ˆ pessoa, por ato volunt‡rio, atŽ o recebimento da denœncia ou
queixa, nos termos do art. 16 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

62.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em se tratando de leg’tima defesa, a agress‹o Ž injusta e a repulsa
materializa-se em uma a•‹o predominantemente defensiva, com
aspectos agressivos, ao passo que, tratando-se de estado de
necessidade, inexiste a agress‹o injusta, sendo a a•‹o
predominantemente agressiva, com aspectos defensivos.
COMENTçRIOS: Item correto, pois na leg’tima defesa o agente apenas se
defende de um ataque, ou seja, sua atua•‹o Ž predominantemente defensiva. No
estado de necessidade n‹o h‡ agress‹o, mas uma situa•‹o de perigo que faz com
que o agente atue positivamente (atua•‹o primordialmente agressiva) para evitar
les‹o a direito seu ou de outrem (aspecto defensivo).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

63.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tanto a coa•‹o f’sica vis absoluta quanto a coa•‹o moral vis compulsiva,
se irresist’veis, excluem a culpabilidade do agente, restando pun’vel
apenas o agente coator, figura indispens‡vel na defini•‹o de qualquer
ocorr•ncia reputada coativa.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA,
por aus•ncia completa de vontade do agente coagido. Logo, acaba por excluir o
fato t’pico. O que exclui a culpabilidade Ž a coa•‹o MORAL irresist’vel, nos termos
do art. 22 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

64.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


As causas legais de exclus‹o da ilicitude, previstas na parte geral do
C—digo Penal, s‹o estado de necessidade, leg’tima defesa, estrito
cumprimento de dever legal, exerc’cio regular de direito e consentimento
do ofendido.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o art. 23 do CP n‹o elenca o consentimento
do ofendido como causa de exclus‹o da ilicitude, sendo considerado como causa
SUPRALEGAL de exclus‹o da ilicitude.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

65.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tanto o estado de necessidade exculpante quanto o estado de
necessidade justificante incidem diretamente sobre a ilicitude,
excluindo-a.
COMENTçRIOS: Item errado, pois no estado de necessidade justificante h‡
exclus‹o da ilicitude, e no estado de necessidade exculpante h‡ exclus‹o da
culpabilidade, embora o nosso CP tenha adotado a teoria unit‡ria, admitindo
expressamente apenas o estado de necessidade justificante.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

66.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


A emo•‹o e a paix‹o excluem a imputabilidade penal, j‡ que se
considera, de regra, que aquele que comete um fato t’pico il’cito em
estado emocional ou mentalmente alterado perde a capacidade de
entendimento e de determina•‹o.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a
imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

67.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Tratando-se de crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ
pessoa, o arrependimento posterior, com a efetiva repara•‹o do dano atŽ
o recebimento da denœncia, acarreta a extin•‹o da punibilidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois, nos termos do art. 16 do CP, o
arrependimento posterior n‹o extingue a punibilidade, sendo causa de diminui•‹o
de pena:

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Art. 16 - Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, reparado o
dano ou restitu’da a coisa, atŽ o recebimento da denœncia ou da queixa, por ato
volunt‡rio do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os. (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

68.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


No caso de, apesar de sua vontade n‹o se dirigir ˆ realiza•‹o de
determinado resultado previsto, o agente aceitar e assumir o risco de
caus‡-lo, restar‡ configurado o dolo eventual, espŽcie de dolo indireto
ou indeterminado.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o dolo eventual ocorre quando o agente atua
sem inten•‹o de provocar o resultado, mas aceita sua ocorr•ncia como poss’vel
e n‹o se importa caso ocorra, nos termos do art. 18, I do CP (teoria do
consentimento).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

69.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O erro de tipo essencial e o acidental produzem as mesmas
consequ•ncias penais.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o erro de tipo essencial exclui o dolo e a culpa
ou, pelo menos, o dolo (caso seja erro de tipo evit‡vel), nos termos do art. 20
do CP. O erro de tipo acidental n‹o influencia no dolo e na culpa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

70.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-ES Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria finalista da a•‹o, s— h‡ crime se o fato for,
concomitantemente, t’pico, antijur’dico e culp‡vel.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a teoria finalista n‹o exige, necessariamente,
a ado•‹o da teoria tripartida do delito. A teoria causalista da a•‹o Ž que,
necessariamente, imp›e a ado•‹o da teoria tripartida, j‡ que para esta o dolo
integra a culpabilidade, o que significa que a culpabilidade deve,
necessariamente, integrar o conceito de crime.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

71.! (CESPE Ð 2013 Ð SEGESP Ð PAPILOSCOPISTA)


Com rela•‹o ao crime consumado e tentado e ˆ lei penal no tempo e no
espa•o, julgue os itens a seguir.
O crime omissivo pr—prio admite tentativa.
COMENTçRIOS: Item errado, pois nos crimes unissubsistentes (como Ž o caso
dos crimes omissivos pr—prios) n‹o Ž poss’vel o fracionamento da conduta, que
ocorre num œnico ato (ex.: omiss‹o de socorro). Neste caso, ou o agente inicia a

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execu•‹o e o crime j‡ se consuma ou ele sequer d‡ in’cio ˆ execu•‹o e o fato Ž
at’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

72.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


O Brasil adota, em rela•‹o ao crime imposs’vel, a teoria objetiva
temperada, segundo a qual os meios empregados e o objeto do crime
devem ser absolutamente inid™neos a produzir o resultado idealizado
pelo agente.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o Brasil adota a teoria objetiva da
punibilidade do crime imposs’vel, que leva em conta o desvalor do resultado para
definir a punibilidade, ou n‹o, do crime imposs’vel. Como o resultado jamais
poder‡ ser alcan•ado, o bem jur’dico jamais esteve em perigo, logo, o agente
n‹o pode ser punido.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

73.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


No crime imposs’vel, o erro do agente recai sobre a idoneidade do meio
ou do objeto material, o que exclui a tipicidade; no putativo, o agente
acredita realizar um indiferente penal, o que exclui a culpabilidade, j‡
que se trata do inverso da falta de consci•ncia do il’cito.
COMENTçRIOS: Item errado, pois no crime putativa o agente n‹o responde por
crime algum em raz‹o da atipicidade da conduta, j‡ que acredita estar praticando
um crime quando, na verdade, pratica um indiferente penal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

74.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


Em se tratando de arrependimento posterior, a repara•‹o parcial do dano
ou a restitui•‹o implica uma redu•‹o na aplica•‹o da pena, a ser aferida
pelo juiz sentenciante.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o art. 16 do CP exige a repara•‹o integral do
dano, n‹o admitindo a repara•‹o parcial do dano como causa de diminui•‹o de
pena, embora haja algumas decis›es judiciais nesse sentido.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

75.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A exist•ncia de sistema de vigil‰ncia em estabelecimento comercial
exclui a possibilidade de consuma•‹o de crime patrimonial, dada a
caracteriza•‹o de crime imposs’vel ante a inefic‡cia absoluta do meio
empregado.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a mera exist•ncia de sistema de vigil‰ncia
n‹o impede a consuma•‹o de crime patrimonial, havendo, inclusive,
entendimento sumulado nesse sentido (sœmula 567 do STJ).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

76.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð ESCRIVÌO)


Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos.
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Henrique Ž dono de um feroz c‹o de guarda, puro de origem e premiado
em v‡rios concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado
dia, esse c‹o escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de
Henrique e atacou Lucas, um menino que brincava na cal•ada. Ato
cont’nuo, JosŽ, tio de Lucas, como œnica forma de salvar a crian•a, matou
o c‹o.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, JosŽ agiu em leg’tima defesa de terceiro.
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso JosŽ agiu em estado de
necessidade, pois agiu para salvar, de perigo atual, um direito alheio (a vida do
sobrinho). N‹o h‡ leg’tima defesa porque o termo Òagress‹o injustaÓ pressup›e
o ataque de um ser humano.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

77.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð ESCRIVÌO)


Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos.
Na teoria penal, o estado de necessidade se diferencia do estado de
necessidade supralegal, haja vista, no primeiro, o bem sacrificado ser de
menor valor que o do bem salvaguardado e, no segundo, o bem
sacrificado ser de valor igual ou superior ao do bem salvaguardado. Na
segunda hip—tese, n‹o estaria exclu’da a ilicitude da conduta, mas a
culpabilidade.
COMENTçRIOS: O estado de necessidade, no Brasil, de acordo com a teoria
unit‡ria adotada, Ž justificante (exclus‹o da ilicitude), seja o bem sacrificado de
valor menor OU IGUAL ao protegido. A defini•‹o trazida pelo enunciado, porŽm,
corresponde ˆ teoria diferenciadora, que n‹o foi adotada pelo CP, e trata como
estado de necessidade exculpante (supralegal) a situa•‹o em que o bem jur’dico
sacrificado Ž de igual valor ao protegido.
A quest‹o n‹o est‡ errada, mas poderia conter mais informa•›es.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

78.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð ESCRIVÌO)


Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos.
ƒ poss’vel, do ponto de vista jur’dico-penal, participa•‹o por omiss‹o em
crime comissivo.

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COMENTçRIOS: Item correto, desde que o omitente tenha o dever de agir para
evitar o resultado (ex.: seguran•a da resid•ncia que, em conluio, nada faz para
impedir o acesso dos ladr›es).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

79.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL)


No que se refere aos temas relacionados ˆ teoria do delito e ˆ teoria da
pena, assinale:
Todo delito qualificado pelo resultado Ž preterdoloso.
COMENTçRIOS: O crime qualificado pelo resultado Ž um g•nero, do qual o delito
preterdoloso Ž uma das espŽcies. Assim, podemos dizer que todo delito
preterdoloso Ž um crime qualificado pelo resultado, mas n‹o o contr‡rio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

80.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL)


No que se refere aos temas relacionados ˆ teoria do delito e ˆ teoria da
pena, assinale:
O crime imposs’vel constitui causa de exclus‹o da tipicidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois no crime imposs’vel, em raz‹o da absoluta
impropriedade do objeto ou absoluta inefic‡cia do meio, h‡ exclus‹o do pr—prio
fato t’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

81.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


Em se tratando de culpa consciente, o agente prev• o resultado, mas n‹o
se importa que ele venha a ocorrer.
COMENTçRIOS: Item errado, pois na culpa consciente o agente, apesar de
prever a possibilidade de ocorr•ncia do resultado, acredita que conseguir‡ evita-
lo.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

82.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


A combina•‹o entre o dolo, no crime precedente, e dolo eventual, no
consequente, Ž fundamental para a caracteriza•‹o dos crimes
preterdolosos.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o crime preterdoloso ocorre quando o
agente, com vontade de praticar determinado crime (dolo), acaba por praticar
crime mais grave, n‹o com dolo, mas por culpa.
Ou seja, h‡ dolo na conduta inicial, mas culpa em rela•‹o ao resultado produzido.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

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83.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


H‡ crimes funcionais pr—prios quando, por n‹o ser o autor da a•‹o
funcion‡rio pœblico, configura-se infra•‹o penal n‹o relacionada ao
cargo pœblico.
COMENTçRIOS: Item errado, pois nos crimes funcionais pr—prios, caso o agente
n‹o seja funcion‡rio pœbico, teremos atipicidade absoluta (ex.: prevarica•‹o).
Nos crimes funcionais impr—prios Ž que teremos atipicidade relativa, pois o fato
corresponder‡ a outro tipo penal (ex.: peculato-furto).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

84.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


As elementares objetivas do tipo sempre se comunicam, ainda que o
part’cipe n‹o tenha conhecimento delas.
COMENTçRIOS: Item errado, pois as elementares, objetivas ou subjetivas, s—
se comunicam se o part’cipe tiver conhecimento da sua exist•ncia, sob pena de
responsabilidade objetiva.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

85.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL)


O estrito cumprimento do dever legal Ž causa excludente de ilicitude,
aplicada principalmente a agentes pœblicos ou que exercem fun•‹o
pœblica.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o estrito cumprimento do dever legal Ž
aplicado principalmente aos agentes pœblicos, embora possa ser aplicado, em
alguns casos, aos particulares, quando possuam o dever legal de agir.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

86.! (CESPE Ð 2013 Ð BACEN Ð ANALISTA)


No que se refere ˆ aplica•‹o do direito penal no tempo e no espa•o aos
diversos crimes previstos em leis extravagantes, julgue o item
subsecutivo.
Nos termos do atual C—digo Penal brasileiro, age em leg’tima defesa
quem, usando moderadamente dos meios necess‡rios, repele injusta
agress‹o, atual ou iminente, a direito seu e de outrem.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata defini•‹o do art. 25 do CP:
Art. 25 - Entende-se em leg’tima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necess‡rios, repele injusta agress‹o, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

87.! (CESPE Ð 2013 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)

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Um crime Ž enquadrado na modalidade de delito tentado quando,
ultrapassada a fase de sua cogita•‹o, inicia-se, de imediato, a fase dos
respectivos atos preparat—rios, tais como a aquisi•‹o de arma de fogo
para a pr‡tica de planejado homic’dio.
COMENTçRIOS: Item errado, pois para que haja tentativa Ž necess‡rio que
haja, ao menos, o in’cio da fase de atos execut—rios, e n‹o apenas os atos
preparat—rios, que s‹o, em regra, impun’veis (salvo se a lei expressamente
admitir a puni•‹o destes atos).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

88.! (CESPE Ð 2013 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Na reda•‹o atual do C—digo Penal Brasileiro, o ajuste, a determina•‹o ou
instiga•‹o e o aux’lio, salvo disposi•‹o expressa de lei em contr‡rio, n‹o
s‹o pun’veis se, pelo menos, o delito n‹o Ž tentado.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 31 do CP:
Art. 31 - O ajuste, a determina•‹o ou instiga•‹o e o aux’lio, salvo disposi•‹o expressa
em contr‡rio, n‹o s‹o pun’veis, se o crime n‹o chega, pelo menos, a ser tentado.
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

89.! (CESPE Ð 2013 Ð MPE-RO Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A - ADAPTADA)


Age no estrito cumprimento de dever legal o motorista de ambul‰ncia
que, para salvar a vida de paciente conduzido ao hospital, ultrapassa a
velocidade permitida na via e colide o ve’culo, causando les‹o a bem
jur’dico de terceiro.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o motorista da ambul‰ncia, aqui, age no
estado de necessidade, e n‹o no estrito cumprimento do dever legal, j‡ que est‡
agindo de tal forma para salvar, de perigo atual que n‹o provocou por sua
vontade, direito alheio (a vida alheia).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

90.! (CESPE Ð 2013 Ð MPE-RO Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A - ADAPTADA)


Age em estado de necessidade agressivo o indiv’duo que, ao caminhar
em via pœblica, mata um cachorro que o ataca ao se soltar da coleira de
seu dono
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso h‡ estado de necessidade
defensivo, e n‹o agressivo, j‡ que o agente atacou bem jur’dico pertencente ˆ
pr—pria pessoa que criou a situa•‹o de perigo.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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91.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)
O denominado crime imposs’vel ocorre apenas na hip—tese de absoluta
inefic‡cia, no que se refere ˆ produ•‹o do resultado desejado, do meio
de execu•‹o utilizado pelo agente.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o crime imposs’vel pode ocorrer em raz‹o da
absoluta impropriedade do objeto ou em raz‹o da absoluta inefic‡cia do meio,
nos termos do art. 17 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

92.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Caracteriza-se crime preterdoloso ou preterintencional caso o agente
cause um resultado mais grave que o desejado, em virtude da
inobserv‰ncia do cuidado objetivo necess‡rio, inclusive na modalidade
tentada.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a maioria da Doutrina entende n‹o ser cab’vel
a tentativa de crime preterdoloso, j‡ que o resultado decorre de culpa, e n‹o de
dolo do agente.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

93.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em se tratando de crimes materiais, formais e de mera conduta, Ž
poss’vel a aplica•‹o dos institutos da desist•ncia volunt‡ria e do
arrependimento posterior.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o arrependimento posterior pressup›e a
ocorr•ncia de um resultado natural’stico a ser reparado (pela repara•‹o do dano
ou restitui•‹o da coisa), o que n‹o se admite nos crimes formais ou de mera
conduta, j‡ que nestes o resultado natural’stico n‹o integra o tipo penal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

94.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Para que fique caracterizado o arrependimento eficaz ou a desist•ncia, a
atitude do agente deve ser espont‰nea, ou seja, natural, sincera e
verdadeira.
COMENTçRIOS: Pode haver desist•ncia volunt‡ria ou arrependimento eficaz
quando o agente o faz mediante pedido da v’tima, por exemplo. Assim, n‹o Ž
necess‡rio que o ato seja espont‰neo, mas deve ser sempre volunt‡rio, ou seja,
o agente deve fazer isso porque quer, n‹o porque est‡ temendo ser preso, por
exemplo.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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95.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)
O arrependimento posterior s— pode ser aplicado se crime tiver sido
cometido sem viol•ncia ou grave amea•a a pessoa, se houver repara•‹o
do dano ou restitui•‹o do objeto material antes do recebimento da
denœncia ou da queixa e se o ato do agente for volunt‡rio.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 16 do CP:
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, reparado o
dano ou restitu’da a coisa, atŽ o recebimento da denœncia ou da queixa, por ato
volunt‡rio do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os. (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

96.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Caracterizada a leg’tima defesa putativa, que ocorre quando o agente
tem conhecimento do uso do meio desnecess‡rio ou do uso imoderado
do meio necess‡rio, de sorte que deseje o resultado ou assuma o risco
de produzi-lo, responde o agente pelo resultado a t’tulo de dolo.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a leg’tima defesa putativa ocorre quando o
agente imagina, equivocadamente, a exist•ncia de uma situa•‹o que, se de fato
existisse, tornaria sua a•‹o leg’tima (em raz‹o da leg’tima defesa). Trata-se,
pois, de uma descriminante putativa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

97.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


De acordo com a jurisprud•ncia do STJ, age amparada pelo estrito
cumprimento do dever legal a autoridade policial que dispara tiros de
rev—lver ou pistola contra suspeitos da pr‡tica crimes graves em fuga,
ainda que dessa a•‹o decorra o resultado morte.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a autoridade policial, neste caso, atua em
leg’tima defesa, e desde que haja algum risco ˆ sua integridade f’sica ou ˆ
integridade f’sica de outras pessoas.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

98.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O fato praticado mediante coa•‹o moral irresist’vel Ž t’pico e antijur’dico,
excluindo-se, entretanto, a culpabilidade do coagido, em virtude da
aus•ncia de conduta diversa, um dos elementos da culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA,
por aus•ncia completa de vontade do agente coagido, excluindo o fato t’pico,
enquanto a coa•‹o MORAL irresist’vel exclui a culpabilidade, por inexigibilidade
de conduta diversa, nos termos do art. 22 do CP.

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Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

99.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Quando o agente pratica um crime sob o estado de embriaguez completa,
volunt‡ria ou culposa, a culpabilidade fica exclu’da, dada a aus•ncia do
elemento subjetivo (dolo ou culpa).
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez volunt‡ria ou culposa n‹o
exclui a imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP).
A embriaguez ACIDENTAL (decorrente de caso fortuito ou for•a maior) completa
(aquela que retira completamente do agente a capacidade de entender o car‡ter
il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento) Ž causa de
exclus‹o da imputabilidade penal, nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

100.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Em rela•‹o ao estado de necessidade, adota-se, no C—digo Penal
brasileiro, a teoria diferenciadora, podendo tal estado ser causa de
exclus‹o da ilicitude ou da culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o CP adota a teoria unit‡ria em rela•‹o ao
estado de necessidade, estabelecendo que o estado de necessidade, em nosso
caso, Ž sempre justificante (seja o bem sacrificado de valor menor ou igual ao
bem protegido). A teoria diferenciadora, n‹o adotada pelo CP, Ž que estabelece
a diferen•a entre estado de necessidade justificante (quando o bem sacrificado Ž
de valor menor que o protegido) e estado de necessidade exculpante (quando o
bem sacrificado Ž de valor igual ao protegido).
H‡, porŽm, na Doutrina, quem sustente que Ž poss’vel o estado de necessidade
exculpante em nosso direito penal, quando o bem sacrificado for de valor maior
que o bem protegido, mas, nas circunst‰ncias, n‹o seja poss’vel exigir do agente
conduta diversa (exclus‹o da culpabilidade por inexigibilidade de conduta
diversa).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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3! GABARITO

1.! ERRADA
2.! ERRADA
3.! ERRADA
4.! CORRETA
5.! ERRADA
6.! CORRETA
7.! CORRETA
8.! CORRETA
9.! ERRADA
10.! ERRADA
11.! CORRETA
12.! ERRADA
13.! CORRETA
14.! CORRETA
15.! CORRETA
16.! CORRETA
17.! ERRADA
18.! ERRADA
19.! CORRETA
20.! ERRADA
21.! ERRADA
22.! CORRETA
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! ERRADA
26.! ERRADA
27.! ERRADA
28.! ERRADA
29.! CORRETA
30.! ERRADA
31.! ERRADA
32.! ERRADA
33.! ERRADA

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DIREITO PENAL Ð 1000 QUESTÍES COMENTADAS DO CESPE
Curso de quest›es comentadas
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