ATA DA REUNIAO DO GRUPO ESTADUAL DE REFORMA AGRÁRIA REALIZADA EM
02/07/2008.
Às nove horas e trinta minutos do dia dois de julho do ano
de dois mil e oito, no auditório do Banco da Amazônia, sito a Avenida Presidente Dutra, em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia; deu-se inicio a reunião do Grupo Estadual da Reforma Agrária, com os conselheiros constantes do livro de presença. Inicialmente o Delegado da DFDA em Rondônia, Coordenador do GERA, Sr. Olavo Nienow, declarando aberta a reunião, apresentou a proposta de pauta assim distribuída: a) Informes; b) O PRONAF e as Resoluções do CMN sobre licenciamento ambiental; e c) Outros assuntos. A pauta foi aprovada por unanimidade e em seguida o Senhor Delegado passou a relatar os informes. Relatou a realização da Primeira Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Solidário e Sustentável ocorrida em Olinda no Estado de Pernambuco. Ainda neste ponto o Senhor Wilson Destro, da CEPLAC também relatou suas impressões destacando a boa participação dos diversos setores sociais presentes no meio rural brasileiro como os indígenas, quilombolas e principalmente das mulheres. Segundo a Articuladora Estadual da SDT para os Territórios, senhora Ana Maria Avelar, que também esteve presente naquele evento, as mulheres representaram cerca de quarenta e cinco por cento do total da Conferência. Em seguida o Senhor Olavo relatou o que tinha de conhecimento a cerca do Programa Mais Alimentos a ser anunciada pelo Excelentíssimo Presidente da República no dia 03 de julho. Destacou as novas medidas de crédito, de apoio a comercialização e de pesquisa tecnológica como medida para aumentar a produtividade da agricultura familiar a fim de responder ao aumento mundial de demanda por alimentos, ao mesmo tempo que se inicia a produção de biocombustíveis; tudo isso sem aumentar a área plantada ou de derrubada da floresta no bioma amazônico no nosso caso específico. Relatou ainda o esforço para melhorar o grau de mecanização com o acordo entre governo federal e a indústria de bens de capital desse setor para diminuir o custo de aquisição de máquinas específicas para atender a produção na agricultura familiar. Antes de passar para o segundo ponto de pauta o Senhor Delegado e Coordenador do GERA pediu licença para se ausentar haja vista sua viagem para Brasília cujo embarque estava marcado para onze horas e trinta minutos deste mesmo dia. A coordenação da reunião foi passada para o senhor Jorge Werley Ferreira, analista da DFDA-RO. Colocando o segundo ponto de pauta em discussão, o senhor Jorge fez breve relato dos encaminhamentos tomados nas últimas reuniões do GERA a cerca dos entraves na liberação dos créditos de PRONAF em especial no que concerne aos aspectos fundiários e ambientais. Antes de sair o senhor Olavo solicitou um relato sobre a força tarefa que estava trabalhando em Machadinho do Oeste afim de conceder licenciamento ambiental. O senhor Ademar Cardoso, representando a SEDAM relatou o estágio em que se encontra o desenrolar do acordo entre o governo do Estado, o governo Federal e a Prefeitura de Machadinho do Oeste para liberação do licenciamento ambiental dos assentamentos. A senhora Dolores (da SEPLAN) calcula que em mais 40 dias já teremos algum resultado prático desse acordo. Voltando ao ponto de pauta, o senhor Jorge lembra que na última reunião do GERA a discussão sobre regularização ambiental ficou suspensa porque a Resolução 3545 ainda não havia sido contemplada nos normativos internos dos bancos presentes. A senhora Glória (do Banco da Amazônia) distribuiu cópia de documentação acerca da interpretação do banco ressaltando que foi transcrita quase ips litera a resolução 3545. Entre os documentos distribuídos para conhecimento constava o “Atestado de Revestimento Florístico” a ser assinado pelo tomador do crédito no Banco da Amazônia. O senhor Valdemar Spagnol, representante da FETAGRO, expôs sua preocupação e questionou se tal comprovação e declaração não era competência do INCRA; se não era mais um encargo para o agricultor. O senhor Wilson Evaristo, Superintendente do BASA argumentou que esse documento funciona com uma declaração do estado atual da propriedade no momento da liberação do crédito; exemplificou com um caso em que um tomador que no momento da liberação tem oitenta por cento de área preservada nos meses seguinte avança sobre a floresta e quando houver fiscalização sobre esse novo estado florístico o banco tem como comprovar o estado na liberação. O sr. Wilson ressalta ainda que qualquer que seja o estado atual do revestimento florístico, se houve tac, a tendência é evoluir para os níveis previsto na legislação e não o contrário, esse é o entendimento do banco. A senhora Luber Kátia (do INCRA) ressalta que o convênio com a SEDAM para licenciamento ambiental do assentamento se dará quando pelo menos sessenta por cento das parcelas tiverem sua licenças individuais liberadas. O senhor Manoel Messias (do INCRA) complementa o raciocínio de que nesse estágio restarão quarenta por cento ainda sem licença, portanto o banco tem razão ao exigir esse compromisso do agricultor. De qualquer forma o senhor Wilson Evaristo se compromete a remeter esse questionamento a diretoria do BASA. Ainda neste ponto de pauta, foi registrada a ausência do Banco do Brasil e ficou como tarefa para a DFDA manter contato com o senhor Fernando Pelisser para verificar qual a interpretação do BB sobre a resolução 3545 e repassar por e-mail aos presentes nesta reunião do GERA. Tendo em vista o lançamento do novo plano safra, as modificações no PRONAF e a Medida Provisória 432, ficou marcada uma reunião extra-ordinária do GERA para o dia 23 de julho do corrente ano, no auditório da CONAB. Para finalizar e entrando na parte de outros informes e assuntos, o Superintendente do BASA, senhor Wilson Evaristo questionou o representante da Emater sobre os motivos pelo quais os contratos de custeio não são apresentados ao BASA. O representante da Emater, senhor Carneiro, responde que não sabe o motivo preciso, porém imagina que seja por causa da maior rede de atendimento do Banco do Brasil ou de algum entrave de relacionamento com os gerentes do BASA; ressalta ainda que não é nenhuma determinação da Emater apenas foi uma tradição que se foi fixando no dia a dia do extencionista. O senhor Valdemar Spagnol lembra que já houve muita dificuldade para conseguir esses créditos de custeio no BASA por exigências específicas que o Banco do Brasil não fazia e nem faz. O sr Wilson garante que esses entraves ficaram no passado e que agora segue o MCR tão a risca quanto o Banco do Brasil, nada mais nada menos. Em assim sendo ficou acordado que será feito um esforço de divulgação para os técnicos da Emater, bem como da Cootraron no sentido de enviarem demandas de custeio também para o BASA. Nada mais havendo a tratar o senhor Jorge Werley deu por encerrada a reunião, convocando desde já os presentes para a reunião extra-ordinária do GERA no dia 23 de julho, às nove horas, no auditório da CONAB.