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Princípios de Modelagem Matemática

Aula 04

Prof. José Geraldo

DM  CEFET/MG
13 de março de 2019
Análise dimensional

1 Análise dimensional
Sumário
O teorema Pi de Buckingham (continuação)
Exercícios
Modelos em escala

Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04


Sumário
O teorema Pi de Buckingham (continuação)
Análise dimensional
Exercícios
Modelos em escala

Sumário

A análise dimensional permite

encontrar relações entre variáveis e parâmetros de um modelo


sem resolvê-lo;
obter relações de escala entre variáveis e parâmetros.
É uma ferramenta limitada.

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Sumário
O teorema Pi de Buckingham (continuação)
Análise dimensional
Exercícios
Modelos em escala

Sumário

O teorema π de Buckingham fornece um algoritmo para se


estabelecer relações adimensionais entre parâmetros e variáveis
de um modelo.

A ideia básica consiste no seguinte:

Suponha que um modelo matemático possua um total de N


variáveis e parâmetros (escalares).
Suponha que estas N variáveis e parâmetros envolvam m
dimensões fundamentais.
Então é possívem obter N − m relações adimensionais
envolvendo tais parâmetros e variáveis.

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O teorema Pi de Buckingham (continuação)
Análise dimensional
Exercícios
Modelos em escala

O teorema Pi de Buckingham

Teorema
a Considere um sistema de N variáveis e parâmetros envolvendo m
dimensões fundamentais. Então, N − m quantidades adimensionais πi
podem ser denidas como produtos e quocientes das variáveis e dos
parâmetros originais. Cada equação escalar

f (x1 , . . . , xk , p1 , . . . pl ) = 0

envolvendo as variáveis x1 , . . . , xk e os parâmetros p1 , . . . pl de um


modelo matemático podem ser trocados por uma relação correspondente
entre os πi :
f ∗ (π1 , . . . πN −m ) = 0.
a
E. van Groesen, J. Molenaar, Continuum Modeling in the Physical Sciences
(SIAM, Philadelphia, 2007).

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Sumário
O teorema Pi de Buckingham (continuação)
Análise dimensional
Exercícios
Modelos em escala

O teorema Pi de Buckingham

Exemplo: Considere o pêndulo simples, na ausência de forças


dissipativas. As variáveis e os parâmetros de interesse são o
l
comprimento do pêndulo , o módulo da aceleração da gravidade g,
a massa do pêndulo m, o período de oscilação τ , a amplitude
angular θM e a tensão na corda T . Vamos aplicar o teorema π de
Buckingham para obter quantidades adimensionais envolvendo
estas variáveis e parâmetros.

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O teorema Pi de Buckingham (continuação)
Análise dimensional
Exercícios
Modelos em escala

O teorema Pi de Buckingham

Quantidades derivadas Dimensão

comprimento do pêndulo l L
aceleração da gravidade g LT−2
massa do pêndulo m M
período de oscilação τ T
amplitude angular θM 1
tensão na corda T MLT−2
Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo do pêndulo
sem fricção.

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O teorema Pi de Buckingham

Da tabela anterior nota-se que há seis variáveis e parâmetros


como quantidades ou grandezas derivadas. Estas grandezas
envolvem apenas três dimensões fundamentais, L, T e M.
Portanto, de acordo com o teorema, podemos construir três
relações adimensionais envolvendo estas variáveis e parâmetros.

Escolhemos, então, três das quantidades derivadas como


quantidades primárias. Vamos escolher l , g e m para
representar este papel. Sobram τ, T e θM .

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O teorema Pi de Buckingham (continuação)
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O teorema Pi de Buckingham

Os três grupos adimensionais são

π1 = la 1
gb 1
mc τ,
1

π2 = la 2
gb 2
mc T ,
2

π3 = la 3
gb 3
m c θM .
3

Os expoentes ai , bi e ci devem ser determinados de modo que


os πi sejam adimensionais.

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Exercícios
Modelos em escala

O teorema Pi de Buckingham

Escolhemos l , g e m como quantidades primárias. Sobram,


então, τ, T e θM .

Os três grupos adimensionais são

π1 = la 1
gb 1
mc τ,
1

π2 = la 2
gb 2
mc T ,
2

π3 = la 3
gb 3
m c θM .
3

Os expoentes ai , bi e ci devem ser determinados de modo que


os πi sejam adimensionais.

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O teorema Pi de Buckingham (continuação)
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Exercícios
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O teorema Pi de Buckingham

Para π1 , tem-se a1 = −1/2 = −b1 , e c1 = 0. Logo,

g
r
π1 = τ .
l
l /g .
p
Isto já era esperado pois, como já vimos, τ = 2π
Portanto, π1 = 2π .

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Exercícios
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O teorema Pi de Buckingham

Para π2 , tem-se a2 = 0, e b2 = c2 = −1. Logo,

T
π2 = . (1)
mg
O teorema estabelece que o módulo da tensão T é
diretamente proporcional ao módulo da força peso mg .
Mas a constante de proporcionalidade π2 não é constante!

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O teorema Pi de Buckingham

Para ver isto, considere o modelo do pêndulo simples sem


fricção.

A força-peso e a tensão são as únicas forças a agir sobre o


pêndulo.

A força-peso é sempre constante ao longo do movimento: tem


o mesmo módulo e sempre aponta na direção vertical para
baixo.

E quanto à tensão?

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O teorema Pi de Buckingham

A tensão aponta para o centro do movimento circular.


Portanto, sua direção varia ao longo do movimento.

Mas, o que dizer sobre o seu módulo? Vamos denotar T (θ) o


valor do módulo da tensão quando o pêndulo descreve um
ângulo θ com a vertical.

Para responder isto, sem resolver o modelo, vamos


considerar o pêndulo em duas situações: quando está no ponto
mais alto de sua trajetória e quando está no ponto mais baixo.

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Exercícios
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O teorema Pi de Buckingham

No ponto mais baixo de sua trajetória, i.e., quando o pêndulo


está alinhado com a vertical,

tanto a força-peso quanto a tensão possuem a mesma direção


(a vertical), mas sentidos opostos;
o módulo da velocidade do pêndulo é máximo (por quê?).
Nesta situação a força resultante qua atua sobre o pêndulo
tem direção vertical e, por causa do movimento circular,
aponta para o centro do movimento. Logo,

T (0) − mg = FR (0) , (2)

onde FR (0) denota a força resultante no ponto mais baixo da


trajetória, i.e., quando o ângulo θ que o pêndulo descreve com
a vertical é nulo.

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O teorema Pi de Buckingham

Agora, considere o caso em que o pêndulo está no ponto mais


alto de sua trajetória. Considere o ângulo que o pêndulo
descreve com a vertical como θM .
Nesto ponto mais alto da trajetória,

a força-peso mantém a direção vertical, mas a tensão aponta


para o centro do movimento;
a velocidade instantânea do pêndulo é nula.
Nesta situação, a componente da força resultante que aponta
para o centro do movimento é nula (por quê?) e, portanto,

T (θM ) − mg cos θM = 0. (3)

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O teorema Pi de Buckingham

Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que


T (θM ) < T (0).

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Exercícios
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O teorema Pi de Buckingham

Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que


T (θM ) < T (0).
Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do
movimento do pêndulo.

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Exercícios
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O teorema Pi de Buckingham

Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que


T (θM ) < T (0).
Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do
movimento do pêndulo.

Portanto, a relação adimensional (1) deve ser mudada para

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Exercícios
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O teorema Pi de Buckingham

Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que


T (θM ) < T (0).
Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do
movimento do pêndulo.

Portanto, a relação adimensional (1) deve ser mudada para

T
π2 =
mg

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O teorema Pi de Buckingham (continuação)
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Exercícios
Modelos em escala

O teorema Pi de Buckingham

Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que


T (θM ) < T (0).
Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do
movimento do pêndulo.

Portanto, a relação adimensional (1) deve ser mudada para

T (θ)
π2 (θ) = ,
mg
onde θ é o ângulo que o pêndulo descreve, instantaneamente, com
a vertical.

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Para pensar...

1 Embora a relação adimensional π2 não seja constante, mas


dependa do valor instantâneo de θ , ainda podemos usá-la para
obter relações de escala? Por exemplo, para um valor xo de
θ, se o valor da massa do pêndulo aumentar r vezes, espera-se
que o valor da tensão T (θ) aumente na mesma razão?
2 Que hipóteses ou suposições são levadas em conta para
responder a questão acima?

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O teorema Pi de Buckingham

Para π3 , tem-se a3 = b3 = c3 = 0. Logo,

π3 = θM . (4)

Isto quer dizer que a amplitude do movimento θM  o máximo


valor do ângulo que o pêndulo descreve com a vertical  não
depende das demais variáveis e parâmetros que entendemos
ser de interesse.

De fato, θM só depende das condições iniciais do movimento,


i.e., da posição da qual o pêndulo partiu e da sua velocidade
neste momento.

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O teorema Pi de Buckingham

Exemplo: Um pêndulo de formato esférico oscila imerso em um


uido viscoso. As variáveis e os parâmetros de interesse são o
l
comprimento do pêndulo , o módulo da aceleração da gravidade g,
a massa do pêndulo m, o período de oscilação τ , a tensão na corda
T e, além destas, a viscosidade do uido η, a densidade do uido
ρf e o diâmetro do pêndulo d . Vamos aplicar o teorema π de
Buckingham para obter quantidades adimensionais envolvendo
estas variáveis e parâmetros.

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O teorema Pi de Buckingham

Para começar, as dimensões da viscosidade do uido η e da


densidade do uido ρf são

[η] = ML−1 T−1 ,

[ρf ] = ML−3 .

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O teorema Pi de Buckingham

Quantidades derivadas Dimensão

comprimento do pêndulo l L
aceleração da gravidade g LT−2
massa do pêndulo m M
período de oscilação τ T
tensão na corda T MLT−2
viscosidade do uido η ML−1 T−1
densidade do uido ρf ML−3
diâmetro do pêndulo d L
Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo do pêndulo
imerso em um uido viscoso.

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O teorema Pi de Buckingham

Escolhemos l , g e m como quantidades primárias. Sobram,


então, τ, T , η, ρf e d .
As relações adimensionais são

π1 = la 1
mb
1
g c τ,
1

π2 = la 2
mb
2
gc T,
2

π3 = la 3
mb
3
g c η,
3

π4 = la 4
mb
4
g c ρf ,
4

π5 = la 5
mb
5
gc d.
5

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O teorema Pi de Buckingham

Temos, novamente, a1 = −1/2 = −b1 , e c1 = 0 e a2 = 0, e


b2 = c2 = −1. Logo,

g
r
π1 = τ ,
l
e
T
π2 = .
mg
Estas relações adimensionais coincidem com aquelas obtidas
para o caso sem fricção. A resistência imposta pelo uido ao
movimento não exerce nenhum papel sobre elas?

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O teorema Pi de Buckingham

Quanto a π3 , temos a3 = 3/2, b3 = −1 e c3 = −1/2, o que


produz

l3
s
η
π3 = . (5)
m g
Se multiplicarmos π1 e π3 , obteremos outra relação
adimensional:
τ ηl
π 0 = π1 π3 = . (6)
m

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O teorema Pi de Buckingham

Portanto, para sermos honestos, devemos considerar que π1 e


π 0 são funções adimensionais dos parâmetros e variáveis , l g,
m, τ , T , η, ρf e d .
Por exemplo, no caso em que a viscosidade do uido é
sucientemente pequena (movimento subamortecido), temos

l 2d 2η2l −1/2
s 

4m 2 g
τ = 2π 1 − ,
g

2d 2η2l −1/2
ou seja,


π1 = 2π
4m 2 g
1 − . (7)

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Exercícios

1 Obtenha, para o modelo do pêndulo com fricção, as demais


relações adimensionais π4 e π5 .
2 O que se pode dizer acerca da dependência da viscosidade do
uido η com o comprimento do pêndulo l , o módulo da
aceleração da gravidade g e a massa do pêndulo m? Baseado
em sua resposta, o que se pode dizer acerca da relação π3
obtida para o pêndulo com fricção?

3 Sem conhecer a forma funcional de π1 para o pêndulo com


fricção, é possível obter uma relação de escala entre o período
do pêndulo e seu comprimento?

4 Obtenha relações adimensionais para o modelo do pêndulo


com fricção usando as quantidades l , η e ρf como primárias.

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Modelos em escala

Em muitas situações, objetos e dispositivos são estudados a


partir de suas reproduções em escala (protótipos, maquetes,
etc).

Espera-se obter, a partir de relações conhecidas entre variáveis


e parâmetros do modelo matemático em questão, quantidades
associadas ao objeto pelas medidas efetuadas sobre o
protótipo.

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Exercícios
Modelos em escala

Modelos em escala

Exemplo: A frequência natural de vibração ω de uma viga depende


de sua densidade de massa ρ, do módulo de elasticidade
(propriedade do material)E , do seu comprimento l , de sua
profundidade h e da sua seção reta A. Se uma viga e seu protótipo
são construídos do mesmo material e todos os seus comprimentos
estão na escala 1:5, como as frequências naturais da viga e do
protótipo se relacionam?

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Modelos em escala

Modelos em escala

Quantidades derivadas Dimensão

comprimento da viga L l
densidade da viga ML−3
ρ
frequencia de oscilação ω T−1
módulo de elasticidade E ML−1 T−2
profundidade h L
área de seção reta A L2
Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo de vibração de
uma viga.

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Modelos em escala

Nesta situação, vamos denir as seguintes quantidades


escalonadas:

l∗ = lp /lo = 1/5,
ρ ∗
= ρp /ρo = 1,
E ∗
= Ep /Eo = 1,
h∗ = hp /ho = 1/5,
A∗ = Ap /Ao = 1/25,
ω ∗
= ωp /ωo .

Os subescritos peo referem-se ao protótipo e ao objeto


(viga).

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Modelos em escala

Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ.

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Exercícios
Modelos em escala

Modelos em escala

Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ.


Assim, obtemos as relações adimensionais

E
π1 =
ω2l 2ρ
,
π2 = h /l ,
π3 = A/l 2 .

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Modelos em escala

Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ.


Assim, obtemos as relações adimensionais

E
π1 =
ω2l 2ρ
,
π2 = h /l ,
π3 = A/l 2 .
Da expressão para π1 obtemos

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Exercícios
Modelos em escala

Modelos em escala

Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ.


Assim, obtemos as relações adimensionais

E
π1 =
ω2l 2ρ
,
π2 = h /l ,
π3 = A/l 2 .
Da expressão para π1 obtemos

E
ω2 ∝
l 2ρ
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Modelos em escala

Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ.


Assim, obtemos as relações adimensionais

E
π1 =
ω2l 2ρ
,
π2 = h /l ,
π3 = A/l 2 .
Da expressão para π1 obtemos

(ω ∗ )2 ∝
E∗
(l ∗ )2 ρ∗

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Modelos em escala

Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ.


Assim, obtemos as relações adimensionais

E
π1 =
ω2l 2ρ
,
π2 = h /l ,
π3 = A/l 2 .
Da expressão para π1 obtemos

ω ∗ ∝ 1 /l ∗ = 5 .

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Exercícios
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Modelos em escala

Deste modo, se supormos que π1 é constante tanto para o


protótipo quanto para a viga, então ω ∗ = 5, ou seja,
ωp = 5ωo .

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Exercícios

1. Qual seria a relação entre as frequências naturais de vibração


do modelo de viga de aço e do protótipo caso o protótipo seja
construído usando-se material plástico, que tem densidade dez
vezes menor que a do aço e módulo de elasticidade mil vezes
menor. Todos os comprimentos do protótipo são reduzidos em
uma escala 1:5 em relação ao modelo da viga de aço. Como as
frequências se relacionam?

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Exercícios
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Exercícios: a matriz dimensional

2. Encontrar as relações adimensionais, conforme o teorema π de


Buckingham, se resume em encontrar o núcleo ou espaço-nulo
de uma matriz, chamada de matriz dimensional. Esta matriz é
construída da seguinte maneira:
a) as colunas da matriz são indexadas pelas grandezas de
interesse; primeiro as grandezas ou quantidades primárias, a
seguir, as demais grandezas;
b) as linhas são indexadas pelas grandezas fundamentais;
c) a entrada i , j da matriz corresponde ao expoente da i-ésima
grandeza fundamental na j-ésima grandeza de interesse.

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Exercícios: a matriz dimensional

2... Por exemplo, no caso do pêndulo sem fricção, elegemos as


grandezas l , g e m como quantidades primárias. Sobram,
então, τ, T e θM e as grandezas fundamentais são
comprimento, tempo e massa. A matriz dimensional é dada
por
l g m τ T θM 
L

M= T 
1
0
1
−2
0
0
0
1 −2
1 0
0 
M 0 0 1 0 1 0

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Exercícios
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Exercícios: a matriz dimensional

2... Obter as relações adimensionais se resume a obter o


espaço-nulo ou o núcleo da matriz dimensional M. No caso do
pêndulo sem fricção, consiste em obter as soluções da equação

M x = 0,
x= a b c d e f T , i.e.,
 
onde

a
 
  b   
1 1 0 0 1 0
c 0
 
 
−2 −2 = .
0 0 1 0
d 0 (8)
 
 
0 0 1 0 1 0
e 0
 
 
f
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Exercícios
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Exercícios: a matriz dimensional

2... Use a Eq. (8) para obter as relações adimensionais do pêndulo


sem fricção.

3. Obtenha a matriz dimensional para o caso do pêndulo com


fricção e obtenha as relações adimensionais correspondentes.

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