Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Selecao de Materiais PDF
Selecao de Materiais PDF
Disciplina Materiais
Grupo:
Edmar 412881
Evelyn 612634
Rita 412805
Rubens 517828
Suzy 518174
Resumo Pág. 03
1.Introdução Pág. 04
2.Elaboração da SM Pág. 05
9.Referências Pág. 16
2
Resumo
Uma atividade das mais importantes para o engenheiro de materiais e também para
profissionais de outras especialidades tecnológicas é a seleção de materiais (SM). Neste
trabalho se apresenta os principais requisitos de seleção e as diferentes situações nas quais
se exerce a SM. Em seguida discutiremos a aplicação das visões "macroscópica" e
"microscópica", a primeira necessária nos estágios iniciais do processo, para que nenhuma
oportunidade de seleção seja perdida, e a segunda mais adequada ao detalhamento final,
após aplicação das restrições pertinentes. Segue a apresentação do conceito de índice de
mérito (IM) e a metodologia para sua dedução. O IM é uma fórmula algébrica que no
contexto de determinado requisito identifica as variáveis importantes e suas relações
funcionais. Por fim discute-se a metodologia de formalização dos procedimentos de SM
através de matrizes de decisão.
3
1. Introdução
A Seleção de Material (SM) é uma das atividades mais importantes que pode ser destinada
a um Engenheiro de Produção dentro da elaboração de um projeto. É complexa, que exige
do profissional responsável uma gama de conhecimento e a necessidade de parcerias de
profissionais de outras áreas, tais como, por exemplo, Engenharia Mecânica e Matérias
entre outras. Decisões inadequadas ou inapropriadas podem ser desastrosas , tanto do ponto
de vista econômico como de ponto de vista de segurança.
Para uma dada aplicação do futuro projeto onde a seleção de um material apresente uma
propriedade ou uma combinação de propriedade que seja desejável ou ótima, os elementos
desse processo de seleção envolvem a decisão dos limites e das restrições do problema e, a
partir desses limites, o estabelecimento de critérios que possam ser utilizados na SM para a
maximização do desempenho destes.
4
2. Elaboração de SM
O fluxograma acima reforça a idéia de que a SM, para ser bem elaborada, depende de
diversas etapas, desde o início ao fim do processo, e cada uma dessas etapas depende de
informações diferentes.
5
principais: (1) a função – o que o objeto deve fazer; (2) em que ambiente deverá operar; (3)
por quanto tempo, e (4) qual o custo da solução encontrada e como este se compara com as
expectativas
3. Diferentes necessidades de SM
Afim de atender a estas demandas a engenharia deve colocar em prática mecanismos que
permitam prever a eficácia e a durabilidade das soluções encontradas para a fabricação de
um determinado produto. Isto requer o desenvolvimento de parâmetros específicos que
permitam quantificar a eficácia da escolha de um determinado material para a fabricação de
um produto e permita ao engenheiro conhecer, de maneira rápida todo o universo de
materiais que possam atender à sua demanda e escolher dentro deste universo aquele que
melhor se adeque à solução buscada.
6
conjunto de pedais em nylon reforçado com fibra de vidro, utilizado em um
automóvel FIAT, que pesa 2,7 kg (cerca de metade do conjunto original em aço) e
custa cerca de 20% menos.
• Novas condições de serviço: exemplificadas por aumento de pressão e temperatura
em um equipamento de processo na indústria química.
• Materiais versus processo. Há casos em que é necessário proceder a substituição de
materiais para permitir a adoção de um processo de fabricação mais econômico.
• Redução de peso: este é um requisito universal para qualquer produto que seja
móvel. A indústria automotiva é especialmente sensível a este aspecto, que como
mostra a Figura 2, está fortemente relacionado com o consumo de combustível. A
Tabela I associa materiais a economia de peso na indústria automotiva. Os dados
são fornecidos em termos de igual rigidez e resistência, isto é, já incluem diferenças
de seção causadas pelos diferentes valores do módulo de elasticidade (E) e tensão
de escoamento (σy). Da figura e da tabela fica claro que substituição de materiais
tem enorme potencial para redução de massa.
7
. Figura 2. Efeito da massa do automóvel no consumo de combustível.
Tabela I. Economia de Massa (em %) Obtida Pela Substituição do Aço Baixo Carbono por
Diferentes Materiais, em Partes do Automóvel Construídas por Chapas Finas
8
(a) (b)
4. Índice de Mérito
Para buscar soluções o engenheiro necessita lançar mão de bancos de dados com
informações que atendam o problema específico de seu projeto, e de um modelo que
permita julgar o desempenho dos diversos materiais para função específica desejada. O
conceito importante neste caso é o de Índice de Mérito (ou índice de desempenho) que rege
a aplicação buscada.
O Índice de Mérito (IM) é uma fórmula algébrica que expressa um compromisso entre duas
características ou propriedades. Em sua forma mais simples um IM é geralmente uma
fração, tendo no numerador a propriedade que se quer maximizar e no denominador a que
se deseja minimizar. Desta forma, o material que fornecer o maior valor é o mais
adequado.
9
Para se deduzir o IM devem ser seguidas algumas etapas:
m =A.l.ρ (1)
10
Figura 4. Representação de um tirante submetido à um carregamento trativo de uma força
F; A é a área da seção transversal resistente do tirante.
(2)
Onde σ f é a tensão de falha do material, e Sf, o fator de segurança. Eliminando A das das
equações (1) e (2) tem-se que
(3)
Pode-se notar que a equação (3) fornece uma expressão na qual, o lado direito tem um
primeiro grupo de variáveis que caracterizam os parâmetros (os requerimentos) funcionais
do projeto, que são a carga e o fator de segurança; um segundo grupo de parâmetros
especificam a geometria do projeto, que é o comprimento do tirante; o terceiro grupo de
parâmetros define as propriedades do material. A melhor solução para o projeto de um
11
tirante leve é aquela que propõe um material com menor valor de (ρ/sf). Para uma melhor
adequação usa-se o conceito de IM que é exatamente o inverso dessa razão, assim, aquele
que possui o máximo valor de M é uma material que possui alto nível de desempenho.
(4)
M é denominado índice de desempenho para o tirante.
12
Considerando a aplicação do tirante leve, o mapa de propriedades de interesse é gerado em
um espaço limite de escoamento, σf, versus densidade, ρ. Este mapa é mostrado na figura 3
em escalas log-log. Para utilização do mapa de propriedades (a luz do critério estabelecido
no modelo), aplica-se logarítmo em ambos os lados da equação (4). Deste modo tem-se:
(5)
A equação (5) representa uma reta de coeficiente angular igual a 1 que pode ser traçada
sobre o mapa. Diferentes valores de M representam diferentes retas sobre o mapa. Os
materiais cujas envoltórias são cortadas pela reta que corresponde a um valor de M têm o
mesmo valor do IM. Em princípio, atenderão da mesma maneira ao critério estabelecido
pelo modelo. No mapa são indicados alguns materiais que seriam aprovados pelo critério de
índice de mérito M = sf/ρ = 85. São aqueles que são cortados ou se situam acima da reta
M=85.
13
Outros critérios serão usados em etapas mais avançadas do projeto, como o processo de
fabricação e o custo dos materiais. Estes critérios deverão reduzir a escolha dos materiais
até chegar-se a um único material selecionado.
Ao decidir em relação ao melhor material, pode ser interessante construir uma tabela
empregando os resultados dos vários critérios que foram usados. A tabulação incluiria, para
todos os materiais candidatos, o índice de desempenho, custos, etc., de acordo com cada
critério, assim como comentários referentes a quaisquer outras considerações importantes.
Essa tabela coloca em perspectiva as questões que são realmente importantes e facilita o
processo final de tomada de decisão.
O processo de seleção pode ser esquematizado como a Figura 4. Inicialmente existe uma
gama de opções de materiais que possivelmente podem ser adaptados a um projeto de modo
a não perder nenhuma oportunidade razoável. Mas conforme a aplicação de sucessivas
restrições transforma essa abordagem inicial em uma mais detalhada e seletiva à medida
que o processo se move para a direita da figura, o que dá a forma de um funil. Pode-se dizer
que o processo de seleção inicia com uma abordagem macroscópica e termina com uma
abordagem microscópica.
14
Figura 7. O “afunilamento” de um típico procedimento de seleção de materiais e alguns
critérios de decisão ao longo do evento.
7. Matrizes de Decisão
15
• Mercadológico – custo (função do nicho do mercado); escala de produção (tamanho do
mercado consumidor); durabilidade, estética, etc.
• Técnico – deve-se conhecer o efeito das propriedades mecânicas e físicas no contexto das
condições de operação: ex. o valor da tenacidade para um componente estático e para um
componente dinâmico terá pesos diferentes.
8. Considerações Finais
Para selecionar os materiais alguns dados devem ser recolhidos e procedimentos devem ser
adotados, de forma que o produto atenda aos requisitos do mercado e seja viável ao
ambiente.
Deve-se dar grande importância não apenas ao material e suas características físicas
macroscópicas, como também a propriedades advindas de características microscopias e ao
processo ao qual o material deve ser submetido, pois este pode ser uma restrição de suma
importância dentro do projeto.
Por fim, é importante realçar que, na prática, vários requisitos devem ser obedecidos ao
mesmo tempo, o que conduz a situações pouco claras. É importante então sistematizar os
procedimentos de SM via o uso de matrizes de decisão.
16
9. Referências
ASM Handbook, Vol. 20., Materials selection and Design, ASM International, Materials
Park, OH, 1997.
17