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Antropologia Cultura Unidade 4 PDF
Antropologia Cultura Unidade 4 PDF
Introdução.....................................................................................................................05
4.3 Gênero, religião e pessoas com necessidades especiais nas relações de trabalho................. 11
Síntese...........................................................................................................................18
Referências Bibliográficas.................................................................................................19
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Capítulo 4
As questões étnico-raciais no
mercado de trabalho
Introdução
O mundo moderno é palco de problemas étnicos, raciais, de gênero e de aceitação do “diferen-
te” em amplo sentido. O reconhecimento das diferenças, sejam elas políticas, sociais, culturais
ou de gênero, é um dos focos da Antropologia, que vem contribuindo para uma melhor compre-
ensão das relações humanas.
No mercado de trabalho e nas relações de consumo, essas diferenças tornam-se ainda mais gri-
tantes. A ciência antropológica busca estudara heterogeneidade, desenvolvendo um novo olhar
sobre a experiência humana no tempo e no espaço. O mundo globalizado possui uma caracterís-
tica muito complexa: os choques culturais nascem, muitas vezes, de incertezas e estranhamentos,
da ênfase colocada no indivíduo, em que o “outro” torna-se o nosso inimigo reconhecido.
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Antropologia e cultura
É certo dizer que esse entendimento vigora entre certos grupos sociais que buscam influenciar
processos educativos e as relações de trabalho e de consumo, entre outros aspectos sociais.
Veem-se ideias, comportamentos e posturas forjados do século XVI, que a globalização e univer-
salização dos modelos culturais só deixou ainda mais em evidência.
Envolvido pelos conceitos de raça, etnia e racismo, encontram-se o preconceito racial, a discri-
minação racial e a segregação, fenômenos que expressam o racismo e correspondem a dife-
rentes graus de violência. O preconceito implica um sentimento ou uma ideia estereotipada de
características individuais ou grupais, que correspondem a valores negativos (LIMA, 2008).
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Antropologia e cultura
CASO
No ambiente de trabalho, a discriminação pode ocorrer por parte dos outros funcionários, pelos
administradores e até mesmo pelo contato com o público da empresa ou instituição. Foi o caso
ocorrido no Distrito Federal em um salão de beleza, que ganhou visibilidade em todo o Brasil.
Em 2014, uma australiana que vive no Brasil foi denunciada duplamente por racismo pelo Mi-
nistério Público do Distrito Federal. Louise Stephanie Garcia Gaunt se recusou a ser atendida por
uma manicure negra em um salão de Brasília. A mulher também é investigada por discriminação
a duas funcionárias terceirizadas da Companhia Energética de Brasília (CEB), empresa em que
trabalhava. Além disso, Louise justificou as suas atitudes durante interrogatório afirmando sim-
plesmente que teria sido criada em ambiente estrangeiro e não foi acostumada a ter relação com
pessoas negras. A australiana responde a processos (BARBOSA apud EXAME, 2015).
Se a globalização, por um lado, trouxe um contato maior entre diferentes grupos sociais, por ou-
tro, intensificou os conflitos e reconfigurou a luta por espaços e direitos. Isso se deve também ao
fato de a globalização suprimir a comunicação entre esses diferentes elementos – a experiência
de conhecer o outro não é valorizada e isso provoca impactos econômicos, políticos, no modo
de perceber o tempo, na divisão dos espaços e na estruturação social.
VOCÊ O CONHECE?
Claude Lévi-Strauss (1908-2009) foi um antropólogo francês fundador da vertente es-
truturalista. Os seus primeiros trabalhos foram referentes aos povos indígenas brasilei-
ros ainda na década de 1930. O autor nunca aceitou a visão histórica da civilização
ocidental como privilegiada e exclusiva, enfatizando que a mentalidade “selvagem”
seria similar à da considerada “civilizada”, ou seja, as características humanas são as
mesmas em diferentes contextos culturais. Entre as suas obras mais famosas está Tristes
Trópicos (a que lhe deu visibilidade), que fala de suas percepções do período em que
esteve no Brasil, e As estruturas elementares do parentesco.
O conceito de raça para a Antropologia, por exemplo, considera os traços fisionômicos, os va-
lores, a produção material relacionada a ela, as origens do grupo que a compõe, o sangue, os
traços psicológicos, etc.Já para a Biologia, é um conjunto de características físicas e biológicas,
oriundas da herança genética, tal como cor da pele, textura dos cabelos, estatura, etc. Essa
perspectiva da Biologia ainda é mencionada nos livros didáticos, mas não se aplica mais ao
indivíduo humano.
Pode-se dizer que os conceitos de raça, cultura e identidade são conceitos paradigmáticos na
Antropologia e nas demais ciências sociais – ou seja, as suas diferentes perspectivas têm motiva-
do mudanças metodológicas, gerando novas tendências. A história da disciplina antropológica
evidencia isso.
Para Hofbauer (2003), o conceito de raça aparece na literatura científica apenas a partir do
século XVIII. Isso porque, na época, as diferenças humanas eram entendidas como uma con-
sequência do impacto do clima e da geografia, por exemplo. Dessa forma, essas concepções
acreditavam que muitos aspectos físicos eram provenientes das migrações, o que interferia na cor
da pele, por exemplo. Um dos teóricos que sustentavam essas observações foi o cientista natural
George Leclerc de Buffon (1707-1788). Por muito tempo, essas explicações foram aceitas.
Já a partir da segunda metade do século XIX, o conceito de raça torna-se uma categoria bioló-
gica. Ainda assim, buscavam-se as causas das diferenças humanasencerradas no corpo huma-
no e seus aspectos físico-biológicos como determinantes de todas as distinções observáveis no
contexto social. Essas teorias foram desenvolvidas na Europa e nos EUA e isso explica o fato de
essa concepção partir de elementos como a burocratização das relações sociais, consagração
dos estados-nações, racionalização da economia, pensamento tradicional, etc. Vale destacar
também que essas teorias serviram para “justificar” tendências ideológicas que viriam a surgir
nesse período e evoluir na primeira parte do século XX, como o segregacionismo americano e
sul-africano e as tendências nazifascistas na Europa (HOFBAUER, 2003).
A crítica teórica de Boas dirigia-se não apenas aos teóricos raciais, mas também aos
evolucionistas clássicos, que entendiam que todas as sociedades estivessem condenadas a
percorrer as mesmas etapas de desenvolvimento e, – a partir desta crença cega no progresso
–concebiam a cultura como um processo unilinear. (HOFBAUER, 2003, p. 58.)
Na década de 1930, o antropólogo Franz Boas propôs uma nova abordagem paraa questão da
raça, observandoa luta política contra o racismo nos EUA e o nazismo na Europa. Ele separou o
conceito de raça de seu sentido biológico, ou seja, afirmou que raça não influencia o desenvol-
vimento das culturas.Dessa forma, abriu uma nova abordagem para a Antropologia moderna.
Após a Segunda Guerra, novas políticas globais surgiram para combater as problemáticas raciais
em todo o mundo, com a contribuição das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
(Unesco).
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Antropologia e cultura
A própria biologia e as teorias genéticas também passaram a restringir o conceito de raça, como
é o caso do geneticista Luigi Cavalli-Sforza que, em 1993, afirmou que a raça não possui qual-
quer realidade observável que não seja a genético-biológica (CAVALLI-SFORZA, 1997). Assim
como esse autor, o geneticista francês Albert Jacquard (1925-2013) também acreditava que não
é possível definir populações humanas explicando-as exclusivamente pela raça.
O antropólogo Fredrik Barth,em sua obra Ethnic groups and boundaries (Grupos étnicos e suas
fronteiras), de 1969, afirmouque o que faz os seres humanos definirem distintos grupos étnicos
não são as suas diferenças objetivas, mas que eles se constroem por emblemas de diferença –
pode ser pela linguagem, pelas vestimentas, uma forma específica de fazer um penteado, etc., e
que pode ser ainda justificado pela cor de pele. Alguns traços são evidenciados e outros ignora-
dos, formando uma identidade, que é construída gradativamente.
Percebe-se que a concepção de raça é culturalmente construída e, muitas vezes, justifica que
grupos que a concebem ainda sob o viés clássico, em que um grupo “diferente” é inferior a outro,
e que uma suposta “cultura” deve ser preservada em relação a outra. Esse tipo de “confusão”,
para se ter uma ideia, pode ser observado nos grupos neonazistas atuais, por exemplo, e em
muitos outros casos.
Veja que, no discurso, há termos como cultura, valores, identidade nacional e muitos outros em
uma ótica que se faz limitada diante das comprovações científicas. E discursos similares muitas
vezes estão presentes no mercado de trabalho, por exemplo, na escolha de trabalhadores “dese-
jáveis” ou “indesejáveis”, por não pertencer aos parâmetros de um grupo.
O gênero é um conceito diferente de sexo para muitos teóricos das ciências humanas e é como a
questão é vista atualmente. Não se trata da mesma coisa, apesar de os termos se relacionarem.
O gênero é um conjunto de ideias sobre o masculino e o feminino, ao passo que o sexo refere-se
às características biológicas de homens e mulheres. Entenda, portanto, que o gênerose refere às
construções sociais e culturais que se desenvolvem a partir desses elementos biológicos.
A questão de gênero, assim como a raça, as etnias e outras categorias sociais, está relacionada
aos estereótipos e à discriminação daquilo que é diferente do “natural” em determinados grupos.
Por exemplo, na sociedade ocidental, percebe-se uma supremacia masculina nas relações de tra-
balho ao longo do tempo, resultando em funções específicas para homens e mulheres, distinção
de oportunidades, salários e condições de trabalho.
Essas noções se transformam com o tempo. Claudia Natividade Felipe (2006) pontua, como
principal elemento para o estudo dos gêneros, que as desigualdades e os sistemas que geram
desigualdades podem ser transformados. A modernidade e a globalização acentuaram as crises
de identidade e os problemas sociais que não devem ser vistos como alheios da vida social. Para
a autora, gênero refere-se a “[...] um construto analítico que diz respeito à organização social
dos sexos”. O gênero também está relacionado às práticas políticas e situações como o mercado
de trabalho sexualmente delimitado e a educação diferenciada.
A autora afirma que o feminismo, por exemplo, um movimento oriundo da modernidade, ques-
tiona as “oposições binárias que são responsáveis pela fixação das identidades” (FELIPE, 2006,
p. 57). O movimento contesta a posição social de mulheres e avança nas discussões sobre a
formação de identidades sexuais e de gênero. Esse movimento foi incontestavelmente responsá-
vel por muitas modificações culturais e trouxe luz às discussões sobre as construções sociais da
identidade.
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Antropologia e cultura
No que tange à discriminação, as questões de gênero estão fortemente relacionadas aos fenô-
menos de exclusão social, que originam e reproduzem a pobreza. Há muitas barreiras para que
pessoas e grupos discriminados possam transcender a pobreza e ter acesso a mais oportunidades
de trabalho.
Se antes as relações de gênero e desigualdade social eram vistas sob a ótica das minorias, vê-se
que se referem à maioria da população, se considerarmos os dados oficiais das pesquisas, como
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2014. Nesta, as mulheres
representam 43% da população economicamente ativa (PEA) no Brasil. No quesito distribuição
de renda, a pesquisa revela que 62% da população masculina têm ganhos de no máximo cerca
de dois salários mínimos e, entre as mulheres, a taxa bate em 71%. Já os homens sem rendimento
de trabalho representam 17% da população economicamente ativa (PEA) e, entre as mulheres, as
que não possuem renda resultam em 28%.
Essas pesquisas têm contribuído de forma muito importante para evidenciar as desigualdades de
gênero que caracterizam o mercado de trabalho e a sociedade brasileira. Contudo, é importan-
te dizer que há fenômenos e situações que não se explicam meramente por dados estatísticos.
Compreender esses indicadores, assim como os aspectos mais complexos das relações de gêne-
ro no mercado de trabalho, é uma forma de propor soluções aos obstáculos da inserção mais
igualitária de mulheres e superação dessas desigualdades. Esses indicadores revelam também o
funcionamento do mercado de trabalho em sua integralidade e a dinâmica de produção e repro-
dução das desigualdades sociais no Brasil.
4.3.2 Religião
A religião é um aspecto social e cultural amplamente estudado pela Antropologia, inclusive em
suas manifestações no mercado de trabalho, já que são recorrentes nas práticas produtivas e
ambientes organizacionais. É outro aspecto relacionado a conflitos, aquisição e privação de di-
reitos, ideologias e exclusão. A discriminação e alienação dos direitos básicos do indivíduo por
conta de suas crenças e práticas religiosas criam conflitos diariamente.
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Antropologia e cultura
Na cultura e na religião, existe uma dualidade muito importante: o sagrado e o profano. Obvia-
mente, essa dualidade está evidente no que cada indivíduo considera sagrado e profano – in-
clusive entre pessoas que trabalham em um mesmo ambiente. O sagrado é objeto de interdição
e o profano é onde essas interdições se aplicam. De um grupo para outro, as normas religiosas
de comportamento se tornam mais evidentes nos momentos de crise ou de importância relativa,
como no casamento, na doença, na fome, no nascimento, na morte, etc.
Para exaltar esses momentos, há muitos ritos, como os de iniciação, de transição e de intensi-
ficação. Na prática cotidiana há ainda elementos como vestimentas específicas, modo de usar
o cabelo, dias específicos para se trabalhar e se abster do trabalho, linguagens e vocabulários
adequados e tudo o que represente uma série de crenças e valores do indivíduo para com a sua
prática religiosa ou o grupo religioso ao qual pertence.
Figura 4 – As necessidades especiais ainda são vistas com discriminação no mercado de trabalho.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Em muitas sociedades, como afirmam Alves (1992) e Goffman (1975), as necessidades especiais
eram vistas com discriminação, ocorrendo inclusive extermínio por parte do grupo ou a tolerân-
cia, quando a característica especial era vista como exótica. Mesmo no Brasil, entre os povos
indígenas no início da colonização, eram comuns as práticas de exclusão ou valorização de
indivíduos portadores de necessidades especiais, conforme relatado por Alves (1992).
Em outro exemplo no que se refere ao Brasil, Freyre (2006, p. 157) fala que o regime agrário
escravista concebia o negro (após a substituição da mão de obra indígena) não como um ser
humano, mas como um bem produtivo. Caso este se acidentasse, nascesse com necessidades es-
peciais ou sofresse uma mutilação, era descartado e excluído dos demais – inclusive essa prática
era prevista pela Lei do Sexagenário.
Isso poderia ser uma das raízes da segregação e discriminação do trabalhador com necessidades
especiais na sociedade brasileira no âmbito do trabalho, como vemos na atualidade. Há uma
cultura da discriminação nas esferas do trabalho em todos os campos profissionais quanto ao
portador de necessidades especiais.
A deficiência, assim, tem suas raízes ligadas muito mais ao meio social e ao tratamento que as
pessoas dispensam aos portadores de deficiência do que às suas limitações. [...] O entendimento
dos problemas e a superação das barreiras dos portadores de deficiência requerem o estudo
de situações sociais mais amplas, que vão muito além das suas limitações físicas, sensoriais ou
mentais. (PASTORE, 2000, p. 18).
Como a globalização passou a exigir mais dos trabalhadores, gerou competições de todos os
tipos, muitas vezes descantando as chamadas minorias e, entre estes, aqueles que possuem limi-
tações no aspecto físico, tornando difícil o acesso às boas oportunidades. As leis específicas que
garantem esse acesso nem sempre são cumpridas e possuem um alcance tímido.
O ser humano possui necessidades de todos os tipos, uns mais que outros, e no ambiente de tra-
balho as características produtivas exigidas pelo mercado globalizado são as mais valorizadas.
Se há uma função comprometida ou um fator que não seja bem visto como produtivo pelo grupo,
ocorrerão discriminação e conflitos nas relações sociais.
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Antropologia e cultura
Marshall é quem aponta o caráter substantivo da cidadania em Cidadania e classe social (de
1950),em querelata o que são os direitos civis, políticos e sociais de uma população ou nação.
Essa configuração intensifica-se após aSegundaGuerra Mundial, quando os direitos sociais fica-
ram em evidência, pelos ideais coletivistas e igualitários. A partir desse período, intensificaram-se
também os movimentos sociais e a efetiva participação da população pelos direitos políticos,
sociais e civis para o bem-estar econômico, valorização das minorias, lazer, educação e político.
Nota-se que cidadania é algo que está sempre em construção e o seu reconhecimento ocorre
nas relações com o outro. Mesmo que se refira à humanidade, aos direitos igualitários, às indivi-
duais e coletivas, muitas vezes ocorrem confrontos às dominações, seja do próprio Estado ou de
outras instituições. A cidadania é a pauta das lutas daqueles que são desprovidos das condições
igualitárias.
No Brasil, ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, mesmo com as modifi-
cações realizadas nas Constituições e leis com o fim do regime militar (1964-1985) – inclusive no
âmbito do mercado de trabalho. Mesmo coma conquista dos direitos políticos, sociais e civis,há
milhares de pessoas privadas de seus direitos enquanto cidadãos – o que se reflete muitas vezes
em miséria, altos índices de desempregoe tratamento diferenciado quanto a gênero, faixa etária,
raça, etnia, etc., aumento de analfabetos e semianalfabetos, grandes níveis de violência, etc.
Contudo, essas mudanças ainda passam por um processo de assimilação da população maior:
para que as pessoas de algum modo excluídas ou sem acesso real aos seus direitos de trabalhar
e se prover pudessem se inserir no mercado de trabalho, foram necessárias políticas públicas e
intervenções, mas a aceitação do “diferente” requer processos mais complexos dentro do grupo.
Além disso, sugerir a inclusão pode significar e reforçar que algo (alguém) esteja excluído.
Omote (2004, p. 287) afirma que as coletividades humanas podem se tornar bastante inclusivas,
mas o modo como essas diferentes condições são acolhidas está relacionado às “condições de
existência e funcionamento de cada coletividade”. Então, como dito antes, para se tornar inclusiva,
uma sociedade acaba criando ainda mais estigmas em suas relações sociais. A diversidade justifica
o motivo pelo qual uma sociedade precisa ser inclusiva: há diversidades, heterogenia estrutural.
Isso implica uma igualdade de direitos e mobilidade social, que perpassa por novos estigmas.
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Síntese Síntese
Neste capítulo, você pôde:
• constatarque as diferenças grupais não podem ser explicadas pelos aspectos genéticos,
mas pela cultura, e não somente por ela;
• viu que a cultura não se explica apenas por si só, mas pelas escolhas individuais e grupais
que implicam que haja diferenças entre indivíduos de um mesmo grupo e similaridades
entre indivíduos de grupos distintos;
BARBOSA, D.5 casos de racismo que chocaram o Brasil.Exame.com, 2 abr. 2015. Disponível
em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/5-casos-de-racismo-que-chocaram-o-brasil>.
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Referências Bibliográficas
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