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MAGALHÃES, Nayana2
SILVA, Éden3
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Neste artigo, vamos analisar a relação das leis de Newton com a engenharia civil,
desde seu processo histórico até sua aplicação na construção civil. As leis de Newton consistem
no equilíbrio das forças que atuam sobre um corpo, isso implica dizer que, a soma de todos os
vetores de força deve ser nula.
O que levou ao desenvolvimento deste artigo foi procurar entender como uma
estrutura que sofre tantas ações consegue se manter de pé. Um edifício residencial ou
empresarial está sujeito a várias forças, como a do peso de sua massa, dos móveis e de tudo que
está em seu interior, além do peso das pessoas que nele se encontram. Existem também as forças
externas, como a do vento, da chuva e dependendo do país da neve que se acumula no teto e
dos terremotos. Todas essas forças têm que ser absorvidas pelo solo e pela fundação do prédio,
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3º check do paper apresentado à disciplina Física I
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Aluna do 2º período do curso de Engenharia Civil do turno vespertino da Unidade de Ensino Superior Dom
Bosco.
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Professor, orientador.
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que provocam uma reação sobre ele de forma a sustentá-lo, mantendo-o de pé e parado. Com o
estudo das leis criadas por Isaac Newton, podemos, então, entender como isso é possível. Este
estudo é especialmente relevante por mostrar o quão importante é a aplicação das leis na
evolução da construção civil.
Temos como objetivo geral compreender a necessidade das leis de Newton, como
estudo fundamental da engenharia civil, quanto ao aproveitamento desse conhecimento para
com a evolução da mesma, aplicações das leis no processo das construções verticais e suas
características de eficiência e resistência no resultado final, e como objetivo especifico:
a) Esclarecer as necessidades das leis de Newton no decorrer do tempo;
b) Identificar as principais mudanças na engenharia civil antes e depois das leis de
Newton; e,
c) Demonstrar as técnicas adotadas para as construções verticais que se baseiam
nas leis de Newton.
Basicamente, a metodologia aplicada neste trabalho é a bibliográfica, baseada nas
fontes de diversos autores, livros, artigos e sites, para demonstrar a viabilidade das aplicações
das leis; também será usada a metodologia histórica para comparar o antes e o depois da
engenharia civil associada às leis e os elementos em evidência nesse estudo.
Primeiramente, vamos falar do conceito das três leis de Newton, e o seu histórico,
do desenvolvimento da engenharia em relação às leis, de como era a engenharia antes e depois
dos estudos de Isaac Newton e das suas aplicações nas construções verticais.
2 AS LEIS DE NEWTON
A primeira lei de Newton, também conhecida como lei da inércia, fala que na
ausência de forças externas um corpo que está em repouso ele permanece em repouso e quando
um corpo está em movimento retilíneo uniforme ele continua em movimento. Um corpo só
altera seu estado de inércia se alguém ou alguma coisa aplicar uma força resultante diferente de
zero. Existe equilíbrio quando essa força resultante for igual a zero, que podem ser equilíbrio
estático (corpo em repouso) e equilíbrio cinético (corpo em movimento).
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A terceira lei de Newton, também conhecida como lei da ação e reação, fala das
forças trocadas entre dois corpos, que estão em contato e possuem a mesma natureza. Elas não
se equilibram e não se anulam, porque estão em corpos diferentes. Se um bloco exerce uma
força sobre outro bloco, este outro exerce a mesma força de volta, na mesma intensidade,
direção e sentido oposto.
“As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação”.
ferro, que deram nome ao período conhecido como idade dos metais, houve o abandono gradual
dos instrumentos de pedra, representado um importante salto no processo cultural. Mas a
necessidade de poder carregar peso além da força humana fez com que começassem a usar
animais domesticados para levar carga.
A consultora Silvia Aguiar (2010)4, acrescenta que:
Conta-se que os egípcios colocavam troncos de árvore, à maneira de cilindros, para
transportar cargas pesadas. Daí teria surgido o eixo fixo com discos de madeira nas
extremidades. O vestígio mais antigo do uso da roda em veículos é o desenho de uma
carroça numa placa de argila encontrada na Suméria (Mesopotâmia), de 3.500 a.C.
Sendo está uma das primeiras civilizações que se tem registro, a qual também
contribuiu com a prática da irrigação, da construção e do desenvolvimento de um sistema de
governo. A invenção da roda certamente foi o primeiro passo em direção à constituição da
Engenharia Mecânica.
Em séculos passados foram realizadas grandes construções que até hoje estão de
pé, apesar da ação do tempo, clima e diversos fatores. Isso mostra que mesmo antes dos estudos
aplicados em relação a estruturas era possível construir com resistência e durabilidade.
O panteão em Roma, por exemplo, foi construído como templo por Adriano em 117
d.C., e se manteve em uso continuo ao longo da história. É uma das construções mais bem
preservadas de Roma, e agora funciona como um museu e igreja católica.
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De acordo com artigo publicado no site, disponível em: <http://www.artigonal.com/carros-artigos/a-roda-a-
maior-invencao-de-todos-os-tempos-2344750.html>. Acesso em: 20 set. 2015.
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Fonte: http://gizmodo.uol.com.br/as-17-estruturas-feitas-pelo-homem-mais-antigas-do-mundo/
A engenharia sofreu uma grande mudança após a aplicação das leis de Newton,
evoluindo gradativamente suas estruturas e instrumentos de trabalho, melhorando assim a
qualidade e durabilidade das construções.
Até a era recente, não havia grande diferença entre os termos de engenharia e
arquitetura, e eles frequentemente usados alternadamente. Foi no século XVIII que o termo
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engenharia civil, foi usado independente da engenharia militar. A primeira faculdade privada
nos Estados Unidos, que incluía Engenharia Civil como uma disciplina separada foi Norwich
University. Grupos de engenharia civil foram formados nos Estados Unidos e países europeus
durante o século XIX, e outras organizações semelhantes foram criadas em outros países do
mundo durante o século XX. (STONECYPHER, Lamar, 2011, p. 1)5
Durante a idade média, o estudo sobre metais apresentou um grande
desenvolvimento, mas foi no século XIX que a ciência dos metais passou a ser desenvolvida,
surgindo assim à metalurgia. Com o desenvolvimento industrial e o crescimento das cidades
grandes espaços foram exigidos, é nesse momento que a utilização do metal na construção das
estruturas tornou-se importante, principalmente pela sua resistência.
As estruturas em aço têm um amplo campo de aplicação, podendo ser utilizados em
quase todos os tipos de construções. Dentre as aplicações de estruturas metálicas podemos citar:
telhados, edifícios industriais, pontes e viadutos, torres, escadas e muitas outras.
Uma obra com estruturas metálicas é o resultado de um sistema industrializado, que se inicia
no projeto arquitetônico, na construção civil ou no projeto básico na indústria, continua no
projeto estrutural definitivo, passa pelo detalhamento do projeto (desenho de oficina),
fabricação, limpeza e pintura, seguido pelo transporte, montagem e da proteção contra fogo se
necessária. (BELLEI, 2008, p.24).
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Trecho retirado do artigo, disponível em: <http://www.brighthubengineering.com/building-construction-
design/41552-history-of-civil-engineering/>. Acesso em 23 set. 2015.
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Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/construcao-de-edificacoes-multiandares-em-aco
O mais interessante é que existem duas forças atuando no mesmo instante, uma
delas está empurrando o prédio e a outra surge puxando o prédio, pois o fluxo de ar em um dos
lados gera um vácuo no outro lado.
Além da força do vento agindo sobre o prédio, existe a ocorrência do movimento
de oscilação, em razão dos edifícios atuais serem muito leves. Mas esse problema pode ser
resolvido com o uso de estabilizadores de concreto muito grande, localizados no topo do
edifício.
Segundo PFEIL (2003), a estrutura de madeira é uma das mais antigas utilizadas na
construção civil devido a sua disponibilidade e facilidade de manuseio. Ela foi utilizada em
todo planeta, quer nas civilizações primitivas, quer nas desenvolvidas. Em relação a outros
materiais de construção utilizados atualmente, a madeira estrutural apresenta uma excelente
relação resistência/peso. A madeira possui ainda outras características favoráveis ao uso em
construção, tais como facilidade de fabricação de diversos produtos industrializados e bom
isolamento térmico.
O concreto usado como material de estrutura é chamado de concreto estrutural
podendo ser classificado em concreto simples, concreto armado e concreto protendido. Eles
apresentam grande resistência. “Os ingredientes necessários à confecção do concreto (cimento,
areia, pedra e água) são disponíveis a baixo custo em todas as regiões habitadas da Terra”.
(PFEIL, p.1, s.d.).
De acordo com PFEIL (p.1, s.d.), “As resistências de concreto, utilizadas em
concreto protendido, são duas a três vezes maiores que as utilizadas em concreto armado. Os
aços utilizados nos cabos de protensão têm resistência três a cinco vezes superiores às dos aços
usuais do concreto armado”.
O uso de estruturas metálicas oferece vantagens como alta resistência e redução no
tempo de execução da obra em relação a outros materiais. No entanto, esse tipo de estrutura
apresenta desvantagens, como alimitação de fornecimentos de perfis estruturais e a necessidade
de mão-de-obra e equipamentos especializados na sua fabricação e montagem.
O projeto das estruturas, em geral, é feito por engenheiros especializados no
assunto, conhecidos também como calculistas. São eles quem determina a resistência dos
materiais utilizados. Um bom projeto deve considerar todas as variáveis possíveis de maneira
que, a estrutura ofereça segurança e durabilidade.
Cargas, que na física conhecemos como forças. Forças permanentes são aquelas
que ocorrem ao longo da vida da estrutura e forças acidentais são aquelas que ocorrem
eventualmente.
As forças permanentes são cargas cuja intensidade, direção e sentido podem ser
determinados com grande precisão, pois as cargas permanentes são causadas exclusivamente a
forças gravitacionais, ou pesos. Como o peso da própria estrutura, o peso do revestimento de
pisos, o peso das paredes, etc.
Já as forças acidentais são mais difíceis de ser determinadas com precisão e podem
variar com o tipo de edificação. Por isso essas forças são definidas por normas, que podem
variar de país para país. No Brasil, os valores dessas cargas são determinados por normas como
a NBR 6120 e NBR 6125, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
São exemplo de forças acidentais: o peso das pessoas; o peso do mobiliário; o peso
de veículos; a força do vento; entre outros.
4 - Vento com pressão interna: produz um esforço de pressão sobre o componente, empurrando-
o na direção e sentido do vento e na direção perpendicular ao do vento
5 - Vento com sucção interna: produz um esforço de sucção sobre o componente, puxando-o na
direção e sentido do vento e na direção perpendicular ao do vento,
Fonte: http://www.ebanataw.com.br/roberto/vento/index.php
Os valores mínimos das cargas acidentais, produzidas pelo vento, que devem ser
considerados no cálculo das estruturas de edifícios estão fixadas na Norma Brasileira NBR-
6120 - (antiga NB-5) - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edifícios.
É de suma importância fazer os cálculos levando em conta a ação do vento, pois a
mesma pode ocasionar uma tragédia, colocando em risco a vida de milhares de pessoas ou até
mesmo levando a óbito, como foi o caso do prédio que desabou em Belém no dia 29 de janeiro.
O laudo apontou que o prédio não tinha pilares adequados no andar do térreo para
aguentar as forças dos ventos, os destroços atingiram casas vizinhas e levou a óbito três
moradores.
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5 CONCLUSÃO
Após estudos realizados sobre as leis de newton e suas aplicações na engenharia,
chego à conclusão de que houve uma grande evolução no decorrer do tempo, sendo de grande
utilidade para o bem da sociedade, pois as construções se tornam cada dia mais resistentes e
confiáveis.
Observamos que a eficácia desse estudo é de grande valia, pois as estruturas das
edificações apresentam mais resistência, durabilidade trazendo mais qualidade nos serviços.
Esses tipos de métodos adotados para melhoria das estruturas utilizadas na
construção civil, diminuem os impactos causados pelo meio ambiente e pelo ser humano,
contribuindo no fator econômico.
REFERÊNCIAS