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Art. 92 da CF/88
CNJ
Art. 103-B CF
Tribunal de Contas da União (Art. 71, CF/88; Lei nº 8.443/1992 – Lei orgânica
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L8443.htm), Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (Art. 40
CE/AM/1989; Lei Estadual nº 2.423/1996 – Lei Orgânica http://www.tce.am.gov.br/portal/wp-
content/uploads/lei_organica/lei_estadual_2423-1996_atualizada_(13-06-2013).pdf); Superior Tribunal de Justiça
Desportiva, Tribunais de Justiça Desportiva, Comissões Disciplinares (Art. 52 da Lei nº 9.615/1998
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm), Tribunal Marítimo (Lei nº 2.180/1954
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2180.htm) não são órgãos do Poder Judiciário.
Assim, a palavra instância se confunde com grau de jurisdição. Nesse caso, como não há falar em 3º ou 4º grau
de jurisdição, não há falar em 3ª ou 4ª instância (apesar da divergência doutrinária).
Pelas mesmas razões já apresentadas sobre a não utilização das expressões “terceiro grau de
jurisdição” e “quarto grau de jurisdição”, devem ser evitadas as expressões “terceira instância”
e “quarta instância”. Quando um terceiro ou quarto órgão jurisdicional manifesta-se em um
caso concreto – e isto é possível, mercê da sistemática dos recursos especiais e extraordinários
(arts. 105, III, e 102, III, respectivamente, da Constituição Federal, e arts. 541 a 543 do Código
de Processo Civil) –, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal atuam como
órgãos de sobreposição (v. n. 1 do Capítulo 3 da Parte II). Exercem, é certo, “jurisdição superior”
nos termos aqui discutidos mas isto não significa entendê-los como meros órgãos revisores, de
“segunda instância” ou de um novo “segundo grau de jurisdição”, do quanto decidido pelos
demais órgãos jurisdicionais (BUENO, Cassio Scarpinella. Curso sistematizado de direito
processual civil: teoria geral do direito processual civil, vol. 1. – 8. ed. rev. e atual. – São Paulo:
Saraiva, 2014).
Há a expressão “instância superior” e “instância inferior”, elas são utilizadas quando se faz referência entre
instâncias. Exemplo: O TJ-AM é instância superior para o Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Manaus e é instância
inferior para o Superior Tribunal de Justiça.
A expressão “instância recursal” serve para referência à juízo ao qual se recorre de decisão de instância
inferior.
A expressão “primeira instância” refere-se ao juízo de 1º grau de jurisdição e a expressão “segunda instância”
refere-se ao juízo de 2º grau quando no exercício da competência recursal ordinária. Competência recursal ordinária
não pode ser confundida com Recurso Ordinário (art. 102, II e art. 105, II, da CF/88).
A competência recursal ordinária está para o duplo grau de jurisdição, onde a matéria é devolvida à instância
superior. Já a competência recursal extraordinária está para a tutela recursal do sistema jurídico e não diretamente
das partes, assim, nesses recursos (por exemplo: Recurso Extraordinário [art. 102, III, CF/88]; Recurso Especial [art.
105, III, CF/88]) não há exame dos fatos, mas, apenas das teses jurídicas. Logo, em função de competência recursal
extraordinária, os Tribunais Superiores (inclusive o STF) não estão prestando o terceiro ou quarto grau de jurisdição.
Competência
Instâncias Órgãos Recursal Recursal
Originária
Ordinária Extraordinária
Supremo Tribunal Federal X X X
Extraordinárias Superior Tribunal de Justiça,
X X X
Tribunal Superior do Trabalho, ...
Tribunal de Justiça, Tribunal
2ª X X
Ordinárias Regional Federal, ...
1ª Juiz de Direito, Juiz Federal, ... X
Então, apesar de o art. 27, § 11, das ADCT ter sido modificado por força da EC nº 73, os efeitos dessa
modificação foram suspensos por decisão da Presidência do STF (Min. Joaquim Barbosa) em sede da ADI nº 5017 e,
assim, permanece o efeito da redação anterior, logo, ainda são apenas 5 TRF em operação atualmente.
Assim, infere-se que há 5 Tribunais Regionais Federais, há 1 Seção Judiciária em cada Capital de Estado e há
várias Subseções Judiciárias nos municípios de interior dos Estados. Essas divisões são para definir a competência e
não para dividir a jurisdição (ela é indivisível).
Ainda, há na Justiça Federal os Juizados Especiais Federais. Eles são regulamentados pela Lei nº 10.259/2001
(dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal).
Entrância
1º Grau Entrância Inicial
Intermediária
Entrância Final
Há a classificação das comarcas por entrâncias. Essa classificação pode ser por inicial, intermediária e final, ou
pode ser ordinal: 1ª, 2ª... até a 4ª entrância.
Entrância é uma forma de classificar as comarcas para utilizar esse critério para a promoção dos magistrados,
eles começam a carreira na 1ª Entrância ou Entrância Inicial, conforme a organização do Estado, e com as promoções
são deslocados para a entrância final, especial ou 2ª, 3ª ou 4ª (a última quando ordinal), o nome varia conforme o
Estado, sendo sempre a capital do Estado.
No Amazonas há apenas duas entrâncias, a inicial (no interior) e a final (em Manaus), conforme art. 8º da Lei
Complementar Estadual nº 17/1997, com redação dada pela LCE nº 68/09. Originalmente, a Lei Complementar tratou
as entrâncias por classificação ordinal. No entanto, a Lei Complementar nº 68/09 passou a tratar as entrâncias como
inicial e final.
Tribunal Pleno
Art. 25 a 32
1ª Câmara Cível 2ª Câmara Cível 3ª Câmara Cível 4ª Câmara Cível 2ª Câmara Criminal 2ª Câmara Criminal
Isolada Isolada Isolada Isolada Isolada Isolada
Art. 51, I Art. 51, II Art. 51, III Art. 51, IV Art. 51, V Art. 51, VI
Art. 52 a 60 Art. 52 a 60 Art. 52 a 60 Art. 52 a 60 Art. 52 a 60 Art. 52 a 60
Art. 61 e 62 Art. 61 e 62 Art. 61 e 62 Art. 61 e 62 Art. 63 e 65 Art. 63 e 65
No tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, há 4 Câmaras Cíveis Isoladas e 2 Câmaras Criminais Isoladas,
todas com 4 desembargadores. Só não participam das Câmaras o Presidente e o Corregedor.
Os Juízes de Direito podem ser denominados: Juízes de Direito Substitutos de Carreira (art. 97 da LCE nº 17);
Juízes de Direito de 1ª Entrância (por força da LCE nº 68/09, o correto é designá-los como Juízes de Direito de
Entrância Inicial, porém, ainda é pouco usual) (art. 98 a 99 da LCE nº 17), assim, os Juízes de Direito no Interior
(Entrância Inicial) podem estar investidos de competência da Justiça Federal, do Trabalho e Eleitoral (porém, o
TRT/11 atualmente presta jurisdição no interior do Amazonas por meio de seus próprios juízes); Juízes de Direito de
2ª Entrância (Art. 150 a 163 da LCE nº 17).
Comarca da Capital Lei Complementar Estadual nº 17/1997
Art. 150
Competência Competência
Competência
Jurisdicional Jurisdicional
Jurisdicional Civil
Penal Especial
Na Comarca da Capital há 20 Varas Cíveis e de Acidentes do Trabalho; 4 Varas da Fazenda Pública Estadual e
de Crimes contra a Ordem Tributária; 1 Varas Especializada da Dívida Ativa Estadual; 2 Varas da Fazenda Pública
Municipal e de Crimes contra a Ordem Tributária; 1 Vara Especializada da Dívida Ativa Municipal; 8 Varas de Família e
1 Núcleo de Conciliação das Varas de Família; 11 Varas Criminais; 3 Varas do Tribunal do Júri; 4 Varas Especializadas
em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (VECUTE); 1 Vara Especializada em Crimes de Trânsito; 3 Juizados
Especializados no Combate a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher; 1 Vara Especializada em Crimes Contra
a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes; 1 Vara de Execuções Penais e 1 Vara de Execuções de Medidas e Penas
Alternativas; 1 Vara de Registros Públicos e Usucapião; 1 Juizado Cível da Infância e da Juventude; 1 Juizado Infracional
da Infância e da Juventude; 1 Vara de Execução de Medidas Sócio Educativas; 1 Vara Especializada do Meio Ambiente
e de Questões Agrárias (VEMAQA), 1 Central de Inquéritos.
Há ainda, 16 Varas do Juizado Especial Cível e 5 Varas do Juizado Especial Criminal e 3 Turmas Recursais.
Diferentemente do que ocorre nas ações em trâmite nas varas comuns em que a instância imediatamente
superior é o Tribunal de Justiça, nos juizados especiais, a instância imediatamente superior é a das Turmas Recursais.
Na comarca de Manaus, há 3 Turmas Recursais. Logo, essas turmas fazem as vezes do 2º Grau, não cabendo recurso
das decisões dessa ao Tribunal de Justiça.
1ª Vara do Juizado
1ª Vara Cível
Especial Cível
Figura 8 - Comparativo de instâncias
TJDFT
Lei nº 11.697/08
Conselho Conselho da
Especial Magistratura
Art. 1º, II, L 11.697 Art. 1º, III, L 11.697
No DF não há comarcas, mas, circunscrições. E também como na Justiça Federal, não há entrâncias.
Em Manaus, há o Fórum Trabalhista de Manaus Ministro Mozart Victor Russomano que se situa na Rua Ferreira
Pena, 546 - Centro. Manaus/AM. Nesse Fórum há 19 Varas do Trabalho.
Ainda no Amazonas, o TRT/11 tem varas do trabalho em Coari, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea,
Manacapuru, Parintins, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Tefé. Em Roraima há Vara do Trabalho apenas na capital,
Boa Vista.
Auditoria de
Correição
1ª CJM 2ª CJM 3ª CJM 4ª CJM 5ª CJM 6ª CJM 7ª CJM 8ª CJM 9ª CJM 10ª CJM 11ª CJM 12ª CJM
1ª Auditoria 2ª Auditoria 1ª Auditoria 1ª Auditoria 2ª Auditoria Auditoria Auditoria Auditoria Auditoria Auditoria Auditoria Auditoria 1ª Auditoria Auditoria
Há 12 Circunscrições Judiciárias Militares (CJM) que são as seguintes: 1ª CJM (RJ e ES) – 4 Auditorias; 2ª CJM
(SP) – 2 Auditorias; 3ª CJM (RS) – 3 Auditorias; 4ª CJM (MG); 5ª CJM (PR e SC); 6ª CJM (BA e SE); 7ª CJM (PE, AL, PB e
RN); 8ª CJM (PA, AP, MA); 9ª CJM (MS, MT); 10ª CJM (CE e PI); 11ª CJM (DF, GO e TO); e 12ª CJM (AM, AC, RO e RR).
Apenas a 1ª, 2ª, 3ª e 11ª CJM tem mais de uma Auditoria.
A composição dos Conselhos de Justiça está regulamentada entre os art. 16 e art. 26 da Lei nº 8.457.
Conselho de
Justiça
O presidente do Conselho Permanente será um Oficial Superior e os demais membros militares serão Oficiais
Intermediários ou Subalternos (para consultar os postos militares acesse: http://www.eb.mil.br/postos-e-
graduacoes), todos sorteados para exercício da função por um trimestre, quando serão sorteados novos juízes
militares. Haverá um Conselho Permanente para julgar os membros de cada uma das Forças Armadas, ou seja, haverá
três Conselhos Permanente de Justiça (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira) funcionando
concomitantemente a cada trimestre. Ainda, haverá Conselhos Especiais de Justiça para julgar os oficiais (art. 27, I, da
Lei nº 8.457).
Segundo Bueno:
[...] por “duplo grau de jurisdição” deve ser entendido o modelo no qual se garante a
revisibilidade ampla das decisões judiciais, quaisquer decisões, por magistrados
preferencialmente diversos e localizados em nível hierárquico diverso. Por “revisibilidade
ampla” deve ser entendida a oportunidade de tudo aquilo que levou o órgão a quo a proferir
uma decisão e ser contrastado pelo magistrado ad quem (BUENO, Cassio Scarpinella. Curso
sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, vol. 1. – 8. ed.
rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014).
Assim, infere-se que o duplo grau de jurisdição não significa que há mais de uma jurisdição, mas que a
jurisdição pode ser prestada por um juízo inicial (juízo a quo) (juízo de competência originária) e esse julgado pode ser
revisto (reformado ou confirmado) por outro juízo (juízo ad quem [juízo final]) (competência recursal ordinária).
Não há dispositivo constitucional que expressamente garanta esse direito como absoluto. Assim, nem sempre
caberá duplo grau de jurisdição.
O duplo grau de jurisdição funciona com a devolução do caso (mediante recurso interposto pela parte que
alegar prejuízo injusto sofrido por decisão judicial proferida pelo juízo a quo) à instância imediatamente superior à
instância de competência originária. Por exemplo, quando alguém é condenado pelo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca
de Manaus e apela da sentença, assim, o recurso produz efeito devolutivo e os autos são remetidos ao Tribunal de
Justiça do Estado do Amazonas, onde o caso será rejulgado nos limites do pedido recursal (somente sobre o que foi
recorrido pelo apelante – extensão do efeito devolutivo).
Exemplo:
Não há duplo grau de jurisdição em casos julgados originariamente pelo STF (art. 102, I, CF/88); nas causas em
que o tribunal se deparar com processo em condições de imediato julgamento (não precisar de maior instrução) e
reformar sentença fundadas nas hipóteses de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 1.013, § 3º, NCPC).
Duplo grau de jurisdição é uma faculdade que assiste ao jurisdicionado que tenha interesse recursal e
preencha os demais requisitos recursais. Logo, por regra, ele é facultativo. No entanto, quando das hipóteses do art.
496 do NCPC, haverá a remessa necessária (que não é recurso). Assim, duplo grau de jurisdição não pode ser
conceituado como acesso recursal, mas, acesso a outro juízo, uma vez que há duplo grau de jurisdição na remessa
necessária e ela não é recurso, uma vez que não tem as características dos recursos. Então, o duplo grau não está
ligado à recorribilidade, mas, à revisibilidade.
O órgão denominado Juízo pode ter um ou mais juízes. Em 1º Grau, em regra, as decisões dos juízos são
realizadas por único juiz, assim, disse que são monocráticas. Esse órgão é comumente denominado “Vara”. Exceção
ao número de julgadores é feita às decisões em Tribunal do Júri e em Conselho de Justiça (Justiça Militar da União e
também dos Estados), quando a decisão é tomada pelo colegiado.
Já nas instâncias superiores, as decisões, em regra, são proferidas em colegiado (por mais de um magistrado),
exceto, quando proferidas pelo relator (v.g. art. 932 NCPC). Esses órgãos são denominados Câmaras ou Turmas,
quando fracionários do tribunal, ou Tribunal Pleno, quando reunidos todos os julgadores (o Pleno pode ser substituído
por Câmara Especial que reunirá parcela dos julgadores e substituirá a necessidade de reunião de todos, como ocorre
em São Paulo).
No Amazonas, os Juízes de Direito tem sua carreira organizada da seguinte forma (art. 166 da LCE nº 17): a)
Juízes Substitutos de Carreira; b) Juízes de Direito de 1ª Entrância; c) Juízes de Direito de 2ª Entrância. E a promoção
ocorre nas seguintes hipóteses (art. 167 da LCE nº 17): a) nomeação; b) promoção; c) remoção; d) permuta; e) acesso;
f) reintegração; g) readmissão; h) aproveitamento; i) reversão.
A vitaliciedade (Art. 95, I, da CF/88; art. 26 a 29 da LC nº 35) é conquistada pelo Juiz de 1º Grau com 2 anos de
carreira e após sua conquista, o magistrado não poderá ser excluído do cargo senão por sentença transitada em
julgado (nenhum juiz é julgado por órgão singular – art. 108, I, “a”, CF/88), porém, antes disso, poderá ser excluído
desde que por decisão do tribunal que o enquadra por meio de processo administrativo disciplinar. A vitaliciedade é
instantânea para os Juízes das demais instâncias.
A inamovibilidade (Art. 95, II, da CF/88; art. 30 e 31 da LC nº 35) implica em o magistrado não poder ser
movimentado de comarca ou similares sem que haja prévio interesse manifestado pelo juiz, salvo em razão de
interesse do serviço público.
A irredutibilidade de vencimentos (Art. 95, III, da CF/88; art. 32 da LC nº 35) implica em o magistrado não
sofrer redução de seus subsídios (eles não recebem salário), isso não afasta a responsabilidade tributária que incide
sobre patrimônio e renda do mesmo.
Essas garantias constitucionais foram concebidas para que os magistrados não fiquem expostos ao poder das
autoridades públicas para poder conhecer e aplicar o direito conforme os ideais da Justiça, logo, há falar que essas são
garantias políticas e que isso permite a independência jurídica.
Distribuidor
ECT Jornais
Extravagantes
Impressa Oficial
No NCPC, há disposições sobre os auxiliares da Justiça: Oficial de Justiça (art. 150, 151, 154 e 155); Escrivão
(em Vara – 1ª Instância) e Diretor de Secretaria (em Secretaria de Tribunal) (art. 152, 153 e 155); Perito (art. 156 a
158); Depositário e Administrador (art. 159 a 161); Intérprete e Tradutor (art. 162 a 164); Conciliadores e Mediadores
(art. 165 a 175); e Regulador de Avarias (art. 707 a 711).
Tabelionato de Notas e
Ofício de Registro de Ofício de Registro das
Registro de Contratos
Imóveis Pessoas Naturais
Marítimos
Extrajudicial da Capital
Cartório de Títulos e
Ofício de Protesto de Letras Documentos e das Pessoas Tabelionato de Notas
Jurídicas
Em Manaus são 6 Ofício de Registro de Imóveis (funcionam cumulativamente com os 4 primeiros Ofícios de
Protesto de Letras), 6 Ofícios de Protesto de Letras (funcionam cumulativamente com os 4 primeiros Ofícios de
Registro de Imóveis), 12 Ofícios de Registro das Pessoas Naturais (Registro Civil), 1 Cartório de Títulos e Documentos
das Pessoas Jurídicas, 1 Tabelionato de Notas e Registro de Contratos Marítimos, 9 Tabelionato de Notas (dois
possuem matriz e sucursal, perfazendo 11 locais). Disponível em:
http://www.tjam.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4266&Itemid=728 Nesse link, é possível
encontrar a tabela de emolumentos e outras informações relevantes.
A Constituição Federal prevê o Ministério Público entre os art. 127 e 130-A. Já a Constituição do Estado do
Amazonas trata do Ministério Público nos art. 83, I; art. 84 a 93.
O MP não está subordinado a qualquer dos três Poderes, apesar do STF já ter se manifestado no sentido de
ele pertencer à estrutura do Poder Executivo (ADI 132-9/RO). Porém, isso não quer dizer que ele esteja subordinado
a esse poder, pois, são características do MP a autonomia.
A Lei Complementar n. 75/93 dispõe sobre “a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público
da União”, e a Lei n. 8.625/93 “institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, e dispõe sobre normas gerais
para a organização do Ministério Público dos Estados”. Já o Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União
(Ministério Público de Contas) está regulamentado nos art. 80 a 84 da Lei nº 8.443/1992 (dispõe sobre a Lei Orgânica
do Tribunal de Contas da União).
No Estado do Amazonas, o Ministério Público está regulamentado na Lei Complementar Estadual nº 11/1993
(dispõe sobre a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Amazonas). Já o Ministério Público Junto ao Tribunal
de Contas do Estado do Amazonas (Ministério Público de Contas) está regulamentado nos art. 111 a 119 da Lei Estadual
nº 2.423/1996 (dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas).
Procurador Geral
da República
Art. 25 a 27
Conselho Nacional
do Ministério
Lei Complementar nº 75/1993 Público
Art. 130-A CF/88
Ministério Público
Ministério Público Ministério Público
do Distrito Federal
Militar Junto ao TCU
e Territórios
Art. 116 a 148 Art. 149 a 181 Art. 80 Lei 8.443
c) Proibições do MP (art. 128, §5º, II, CF/88) – o MP tem vedações análogas as da Magistratura.
Unidade – o MP é uno, pois, todos os órgãos (membros) fazem parte de uma só corporação.
Indivisibilidade – o MP é que atua como parte ou fiscal da lei nos processos, assim, não é o órgão (membro),
dessa forma, eles podem ser substituídos e isso não significa sucessão ou substituição processual. “Apesar de uno e
indivisível, exerce a sua função por numerosos órgãos, que abrangem o MP Federal, o MP do Trabalho, o MP militar,
o MP do Distrito Federal e dos Territórios e os MPs Estaduais” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Direito processual
civil esquematizado. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva, 2015).
Poderá haver a possibilidade de o órgão do MP não oferecer denúncia pedindo arquivando do inquérito
policial e o juiz discordar do MP, nos termos do art. 28 do Código de Processo Penal (CPP), remeterá os autos ao
Procurador-Geral do MP que se entender de maneira diversa do órgão do MP, poderá designar outro órgão do MP
para oferecer a denúncia. Nesse caso, o órgão que receber a designação não poderá recusar o oferecimento da
denúncia, pois, estará agindo em representação da decisão do Procurador-Chefe e não do próprio ofício que exerce.
A Advocacia-Geral da União está organizada conforme a Lei Complementar nº 73/1993 (Institui a Lei Orgânica
da Advocacia-Geral da União) (http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LCP/Lcp73.htm). A Procuradoria-Geral do
Estado do Amazonas está organizada pela Lei Estadual nº 1.639/1983 (Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado)
(http://www.pge.am.gov.br/lei-organica-da-pge/). E a Procuradoria-Geral do Município está regulamentada na Lei
Municipal nº 1.015/2006 (dispõe sobre a Procuradoria Geral do Município) (http://www.cmm.am.gov.br/wp-
content/uploads/2014/02/LEI_1015_DE_14_07_20061.pdf).
Há a Lei nº 8.906/1994 (dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil).
A advocacia privada exige para seu exercício a inscrição junto à OAB. Para tanto, exige-se, especificamente, a
graduação em Direito e a aprovação no Exame de Ordem.
Excepcionalmente, o advogado pode realizar a prestação de assistência judiciária sem cobrar pelos serviços.
Nesse caso, denomina-se pro bono e exige-se do advogado a observância de certos cuidados para não ser confundido
como prática ilícita de captação de clientela. Para tanto, o Novo Código de Ética e Disciplina contará com o disposto
no art. 30 in verbis:
Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado
ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele
assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
§ 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
§ 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente,
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
§ 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais,
nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade
para captação de clientela.
Disponível em: http://www.oab.org.br/noticia/28512/oab-aprova-advocacia-pro-bono-no-
brasil
Acesso em: 28 Mar 2016.
O Código de Ética e Disciplina da OAB vigente está disponível no seguinte endereço:
http://www.oab.org.br/arquivos/resolucao-n-022015-ced-2030601765.pdf
Outro ponto importante de observância obrigatória aos advogados é sobre os honorários advocatícios
(regulado nos art. 21 a 26 da Lei nº 8.906/1994), especialmente, sobre a prática de aviltamento dos honorários (prática
de cobrar honorários em valor ínfimos e inexequíveis, prejudicando, assim, todos os profissionais), prática vedada nos
termos do art. 2º, parágrafo único, VIII, “f”, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Assim, o advogado deve observar
o valor mínimo regulamentado pela seccional da OAB em que o advogado está inscrito. No Amazonas, a Seccional por
meio da Resolução OAB/AM-CP nº 004/2015 (aprova a Nova Tabela de Honorários Mínimos do Estado do Amazonas),
disponível em: http://oabam.org.br/downloads/pdf/resolucao_oabam_004_2015.pdf e a tabela está disponível em:
http://oabam.org.br/downloads/pdf/tabela-honorarios-estado-amazonas-2015.pdf
A Defensoria Pública da União está organizada pela Lei Complementar nº 80/1994 (organiza a Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados).
Já a Defensoria Pública do Estado do Amazonas está organizada pela Lei Complementar Estadual nº 1/1990 (dispõe
sobre a organização da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, estabelece o regime dos seus membros, cria o
quadro funcional).
A Defensoria Pública é necessária para viabilizar o acesso à Justiça aos economicamente hipossuficientes, na
forma do art. 5º, LXXIV, da CF/88. Destaca-se os objetivos da Defensoria Pública insculpidos no art. 3º-A da LC nº
80/1994, incluso pela Lei Complementar nº 132/2009.
Em geral, são considerados presumidamente hipossuficientes as pessoas que tem renda de até 3 salários-
mínimos. No entanto, não há em lei essa estipulação. A lei apenas estipula que deve ser hipossuficiente.
Segundo a DPE-RS:
“A Defensoria Pública presta atendimento a todas as pessoas que estejam em condição de
vulnerabilidade, assim consideradas aquelas que, por razão da sua idade, gênero, estado físico
ou mental, ou por circunstâncias outras (sociais, econômicas, étnicas e/ou culturais),
encontram dificuldades em exercitar seus direitos.
Quanto ao critério econômico, consideram-se vulneráveis todas as pessoas que comprovarem
renda familiar mensal igual ou inferior a três salários mínimos nacionais, considerando-se os
ganhos totais brutos da sua entidade familiar”. (Disponível em:
http://www.defensoria.rs.def.br/conteudo/20000).
Assim, cabe ao Conselho Superior da Defensoria Pública estipular por Resolução o critério para o acesso à
Defensoria Pública. Em São Paulo, a DPE-SP deliberou por meio do CSDP o limite de 3 salários-mínimos, nos termos da
Resolução nº 137/2009.