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Se ainda não sabe nada de música poderá pensar que esta é algo
que pode começar em qualquer nota, ir para qualquer outra nota, e
parar quando o interprete achar que lhe apetecer parar para beber uma
coca-cola. Contudo é verdade que muitos de nós já assistimos a
performances musicais que realmente seguem esse estilo de
“composição”, a maior parte dessas atuações são confusas,
aborrecidas, e sem sentido.
As únicas pessoas que conseguem criar bem uma jam espontânea
são aqueles que conhecem a música suficientemente bem para juntar
acordes e notas de maneira a que estas façam sentido para o ouvinte. E,
porque a música é inerentemente uma forma de comunicação, conectar-
se com os ouvintes é muito importante.
Aprender sobre teoria musical é também incrivelmente inspirador.
É indescritível a sensação de luz que se faz na nossa mente quando de
repente aprendemos a juntar uma progressão de blues de 12-barras
juntas e criar uma boa música com ela. Ou quando vemos uma peça de
música clássica e deparamo-nos a ir em frente e a tocá-la pela primeira
vez. Ou a primeira vez que paramos com amigos e fazemos uma sessão
de improviso e sentimo-nos confiantes para tomar a liderança.
É nossa intenção que os leitores deste livro o usem regularmente,
porque a vontade de tentar uma nova técnica musical é difícil de resistir.
Aprendendo livremente
Como já foi referido poderá saltar os capítulos que quiser, ou
então seguir a ordem com calma, e absorver tudo o que puder.
Contudo há um facto incontornável: aquilo que pode tirar da música é
aquilo que consegue meter nela. Se quiser estar apto para tocar música
clássica, deverá memorizar a leitura fluente e saber como manter um
ritmo estável. Se planeia tornar-se um guitarrista de rock, então saber as
notas que precisa tocar num determinado tom é especialmente
importante. Aprender a tocar música exige muito da disciplina pessoal,
mas no final, valerá todo o esforço.
Ainda para mais, claro, tocar é divertido, e saber como tocar bem
música é incrivelmente divertido. Todos adoram uma estrela rock/
homem do jazz/ Mozart. E agora um pouco de história.
Notas Musicais
Reconhecer a batida
A grande imagem
Como se deve lembrar das aulas de música, as notas aparecem
com diferentes aparências, cada uma com o seu valor. Antes de
entrarmos em detalhes de cada tipo de nota, olhemos para a próxima
figura, que mostra os tipos de notas que irá encontrar mais
frequentemente na música, dividindo o seu valor a cada passo. O valor
de uma mínima é metade uma semibreve, o valor de uma semínima é um
quarto da semibreve, e continua. Já mostraremos mais à frente os seus
nomes.
Figura 2-1
Cada nível deste diagrama de notas dura as mesmas batidas
que os outros níveis. No inicio temos a semibreve, se a dividirmos
temos duas mínimas (duas mínimas têm a mesma duração de uma
semibreve, metade cada uma), se dividirmos uma semínima ficamos
com duas colcheias, dividimos a colcheia e obtemos duas
semicolcheias.
= =
Figura 2-4: Estes três grupos de semicolcheias, escritas de três formas diferentes,
são tocadas da mesma forma.
Da mesma forma, as fusas (metade da semicolcheia) podem ser
escritas da mesma forma mas neste caso como temos três bandeiras
também teremos três linhas de união.
Figura 2-5: Assim com as colcheias e as semicolcheias, as fusas podem ser escritas
individualmente ou ligadas.
Semibreves
A semibreve é a maior nota de todas. Tem a maior duração. A Figura 2-6 mostra o seu
aspeto.
PARTE I – RITMO
Figura 2-7: Três semibreves, cada uma tem a duração de quatro batidas.
Figura 2-8: Uma dupla semibreve tem o dobro da duração da semibreve simples.
Quando vir uma dupla semibreve, terá de a segurar durante dois
compassos, ou seja num compasso 4/4 seguramo-la durante oito
batidas.
UM dois três quatro cinco seis sete oito
Outra forma de mostrar uma nota que dure dois compassos é juntar duas
semibreves com uma ligadura. As ligaduras serão discutidas mais à
frente neste capitulo.
Mínimas
Seguindo a lógica, se sabemos que as notas se vão dividindo em metade
do seu tempo, sabemos que uma mínima tem metade da duração da
semibreve.
Figura 2-12: Uma mistura de uma semibreve, duas semínimas e uma mínima.
Então agora que a coisa ficou mais difícil como faremos a contagem?
Existe um pequeno truque, acrescentaremos as letras “i” e “a” (ou se for
mais fácil - “ca” “ta” “ca”) à contagem e tocaremos essas letras
também.
Por exemplo imaginemos oito semicolcheias, contaríamos assim
(compasso 4/4):
UM i a e DOIS i a e TRÊS i a e QUATRO i a e UM i a e DOIS i a e TRÊS i a e
QUATRO i a e
Ou
Figura 2-17: Duas semínimas ligadas têm exatamente o mesmo valor de uma mínima.
Quando vir uma ligadura simplesmente some o valor das notas e a nota terá o valor desse
resultado.
As ligaduras conectam notas que têm as mesma altura para criar uma
única nota continuada em vez de duas notas separadas. Então, uma
semínima ligada a outra semínima é igual a uma mínima tendo a duração
de duas batidas: UM dois.
Atenção – Não confunda as ligaduras com o Legato. Um legato parece
uma ligadura, mas liga duas notas de diferentes alturas (iremos ver mais
sobre legatos no capítulo 6).
Misturar as Notas
Não irá encontrar muitas peças musicais que sejam compostas
inteiramente por um só tipo de nota, então terá de trabalhar com uma
variedade de notas musicais. Os exercícios seguintes são exatamente o
que precisa para praticar, criando como que um metrónomo automático
no seu cérebro. Cada exercício está agrupado (compassos) em quatro
batidas cada.
Lembrete: Nestes exercícios, bata palmas nas batidas com letra
maiúscula. Se encontrar letras no meio das batidas, também deve bater
palmas nessas letras, como dissemos, os contratempos.
Exercícios:
Figura 2-18: UM DOIS TRÊS QUATRO | UM dois três QUATRO | UM dois três quatro | UM dois
três quatro | UM DOIS TRÊS quatro.
Figura 2-19: UM dois três quatro | UM dois três quatro | UM DOIS três QUATRO | UM dois TRÊS
quatro | UM dois três quatro.
Figura 2-20 : UM DOIS e TRÊS quatro | UM dois três quatro | UM dois três QUATRO |
UM e DOIS três quatro | UM dois TRÊS quatro.
Figura 2-21: UM dois TRÊS quatro | UM dois três QUATRO | UM dois três quatro | um
DOIS três quatro | UM dois três quatro.