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Parte 2 - Políticas Globais em Resposta à Mudança do Clima

2.1. Histórico sobre os eventos e acordos internacionais sobre as mudanças climáticas.

Com o agravamento do aquecimento global e aumento de gases de efeito estufa na


atmosfera terrestre provenientes das atividades antrópicas, os acordos climáticos
internacionais tornam-se de extrema importância para buscar soluções e reverter o atual
quadro. No transcurso do tempo várias ações políticas foram tomadas e estão sendo tomadas
para isto realizaremos um resumo das negociações e acordo sobre a temáticas das mudanças
do clima.

1972 - Conferência de Estocolmo, na Suécia, foi a primeira Conferência global


voltada para o meio ambiente, e como tal é considerada um marco histórico político
internacional, decisivo para o surgimento de políticas de gerenciamento ambiental,
direcionando a atenção das nações para as questões ambientais

1979 - Tem lugar a Primeira Conferência Mundial do Clima.

1988 – Cria-se o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).


Que relatam as informações sobre a ciência da mudança climática.

1990 - Publica-se o Primer relatório de avaliação do IPCC. O IPCC e a II Segunda


Conferência Mundial do Clima solicita um acordo global sobre mudanças climáticas.
Começam as negociações da Assembleia Geral das Nações Unidas em torno sobre a
convenção das mudanças climáticas.

1991 - Realiza-se a primeira reunião do Comité Intergovernamental de Negociação


(CIN).

1992 - O Comitê Intergovernamental de Negociação (CIN) adota o texto da


Convenção do Clima. A Cúpula da Terra é realizada no Rio (Eco92 – Rio de Janeiro), a
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima com sigla em inglês
(UNFCCC) está pronto para se assinar com a Convenção sobre Diversidade Biológica
com sigla em inglês (UNCBD) e a Convenção de Combate à Desertificação com sigla em
inglês (UNCCD).

1994 - Entrada em vigor a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança
do Clima – CQNUMC (United Nations Framework Convention on Climate Change -
UNFCCC).

1995 - Celebra-se a primeira Conferência das Partes (COP 1), realizada em Berlim.

1996 – Se estabelece a secretaria da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a


Mudança do Clima para apoiar as ações e as medidas tomadas no âmbito da Convenção.

1997 - O Protocolo de Quioto é formalmente aprovadas na COP 3, em dezembro.


2001 - Publica-se o Terceiro Relatório de Avaliação do IPCC. Se adopta acordos de
Bonn conforme do Plano de Ação de Buenos Aires de 1998. Além disso adopta-se os acordos
de Marrakech (Marraquexe) na COP 7, que detalha as regras para a implementação do
Protocolo de Quioto, como os novos instrumentos de financiamento, planejamento para a
adaptação e transferência de tecnologias.

2004 - Se estabeleceu um acordo no Programa de Trabalho de Buenos Aires sobre


medidas de adaptação e resposta na COP 10.

2005 - Entrada em vigor do Protocolo de Quioto. A primeira reunião das Partes do


Protocolo de Quioto (MOP 1, por sua sigla em Inglês) é realizada em Montreal. De acordo
com os requisitos do Protocolo de Quioto, as partes iniciaram negociações sobre a próxima
fase do que no âmbito do Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre Compromissos Adicionais para
as Partes do Anexo I do Protocolo de Quioto (AWG PK). Esses grupos de trabalho o
programa de trabalho é que se tornou o Programa de Trabalho de Nairobi sobre impactos,
vulnerabilidade e adaptação às alterações climáticas, um ano depois.

2006 - Adopta-se o programa de trabalho de Nairobi.

2007 - Publica-se o quarto relatório de avaliação (AR4) do Painel Intergovernamental


sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O público está sensibilizado sobre a ciência da mudança
climática. Na COP 13, as partes acordam o Roteiro de Bali, marcando o caminho para
melhorou após 2012 através de dois fluxos de situação de trabalho: Grupo de Trabalho Ad
Hoc sobre Compromissos Adicionais ao abrigo do Protocolo de Quioto (AWG -pk) e outro
grupo criado no âmbito da Convenção, o grupo de trabalho ad hoc sobre a cooperação a longo
prazo (AWG-LCA).

2009 – Inicia-se o texto do acordo de Copenhague na COP 15. A Conferência das


Partes "toma nota" do mesmo e, em seguida, os países assumiram compromissos para reduzir
as emissões ou promessas de ação para a mitigação, os quais não são vinculativas.

2010 - A COP elabora o texto dos acordos de Cancún, que são amplamente aceites
na COP 16. Nestes textos de acordos dos países formalizaram as promessas feitas em
Copenhague.

2011 - A COP formula e aceita a Plataforma de Durban para reforçar a as ações na


COP17. Em Durban, os governos reconheceram claramente a necessidade de criar o conceito
de um acordo novo, universal e legal para agir na mudança do clima depois do 2020, em que
todos desempenhem o seu papel da melhor forma possível e ser capaz de colher juntos os
benefícios do sucesso.

2012 - A Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes do Protocolo de


Quioto (COP / MOP) aprovou a alteração Doha para o Protocolo de Quioto sobre RP8. A
alteração inclui: Compromissos Adicionais para as Partes do Anexo I do Protocolo de Quioto
concordou em assumir compromissos no segundo período de compromisso, de 1 de janeiro
de 2013 e 31 dezembro de 2020; uma lista revisada de gases de efeito estufa serão informadas
as partes no segundo período de compromisso; e as alterações a vários artigos do Protocolo
de Quioto que se relacionam com o primeiro período de compromisso e ser atualizados para
o segundo.

2013 - Entre as decisões cruciais tomadas nas COP19 / RP9 para aumentar a
Plataforma de Durban estão incluídos, o Fundo Verde para o Clima e financiamento de longo
prazo, o Warsaw Quadro de REDD-plus e Mecanismo Internacional de Varsóvia por perdas
e danos relacionados aos impactos das mudanças climáticas.

2014 - A Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças do


Clima (COP 20) em Lima, Peru. Teve o objetivo de analisar e proposição de diversas ações
para conter o aumento da temperatura global e, consequentemente mitigar os impactos da
mudança global do clima. O documento final “Chamado de Lima para a Ação Climática”,
também conhecido como “Rascunho Zero”, é um acordo para a redução de emissões de gases
de efeito estufa, que é a base para um novo pacto global de clima que poderá vir a ser adotado
na (COP 21) realizada em Paris.

2015 - A Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças do


Clima (COP 21) em Paris (França) estabeleceu com a adopção de um acordo histórico para
combater as alterações climáticas e promover as medidas e investimentos para o futuro de
baixo carbono, resiliente e sustentável. O principal objetivo do acordo universal é manter o
aumento da temperatura neste século bem abaixo de 2 graus Celsius, e aumentar os esforços
para limitar o aumento de temperatura ainda mais, abaixo de 1,5 graus Celsius acima dos
níveis pré-industrial. O acordo também visa fortalecer a capacidade de lidar com os impactos
das mudanças climáticas.

2.2. As conferências sobre o meio ambiente e suas principais decisões.

Uma resposta internacional à mudança climática tomou forma com a criação da


Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, sigla em
inglês), adotada em 1992, quando da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Eco-92.
A UNFCCC é uma Convenção-Quadro, uma vez que é bastante ampla e depende de
regulamentação por parte do Executivo. Diante da necessidade de posterior regulamentação
foi instituído um Órgão Supremo da Convenção, a Conferência das Partes, de reuniões
espaçadas e compostas de altos representantes diplomáticos dos Estados-Partes, com poderes
inclusive de emendar a Convenção e referendar as decisões dos dois Órgãos Subsidiários.
A Convenção estabelece, em seu art. 9º, um Órgão Subsidiário de Assessoramento
Científico e Tecnológico (SBSTA), para prestar, em tempo oportuno, à Conferência das
Partes e, conforme o caso, a seus órgãos subsidiários, informações e assessoramento sobre
assuntos científicos e tecnológicos relativos à Convenção. Já o Órgão Subsidiário de
Implementação (SBI) está estabelecido no art. 10 do referido diploma legal, com o fim de
auxiliar a Conferência das Partes na avaliação e cumprimento efetivo da Convenção.
A Conferência das Partes – COP, o órgão supremo da Convenção, tem a
responsabilidade de manter regularmente sob exame a implementação da Convenção, assim
como quaisquer instrumentos jurídicos que a Conferência das Partes vier a adotar, além de
tomar decisões necessárias para promover a efetiva implementação da Convenção (art. 7º da
Convenção sobre Mudanças Climáticas). Mas essas conferencias ocorreram a partir de 1995,
mas esses acordos vêm sendo feitos desde 1972.
Em 1972 que ocorreu a conferência de estocolmo, com o objetivo de criar um
documento que norteasse a conduta dos países com relação as emissões de gases do efeito
estufa e também sobre um novo comportamento sustentável. Nesse contexto se descrevera
as principais dições de tais conferencias:

Conferência de Estocolmo (Suécia, 1972)


A primeira conferência da ONU para o meio ambiente aconteceu na Suécia, em 1972.
Nela, foram criados os 26 princípios que iriam direcionar os indivíduos de todo o mundo a
melhorar e preservar o meio ambiente. Nesse ano também houve a criação do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Conferência de Toronto (Canadá, 1988)


A Conferência de Toronto foi a primeira a se preocupar com o clima. Houve uma
reunião de cientistas alertando sobre a redução dos gases que aumentam o efeito estufa.
Assim, foi criado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que seria
um medidor das mudanças climáticas ocasionadas pelas atividades humanas.

Conferência de Genebra (Suíça, 1990)


Foi discutido, nessa conferência, sobre a produção de um tratado internacional do
clima, que seria criado em 1992. Para produzí-lo foi necessário criar o Comitê
Intergovernamental de Negociação para uma Convenção-Quadro sobre Mudanças
Climáticas. Nesse ano, o IPCC mostra sinais de uma aumento da temperatura do planeta terra.

Conferência no Brasil (Rio de Janeiro, 1992)


Uma das maiores conferências para a discussão de questões ambientais foi a
chamada Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(CNUMAD), conhecida também como Rio-92 ou Eco-92. Nessa reunião foi criada a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, cujo objetivo era estabilizar
a concentração de gases estufa na atmosfera, que ocorre anualmente para que os países
pudessem debater sobre as mudanças climáticas. Os principais documentos criados nessa
conferência foi a agenda 21 e um acordo chamado Convenção da Biodiversidade.

Conferência de Berlim (Alemanha, 1995)


É realizada a primeira Conferência das Partes (COP-1), em que são feitas negociações
e definidas metas para a redução dos gases de efeito estufa que posteriormente estariam no
futuro Protocolo de Kyoto. Nesse ano foi apresentado um novo relatório do IPCC.
Conferência de Genebra (Suíça, 1996)
Cidade em que foi realizada a COP-2, ficou decidido pelas partes que os relatórios do
IPCC iriam direcionar às futuras decisões sobre o clima e meio ambiente. Além disso, ficou
acordado que os países em desenvolvimento receberiam apoio financeiro da Conferência das
Partes para desenvolver programas de redução de gases.

Conferência de Kyoto (Japão, 1997)


Com a realização da COP-3, no Japão, os organismos internacionais tomaram uma
nova posição com relação às questões ambientais, embora houvesse um conflito entre União
Europeia e Estados Unidos. Nessa conferência foi criado o Protocolo de Kyoto. Um
documento legalizado que sugere a redução de gases do efeito estufa (cujas metas são de
5,2%) e para que fosse aprovado, os países desenvolvidos deveriam aceitar o acordo, pois
eles correspondiam a maior parte das emissões de gases poluentes da atmosfera. Assim, com
a criação do protocolo surge o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e os
certificados de carbono.

Conferência em Buenos Aires (Argentina, 1998)


Em 1988, foi realizada a COP-4, uma reunião que iria decidir como seria
implementado as medidas tomadas no Protocolo de Kyoto. Foi conhecido como Plano de
Ação de Buenos Aires.

Conferência de Bonn (Alemanha, 1999)


Em 1999, na COP-5, que ocorreu na Alemanha, na cidade de Bonn, ocorreu a
implementação do Plano de Ação de Buenos Aires, dando início as reuniões sobre a Mudança
de Uso da Terra e Florestas, entre outras ações.

Conferência de Haia (Holanda, 2000)


Durante a COP-6, os conflitos entre Estados Unidos e União Europeia aumentam
durante as negociações. Em 2001, os EUA (um dos maiores emissores de gases estufa), o
presidente George W. Bush afirmou que o país não ratificaria o protocolo e não participaria
do acordo alegando que haveriam custos muito altos para a redução desses gases.

Conferência em Bonn (Alemanha, 2001) e Marrakesh (Marrocos, 2001)


Nesse ano, o IPCC convoca para uma reunião extraordinária (considerada a segunda
parte da COP-6), afim de divulgar os dados do terceiro relatório, que mostrava que as
consequências do efeito estufa aumentavam devido as atividades humanas. E na COP-7 (em
Marrakesh), os países industrializados diminuíram os conflitos.
Conferência de Nova Délhi (Índia, 2002)
Durante a COP-8, houve a necessidade de ações mais concretas e objetivas para a
redução dos gases e os países concordam com as regras do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo. Nessa reunião foi a primeira vez que o foco se mantém em desenvolvimento
sustentável com a definição da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento
Sustentável(Rio+10), cujo tema influenciou um debate sobre fontes renováveis. Além disso,
as Ongs e empresas privadas também aderiram ao protocolo e mostraram projetos sobre a
criação dos créditos de carbono.

Conferência de Milão (Itália, 2003)


Na COP-9, percebe-se que nas reuniões, as lideranças estavam suscetíveis ao
desacordo e esse comprometimento cada vez mais foi cobrado pelas ONGs. Houve a
regulamentação de sumidouros de carbono, projetos de reflorestamento para obter créditos
de carbono.

Conferência de Buenos Aires (Argentina, 2004)


Na COP-10, há discussões sobre as novas metas do Protocolo de Kyoto após 2012,
ano de vencimento do documento e a necessidade da criação de metas mais rígidas.

Conferência de Montreal (Canadá, 2005)


Nessa conferência foi constatado que os países em desenvolvimento (Brasil, China e
Índia) passaram a ser importantes emissores de gases estufa. E, durante a COP-11, o Brasil
propõe duas formas de negociações, a primeira seria após o Protocolo de Kyoto e a segunda
para os grandes emissores, como os EUA. Nessa reunião aconteceu a primeira Conferência
das Partes do Protocolo de Kyoto (COP/MOP1), em que instituições europeias defendem a
redução de 20% a 30% de gases até 2030 e de 60 a 80% até 2050.

Conferência de Nairóbi (África, 2006)


Na COP-12, os países pobres se tornaram mais vulneráveis. Ainda nesse ano, houve uma
ampla divulgação do Relatório Stern (Inglaterra) sobre um estudo detalhado dos efeitos do
aquecimento global e também o Protocolo de Kyoto é revisado. O Brasil sugere a
implantação de um sistema de incentivo financeiro para preservação das florestas chamado
Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd).

Conferência de Bali (Indonésia, 2007)


Nessa conferência, a COP-13, houve a elaboração do Mapa do Caminho de Bali (Bali Action
Plan), um documento que possui cinco pilares para simplificar as assinaturas de um novo
compromisso internacional em Copenhague, antes do vencimento do Protocolo de Kyoto.
Ficou definido que haveria a criação de um fundo de recursos para países em
desenvolvimento (Fundo de Adaptação) e Ações de Mitigação Nacionalmente Adequadas
(Namas), uma proposta de modelo para os países em desenvolvimento na diminuição das
emissões.

Conferência de Poznan (Polônia, 2008)


Haviam muitas discussões, mas poucas decisões para um acordo pleno em
Copenhague na COP-14 e com uma expectativa de resolução na COP 15, com as eleições
americanas e o novo presidente Barack Obama. O Brasil criou o Plano Nacional sobre
Mudança do Clima (PNMC) com metas de redução do desmatamento e também expõe o
Fundo Amazônia (fundo de captação de recursos para projetos que reduzem os
desmatamentos e a divulgação da conservação e desenvolvimento sustentável na região). Os
países em desenvolvimento (Brasil, China, Índia, México e África do Sul) assumiram um
compromisso não obrigatório sobre a redução dos gases.

Conferência de Copenhague (Dinamarca, 2009)


Na COP-15 houve a elaboração do 'Acordo de Copenhague' após as discussões entre
Brasil, África do Sul, China, Índia, Estados Unidos e União Europeia (os países líderes).
Apesar do acordo ter sido aceito pela ONU, houveram países que se opuseram. O documento
estima que os países desenvolvidos deverão cortar 80% das emissões até 2050 e 20% até
2020, mas esse último corte não está de acordo com o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas, além de contribuir com a doação de US$ 30 bilhões anuais até 2012
para o fundo de luta contra o aquecimento global.

Conferência em Cancún (México, 2010)


Na COP-16, houve a criação de um Fundo Verde do Clima, um fundo que
administraria todo o dinheiro que os países desenvolvidos estão aplicando para auxiliar nas
mudanças climáticas - US$ 30 bilhões (2012-2012) e US$ 100 bilhões anuais(após 2020).
Outro ponto discutido foi realizar a manutenção da meta de reduzir no máximo de 2º C a
temperatura média com relação aos níveis pré-industriais. Os líderes e participantes deixaram
para decidir o futuro do Protocolo de Kyoto em Durban (África do Sul, 2011).

Conferência em Durban (África do Sul, 2011)


Na COP-17 haviam vários desafios em pauta como: definir quais medidas seriam tomadas
com relação as mudanças climáticas e também qual seria o próximo passo, após a expiração
do Protocolo de Kyoto. Alguns países aceitaram a criação de um novo acordo ou protocolo
com força legal para diminuir as mudanças climáticas e também para que futuramente todos
os países participassem da diminuição dos gases. No novo texto da COP-17 os seguintes
pontos foram discutidos:
 existência de uma lacuna entre a proposta de redução dos gases estufa e a contenção do
aquecimento médio do planeta em 2ºC;
 formação de um grupo para criar um novo instrumento internacional legal até 2015, com
implementação a partir de 2020 (processo chamado de Plataforma Durban para Ação
Aumentada);
 o relatório do IPCC deverá ser levado em consideração, para que sejam tomadas medidas
mais severas para conter o aquecimento global;
 surgimento de uma nova etapa para o Protocolo de Kyoto, estendido até 2017.
Outros assuntos debatidos foram o funcionamento do Fundo Verde Climático, a aprovação
da criação de um Centro de Tecnologia do Clima. A COP-18, ocorrerá no final de 2012, em
Qatar, caso não exista um impasse ou prorrogação do Protocolo de Kyoto.

Conferência no Brasil (Rio de Janeiro, 2012) Rio +20


A Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável mais conhecida como
Rio +20 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro nos meses 20 a 22 de junho de 2012, após
vinte anos de realização das conferências sobre meio ambiente e desenvolvimento
sustentável, oRio-92. O objetivo dessa conferência foi garantir e renovar o compromisso
entre os políticos para o desenvolvimento sustentável.

Conferência em Doha, no Catar (Golfo Pérsico 2012)


Entre 26 de novembro de 2012 a 8 de dezembro de 2012 foi realizada a Conference
of Parties (COP 18) da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas em
Doha, no Catar, onde ocorreu simultaneamente a Conference of Meeting of Parties do
Protocolo de Quioto. As negociações entre representantes de 193 países tinham como
principal objetivo chegar à um acordo conclusivo, com metas para os países do Anexo I deste
Protocolo, que orientem as medidas de redução de emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
para o seu segundo período de compromisso, que se inicia em 2013. Também foi acordado
que o segundo período será até o ano de 2020.
Este Protocolo da ONU segue como o único em vigor até o presente, que define a
redução dos GEEs para os países desenvolvidos. Por motivos específicos a cada um dos
seguintes países, Canadá, Japão e a Nova Zelândia, optaram por não fazer parte deste novo
período, juntando-se aos Estados Unidos, como países que não ratificaram este
Protocolo. Sendo assim, Austrália, Reino Unido, Noruega, Suíça, Ucrânia os integrantes da
União Européia, compõem a lista de países que se comprometeram com as metas do acordo.
Com a renovação do Protocolo, também ficou mantida a arrecadação de US$ 10
bilhões por ano para doação a países mais pobres para combate às mudanças climáticas,
determinado um fundo que passará a contar com US$ 100 Bilhões a partir de 2020.
Discussões mais detalhadas sobre como as ações a serem financiadas por esse fundo e outras
decisões, como transferência de tecnologia e como os recursos serão repassados ainda não
foram finalizadas. A expectativa é de que nos próximos anos seja discutido um novo acordo,
e, que este envolva compromissos de metas de redução de emissão para um número maior
de países, para entrar em vigor a partir de 2020 após o novo vencimento deste período do
Protocolo de Quioto
Conferência em Varsóvia (Polônia, 2013)
A Conferência foi marcada por conflitos entre os países desenvolvidos e os em
desenvolvimento, principalmente no que se referiu à diminuição das emissões de gases do
efeito estufa (GEE), onde os países emergentes – principalmente China e Índia
responsabilizaram os países industrializados pelos problemas climáticos atuais e
reivindicaram seu direito ao desenvolvimento e, por conta do mecanismo de compensação
econômica por perdas e danos, projeto este muito contestado pelos desenvolvidos.
Por causa desses e outros impasses, as negociações ocorreram de forma muito lenta
o que gerou protestos em muitos observadores, sobretudo àqueles que representavam as
ONG’s e, se retiraram no penúltimo dia do encontro, alegando a falta de progresso nas
negociações por um novo acordo global de redução das emissões dos GEE, como pressão
para o prosseguimento das negociações.
Dentre as decisões gerais da COP 19, destacam-se o regime de compensação por
perdas e danos (loss & damage), financiamento climático e pagamento por emissão reduzida
a partir de esforço de combate ao desmatamento e à degradação florestal (REDD+). A
próxima conferência (COP 20) será em Lima no Peru, no período de 1 à 12 de dezembro de
2014, onde se espera uma melhor tomada de decisões, pois ocorrerá às vésperas do novo
acordo climático de reduções de GEE, que deve ser assinado na COP 21, em Paris.
Durante a COP 19 aconteceram eventos paralelos de interesse dos governos estaduais.
Ocorreu o evento Implementing Climate Actions on the Basis of Territorial Cooperation, que
foi promovido pela Rede de Governos Locais para o Desenvolvimento Sustentável
(NRG4SD), The Climate Group (TCG) e Centro Euro Mediterrâneo para Mudanças
Climáticas (CMCC). Moderado por Antonio Navarra (Presidente do CMCC), o encontro
contou com a presença do Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo Bruno Covas
(Co-Presidente Sul da NRG4SD) e do Vice-Presidente da CETESB Nelson Bugalho, entre
outros representantes da Catalunha/Espanha, Califórnia/EUA, Comitê de Regiões/ União
Europia, Quebec/Canadá, País de Gales/Reino Unido. Na ocasião foram apresentadas as
políticas das diversas regiões. São Paulo expôs a iniciativa conjunta com o Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Ministério de Meio Ambiente (MMA), no sentido
de harmonizar políticas iniciando pela realização centralizada de inventários de emissões dos
demais Estados da Federação.

Conferência em Lima (Peru, 2014)


O documento final obtido da conferencia “Chamado de Lima para a Ação Climática”
aprovado na COP 20, também conhecido como “Rascunho Zero”, é um acordo para a redução
de emissões de gases de efeito estufa, que é a base para um novo pacto global de clima que
poderá vir a ser adotado, em Paris. Também objetiva o processo de submissão e revisão de
INDC (Intended nationally determined contributions). O INDC representa os compromissos
que cada país pretende assumir nacionalmente, ao determinar suas próprias metas de redução
de gases de efeito estufa, e as negociações pretendem ampliar a ambição pré-2020. As
delegações de 195 países devem apresentar ao longo do primeiro trimestre, conforme o
documento, seus compromissos para reduzir as emissões globais entre 40% e 70% até 2050
e ações de adaptação à mudança climática, com a finalidade de limitar o aumento da
temperatura do planeta a 2°C.
Ademais, foram aprovadas 19 decisões que, tem entre outros objetivos: ajudar a
operar o Mecanismo Internacional de Varsóvia por Perdas e Danos; estabelecer o programa
de trabalho em Lima sobre gênero; e adotar a Declaração de Lima sobre Educação e
Conscientização.
Conferência em Paris (França, 2015)
O Acordo de Paris é suportada pela Ação Agenda Lima-Paris (LPAA, por sua sigla
em Inglês), uma iniciativa liderada pela França, Peru, o Secretário Geral das Nações Unidas
e ao Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do clima
(UNFCCC). Tem como objetivo mostrar as associações de cidades, regiões, empresas e
organizações da sociedade civil, muitas vezes com os governos, através do qual as emissões
de gases de efeito estufa são reduzidas e constrói a resiliência às alterações climáticas.
O principal objetivo do acordo universal é manter o aumento da temperatura neste
século bem abaixo de 2 graus Celsius, e aumentar os esforços para limitar o aumento de
temperatura ainda mais, abaixo de 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industrial. O acordo
também visa fortalecer a capacidade de lidar com os impactos das mudanças climáticas
Os eventos da Ação Agenda Lima-Paris durante a COP 21 demonstrou a resposta
maciça e crescente de atores que não são partes para realizar uma ação climática ambiciosa.
Após a sua adopção, o Acordo de Paris, será depositado junto das Nações Unidas em Nova
York e estará disponível para ser assinado por um ano a partir de 22 de abril de 2016, no dia
da Mãe Terra. O acordo entrará em vigor quando 55 países que representem pelo menos 55%
das emissões globais tenham depositado os seus instrumentos de ratificação.
Para saudar o acordo universal primeira juridicamente vinculativo sobre as alterações
climáticas, apoiar a transformação do crescimento e desenvolvimento global, e abrir a porta
a um baixo nível de emissões de carbono futuro, estáveis e sustentáveis, os intervenientes
relevantes podem se juntar grandes cidades, regiões , empresas e investidores em todo o
mundo ajundando para implementar o Acordo de Paris, de assinar o compromisso com a
ação, em Paris.

2.3. Descrever as principais decisões que tiveram nestas conferências sobre as


florestas.

3. Referencias Bibliográficas

Brasil. Governo do estado de São Paulo, Pro Clima. Negociações internacionais. Disponível
em: <http://proclima.cetesb.sp.gov.br/conferencias/negociacoesinternacionais/conferencia-
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Brasil. Governo do estado de São Paulo, Pro Clima. COP 20/CMP 10 – Lima, Peru
(Dezembro de 2014). Disponível em:
<http://proclima.cetesb.sp.gov.br/conferencias/negociacoesinternacionais/conferencia-das-
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Brasil Escola. Acordos climáticos e aquecimento global. Disponivel em:
<http://brasilescola.uol.com.br/geografia/acordos-climaticos-aquecimento-global.htm.>
Acesso em: 07 Abr. 2016.

Protocolo de Kyoto. Conferências sobre Meio Ambiente. Disponível em: <


http://protocolo-de-kyoto.info/conferencias-sobre-meio-ambiente.html>. Acesso em: 07
Abr. 2016.

ONU – Organización de Naciones Unidas. La ONU y el Cambio Climático: Hacia el


acuerdo sobre el clima. Disponível em: < http://www.un.org/climatechange/es/hacia-un-
acuerdo-sobre-el-clima/>. Acesso em: 07 Abr. 2016.

UNFCCC -United Nations Framework Convention on Climate Change. Historia de la


CMNUCC. Disponível em:
<http://unfccc.int/portal_espanol/informacion_basica/la_convencion/historia/items/6197.ph
p>. Acesso em: 07 Abr. 2016.

UNFCCC -United Nations Framework Convention on Climate Change. Acuerdo de


Paris. Disponível em:< http://unfccc.int/portal_espanol/items/3093.php>. Acesso em: 07
Abr. 2016.

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