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Meyer Cattoni - Justica de Transicao 2014 PDF
Meyer Cattoni - Justica de Transicao 2014 PDF
Justiça de Transição
nos 25 anos da Constituição
de 1988
Belo Horizonte
2014
JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO NOS 25 ANOS DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
Emílio Peluso Neder Meyer
Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira
Organização
798 p.
CDU: 340(061.3)
Sumário
Responsabilização civil-administrativa
dos agentes públicos na ditadura militar 451
Diego Oliveira Murça
Janaína Santos Curi
Lucas Costa de Oliveira
http://www.capes.gov.br/premiocapesdetese/edicoes-
anteriores/6590-teses-premiadas-em-2013>. Acesso em 5 mar. 2014. A
premiação repercutiu nacionalmente, como se pode ver pela entrevista
concedida pelo autor ao jornal Folha de S. Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1391159-lei-da-
anistia-deve-ser-reanalisada-pelo-stf-diz-especialista.shtml>. Acesso
em 5 mar. 2014.
16 Cf. a notícia disponível em
IV – Constitucionalização e responsabilização
criminal e civil na América Latina
Conclusões
Introdução
3
Disponível em:
<http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=6129
60>, acessado em 26/01/2013, página 153.
38 Ana Paula Ferreira. de Brito & Maria Letícia Mazzucchi Ferreira
4
Definido por CANDAU (2009, 43) como sendo o movimento
contemporâneo em direção à memória, uma compulsão memorial.
As reivindicações por memória e verdade e a CNV 39
5
SELIGMANN – SILVA, Márcio. Anistia e (in) justiça no Brasil: o
dever de justiça e a impunidade. Literatura e Autoritarismo,
Memórias da Repressão, n 9, 2006. p. 04.
40 Ana Paula Ferreira. de Brito & Maria Letícia Mazzucchi Ferreira
7
Disponível em:
<http://www.anpuh.org/informativo/view?ID_INFORMATIVO=24
86>, acessado em 20/01/2013.
As reivindicações por memória e verdade e a CNV 47
8
Para maiores informações ver o documento elaborado pelos comitês,
disponível em:
<http://comitedaverdadeportoalegre.wordpress.com/2012/08/13/ca
48 Ana Paula Ferreira. de Brito & Maria Letícia Mazzucchi Ferreira
rta-dos-comites-a-comissao-nacional-da-verdade/>, acessado em
22/08/2012.
9
Carta dos Comitês à Comissão Nacional da Verdade, elaborada pelos
comitês regionais e discussões realizadas na reunião dos coletivos no
dia 30/07/12, em Brasília.
10
Disponível em:
As reivindicações por memória e verdade e a CNV 49
<http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Dj
AgU5CZnDo>, acessado em 21/01/2013.
11
O local é popularmente conhecido como DOPINHA, localizado a
Rua Santo Antônio, 600, bairro da Independência. O memorial poderá
receber o nome de um desaparecido político gaúcho, tendo ocorrido
no local manifestações e atos de identificação do espaço por grupos de
direitos humanos da região.
50 Ana Paula Ferreira. de Brito & Maria Letícia Mazzucchi Ferreira
12
Para maiores informações, consultar o site do movimento de onde as
informações foram obtidas:
<http://viacampesina.org/es/index.php/organizaciainmenu-
44/iquisomos-mainmenu-45>, acessado em 28/01/2013.
52 Ana Paula Ferreira. de Brito & Maria Letícia Mazzucchi Ferreira
13
Notícia veiculada nos principais sites do país. Disponível em:<
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/48243/>, acessado em
02/02/2013.
As reivindicações por memória e verdade e a CNV 53
14
Disponível em:
<http://portal.sdh.gov.br/clientes/sedh/sedh/2012/12/10-dez-12-
premio-direitos-humanos-foi-criado-para-reverenciar-bravos-
brasileiros-diz-dilma>, acessado em 18/12/2012.
15
Entrevista da representante do grupo, concedida a Rede de Jornal
TVT. Disponível em:
<https://www.youtube.com/user/redetvt/videos?query=Levante+P
opular+da+Juventude+recebe+men%C3%A7%C3%A3o+honrosa+do+
pr%C3%AAmio>, acessado em 18/12/2012.
54 Ana Paula Ferreira. de Brito & Maria Letícia Mazzucchi Ferreira
Considerações finais
Referências
Entrevistas
Introdução:
2
VAN ZYL, 2009. p 32
66 Isabela Camila da Cunha
3
É possível salientar os quatro pilares da Justiça Transicional, quais
sejam: reparação às vítimas, fornecimento da verdade e construção da
memória, restabelecimento da igualdade perante a lei e a reforma das
instituições perpetradoras dos crimes contra os Direitos Humanos.
Esses pilares também servem de base para a redemocratização após o
período autoritário.(ABRÃO, TORELLY, 2010.p.10). Os pilares da
Justiça de Transição, acima de tudo, visam à recomposição do Estado e
da sociedade, chamando cada indivíduo a retomar o controle de sua
vida – resgatando uma cidadania consciente, em que cada cidadão é
protagonista de sua própria história. (REMIGGIO, 2009.p.194)
4
Justiça de transição pode ser entendida “como o conjunto de esforços
jurídicos e políticos para o estabelecimento ou restabelecimento de um
sistema de governo democrático fundado em um Estado de Direito,
cuja ênfase não recai apenas sobre o passado, mas também numa
perspectiva de futuro.” (ALMEIDA, TORELLY, 2010. p.41)
Memória com verdade 67
5
A memória,considerada em toda a sua complexidade, é uma
condição para o estabelecimento da verdade sobre os fatos ocorridos
no passado. (BAGGIO, 2012. p.112).
Memória com verdade 69
7
Durante muito tempo preponderou o entendimento de que a Lei de
Anistia concedeu anistia aos militares e aos opositores ao regime,
assim não foram investigadas e muito menos punidas as violações aos
direitos humanos cometidas por aqueles ao longo de seu regime
totalitário, nem os crimes políticos e eleitorais cometidos por estes.
(BAGGIO, 2012, p.113)
70 Isabela Camila da Cunha
8
SANTOS, 2012. p. 69
9
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo:
Perspectiva, 2006.
10
BARBOSA, VANUCCHI, 2009. P.58
11
Ibid.
Memória com verdade 71
12
Para mais informações sobre o assunto: SANTOS, Claiz Maria
Pereira Gunça dos. O reconhecimento do direito à verdade como um
direito fundamental implícito no ordenamento jurídico brasileiro.
Disponível em:
<http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=94aef38441efa338>
Acesso em 15 abril 2013.
72 Isabela Camila da Cunha
E ainda:
A memória coletiva que remete justamente a fatos
históricos que transcendem as intimidades indivi-
duais, a despeito de também influenciá-las. Por in-
teressar a um grupo de indivíduos, que pode ser
uma pequena família, uma sociedade nacional ou
até mesmo a comunidade humana em seu conjun-
to, a memória de determinado acontecimento, tal
qual este próprio, assume dimensão coletiva, sen-
do sal elaboração impossível nos estreitos limites
da individualidade. (SOARES, QUINALHA, 2011
p. 256)
13
COMISSÃO ESPECIAL (Mortos e Desaparecidos Políticos) foi
instituída pela Lei 9.140/95 e instalada no Ministério da Justiça
(Decreto nº 18, de dezembro de 1995, Seção I pág. 21426). A Lei nº
10 536/02, publicada no Diário Oficial da União do dia 15.08 2002,
alterou dispositivos constantes da Lei nº 9.140/95, estabelecendo a
responsabilidade do Estado por mortes e desaparecimentos de pessoas
que tenham participado, ou tenham sido acusadas de participação em
atividades políticas, no período compreendido entre 02 de setembro de
1961 e 05 de outubro de 1988. A Lei 9.140/95 previa a possibilidade de
reconhecimento da responsabilidade estatal por mortes e
desaparecimentos, por motivação política, ocorridos no período
compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979. A
Lei 10 536/02, portanto, ampliou o período de abrangência. A Lei
10 536/02 estabeleceu o prazo de 120 dias para o protocolo dos
requerimentos, a contar da data da publicação da lei. Disponível em
Memória com verdade 73
http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/desaparecidos/abert_desaparecidos.
htm> Acesso em 15 abril 2013
14
Mais informações sobre o caso em: MIRANDA, TIBURCIO, 2008.
Dos Filhos deste Solo. P. 96-103.
74 Isabela Camila da Cunha
Verdade:
I - esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos
de graves violações de direitos humanos mencio-
nados no caput do art. 1 ; o
<http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.
exe/sys.start.htm?inf
oid=1&sid=2>
18
Disponível e:
< http://www.pgr.mpf.gov.br/acesso-a-informacao>
Memória com verdade 77
1995.
V - colaborar com todas as instâncias do poder pú-
blico para apuração de violação de direitos huma-
nos;
VI - recomendar a adoção de medidas e políticas
públicas para prevenir violação de direitos huma-
nos, assegurar sua não repetição e promover a efe-
tiva reconciliação nacional; e
VII - promover, com base nos informes obtidos, a
reconstrução da história dos casos de graves viola-
ções de direitos humanos, bem como colaborar pa-
ra que seja prestada assistência às vítimas de tais
violações.
19
Disponível em:
<http://www.cnv.gov.br/index.php/outros-destaques/223-hoje-
estamos-muito-mais-proximos-da-justica-afirma-pinheiro-da-cnv>
Acesso 15 abril 2013
20
Documento disponível em:
<http://www.cnv.gov.br/images/pdf/publicacaoes/claudio/publica
coes_ruben
s_paiva.pdf>
Memória com verdade 79
Conclusão
22
Disponível em:
<http://www.fpabramo.org.br/o-que-fazemos/memoria-e-
historia/exposicoes-virtuais/anistia-de-1979> Acesso em 15 abril 2013
Memória com verdade 81
Referências
em:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=94aef3
8441efa338 Acesso em 15 abril 2013.
SARMENTO, Daniel. 21 Anos da Constituição de 1988: a
Assembleia Constituinte de 1987/1988 e a Experiência
Constitucional Brasileira sob a Carta de 1988. DPU Nº 30
– Nov-Dez/2009. Disponível em:
http://www.direitopublico.idp.edu.br/index.php/direit
op ublico/article/viewFile/788/6 6 Acesso em 15 abril
2013
SOARES, Inês Virginia Prado; KISHI, Sandra Akemi
Shimada Memória e verdade: A Justiça de Transição no
Estado Democrático Brasileiro. 2009. Editora Forum. 422
p.
SOARES, Inês Virginia Prado. Memória democrática e
desaparecidos políticos. . In: SOARES, Inês Virginia Pra-
do; KISHI, Sandra Akemi Shimada. Memória e verdade:
A Justiça de Transição no Estado Democrático Brasileiro.
2009. Editora Forum. 422 p.
Introdução
2
Registre-se que “o regime objetivo dos direitos humanos já foi
reconhecido no âmbito das instâncias especializadas em direitos
humanos” (ANNONI, 2009, p. 33)
94 Ramon de Sousa Nunes
3
“Essa responsabilidade, contudo, não se manifesta apenas de modo
comissivo. A omissão também gera responsabilidade, quando o
indivíduo ou o Estado tinham o dever legal de prestar, de atuar, de
impedir a lesão ou dano causado. E o Estado é assim responsável
também no foro internacional”. (ANNONI, 2009, p. 39)
Justíça de Transição no Brasil 95
7
Sem que se julgue a justiça e a qualidade jurídica da decisão, vale
ressaltar que no caso denominado “Guerrilha de Araguaia”, procedeu-
se pela Corte Interamericana a responsabilização do Estado brasileiro
por violação de direitos humanos relativa à qualidade da justiça de
transição brasileira.
Justíça de Transição no Brasil 97
8
Bastos também classifica a anistia brasileira como anistia em branco,
sendo que esta classificação tem o significado muito próximo ao de
“autoanistia”, significando que: “é normalmente concedida por
influência de ditadores que estão se retirando do poder, sem que haja
qualquer legitimidade nacional ou internacional” (2009, p. 118).
9
“O processo de transição democrática brasileira, assim como o de
outras nações latino-americanas, partiu do pressuposto de que os
direitos das vítimas eram variáveis menores do processo de transição e
que, se fossem sobrelevadas, poderiam colocar em risco a própria
reconciliação. As leis de anistia, entendidas por Elizabeth Salmon
como ‘mecanismos exculpatórios que nem sempre buscam a
reconciliação da nação’, constituíram uma solução unilateral dos
governos, com o claro objetivo de promover o esquecimento dos
100 Ramon de Sousa Nunes
12
Sem que se entre com profundidade no tema, veja-se: “(...) comento
que me causa certa graça supor que o princípio da imprescritibilidade
dos contra a humanidade estaria condicionado a assinatura, ratificação
e incorporação de uma convenção internacional por uma junta militar,
em pleno ano de 1969, a mesma que, no ano seguinte, o de 1969, como
já mencionei, emendou arbitrariamente a Constituição para instituir as
penas de morte, prisão perpétua, banimento e confisco” (VENTURA,
2011, p. 327)
E mais à frente: “Os crimes contra a humanidade são imprescritíveis,
sobretudo porque, amiúde, há, nos Estados em que são praticados, a
impossibilidade material de processo de grandes violadores, antes que
a remoção do entulho ditatorial opere-se no ordenamento jurídico
nacional, critério temporal que não é passível de medição. No caso
brasileiro, em particular, é notoriamente inacabada. E acrescento: a
prescrição só pode ser arguida caso a caso, no seio do processo
individualizado, não podendo a Corte Suprema fundar interpretação
de uma lei de anistia no aventureiro pressuposto de que todos os
crimes por ela abarcados prescreveram.” (VENTURA, 2011, p. 334).
104 Ramon de Sousa Nunes
13
Registre-se que anteriormente, em 31 do 10 de 2008, a Comissão já
havia elaborado o Relatório de Mérito 91 de 2008, o qual,
responsabilizando o Estado brasileiro recomendou ao Brasil que
adotasse medidas de reparação (OEA, 2010, p. 3).
Justíça de Transição no Brasil 105
14
Gomes e Mazzuoli, enfatizando alguns aspectos da sentença,
afirmam: “Aliás, como bem enfatizou a sentença de 24.11 2010 da
Corte Interamericana, nem sequer a decisão do STF, que validou a Lei
de Anistia em abril de 2010 possui qualquer tipo de relevância (ou
obrigatoriedade/eficácia) no plano jurídico internacional. A Corte não
revogou a decisão do STF, porque não é essa sua função. Ela
simplesmente analisou a decisão do STF no plano do controle de
convencionalidade. E concluiu que o STF não levou em conta os
tratados internacionais sobre direitos humanos ratificado pelo Brasil
(Convenção Americana sobre direitos Humanos [sic] de 1969) na sua
decisão.” (2011, p. 160).
106 Ramon de Sousa Nunes
15
Tal fim é inclusive vedado pelo art. 4º, § 4 , da Lei 12 578/11.
o
Justíça de Transição no Brasil 109
16
“The findings of this article demonstrate the value of both isolating
transitional justice mechanisms and studying their interactions to
110 Ramon de Sousa Nunes
determine when, how and why the achieve important social justice
goals. We conclude that success in improving human rights protection
most likely results from the interaction of trials’ accountability
function and amnesties’ stability function. Our quantitative and
qualitative analysis suggests that truth commissions can play a
valuable role in enhancing that justice balance and in promoting
human rights.” (original em inglês).
17
Vale lembrar que esta interação pode se dar nas seguintes formas:
anistia restrita a alguns casos e julgamentos dos principais violadores
dos direitos humanos, no caso do regime ter entrado em colapso;
anistia seguida de julgamentos posteriores, quando a transição for
negociada.
18
Como Reiter et alii (2010, p. 475-476) frisam, os resultados só valem
em relação ao objetivo de fortalecer os direitos humanos, não existindo
dados para afirmar que a Comissão da Verdade usada sem
julgamentos e anistia não possa ter um efeito positivo para outros fins,
como produzir verdade oficial que possibilite a sociedade se mover em
frente ou dar voz às vítimas.
Justíça de Transição no Brasil 111
19
“The commission may contribute considerably to national
reconciliation if it succeeds in bringing the conflict surrounding past
human rights abuses to broad public attention.” (original em inglês).
20
Wiebelhaus-Bram (2009, p. 23) cita o oferecimento de imunidade ou
anistia mais segura que a atual, como um poder da Comissão, para
extrair informações dos agentes da repressão.
112 Ramon de Sousa Nunes
21
“A criação de uma Comissão da Verdade, assim como o
processamento internacional do Estado brasileiro, pode produzir
desdobramentos positivos ou negativos para o modelo transicional
brasileiro. Seu sucesso poderia permitir a localização de arquivos
fundamentais para a compreensão do período de repressão, ampliar o
processo de reconciliação estatal com as vítimas e, sobremaneira,
formular uma narrativa concorrente àquela que vem sendo
remasterizada desde a ditadura e que é amplamente incorporada na
memória institucional do país. O êxito neste último aspecto singular já
seria suficiente para justificar a existência de uma Comissão da
Verdade. Inobstante, o fracasso da empresa poderia deslegitimar de
modo fatal os movimentos que afirmam a existência de arquivos
secretos em mãos particulares e, mais especificamente, a ausência de
Justíça de Transição no Brasil 113
Conclusão
Referências
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feira>. Acesso em: 18/09/2012.
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lidade internacional do Estado e suas consequências no
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nacional do Estado. São Paulo: LTr, 2000.
Justíça de Transição no Brasil 117
Gerais.
3 Acadêmica do curso de direito da Universidade Federal de Minas
Gerais.
122 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
1. Introdução
4
ALMEIDA, Eneá de Stutz e. TORELLY, Marcelo. Justiça de Transição,
Estado de direito e Democracia Constitucional: Estudo preliminar sobre o
papel dos direitos decorrentes da transição política para a efetivação
do estado democrático de direito. Volume 2. Número 2. Porto Alegre.
Julho/dezembro 2010.
124 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
5
SANTOS, Roberto Lima. Crimes da Ditadura Militar. Responsabilidade
Internacional do Estado Brasileiro por Violações aos Direitos
Humanos. Porto Alegre. Núria Fabris Ed. 2010. p. 43.
6
PAYNE, Leigh A.; ABRÃO, Paulo; TORELLY, Marcelo D.. A anistia
na era da responsabilização:contexto global, comparativo e introdução ao caso
brasileiro. Brasil: Oxford: Brasília: University Of Oxford; Ministério da
Justiça, Comissão de Anistia, 2011. p.156.
7
PAYNE, Leigh A.; ABRÃO, Paulo; TORELLY, Marcelo D.. A anistia
na era da responsabilização: contexto global, comparativo e introdução ao caso
brasileiro. Brasil: Oxford: Brasília: University Of Oxford; Ministério da
Justiça, Comissão de Anistia, 2011. p.156.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 125
8
ROCHA, Maria Elizabeth Guimarães Teixeira. O processo político no
Brasil. Belo Horizonte: Del Rey, 1999. P.183
9
FREIRE, Américo. Entre dois governos: 1945-1950 > redemocratização e
eleições de 1945. 2012. Artigo retirado do site da fundação Getúlio
Vargas. Disponível em:
<http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/Dois
Governos/Redemocratizacao>. Acesso em: 21 mar. 2013.
10
FREIRE, op. cit.
11
FERREIRA, Marieta de Moraes. Cem anos de JK., 2012. Disponível em:
<http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/apresentacao>. Acesso
em: 22 mar. 2013.
126 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
12
FERREIRA, op. cit.
13
CANCIAN, Renato. Governo João Goulart (1961-1964): polarização
conduz ao golpe. , 2006. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-
joao-goulart-1961-1964-polarizacao-conduz-ao-golpe.htm>. Acesso em:
22 mar. 2013.
14
CANCIAN, op. cit.
15
MENDONÇA, Sonia Regina. Dez anos da economia brasileira: Historia e
Historiografia (1954- 1956). Revista Brasileira de História, SP, v. 24, n 3,
p. 87-97, 1994.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 127
16
MENDONÇA, op. cit
17
MENDONÇA, op. cit
128 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
18
Tortura no regime militar. Brasil, 2010. Disponível em:
<http://www.cefetsp.br/edu/eso/culturainformacao/torturaregime
militar.html>. Acesso em: 21 mar. 2013.
19
op. Cit.
20
SADDI, Fabiana Da Cunha. Política e economia no federalismo do
governo Geisel. São Paulo, Revista de Economia Política, 2003.
21
SADDI, op. Cit.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 129
25
RODRÍGUEZ, Margarita Victoria. Peronismo: movimento popular
democrático, ou populismo autoritário? (1945-1955). , 1998. Disponível em:
<http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Mar
garita_Victoria_Rodriguez_artigo.pdf >. Acesso em: 21 mar. 2013.
26
RODRÍGUEZ, Margarita Victoria. Peronismo: movimento popular
democrático, ou populismo autoritário? (1945-1955). , 1998. Disponível em:
<http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Mar
garita_Victoria_Rodriguez_artigo.pdf >. Acesso em: 21 mar. 2013. p.04
27
RODRIGUEZ, op. cit p.05
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 131
28
RODRIGUEZ, op. cit p.05-07
29
RODRIGUEZ, op. cit p.17
30
ETULEIN, Carlos R.. Juventude, política e peronismo nos anos 60 e 70”.
Revista de Ciências Humanas. (EDUFSC), nº 40
132 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
36
ETULEIN, op.cit p 330-332
37
ETULEIN, Carlos R.. Juventude, política e peronismo nos anos 60 e 70”.
Revista de Ciências Humanas. (EDUFSC), nº 40 p.320
38
ETULEIN, op.cit p 336
134 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
44
BASTOS, Lucia; As reparações por violações de direitos humanos em
regimes de transição In: Revista Anistia Política e Justiça de Transição.
Brasília: Ministério da Justiça, nº 01; p. 242.
45
Art. 5º, IX. Art. 220, para 1º e 2º. BRASIL. Constituição (1988).
Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado,
1988.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 137
46
ABRÃO, Paulo e TORELLY, Marcelo; Justiça de Transição no Brasil:
a dimensão da reparação. In: Revista Anistia Política e Justiça de
Transição. Brasília: Ministério da Justiça, nº 03; p. 113.
138 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
47
MARTINS, Luciano. A “liberalização” do regime autoritário no
Brasil. In: O’DONNELL, Guillermo; SCHMITTER, Philippe;
WHITEHEAD, Laurence (Orgs.). Transições do regime autoritário:
América Latina. São Paulo: Vértice, 1988.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 139
48
PINHEIRO, Douglas; Blow up – Depois daquele golpe: a fotografia na
reconstrução da memória da ditadura. In: Revista Anistia Política e Justiça
de Transição. Brasília: Ministério da Justiça, nº 02, p. 94
140 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
49
PINHEIRO, Douglas; Blow up – Depois daquele golpe: a fotografia na
reconstrução da memória da ditadura. In: Revista Anistia Política e Justiça
de Transição. Brasília: Ministério da Justiça, nº 02, p. 94.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 141
4.1.3. Reparação
50
PINHEIRO, op. Cit. p. 99.
51
Notícia jornalística “Família de Vladimir Herzog recebe novo atestado de
óbito”. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-
paulo/noticia/2013/03/familia-de-vladimir-herzog-recebe-novo-
atestado-de-obito.html> Acesso em 13 de abril de 2013.
142 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
52
ABRÃO, Paulo et alli. Justiça de Transição no Brasil: O Papel da
Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. In: Revista Anistia Política e
Justiça de Transição. Brasília: Ministério da Justiça, nº 01, p.18.
53
BRASIL. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
Direito à memória e à verdade. Brasil, DF, 2007. P.357. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/55814712/livrodireitomemoriaeverdadeid>. Acesso
em 17 de abr. 2013.
144 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
54
BRASIL, op. cit., p.20.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 145
55
La tesis denominada “la de lós demônios”. Em
<http://www.desaparecidos.org/arg/doc/secretos/tesis02.htm>.
Acesso em 17 de abril de 2013.
56
ARGENTINA. Decreto 187, de 19 de dezembro de 1983.
146 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
57
Disponível em:
<http://www.desaparecidos.org/arg/conadep/nuncamas/>. Acesso
em 11 de abril de 2013.
58
DALY, Erin. Truth skepticism: An Inquiry into the Value of Truth in
Times of Transition. International journal
59
TEITEL, Ruti. Editorial Note, ibidem.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 147
63
SIKKINK, Kathryn. From Pariah State to Global Protagonist;
Argentina and the Struggle for International Human Rights.
Disponível em: < http://www.highbeam.com/doc/1P3-
1470033421.html>. Acesso em 15 de abril de 2013.
O arcabouço jurídico da Justiça de Transição 151
64
Notícia jornalística: “Ex- ditador argentino Jorge Videla é condenado a
prisão perpétua”. Disponível em:
<http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/12/ex-ditador-
argentino-jorge-videla-e-condenado-a-prisao-perpetua.html> Acesso
em: 15 de abril de 2013.
65
FERNANDES, Pádua. Ditadura Militar na América Latina e o
Sistema Interamericano de Direitos Humanos: (In)Justiça de transição
no Brasil e na Argentina. Disponível em: <http://halshs.archives-
ouvertes.fr/docs/00/53/12/73/PDF/AT12_Fernandes.pdf>. Acesso
em 15 de abril de 2013.
66
PIOVESAN, Flávia. Lei de Anistia, Direito à Verdade e à Justiça: o
Caso Brasileiro. Disponível em <
http://interessenacional.uol.com.br/2012/04/lei-de-anistia-direito-a-
verdade-e-a-justica-o-caso-brasileiro/>, acesso em 17 de abril de 2013.
152 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
67
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto, Desafios e conquistas
do direito internacional dos direitos humanos no início do século XXI,
in CACHAPUZ DE MEDEIROS, Antônio Paulo (org.). Desafios do
direito internacional contemporâneo. Brasília: Fundação Alexandre de
Gusmão, 2007, p.209, nota n.6.
68 CIDH. Caso Gomes lund e outros (“Guerrilha do Araguaia”) VS Brasil.
Conclusão
69
SIKKINK, Kathryn. From Pariah State to Global Protagonist;
Argentina and the Struggle for International Human Rights.
Disponível em:
< http://www.highbeam.com/doc/1P3-1470033421.html>. Acesso em
15 de abril de 2013.
154 Aécio Oliveira, Maria Gabriela Cruz & Mariana Oliveira
Referências
De livros
De artigos de revistas
De artigo na Internet
Natália Araújo1
Deisy Ventura2
1
Aluna do Bacharelado em Relações Internacionais da Universidade
de São Paulo.
2
Professora de Direito Internacional do Instituto de Relações
Internacionais da Universidade de São Paulo.
3
O estudo de caso caracteriza-se pelo estudo exaustivo de poucos
objetos, de forma a permitir conhecimento amplo e específico sobre
eles, partindo do pressuposto de que a análise de uma unidade de
determinado universo possibilita o estabelecimento de bases para uma
investigação posterior, mais sistemática e precisa” (GIL, Antônio
Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1991). Ele
cabe especialmente quando as fronteiras entre o fenômeno e o seu
contexto não estão claramente estabelecidas (YIN, Robert. Estudo de
caso. Planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005).
4
“Conectas Direitos Humanos é uma organização não governamental
internacional, sem fins lucrativos, fundada em setembro de 2001 em
São Paulo – Brasil. Sua missão é promover a efetivação dos direitos
160 Natália Araújo & Deisy Ventura
10 Ver <http://www.conectas.org/pt/acoes/justica/lei-de-acesso-a-
informacao/30-pedido-lai-sobre-processo-de-fortalecimento-do-
sistema-interamericano>. Acesso em: 20/11/2013.
11 “É uma característica dessas entrevistas que questões mais ou
menos abertas sejam levadas à situação de entrevista na forma de um
guia. Espera-se que essas questões sejam livremente respondidas pelo
entrevistado. (...) o uso consistente de um guia da entrevista aumenta a
comparabilidade dos dados, e sua estruturação é intensificada como
resultado das questões do guia” (FLICK, Uwe. “Entrevistas semi-
estruturadas”. In: Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2 ed. Porto
Alegre: Bookman, 2004, p.106-7).
162 Natália Araújo & Deisy Ventura
14
DE FARIA, Carlos Aurélio Pimenta. O Itamaraty e a política externa
brasileira: do insulamento à busca de coordenação dos atores
governamentais e de cooperação com os agentes societários. Contexto
int. 2012, vol 34, n.1, pp. 311-355.
15
“A diplomacia atual se caracteriza pela incessante busca de
oportunidades de acumular prestígio. O prestígio é um dos elementos
componentes do poder, do que hoje se denomina soft ou smart power, o
poder suave, brando, o poder inteligente, a capacidade de persuadir
pelo exemplo e os argumentos, em contraposição ao poder
contundente dos armamentos ou da coerção econômica”, RICUPERO,
Rubens. À sombra de Charles de Gaulle: uma diplomacia carismática e
intransferível. A política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva
(2003-2010). Novos estud. - CEBRAP 2010, n 87, pp. 35-58 .
16
Política externa e democracia no Brasil: ensaio de interpretação histórica.
São Paulo: Unesp, 2013.
17
ARAÚJO, Ana Rita. Diplomacia de aristocratas - Em ensaio,
professor da UFMG analisa viés elitista da política externa brasileira.
Boletim UFMG n.1833, Ano 39, 26/08/2013.
164 Natália Araújo & Deisy Ventura
21
Criado no âmbito do MRE e vinculado ao Serviço Nacional de
Informações (SNI), funcionou entre 1966 e 1988.
22
PENNA FILHO, P. Os Arquivos do Centro de Informações do
Exterior (CIEX): O elo perdido da repressão. Revista Acervo, n 21, nov.
2011, pp.79-92.
23
DE FARIA, Carlos Aurélio Pimenta. O Itamaraty e a política externa
brasileira: do insulamento à busca de coordenação dos atores
governamentais e de cooperação com os agentes societários. Contexto
int. 2012, vol 34, n.1, pp. 311-355.
166 Natália Araújo & Deisy Ventura
24
“Ao diplomata, funcionário de carreira e membro de uma forte
burocracia de Estado, as distinções entre sua atuação política e sua
produção intelectual nem sempre são claras ou mesmo possíveis de
serem delineadas. (...) Nós acadêmicos somos em grande parte os
responsáveis por desconsiderar esses não ditos ao alimentarmos o
reconhecimento de um estatuto de igualdade perante as obras
analíticas de diplomatas. E da mesma forma seremos os responsáveis
por contribuir para o enfraquecimento das características que,
justamente, concedem legitimidade e potencial relevância à nossa
produção: o espírito crítico, a capacidade de superação de regimes de
verdade e a criatividade essencial para a renovação do saber”,
PINHEIRO, Leticia; VEDOVELI, Paula. Caminhos Cruzados:
diplomatas e acadêmicos na construção do campo de estudos de
Política Externa Brasileira. Revista Política Hoje. Vol. 21, No 1 (2012):
Dossiê "Política e Corrupção", pp. 211-254.
25
RATTON SANCHEZ, Michelle; SILVA, Elaini C. G. da; CARDOSO,
Evorah L. and SPECIE, Priscila. Política externa como política
pública: uma análise pela regulamentação constitucional brasileira
(1967-1988). Rev. Sociol. Polit. 2006, n.27, pp. 125-143.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 167
26
FRANÇA, Cassio; SANCHEZ-BADIN, Michelle Ratton. A inserção
internacional do Poder Executivo federal brasileiro. Análises e propostas
; n.40. São Paulo: Friedrich-Ebert-Stiftung, 2010.
27
DE FARIA, Carlos Aurélio Pimenta. O Itamaraty e a política externa
brasileira: do insulamento à busca de coordenação dos atores
governamentais e de cooperação com os agentes societários. Contexto
int. 2012, vol 34, n.1, pp. 311-355.
168 Natália Araújo & Deisy Ventura
28
FONSECA, Carmen. A política externa brasileira da democracia: O
paradoxo da mudança na continuidade? Relações Internacionais 2011,
n 29, pp. 33-43.
29
Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais, Pela criação de um
órgão institucional permanente de consulta, participação e diálogo sobre a
Política Externa Brasileira - Carta ao Ministro das Relações Exteriores,
Conferência Nacional “2003-2013 – uma nova política externa”, São
Bernardo do Campo, 16/07/2013.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 169
30
LOPES, Dawisson Belém. A política externa brasileira e a
‘circunstância democrática’: do silêncio respeitoso à politização
ruidosa. Rev. bras. polít. int. 2011, vol.54, n.1, pp. 67-86. Quanto ao uso
da expressão “intruso” para referir o papel da sociedade civil na
política externa, o autor faz referência à obra de Bertrand Badie, Le
diplomate et l’intrus, Paris: Fayard, 2008.
170 Natália Araújo & Deisy Ventura
31
FIGUEIRA, Ariane Roder. Rupturas e continuidades no padrão
organizacional e decisório do Ministério das Relações Exteriores. Rev.
bras. polít. int. 2010, vol.53, n.2, pp. 5-22.
32
Ibid.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 171
33
LOPES, Dawisson. In: ARAÚJO, Ana Rita. Diplomacia de
aristocratas - Em ensaio, professor da UFMG analisa viés elitista da
política externa brasileira. Boletim UFMG n.1833, Ano 39, 26/08/2013.
172 Natália Araújo & Deisy Ventura
34
Prefácio, Cartilha Lei de Acesso à Informação no Brasil – O que você
Precisa Saber. Disponível em: <
http://www.interlegis.leg.br/produtos_servicos/informacao/bibliote
ca-virtual-do-programa-interlegis/cartilha-lei-de-acesso-a-
informacao> Acesso em: 20/11/2013.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 173
35
CUSTÓDIO, Rafael; CHARLEAUX, João Paulo. Contra a opacidade.
O Estado de São Paulo, 13/05/2012.
36
Pedido de Acesso à Informação n° 09200.000058/2012-13 - Resposta
ao recurso impetrado em 28 de junho de 2012. Disponível em:
<http://www.conectas.org>. Acesso em: 20/11/2013.
174 Natália Araújo & Deisy Ventura
37
AMATO, Victoria. Una mirada al proceso de reflexión sobre el fun-
cionamiento de la CIDH, Aportes DPLf 2012, n.16, p 5. Disponível em
<http://www.dplf.org/uploads/1338931610.pdf>. Acesso em:
20/11/2013.
38
Pedido de Acesso à Informação n° 09200.000058/2012-13 - Resposta
ao recurso impetrado em 28 de junho de 2012. Disponível em:
<http://www.conectas.org>. Acesso em: 20/11/2013.
39
Ibid.
40
Sem título. Disponível em: <http://www.conectas.org/arquivos-
site/RECURSOCGU1.pdf>. Acesso em: 20/11/2013.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 175
41
Sem título. Disponível em: <http://www.conectas.org/arquivos-
site/RecursoCGU2.pdf> Acesso em: 20/11/2013.
42
Itamaraty nega acesso a telegramas sobre direitos humanos. Disponível
em: <http://www.conectas.org/pt/acoes/justica/noticia/Itamaraty-
nega-acesso-a-telegramas%20> Acesso em: 20/11/2013.
43
Sem título. Disponível em: <http://www.conectas.org/arquivos-
site/Conectas_Telegramas.pdf> Acesso em: 20/11/2013.
176 Natália Araújo & Deisy Ventura
44
Sem título. Disponível em: <http://www.conectas.org/arquivos-
site/RECURSO%20AO%20MRE1(1).pdf> Acesso em: 20/11/2013.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 177
47
Resposta do MRE em 18/06/2012 ao pedido inicial da Conectas,
apresentada com um dia de atraso e resposta do MRE ao primeiro
recurso da Conectas, em 28/06/2102, dois dias depois do
encerramento do prazo.
48
Disponível em:
<http://www.conectas.org/arquivos-site/RECURSOCGU1.pdf>
Acesso em: 20/11/2013.
49
“De acordo com o Decreto nº 7.724, ao classificar uma informação, a
autoridade competente deverá formalizar sua decisão no Termo de
Classificação de Informação (TCI), informando, entre outros dados, o
grau de sigilo, a categoria na qual se enquadra a informação, o tipo de
documento, as razões da classificação, o prazo de sigilo ou evento que
definirá o seu término, o fundamento da classificação e a identificação
da autoridade classificadora. O TCI deve ser anexado à informação
classificada.” Disponível em:
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 179
<http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov/perg
untas-frequentes/informacoes-acesso-restrito.asp#10> . Acesso em:
20/11/2013.
50
Sem título. Disponível em: <http://www.conectas.org/arquivos-
site/RECURSOCGU1.pdf> Acesso em: 20/11/2013.
51
Ibid.
52
Sem título. Disponível em: <http://www.conectas.org/arquivos-
site/RECURSO%20AO%20MINITRO_DESCL.pdf > Acesso em:
20/11/2013.
180 Natália Araújo & Deisy Ventura
53
ASANO, Camila. Entrevista concedida a Natália Lima de Araújo
[gravação em celular], São Paulo, outubro de 2013. Segundo a
entrevistada, “ninguém usa a linguagem ‘eu tenho direito a acesso à
informação como um direito humano’. Ainda é em outras chaves: a
chave da não corrupção, da boa governança, de contas abertas. Mas
acho que existe sim uma pressão que está e crescendo porque claro,
não é? A democracia vai se fortalecendo e as pessoas vão querendo
mais”, ibid.
54
CUSTÓDIO, Rafael; CHARLEAUX, João Paulo. Contra a opacidade.
O Estado de São Paulo, 13/05/2012.
55
Resposta do Ministério das Relações Exteriores aos recursos
interpostos pela Conectas Direitos Humanos. Disponível em:
<http://www.conectas.org/arquivos-
site/Resposta_MRE%20agosto.pdf> Acesso em: 20/11/2013.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 181
56
MELLO, Valérie de Campos. Globalização, regionalismo e ordem
internacional. Rev. bras. polít. int. 1999, vol.42, n.1, pp. 157-181
182 Natália Araújo & Deisy Ventura
60
Resposta do Ministério das Relações Exteriores aos recursos
interpostos pela Conectas Direitos Humanos. Disponível em:
<http://www.conectas.org/arquivos-
site/Resposta_MRE%20agosto.pdf>. Acesso em: 20/11/2013.
61
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo.
13. ed. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 771-772.
184 Natália Araújo & Deisy Ventura
62
Ibid.
63
Disponível em:
<http://www.conectas.org/arquivos-site/LISTA%20telegramas.pdf>
Acesso em: 20/11/2013.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 185
65
Em virtude do artigo 4º da Constituição Federal, “a República
Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos
direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-
intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII -
solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao
racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A
República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações”.
66
Disponível em:
<http://www.acessoainformacao.gov.br/sistema/Relatorios/Anual/
RelatorioAnualPedidos.aspx>. Acesso em: 20/11/2013.
188 Natália Araújo & Deisy Ventura
67
Governo e Política – administração pública; Relações Internacionais
– Política Externa; Relações Internacionais – serviços consulares;
Relações Internacionais – relações diplomáticas; Relações
Internacionais – organizações internacionais; Relações Internacionais –
proteção comercial internacional; Governo e política – fiscalização do
Estado; Governo e Política – política; Justiça e Legislação - Legislação e
jurisprudência; Transportes e trânsito – Trânsito.
A lenta democratizaçãoo do Itamaraty 189
68
BEZERRA, Daniela [representante da organização Transparência
Hacker, no Seminário de comemoração de um ano da LAI]. CGU debate
avanços do primeiro ano da Lei de Acesso, desafios futuros e impactos no
Executivo Federal, 20/05/2013. Disponível em:
<http://www.cgu.gov.br/Imprensa/Noticias/2013/noticia05913.asp
> Acesso em: 20/11/2013.
69
LOPES, Dawisson. In ARAÚJO, Ana Rita. Diplomacia de
aristocratas - Em ensaio, professor da UFMG analisa viés elitista da
política externa brasileira. Boletim UFMG n.1833, Ano 39, 26/08/2013
A dimensão da "justiça"
na Justiça de Transição
Uma aproximação com o caso brasileiro
1. Introdução
17 Nesse sentido, afirma-se que "o luto pode ser tanto privado como
ser vista tanto como uma conquista, como também um objeto de poder
e manipulação. Daí o apelo de Le Goff para que o esforço científico (e
acrescentaria também o político comprometido com a defesa da
pluralidade democrática) seja no sentido de permitir a pluralidade de
memória, narrativas e interpretações, evitando a imposição de
epopeias e descrições amarradas, assépticas e homogêneas" (SILVA
FILHO, José Carlos Moreira da. Dever de memória e a construção da
história viva: a atuação da Comissão de Anistia do Brasil na
concretização do direito à memória e à verdade. In: SANTOS,
Boaventura de Souza; ABRÃO, Paulo; SANTOS, Cecília Macdowell;
TORELLY, Marcelo(org.). Repressão e Memória Política no Contexto
Ibero-Brasileiro: estudos sobre Brasil, Guatemala, Moçambique, Peru e
Portugal. Brasília: Ministério da Justiça, 2010. p 203).
20 Assim, tem-se que “a amplitude do significado do termo 'reparações'
22Em resumo, afirma-se que não se pode “afirmar que o Estado pratica
crimes através das condutas criminosas de seus agentes. Isso porque
os agentes estatais nunca podem, na condição de agentes estatais,
cometer crimes. Se considerarmos como agente estatal apenas os
indivíduos segundo o princípio da divisão do trabalho, designados
através de um processo determinado pelo ordenamento jurídico e que
se conduzem conforme as normas jurídicas que prescrevem os atos e
funções de que são competentes, quando esses indivíduos agem contra
o direito, eles não atuam mais na condição de agentes estatais. Ao
praticarem algum crime, eles agem em nome próprio e por isso
respondem pessoalmente pela sua conduta, e não como agentes
estatais” (SWENSSON JUNIOR, Lauro Joppert. Anistia penal:
problema de validade da lei de anistia brasileira (Lei 6.683/79).
Curitiba: Juruá, 2011. p.69).
A dimensão da “justiça” na Justiça de Transição 211
find that Latin America, which has made the most extensive use of
A dimensão da “justiça” na Justiça de Transição 219
human rights trials of any region, has made the most complete
democratic transition of any transitional region. In the 20 century,
th
33 "We show that, at least in Latin America, there is not a single case of
Conclusão
Referências
1. Introdução
Paulo parou. E foi à praça publica - porque "a praça é do povo" - numa
mobilização que envolveu meio milhão de homens, mulheres e jovens,
também de outros Estados: a "Marcha da Família com Deus, pela
Liberdade".
Disponível em:
http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_20mar1964.htm (acesso em
07 abr. 2013).
10 Nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Guanabara, Minas Gerais,
ministérios. Disponível em
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1240567-governo-manda-
liberar-arquivos-da-ditadura-retidos-em-ministerios.shtml acesso em
19 de mar. 2013.
23 A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF
em:<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11164
&revista_caderno=27> Acesso em 19 de março de 2013
26 VENTURINI, Gustavo. O potencial emancipatório e a
irreversibilidade dos direitos humanos in Brasil. Presidência da
República. Direitos humanos: percepções da opinião pública: análises
de pesquisa nacional / organização Gustavo Venturi. – Brasília:
Secretaria de Direitos Humanos, 2010
248 Eduardo Araújo, Eduardo Bonfim, Igor Almeida & Wyllck Silva
27 Idem. p. 15
Justiça de Transicional e a repressão no campesinato... 249
Comissões da Verdade?
36 Após reação de militares, Lula vai amenizar proposta sobre
ditadura:Disponível em:
http://www.vcartigosenoticias.com/2012/06/dilma-revela-detalhes-
das-torturas-que.html (acesso em: 10 abr. 2013).
254 Eduardo Araújo, Eduardo Bonfim, Igor Almeida & Wyllck Silva
José Carlos Dias. José Paulo Filho. Maria Kehl. Paulo Pinheiro. Rosa
Cardoso Disponível em:
http://www.cnv.gov.br/index.php/institucional-acesso-
informacao/quem-e-quem (acesso em 10 abr. 2013).
Justiça de Transicional e a repressão no campesinato... 255
Referências
Livros
Revistas
Sites
Legislação
51 ss, 61 ss.
290 Tayara Talita Lemos & Maria Clara Santos
p. 129.
Jurisdição constitucional e Estado de Exceção pós-1988 291
porta da lei, pela qual o acesso não é possível ou, ao menos, não lhe
parece possível, dado o universo simbólico que revolve a situação.
KAFKA, Franz. Diante da lei. In: Um médico rural. Trad. Modesto
Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 27-29.
294 Tayara Talita Lemos & Maria Clara Santos
47 Para Vladimir Safatle o Brasil teria realizado a pior das profecias dos
carrascos nazistas: “a profecia da violência sem trauma. 47 SAFATLE,
Vladimir. Do uso da violência contra o estado ilegal. In: TELES, Edson,
SAFATLE, Vadimir. (Orgs.). O que resta da ditadura? São Paulo:
Boitempo, 2010, p.240
48 TELES. Edson. Entre justiça e violência: Estado de exceção nas
p 240.
51 TELES. Edson. Entre justiça e violência: Estado de exceção nas
Referências
Introdução
5
Em tal aspecto nos embasaremos na construção psicanalítica acerca
do trauma como um acontecimento imprevisto que coloca em perigo a
“real” estrutura psíquica do sujeito, pela “pulsão de morte” diante da
morte súbita (como nos casos de guerra) ou então pela falta de elabo-
ração do duelo em relação a perda inesperada de um ser querido e
próximo. Um dos trabalhos que utilizamos como referência é o do
trauma como elemento transobjetivo fraturado pela quebra do “pacto
denegativo”, desenvolvido por René Kaes. KAES, René; PUGET,
Janine (org.). Violencia de Estado y psicoanálisis. Buenos Aires: Lu-
men,2006, p.161.
306 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
6
RUIZ, Castor M.M. Bartolomé. A justiça perante uma crítica ética da
violência. In: RUIZ, Castor M.M. Bartolomé (org.). Justiça e Memória,
para uma crítica ética da violência. São Leopoldo: Editora Unisinos,
2009. p 87. De forma que o referido autor, ao pautar a crítica da violên-
cia a partir da questão ética, da alteridade e da responsabilidade diante
do “outro”, também se refere às formas cíclicas de violências como
exemplos de sua produção “mimética”. Tal como nos estudos de Wal-
ter Benjamin sobre a mimese enquanto constituição dos indivíduos
como ser sociais, Ruiz nos chama a atenção para o seu efeito inverso: o
da reprodução de atos violentos, que são intencionais, e, por conse-
guinte, sua “normalização” no tempo como se fossem efeitos naturais,
fora do alcance da decisão humana. Pois ao instrumentalizar a vítima,
o direito acaba retirando sua condição de sujeito político da ação. Tal
fato reforça o esquecimento da violência e comete, segundo Castor
Bartolomé Ruiz, uma segunda injustiça: a morte da vítima da memória
coletiva. “Estas são violentadas uma segunda vez pelo esquecimento
que as apaga de forma definitiva da memória da história, tornando-as
insignificantes para o presente”. RUIZ, Castor M. M. Bartolomé. Os
paradoxos da memória na crítica da violência. In: RUIZ, Castor M. M.
Bartolomé (org.) Justiça e memória. Direito à justiça, memória e repa-
ração: a condição humana nos estados de exceção. São Leopoldo: casa
leiria, Passo Fundo: IFIBE, 2012, p 50.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 307
8
SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local do testemunho. In: RUIZ,
Castor M.M. Bartolomé (org.). Justiça e Memória. Direito à justiça,
memória e reparação: a condição humana nos estados de exceção. São
Leopoldo: Casa Leiria. Passo Fundo: IFIBE, 2012, p 59. Mais adiante, o
autor postula a era pós-catástrofe como um espaço de possibilidades
que necessita ser disputado: “mas existe a possibilidade desta comu-
nidade sair da posição de vítima. Justamente o testemunho pode servir
de caminho para a construção de uma nova identidade pós-catástrofe.
A uma era de violência e acúmulo de crimes contra a humanidade
corresponde também uma nova cultura do testemunho. O testemunho
tanto artístico/ literário como o jurídico pode servir para fazer um
novo espaço político para além dos traumas que serviram tanto para
esfacelar a sociedade como para construir novos laços políticos.” Ob.
cit.p.70.
9 Neste artigo utilizamos o termo "ouvinte" para designar aquele que
11
Neste sentido, qualificamos o período autoritário da ditadura civil-
militar brasileira (1964-1985) como uma catástrofe social, não apenas
pelo uso arbitrário do poder, com a mudança de normas, com o exercí-
cio da governabilidade por decretos ou atos institucionais, com a cas-
sação de mandatos parlamentares, com a violação do direito à privaci-
dade pela vigilância e pelo controle da população e dos meios de co-
municação; mas também, pelas práticas de um estado de exceção,
vigentes em espaços de anomia, com a instalação de centros clandesti-
nos de detenção, da tortura como prática de interrogatório, do seques-
tro e arresto de perseguidos políticos dentro de suas casas, com o de-
saparecimento forçado de muitos militantes. Fatores que ao serem
somados, geraram um ambiente político –social de obediência à auto-
ridade não pela confiança nas instituições ou crença na legitimidade
do sistema político, mas sim, pelo medo.
12
É neste aspecto que se corrobora a interpretação que o terrorismo de
Estado das ditaduras civis militares na América do Sul, como catástro-
fe social, gerou danos transgeracionais, verificados atualmente nos
Estados que promoveram políticas de reparação ou intentos similares.
312 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
19
SELIGMANN-SILVA. O local do testemunho, p.75.
20
“Para evitar el contacto con la experiencia de dolor y de desamparo, las
marcas psíquicas de la violencia se encapsulan y disocian y, en vez de la
vivencia traumática, lo que subsiste son burbujas de tiempo, zonas de silencio,
fragmentos de vida que no se pueden integrar a los demás.” KOLKER, Tania.
Problematizaciones Clínico-Políticas Acerca de la Permanencia y
Transmisión Transgeneracional de los Daños Causados por el
Terrorismo de Estado. In BRINKMANN, Beatriz (org.). Daño
Transgeneracional: consecuencias de la represión política en el Cono
Sur. Santiago/ Chile: Gráfica LOM. 2009,p 266. A experiência relatada
pelo GTNM foi analisada a partir das sessões de grupoterapias reali-
zadas com jovens, filhos de ex-perseguidos políticos que foram vítimas
da tortura e de outras violações pela ditadura civil militar brasileira.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 317
21
KOLKER, Tania, ob. cit. p. 268. Neste último aspecto importa relem-
brar as muitas histórias de ameaças de tortura aos filhos, para se con-
seguir informações dos pais. Há casos singulares das crianças tortura-
das antes mesmo do nascimento, como o de João Carlos Grabois – o
Joca – quem conheceu a tortura no ventre da mãe, Criméia Schmidt de
Almeida, nascido na cadeia durante o sequestro de sua progenitora.
Não esquecendo que tanto o pai quanto o avô de João Carlos (André e
Maurício Grabois) são desaparecidos políticos na Guerrilha do Ara-
guaia. Na mesma família, os tios do Joca, Maria Amélia Teles e César
Teles foram sequestrados e torturados, seus filhos Janaína e Edson
muitas vezes deram seu testemunho recordando as ameaças de sofre-
rem torturas na frente dos pais e de terem visto seus pais nos interva-
los das sessões de tortura, além dos vários dias que estiveram seques-
trados/ detidos, ambos com idade entre 04 a 08 anos. A trajetória da
família Teles ficou nacionalmente reconhecida pela ação civil movida
em São Paulo, na qual, eles conseguiram declarar em primeira e se-
gunda instância o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra como Tortu-
rador. Conforme relatado no livro Direito à Memória e à Verdade,
histórias de meninas e meninos marcados pela ditadura: “a mãe de
João Carlos, Criméia, estava com oito meses de gravidez ao ser presa
na Operação Bandeirante (OBAN) em São Paulo, um dos mais temidos
centros de interrogatórios do regime, mantido inclusive por empresá-
rios brasileiros. Ela foi espancada e recebeu choques elétricos no seio e
órgãos genitais. Depois do parto, permaneceu com o bebê por 52 dias
318 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
22
Especialmente a organização com seccionais em todo o país,
H.I.J.O.S.
23
CINTRAS, ob. cit. p.44-45.
320 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
24
“El secreto inconfesable, habitante de la cripta, es transmisible a otra
generación, en la cual reaparece como fantasma en la forma de actos, signos,
síntomas incomprensibles por el sujeto, que no está en condiciones de
desencriptar el secreto. El contenido de la cripta constituye para el sujeto un
indecible, por cuanto, a pesar de estar presente psíquicamente en quien lo ha
vivido, no puede hablar de ello. Al ser transmitido a la generación siguiente en
forma de fantasma, por no ser susceptible de ser objeto de representación
verbal, se convierte en innombrable, sus contenidos son ignorados, pero su
existencia puede ser generadora de disturbios psíquicos. En la generación de
los nietos ocasionará impensables, pues ésta ignora la existencia misma de un
secreto que pesa sobre un trauma no superado, pudiendo generar síntomas,
sensaciones y emociones bizarras, que se presentan sin correlato aparente con
la vida psíquica familiar”. CINTRAS, ob. cit.p.49.
25
Esta linha de pensamento vai ao encontro dos argumentos sobre os
efeitos perversos da negação dos crimes da ditadura brasileira, elenca-
dos por Márcio Seligmann-Silva: “mas o negacionismo também é perverso,
porque toca no sentimento de irrealidade da situação vivida. O teor da irreali-
dade é sabidamente característico quando se trata da percepção da memória do
trauma. Mas, para o sobrevivente, esta “irrealidade” da cena encriptada des-
constrói o próprio teor de realidade do restante do mundo. E mais, o negacio-
nista parece coincidir com o sentimento comum que afirma a impossibilidade
de algo tão excepcional”. SELIGMANN-SILVA. O local do testemunho,
p.67. Resta também observar que na Argentina, estes procedimentos
ganharam força com os “juízos pela verdade”, durante a década de
1990 e posteriormente, com a nulidade das leis do perdão e dos indul-
tos, têm fundamental importância na condução dos julgamentos por
crimes contra a humanidade, ocorridos desde 2006.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 321
26
KAES, ob.cit.p170.
322 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
27
RICOEUR, Paul. ob.cit.p.141.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 323
28
“Podemos dizer que o paradigma da negação da responsabilidade do Estado
repressivo foi o desaparecimento forçado de pessoas, como inscrição simbólica
desse trágico acontecimento. As respostas das autoridades, na época, aos
familiares – com repercussões até os dias atuais – foram não somente evasivas;
elas sugeriam uma variada gama de possibilidades sobre o destino dos desapa-
recidos: o autoexílio, o autodesaparecimento, a clandestinidade, o extermínio
cometido pelos próprios companheiros de luta”. BRASIL, Vera Vital. Dano e
Reparação no Contexto da Comissão Da Verdade: a questão do teste-
munho. In: Revista Anistia Política e Justiça de Transição, Brasília,
n.6, jul./dez 2012. p.247.
324 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
29
Uma das maiores estudiosas do conceito de trauma em Freud e
Lacan e suas relações com a memória e com a ética é a inglesa Cathy
Caruth, por isto nos utilizamos a sua análise neste artigo, como refe-
rência cruzada acerca do trabalho de Lacan. A autora nos ensina que
“ao relacionar, portanto, o trauma à própria identidade do eu e à própria
relação com os outros, a leitura de Lacan nos mostra que o choque de visão
traumática revela, no coração da subjetividade humana, não tanto uma rela-
ção epistemológica, mas antes uma relação que pode ser definida como ética,
com o real”. CARUTH, Cathy. Modalidades do Despertar Traumático
(Freud, Lacan e a ética da memória). Tradução de Claúdia Valladão de
Mattos. In: NESTROVSKI, Artur. SELIGMANN-SILVA, Márcio
(orgs.). Catástrofe e representação: ensaios. São Paulo: Escuta, 2000,
p.112.
30
CARUTH, Cathy, ob. cit. p.120. A autora analisa as interpretações
realizadas por Freud e Lacan, em relação ao sonho de um pai que vê
sua filha queimando, diante da morte que não consegue suportar.
Enquanto que para Freud, o sonho seria uma rota de fuga para o so-
frimento do pai, pois “mantém o pai dormindo”, para Lacan, o sonho
deixa de ser uma função do sono para ser um imperativo do acordar,
para narrar a morte presenciada aos demais. pp.118-119.
31
“Explorando, portanto, implicitamente a consciência tal como ela aparece
ao sobrevivente, cuja vida está intrinsecamente vinculada à morte que ele
testemunha Lacan resitua a relação da psique com o real, compreendendo-a
não apenas como uma questão de ver ou saber a natureza dos eventos empíri-
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 325
cos, não como aquilo que pode ser conhecido ou não sobre a realidade, mas
como a história de uma responsabilidade urgente, ou como aquilo que Lacan
define nessa conjuntura, como uma relação ética com a realidade”. CARUTH,
Cathy, ob.cit.p.124.
32 Levinas aponta para uma precedência da ética em relação à
34
CARUTH, Cathy, ob. cit.p.131.
35
CARUTH, Cathy, ob.cit.p.135.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 327
36
Expressão utilizada por Paul Ricoeur, na obra já citada, “A memória,
a história, o esquecimento”.
37 LANDA, ob.bit., p 24.
328 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
38
Com exceção dos que já estavam condenados pelos chamados "cri-
mes de sangue", que foram explicitamente excluídos da anistia, todos
dos movimentos de resistência armada à ditadura e nenhum dos agen-
tes da repressão que praticaram terrorismo de Estado, já que estes não
foram investigados até hoje.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 329
39
É o que anota Reyes Mate: "O ressentimento como atitude moral nasce
quando os sobreviventes constatam que a história se vai construir
como sempre, de costas para os vencidos. (...) O ressentimento pessoal
protesta contra essa cicatrização do tempo que converte o esquecimen-
to numa segunda natureza, como se a sociedade amnésica fosse o
natural e o recordar uma agressão á natureza." (MATE, op.cit.,p.222-
223). Também Maria Rita Kehl indica que a pecha de "ressentidos"
atinge muitas vezes aqueles que simplesmente procuram lutar pelo
reconhecimento das violências que sofreram mas que não são bem-
vindos em sua luta. "O expediente corriqueiro - por má-fé ou mal-
entendido? - de chamar de 'ressentidos'aqueles que não desistiram de
lutar por seus direitos e pela reparação das injustiças sofridas não
passa de uma forma de desqualificar a luta política em nome de uma
paz social imposta de cima para baixo" (KEHL, Maria Rita. Tortura e
sintoma social. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir [orgs.]. O que
resta da ditadura? - a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.
p.123).
40 RUIZ, Castor Bartolomé. (In)justiça, violência e memória: o que se
41
MAGALHÃES, Mário. Marighella - o guerrilheiro que incendiou o
mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p 564.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 331
42
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Espe-
cial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à verdade e à
memória. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 333
43
Nesta altura, nos servimos dos apontamentos realizados em: SILVA
FILHO, José Carlos Moreira da. A ambiguidade da anistia no Brasil:
memória e esquecimento na transição inacabada. In: PIOVESAN, Flá-
via; SOARES, Inês Virginia Prado (orgs.). Direito à verdade e à justiça.
Belo Horizonte: Forum, 2013. prelo.
44
No Art. 5º, XLIII a Constituição estabelece esta condição, comple-
mentada pela Lei 9.455/97. Importa mencionar, além disso, o Art. 5º,
§4º que reconhece a submissão do Brasil ao Tribunal Penal Internacio-
nal. O Tratado de Roma penetra a ordem jurídica interna brasileira por
força do Decreto Legislativo Nº 4 388/2002, estabelecendo explicita-
mente que a tortura praticada de forma sistemática a parcelas da po-
pulação civil, ou seja, como prática de um crime contra a humanidade
é imprescritível. Por fim, a Constituição demarca no Art. 5º, XLIV que
"constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos arma-
334 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
46
A Comissão é composta hoje por 25 Conselheiros e Conselheiras
escolhidos e nomeados pelo Ministro da Justiça, e liderados pelo Pre-
sidente da Comissão de Anistia, também escolhido pelo Ministro. Dos
membros da Comissão um necessariamente representa o Ministério da
Defesa e outro representa os anistiandos. Os membros da Comissão
possuem, quase todos, formação jurídica, e, de um modo geral, atuam
na área dos direitos humanos. Os Conselheiros não recebem pagamen-
to pelo seu trabalho, considerado, de acordo com a lei, de relevante
interesse público. O conselho funciona como um tribunal administra-
tivo, mas a responsabilidade final da decisão é do Ministro da Justiça,
completando-se o processo de anistia apenas após a assinatura e pu-
blicação da Portaria Ministerial.
47
Em seu art. 2º, a Lei 10 559/2002 prevê ao todo 17 situações de per-
seguição por motivação exclusivamente política que justificam o reco-
nhecimento da condição de anistiado político e os direitos dela decor-
rentes. Aqui estão prisões, perda de emprego, ser compelido ao exílio,
ser atingido por atos institucionais, entre outras situações.
336 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
48
Até março de 2013, 66 Caravanas foram realizadas em todo o Brasil.
Em recente publicação, apoiada pelo Projeto Marcas da Memória, está
o detalhamento das primeiras 50 Caravanas realizadas acompanhado
de textos escritos sobre o significado das Caravanas, de autoria de
diversas personalidades dentre artistas, intelectuais, pesquisadores,
ex-perseguidos políticos, juristas, jornalistas, entre outros. Ver:
COELHO, Maria José H.; ROTTA, Vera (orgs.). Caravanas da Anistia:
o Brasil pede perdão. Brasília: Ministério da Justiça; Florianópolis:
Comunicação, Estudos e Consultoria, 2012. Uma descrição mais sucin-
ta de todas as Caravanas realizadas de 2007 a 2010 pode ser vista em:
Ações Educativas da Comissão de Anistia - relatório de gestão 2007-
2010. Brasília: Ministério da Justiça, 2010. Para as Caravanas mais
recentes, inclusive com vídeos, entrevistas e transcrição de depoimen-
tos, ver o Blog do Ministério da Justiça no site:
http://blog.justica.gov.br.
Os testemunhos das vítimas e o diálogo transgeracional 337
49
ADORNO, Theodor W. Dialectica negativa. Tradução de Alfredo
Brotons Muñoz. Madrid: Akal, 2005. p 28.
50 Em 2012, em meio ao Festival de Cinema do Rio de Janeiro, ocorreu
54
O projeto será executado primeiramente nas cidades de São Paulo,
Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro, com a expectativa de ampliação
para outras cidades em uma segunda fase. Para maiores informações
ver: http://blog.justica.gov.br/inicio/tag/clinicas-do-testemunho/
(Acesso em 14.04 2013). Outro aspecto digno de nota é que a experiên-
cia das Clínicas do Testemunho poderá ser aproveitada para que se
efetive um projeto semelhante para o tratamento de vítimas das atuais
práticas criminosas de agentes públicos, especialmente, da tortura,
ainda numerosa no país.
55
Compartilham dessa avaliação Marcelo Cattoni e Emilio Peluso: "(...)
há uma série de razões para que uma comissão estabeleça audiências
públicas. Elas podem permitir um envolvimento maior da sociedade
na questão de revolver devidamente seu passado em prol de um dever
consciente de memória; encorajam o conhecimento do sofrimento de
342 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
56
Um dos estudos recentes sobre as Comissões da verdade foi o de
Eduardo González Cuevas, no qual o autor disserta acerca da evolução
das Comissões conforme os Estados e as situações de violência massi-
va, em que surgiam, inclusive refere que, hoje em dia, as Comissões da
verdade tem se desenrolado de uma maneira mais complexa e com a
tendência a tratar de temas de violência massiva que se perpetuam
também nos Estados com regimes democráticos: “assim, por exemplo,
hoje seria provavelmente inaceitável que o mandato de uma comissão
não mencionasse explicitamente a violência contra as mulheres, contra
as crianças e outros setores especialmente vulneráveis ou marginaliza-
dos. Ao mesmo tempo, este compromisso com as diversidades resulta
em uma ampliação das capacidades técnicas desejadas às pessoas das
comissões.” CUEVA, Eduardo González. Até onde vão as comissões
da verdade? In: REÁTEGUI, Félix (org.). Justiça de transição: manual
para a América Latina. Brasília: Comissão de Anistia, Ministério da
Justiça; Nova Iorque: Centro Internacional para a Justiça de Transição ,
2011.p 348.
344 Roberta Cunha de Oliveira & José Carlos Moreira da Silva Filho
Considerações Finais
Referências
Disponível em:
http://www.brasildefato.com.br/node/11780 . Acesso
em 19/04/2013.
Reparações e direitos econômicos,
sociais e culturais
Naomi Roht-‐Arriaza1
justice and economic violence. New York: Springer Books, 2013, para uma
discussão de como recentes comissões da verdade, incluindo aquelas
da Libéria, Serra Leoa, Timor Leste e de outros países têm lidado com
violações de direitos ESC.
4 SCHMID, Evelyne. “War Crimes Related to Violations of Economic,
Histórico e definições
B. Reparações
i. Reparações individuais
20 Esse conceito foi introduzido pela primeira vez no caso Loayza Ta-
Reparações Coletivas
29 Ibid.
30 Ibid. De acordo com este relatório, os projetos de até 2011 estavam a
caminho ou completos em quase 1 500 localidades, com um orçamento
total de US$ 52 million. Ibid., p. 15.
31 Ibid., p. 36-37.
376 Naomi Roth-Arriaza
África do Sul
Colômbia
<http://www.elabedul.net/Documentos/Leyes/2006/Decreto_3391.
pdf>. Acesso em: 6 out. 2012.
51 Durante a escrita desse artigo, a lei estava em processo de revisão.
Reparações e direitos econômicos, sociais e culturais 387
A Nova Fronteira
70 SING’OEI, Korir. The Endorois' Legal Case and Its Impacts on State and
JORGIC, Drazen. Rival Kenyan Tribes Clash Again over Land. Reuters,
11 Sep. 2012. Disponível em:
<http://www.reuters.com/article/2012/09/11/us-kenya-clashes-
idUSBRE88A0GF20120911>. Acesso em: 26 dez. 2012.
Reparações e direitos econômicos, sociais e culturais 401
Conclusões
Referências
1
Uma versão estendida deste artigo foi publicada anteriormente como capítu-
lo de livro. Ver SANTOS, Thomaz Francisco Silveira de Araujo. As repara-
ções às vítimas no Tribunal Penal Internacional. Porto Alegre: Sergio Anto-
nio Fabris Editor, 2011.
2 Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal
1. Introdução.
3
Para a decisão do TPI, de 7 de agosto de 2012, acessar http://www.icc-
cpi.int/Menus/Go?id=f491ef55-3612-4205-a195-d44a7b90ca0a&lan=en-GB
(Acesso em 09/04/2013). Para comentários sobre os efeitos potenciais dessa
decisão, ver http://www.vrwg.org/home/home/post/36-lubanga-case---q--a-
on-icc-landmark-decision-on-reparations-for-victims#_ftn1 (Acesso em
09/04/2013) e http://www.lubangatrial.org/2012/08/10/icc-issues-guidance-
on-reparations-for-victims-of-lubangas-crimes/ (Acesso em 09/04/2013).
4
PINTO, Mónica. L’Amérique latine et le traitment des violations
massives de droits de l’Homme – Institut des Hautes Etudes
Internationales de Paris, Cours e Travaux nº 7. Paris: A. Pedone, 2007,
pp. 24-34.
5 PINTO, op. cit., pp. 18-24.
420 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
6
Resolução ICC-ASP/1/Res.6, de 9 de setembro de 2002, disponível em
http://www.trustfundforvictims.org/legal-basis (Acesso 09/04/2013).
7
Resolução ICC-ASP/1/Res.7, de 9 de setembro de 2002, disponível em
http://www.trustfundforvictims.org/legal-basis (Acesso em 09/04/2013).
8
FERSTMAN, Carla. “The International Criminal Court’s Trust Fund
for Victims: Challenges and Opportunities”, Yearbook of International
Humanitarian Law, v. 6, 2003, pp. 425-426.
Um modelo para políticas de reparações 421
9
A composição atual do Conselho de Administração do Fundo, eleito
pela Assembleia dos Estados-Parte em novembro de 2012, está
disponível em http://www.trustfundforvictims.org/board-directors
(Acesso em 07/04/2013)
10
DE BROUWER, Anne-Marie. “Reparation for Victims of Sexual
Violence: Possibilities at the International Criminal Court and at the
422 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
12
Resolução de 9 de setembro de 2002, ICC-ASP/1/Res.6, parágrafo 2, dis-
ponível em http://www.trustfundforvictims.org/legal-basis (Acesso em
09/04/2013).
13
Resolução de 3 de dezembro de 2005, ICC-ASP/4/Res.3, disponível em
http://www.trustfundforvictims.org/legal-basis (Acesso em 07/04/2013).
14
Parágrafos 1 a 19 do Regulamento do Fundo, disponível em
http://www.trustfundforvictims.org/legal-basis (Acesso em 09/04/2013).
15
Parágrafos 20 a 41 do Regulamento do Fundo.
16
Parágrafos 42 a 75 do Regulamento do Fundo.
17
INGADOTTIR, Thordis, “The Trust Fund For Victims (Article 79 of the
Rome Statute)”, in INGADOTTIR, Thordis (ed.), The International Criminal
Court: Recommendations on Policy and Practice, Brill Academic Publishers,
2003, pp. 126-129.
18
FERSTMAN, op. cit., pp. 429-430.
424 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
19
REISMAN, William M.; ARSANJANI, Mahnoush H. “The Law-in-Action
of the International Criminal Court”, American Journal of International Law,
n. 99, 2005, pp. 401-403.
20
Parágrafo 23, Regulamento do Fundo.
21
Parágrafo 24, Regulamento do Fundo.
22
Parágrafo 26, Regulamento do Fundo.
23
Parágrafo 27, Regulamento do Fundo.
24
Resolução de 14 de dezembro de 2007, ICC-ASP/6/Res.3, disponível em
http://www.trustfundforvictims.org/legal-basis (Acesso em 09/04/2013).
25
Parágrafo 27 (a) e (b), Regulamento do Fundo.
Um modelo para políticas de reparações 425
26
Nesse sentido, uma doação feita por um indivíduo acusado de crimes inter-
nacionais ou por Estado que é notório violador de direitos humanos poderiam
ser recusadas pelo Fundo. Cf. REISMAN; MARSANJANI, op. cit., pp. 397-
400.
27
Parágrafo 30, Regulamento do Fundo.
28
Parágrafo 28, Regulamento do Fundo.
29
Dados disponíveis em http://www.trustfundforvictims.org/financial-info
(Acesso em 09/04/2013).
30 Informações disponíveis em
http://www.trustfundforvictims.org/news/tfv-board-directors-
raises-reparations-reserve-18-million-euros (Acesso em 09/04/2013).
31 Informações disponíveis em
426 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
http://www.trustfundforvictims.org/news/trust-fund-victims-
suspends-its-activities-central-african-republic (Acesso em
09/04/2013).
32 VILMER, Jean-Baptiste Jeangéne. Réparer l’irréparable: les réparations
36
INGADOTTIR, op. cit., pp. 127-129.
37
Regra 148, Regras de Processo e Provas, e Parágrafo 31, Regulamento do
Fundo.
38
Regra 221, Regras de Processo e Provas, e Parágrafo 32, Regulamento do
Fundo.
428 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
39
Parágrafo 34, Regulamento do Fundo.
40
Parágrafo 35, Regulamento do Fundo.
41
Parágrafo 36, Regulamento do Fundo.
42
Parágrafo 39, Regulamento do Fundo.
43
Parágrafo 39(f), Regulamento do Fundo.
44
Parágrafo 76, Regulamento do Fundo.
45
Parágrafo 77, Regulamento do Fundo.
Um modelo para políticas de reparações 429
46
FISCHER, Peter G. “The Victims’ Trust Fund of the International Criminal
Court – Formation of a Functional Reparations Scheme”, Emory Journal of
International Law, v. 17, 2003, pp. 236-239.
47
A Costa do Marfim tornou-se o 122o Estado-parte do Estatuto de Roma em
15 de fevereiro de 2013. Para maiores informações sobre os Estados-parte do
Estatuto, ver
http://treaties.un.org/Pages/ViewDetails.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XVI
II-10&chapter=18&lang=en (Acesso em 09/04/2013)
48
INGADOTTIR, op. cit., p. 113.
49
FERSTMAN, op. cit., pp. 433-434.
50
DE BROUWER, op. cit., p. 218.
430 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
51
Artigos 5 a 8 do Estatuto de Roma. A Fundo também poderia agir em situa-
ções ligadas ao crime de agressão, previsto no Artigo 5(d), mas a sua tipifica-
ção ainda não consta no Estatuto, pois a definição do crime de agressão,
adotada na Conferência de Revisão do Estatuto de Roma, realizada em Kam-
pala, Uganda, ocorrida de 31 de maio a 11 de junho de 2010, necessita de um
mínimo de 30 ratificações para entrar em vigor. Até o momento, 5 Estados
ratificaram, sendo o mais recente a Estônia, em 27 de março de 2013, con-
forme informações disponíveis em http://www.icc-
cpi.int/en_menus/icc/press%20and%20media/press%20releases/Pages/pr893.
aspx (Acesso em 09/04/2013). Para maiores informações sobre as emendas
quanto ao crime de agressão, consultar
http://treaties.un.org/Pages/ViewDetails.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XVI
II-10-b&chapter=18&lang=en (Acesso em 09/04/13).
52
Artigo 11 (1)(2).
53
Artigo 12 (2)(a)(b).
54
Até o presente momento o TPI está investigando e julgando 18 casos ocor-
ridos em 8 situações ocorridos nos seguintes Estados e territórios de Estados:
Uganda, República Democrática do Congo, República Centro-Africana,
Líbia, Mali, Quênia, Costa do Marfim e Darfur, no Sudão. Dessas situações,
Líbia e Darfur foram levado ao TPI por recomendação do Conselho de Segu-
rança da ONU e Quênia e Costa do Marfim foram por iniciativa proprio motu
do Procurador, enquanto os outros quatro foram levados pelos respectivos
países. Para maiores informações sobre as situações e casos atualmente sendo
investigados pela Promotoria e julgados pelo TPI, acessar http://www.icc-
cpi.int/en_menus/icc/situations%20and%20cases/Pages/situations%20and%2
0cases.aspx (Acesso em 09/04/2013).
Um modelo para políticas de reparações 431
55
TOMUSCHAT, Christian, “Reparation for Victims of Grave Human Rights
Violations”, Tulane Journal of International and Comparative Law, n. 10,
2002, pp. 183-184.
56
DE BROUWER, op. cit., p. 229.
57
Ibidem, pp. 230-231.
58
Artigo 75(1), Estatuto de Roma.
59
Artigo 75(2), Estatuto de Roma.
432 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
64
Regra 98(3), Regras de Processo e Provas.
65
Regra 98(4), Regras de Processo e Provas.
66
Parágrafos 69 e 70 do Regulamento do Fundo.
434 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
67
INGADOTTIR, op. cit., pp. 133-134.
68
DE BROUWER, op. cit., pp. 226-228.
69
Regra 85, Regras de Processo e Provas, e Parágrafo 42, Regulamento do
Fundo.
Um modelo para políticas de reparações 435
77
AMNESTY INTERNATIONAL, International Criminal Court: Comments
and recommendations following the fourth session of the Assembly of States
Parties. Londres: Amnesty International, 2006, pp. 7-8.
78
Parágrafos 59 a 68, Regulamento do Fundo.
79
Parágrafos 69 a 72, Regulamento do Fundo.
80
Parágrafos 73 a 75, Regulamento do Fundo.
438 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
81
Há autores que sugerem a criação de um Tribunal Internacional de Respon-
sabilidade Civil para tratar das reparações separadamente do processo crimi-
nal, ou até mesmo de uma Comissão Internacional de Reparação. Cf. SAN
JOSÉ, Daniel Garcia, “El Derecho a La Justicia de Las Víctimas de Los
Crímenes Más Graves de Transcendência Para La Comunidad Internacional”,
Revista Española de Derecho Internacional, n. I, v. LVIII, 2006, pp. 139-142
82
HENZELIN, Marc; HEISKANEN, Veijo; METTRAUX, Guénaël,
“Reparations to Victims Before The International Criminal Court: Lessons
From International Mass Claims Processes”, Criminal Law Forum, n. 17,
2006, pp. 327-341.
Um modelo para políticas de reparações 439
83
Houve críticas de ONGs ao TPI, como a Women’s Initiatives for Gender
Justice, pelo fato da maioria da população de Uganda não ter conhecimento
do caso frente ao Tribunal, em virtude, principalmente, de uma falta de co-
municação do Tribunal com a população e as vítimas locais. Em contraparti-
da, o Diretor-Executivo do Fundo já realizou viagens para Uganda e para a
República Democrática do Congo para Consultar com vítimas. Cf. DE
BROUWER, op. cit., pp. 222-224.
84
Artigo 75(3), Estatuto de Roma e Regra 97(2), Regras de Processo e Prova.
Cf. FERSTMAN, , op. cit., pp. 675-677.
85
Art. 21(3), Estatuto de Roma.
440 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
86
BITTI, Gilbert; RIVAS, Gabriela González, “The Reparations
Provisions for Victims Under the Roma Statute of the International
Criminal Court”, Redressing Injustices Through Mass Claims Processes:
Innovative Responses to Unique Challenges, Oxford University Press,
2006, pp. 302-306.
87
SHELTON, Dinah. “Reparations for Victims of International Crimes”, in
SHELTON, Dinah (ed.), International Crimes, Peace, and Human Rights:
The Role of the International Criminal Court. New York: Transnational
Publishers Inc., 2000, pp. 139-143.
Um modelo para políticas de reparações 441
88
Artigo 43(6), Estatuto de Roma.
89
INGADOTTIR, op. cit., pp. 131-132.
90
SAN JOSÉ, op. cit., pp. 133-134.
91
DE BROUWER, op. cit., 233-234.
442 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
92
BITTI & RIVAS, op. cit., pp. 318-319.
Um modelo para políticas de reparações 443
93
INGADOTTIR, op. cit., p. 131.
94
Pronunciamento de Simone Veil à Quarta Sessão da Assembleia dos Esta-
dos-Parte, de 28 de novembro de 2005, disponível no seguinte endereço:
http://www.icc-cpi.int/library/vtf/SpeechMme_Veil_2005_EN.pdf (Acesso
em 16.11.07)
95 VILMER, op. cit., pp. 166-173.
96
DE GREIFF, Pablo e WIERDA, Marieke, “The Trust Fund For
Victims of the International Criminal Court: Between Possibilities and
Constraints”. DE FEYTER, K.; PERMENTIER, S.; BOSSUYT, M.;
LEMMENS, P. (eds.). Out of The Ashes: Reparation for Victims of Gross
444 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
98
DE BROUWER, op. cit., pp. 226-227 e 233-234.
99
REDRESS. Reparations for victims of genocide, crimes against humanity
and war crimes: systems in place and systems in the making. Londres:
REDRESS, setembro de 2007, pp. 14-16.
100
REDRESS, op. cit, pp. 48-52.
101
HENZENLIN; HEISKANEN; METTRAUX, op. cit., pp. 335-338.
446 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
102
DE GREIFF; WIERDA, op. cit., pp. 233-236.
103
Câmara de Questões Preliminares I, Situation in the Democratic Republic
of the Congo: Public Redaction Version, Decision on the Applications for
Participation in the Proceedings of VPRS 1, VPRS 2, VPRS 3, VPRS 4, VPRS
5 and VPRS 6, ICC-01/04, de 17 de janeiro de 2006, parágrafos 63 e 72.
104
DE BROUWER, op. cit., pp. 218-224.
Um modelo para políticas de reparações 447
105Informações disponíveis em
http://www.icc-cpi.int/Menus/Go?id=f491ef55-3612-4205-a195-
d44a7b90ca0a&lan=en-GB (Acesso em 09/04/2013).
448 Thomaz F. Silveira de Araújo Santos
Considerações Finais.
Referências
1
Aluno do 5º período de Direito da Universidade Federal de Ouro
Preto. Membro do grupo de estudos de Justiça de Transição.
2
Aluna do 4º período de Direito da Universidade Federal de Ouro
Preto. Membro do grupo de estudos de Justiça de Transição.
3
Aluno do 7º período de Direito da Universidade Federal de Ouro
Preto. Membro do grupo de estudos de Justiça de Transição.
452 Diego Murça, Janaína Curi & Lucas de Oliveira
1. Introdução
<http://www.prr3.mpf.gov.br/
component/remository/?func=fileinfo&id=2441/> Acesso
em:19/03/2013.
Responsabilização civil-admnistrativa dos agentes públicos... 461
3. Legislação brasileira
8Para mais detalhes sobre o tema conferir: GREIFF, Paulo de. Dossiê
Reparação: Justiça e Reparações. Revista Anistia - Política e Justiça de
Transição nº 3. P. 42.
Responsabilização civil-admnistrativa dos agentes públicos... 463
Conclusão
Referências
Marcelo D. Torelly1
1. Introdução
Publishing, 2011.
9 Piovesan, Flavia. Direitos Humanos e Justiça Internacional. São Paulo:
Saraiva, 2011.
10 Teubner, Gunther. Constitutional Fragments – societal constitutionalism
11 Mollers, op.cit.
12 Veja-se, por exemplo: Santos, Cecilia MacDowell Santos. “Questões
de Direitos Humanos: a mobilização dos direitos humanos e a
memória da ditadura no Brasil”. In: Santos, Boaventura; Santos, Cecilia
MacDowell; Abrão, Paulo; Torelly, Marcelo D. (orgs.). Repressão e
Memória Política no Contexto Ibero-Americano. Brasília/Coimbra:
Ministério da Justiça/Universidade de Coimbra, 2010, pp. 124-151.
13 Cardoso, Evora Lusci Costa. Litígio Estratégico e Sistema
Interamericano de Direitos Humanos. Coleção Fórum Direitos Humanos,
vol.04. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
14 Cf.: Zilli, Marcos (Org.). “Especial 10 Anos do Tribunal Penal
the second stage involves broad norm acceptance, which we term, following
Cass Sunstein, a ‘‘norm cascade’’; and the third stage involves internaliza-
tion”. Finnemore, Martha; Sikkink, Kathryn. “International Norm
Dynamics and Political Change,” International Organization 52, vol. 4,
Autumm 1988, p.895.
21 Para o argumento completo: Finnemore, Martha; Sikkink, Kathryn.
Op.cit.
A formação da normal global de responsabilidade individual 489
free speech to privacy rights to the death penalty. […] They cite each
other not as precedent, but as persuasive authority. They may also
distinguish their views from views of other courts that have consid-
ered similar problems. The result, at least in some areas such as the
death penalty and privacy rights, is an emerging global jurispru-
dence”. Slaughter, Anne-Marie. “A Global Community of Courts”. In:
Harvard International Law Journal, vol. 44, no. 01, 2003, pp. 193.
24 Agradeço ao Professor Marcelo Neves por chamar minha atenção e
2008, p.87.
492 Marcelo D. Torelly
In: Payne, Leigh A.; Abrão, Paulo; Torelly, Marcelo D. (orgs.). A Anistia
na Era da Responsabilização. Brasília/Oxford: Ministério da
Justiça/Universidade de Oxford, 2011, pp.76-101.
53 Para um marco teórico e estudos de caso, confira-se: Abrão, Paulo;
Brasil”. In: Payne, Leigh A.; Abrão, Paulo; Torelly, Marcelo D. (orgs). A
Anistia na Era da Responsabilização. Brasília/Oxford: Ministério da
Justiça/Universidade de Oxford, 2011, pp.308-343. Piovesan, Flávia.
“Direito Internacional dos Direitos Humanos e a Lei de Anistia: o caso
brasileiro”. In: Revista Anistia Política e Justiça de Transição. Brasília:
Ministério da Justiça, vol. 02, Jul./Dez. 2009, pp.176-189.
65 Torelly, Marcelo D. Justiça de Transição e Estado Constitucional de
Human Rights Violations of a Prior Regime”. In: The Yale Law Journal,
Vol. 100, No. 8, Jun.1991, pp. 2537-2615.
70 Orentlicher, Diane F. Report of the Independent Expert to Update the Set
Referências
Julia A. Cerdeiro2
Introducción
historia del juicio a las juntas del Proceso (Buenos Aires, Emecé, 1997), p.
117.
8 Ídem, p. 129.
una Comisión Nacional que tendrá por objeto esclarecer los hechos
relacionados con la desaparición de personas ocurridos en el país. Art.
2: Serán funciones específicas y taxativas de la Comisión las siguientes:
a) recibir denuncias y pruebas sobre aquellos hechos y remitirlas
inmediatamente a la justicia si ellas están relacionadas con la presunta
comisión de delitos; b) averiguar el destino o paradero de las personas
desaparecidas, como así también toda otra circunstancia relacionada
con su localización; c) determinar la ubicación de niños sustraídos a la
tutela de sus padres o guardadores a raíz de acciones emprendidas con
el motivo alegado de reprimir al terrorismo, y dar intervención en su
caso a los organismos y tribunales de protección de menores; d)
denunciar a la justicia cualquier intento de ocultamiento, sustracción o
destrucción de elementos probatorios relacionados con los hechos que
se pretende esclarecer; e) emitir un informe final, con una explicación
detallada de los hechos investigados, a los ciento ochenta (180) días a
partir de su constitución. La Comisión no podrá emitir juicio sobre
hechos y circunstancias que constituyen materia exc1usiva del Poder
Judicial. Art. 3: La Comisión podrá requerir a todos los funcionarios
El rol de la Constitución en la transición democrática argentina 527
A modo de conclusión
Introdução
2
Em reportagem sobre a audiência pública da Comissão Nacional da
Verdade que foi realizada em 23 de março de 2013 no Rio de Janeiro:
“O jornalista e escritor Daniel Leb Sasaki, autor do livro Pouso
Forçado, sobre a história da Panair, lembra que a empresa era a maior
companhia aérea do Brasil na época, concessionária da maior parte
dos voos internacionais e uma rede nacional muito grande, além de ter
uma estrutura em terra que nenhuma companhia alcançou até hoje,
com aeroportos e uma área de telecomunicações
aeronáuticas privada”. In: NITAHARA, Akemi. Caso Panair abre
debate sobre perseguição a empresas durante o regime militar.
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-23-
caso-panair-abre-debate-sobre-perseguicao-empresas-durante-regime-
militar-0>. Acesso em 13 de abril de 2013.
A cumplicidade em violações aos direitos humanos... 545
3
WEICHERT, Marlon Alberto. O financiamento de atos de violação de
direitos humanos por empresas durante a ditadura brasileira. Acervo:
revista do Arquivo Nacional. —v. 21 n. 2(jul./dez. 2008). — Rio de
Janeiro:Arquivo Nacional, 2008, p. 183 e 184.
4 VII Principles of the Nuremberg Tribunal. Principles of International
5
Norms on the Responsibilities of Transnational Corporations and Other
Business Enterprises with Regard to Human Rights, U.N. Doc.
E/CN.4/Sub.2/2003/12/Rev.2 (2003). Disponível em: <
http://www1.umn.edu/humanrts/links/norms-Aug2003.html>.
Acesso em 13 de abril de 2013. Tradução da autora.
A cumplicidade em violações aos direitos humanos... 547
6
Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-CODI menciona
em seu livro que a data de instalação da OBAN teria sido 27 de junho
de 1969.
548 Maria Carolina Bissoto
7
FON, Antonio Carlos. . Tortura – a história da repressão política no
Brasil. São Paulo: Global Editora e Distribuidora Ltda., 1979, p. 15.
8
Idem, p. 25.
9
JOFFILY, Mariana. No centro da engrenagem. Os interrogatórios na
Operação Bandeirantes e no DOI de São Paulo (1969 – 1975). Tese
apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da
Universidade de São Paulo (USP), 2008, p. 32.
A cumplicidade em violações aos direitos humanos... 549
10
A informação de que Manoel Rodrigues de Carvalho Lisboa era
contra a instalação da OBAN está em: FICO, Carlos. Como eles agiam: os
subterrâneos da ditadura militar: espionagem e polícia política. Rio de
Janeiro: Record, 2001, p. 115. Ver também sobre o mesmo tema o
depoimento de Adyr Fiúza de Castro in D’ARAUJO, Maria Celina,
SOARES, Glaucio Ary Dillon e CASTRO, Celso (org.). Os anos de
chumbo: a memória miitar sobre a repressão. Rio de Janeiro: Relume-
Dumará, 1994, p. 154.
11
Diário Oficial do Estado de São Paulo de 03 de maio de 1969, p. 1 e 2.
“Creio num entendimento ainda maior entre civis e militares”.
12
Jornal da Tarde de 28 de junho de 1969, p. 2. Arquivo do Estado de
São Paulo.
13
Jornal da Tarde de 30 de junho de 1969, p. 2. Arquivo do Estado de
São Paulo. Apesar de estar disponível no site do Arquivo Nacional,
não consegui localizar nenhuma referência a OBAN na pauta da
550 Maria Carolina Bissoto
16
Diário Oficial do Estado de São Paulo de 8 de novembro de 1969, p.
1 e 2. “Estamos governando com os olhos voltados para o
desenvolvimento do país”.
552 Maria Carolina Bissoto
17
No Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE) de 17 de setembro
de 1969 encontrei as portarias de transferência de vários delegados
para o DOPS. Entre esses estão: Sergio Paranhos Fleury, Edsel
Magnotti, Celso Telles, Silvio Moraes Bartoletti, Edson Venicio
Charnilot, Antonio Fasoli e Firmino Pacheco Netto. DOE, p. 10 e 11.
18
FON, Antonio Carlos. Obra citada, p. 20.
19
GASPARI, ELIO. A Ditadura Escancarada. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002, p. 61.
A cumplicidade em violações aos direitos humanos... 553
20
GASPARI, Elio. A ditadura escancarada, p. 62.
21
LUCA, Derlei Catarina. No corpo e na alma. Criciúma: Editora do
Autor, 2002, p. 99.
554 Maria Carolina Bissoto
22
As informações sobre os condecorados com a Medalha do
Pacificador estão disponíveis no site da Secretaria Geral do Exército.
Disponível em:
<http:www.sgex.eb.mil.br/sistemas/almanaque_med_mdp/
resposta.php>. Acesso em 17 de abril de 2013.
A cumplicidade em violações aos direitos humanos... 555
23
Manifesto “Ao povo brasileiro”. Documento nº 5483 do Inventário
de Anexos do Brasil: Nunca Mais. Arquivo Edgar Leuenroth (AEL),
UNICAMP. Grifos do original.
24
SADA, Juliana. Indícios mostram ligação dos EUA e FIESP com
tortura. Disponível em: <http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-
poderes/novos-indicios-mostram-ligacao-dos-eua-e-da-fiesp-com-
tortura.html>. Acesso em 16 de abril de 2013.
25
CASADO, José. Repressão no pátio da fábrica. Disponível em:
<http://www2.igmetall.de/homepages/brasil/file_uploads/cnm-
2005-19.pdf>. Acesso em 17 de abril de 2013.
A cumplicidade em violações aos direitos humanos... 557
26
“Quem deu dinheiro para a tortura – Assessor de Delfim no
esquema do dinheiro que financiou as torturas”. O Movimento, edição
192, 5 a 11/03/1979, p.11. Acervo de Periódicos do Arquivo Edgar
Leuenroth (AEL), UNICAMP.
27
Transcrição da entrevista de José Mindlin ao documentário Cidadão
Boilesen de Chaim Litewski.
558 Maria Carolina Bissoto
28
VIANA, Natalia Viana, CHASTINET, Tony e MALAVOLTA, Luiz.
O sítio da tortura. Disponível em:
<http://www.apublica.org/2011/08/o-sitio-da-tortura/>. Acesso em
17 de abril de 2013.
560 Maria Carolina Bissoto
Referências
<http://deoxy.org/wc/wc-nurem.htm>. Acesso em 13
de abril de 2013.
“Quem deu dinheiro para a tortura – Assessor de Delfim
no esquema do dinheiro que financiou as torturas”. O
Movimento, edição 192, 5 a 11/03/1979, p.11. Acervo de
Periódicos do Arquivo Edgar Leuenroth (AEL),
UNICAMP.
SADA, Juliana. Indícios mostram ligação dos EUA e
FIESP com tortura. Disponível
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fiesp-com-tortura.html>. Acesso em 16 de abril de 2013.
SECRETARIA GERAL DO EXÉRCITO. Condecorados
com a Medalha do Pacificador. Disponível em:
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que_med_mdp//resposta.php>. Acesso em 17 de abril de
2013.
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Transnational Corporations and Other Business Enterpri-
ses with Regard to Human Rights, U.N. Doc.
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http://www1.umn.edu/humanrts/links/norms-
Aug2003.html>. Acesso em 13 de abril de 2013.
USTRA, Carlos Alberto Brilhante. A verdade sufocada: a
história que a esquerda não quer que o Brasil conheça. 4ª edi-
ção. Brasília: Editora Ser, 2007.
VIANA, Natalia Viana, CHASTINET, Tony e
MALAVOLTA, Luiz. O sítio da tortura. Disponível em:
<http://www.apublica.org/2011/08/o-sitio-da-
tortura/>. Acesso em 17 de abril de 2013.
WEICHERT, Marlon Alberto. O financiamento de atos de
violação de direitos humanos por empresas durante a
ditadura brasileira. Acervo: revista do Arquivo Nacional.
—v. 21 n. 2(jul./dez. 2008). — Rio de Janeiro:Arquivo
Nacional, 2008.
Proteção penal contra violações
aos direitos humanos 1
1. Introdução
2. A transição política
Lei nº 6.683/79 foi mal elaborado e não veiculou norma que pudesse
ser interpretada como instituidora da anistia aos agentes públicos da
repressão à dissidência política. Os crimes por eles praticados não
podem ser considerados políticos em sentido próprio ou impróprio e,
tampouco, conexos a crimes políticos. (WEICHERT; FÁVERO, 2009).
7 O teor completo do dispositivo é o seguinte:
568 Marlon Alberto Weichert
3. A discussão jurídica
9Voto do Min. Eros Grau, relator, pág. 50. Note-se que o julgamento
da ADPF foi anterior à sentença da Corte Interamericana de Direitos
Humanos no caso Gomes Lund. A CIDH reconheceu a sua
competência para analisar a falta de investigação e punição das graves
violações aos direitos humanos durante a ditadura brasileira, pois esta
omissão persiste mesmo após o reconhecimento da jurisdição da CIDH
pelo Brasil.
572 Marlon Alberto Weichert
Conclusão
Referências
Introdução
Considerações Finais
Referências
<http://www.icty.org/x/cases/furundzija/tjug/en/fur-
tj981210e.pdf> Acesso em: 28 fev. 2013.
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ONU. Universitas: Relações Internacionais. Brasília, v. 4, n.
1, p. 1-14.
JOINET, Louis. 1997. The Administration of Justice and the
Human Rights of Detainees: Question of the Impunity of Per-
petrators of Human Rights Violations [Civil and Political]
(Report of the Special Rapporteur to the Sub-Commission
on Prevention of Discrimination and Protection of Mino-
rities, E/CN.4/Sub.2/1997/20/Rev.1, 2 October 1997).
Disponível em:
<http://www.unhchr.ch/huridocda/huridoca.nsf/(Sym
bol)/E.CN.4.sub.2.1997.20.Rev.1.En> Acesso em: 1 mar.
2013.
640 Ranieri Lima Resende
Flávia Piovesan1
1. Introdução
that seen in other world regions, but it also remained unchanged in the
1990s, then took a turn for the worse at the start of the current
decade.” (ECLAC, Social Panorama of Latin America - 2006, chapter I,
page 84. Available at
http://www.eclac.org/cgibin/getProd.asp?xml=/publicaciones/xml
/4/27484/P27484.xml&xsl=/dds/tpli/p9f.xsl&base=/tpl-i/top-
bottom.xslt (access on July 30, 2007). No mesmo sentido, afirmam
Cesar P. Bouillon e Mayra Buvinic: “(…) In terms of income, the
countries in the region are among the most inequitable in the world. In
the late 1990s, the wealthiest 20 percent of the population received
some 60 percent of the income, while the poorest 20 percent only
received about 3 percent. Income inequality deepened somewhat
during the 1990s (…) Underlying income inequality, there are huge
inequities in the distribution of assets, including education, land and
credit. According to recent studies, the average length of schooling for
the poorest 20 percent is only four years, while for the richest 20
percent is 10 years.” (Cesar P. Bouillon e Mayra Buvinic, Inequality,
Exclusion and Poverty in Latin America and the Caribbean: Implications for
Development, Background document for EC/IADB “Seminar on Social
Cohesion in Latin America,” Brussels, June 5-6, 2003, p. 3-4, par. 2 8).
Acessar: http://www.iadb.org/sds/doc/soc-idb-socialcohesion-e.pdf,
Julho 2007. Consultar ainda ECLAC, Social Panorama of Latin America
2000-2001, Santiago de Chile: Economic Commission for Latin America
and the Caribbean, 2002.
5 Ver Democracy and the downturn: The latinobarometro poll, The
162.http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_162_esp.
pdf; d) caso de la Comunidad Moiwana Vs. Suriname. Excepciones
Preliminares, Fondo, reparaciones y Costas. Sentencia de 15 de junio
de 2005.
http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_124_esp1.pd
f; e) caso Castillo Páez Vs. Peru. Reparaciones y Costas. Sentencia de
27 de noviembre de 1998.
http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_43_esp.pdf
650 Flávia Piovesan
1. Introdução
3. Justiça Restaurativa
Conclusão
br/index.php?option=com_content&view=article&id=17
6&Itemid=249>. Acesso em: 06 de abril de 2012.
ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta:
técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e pro-
fissionais. São Paulo: Ágora, 2006.
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Ampliando as lentes 709
1. Introdução
12/09/2012 17h04.
Os desafios da Justiça de Transição... 715
3. Justiça da transição
4. Justiça de transição
4.2. Justiça
4.3. Reparação
14
Disponível em:
http://www.aidpbrasil.org.br/arquivos/anexos/conv_idh.pdf
734 Henrique Ratton M. de Andrade & Jessica Holl
http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ20BF8FDBITEMIDDB66A119
72EE4432A7654440E32B2B6CPTBRNN.htm Acesso em: 23 de março de
2013.
16
Mais informações disponíveis em: http://www.cnv.gov.br/ Acesso
em: 23 de março de 2013.
736 Henrique Ratton M. de Andrade & Jessica Holl
Conclusão
Referências
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Introdução
em http://oglobo.globo.com/pais/frei-betto-diz-que-comissao-da-
verdade-passo-para-punicoes-4992280, acesso em 17 ago 2012.
4 “Comissão da Verdade é ‘moeda falsa’, diz general”, disponível em
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,comissao-da-verdade-
e-moeda-falsa-diz-general,874634,0.htm, acesso em 17 ago 2012.
750 Maria Celina Monteiro Gordilho
Proposta de pesquisa
Referências
Introdução
O problema da legitimidade
Poder Judiciário
Considerações finais
Referências
subjetividade. p. 29.
6 COIMBRA, Cecília Maria Bouças. Doutrina de segurança nacional e
subjetividade. p. 31.
7 KOLKER, Tania. A tortura e o processo de democratização brasileiro.
Referências