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 CRIMINOLOGIA

- delito apresentado como problema


social e comunitário
 - infrator como objeto de estudo –
passagem da etapa positivista para a
moderna: inserção da análise da conduta
delitiva, do controle social e da vítima;
 - homem delinqüente: visão operada pelas vertentes
da criminologia:
 - clássica: delinqüente como pecador que optou pelo
mal, embora pudesse e devesse respeitar a lei;
 - positivismo: crime decorrente de causas e efeitos
que regem o mundo natural e social – infrator como
prisioneiro de sua própria patologia (determinismo
biológico) ou sociais (determinismo social);
 - correcionista: necessidade de intervenção estatal
para dar conta de um ser inferior, débil;
 - marxista: crime decorrente das estruturas
econômicas;
 - FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA
 - informar a sociedade e os poderes públicos
sobre o deito, o delinqüente, a vítima e o
controle social, reunindo um núcleo de
conhecimentos que permita compreender
cientificamente o problema criminal, preveni-
lo e intervir com eficácia e de modo positivo
no homem delinqüente.
 - criminologia como saber científico sobre o
problema criminal
 - criminologia não é ciência exata; criminologia não é
banco de dados;
 - criminologia como ciência prática, preocupada com
problemas e conflitos concretos, históricos,
problemas sociais comprometida com a busca de
soluções;
 - objeto: realidade social – observação e
transformação;
 - Criminologia orientada às demandas práticas;
 - discussão sobre o controle do delito: prevenção
razoável – custos sociais do controle;
 - prevenção não legal do delito;
 - criminologia como ciência empírica, mas cujas
análises não são neutras para o sistema social:
atitudes criminológicas oscilam entre a legitimação
do status quo (conservadorismo) à crítica dos
fundamentos da ordem social;
 - criminologia positivista: criminologia legitimadora
da ordem social constituída, sem questionar seus
fundamentos axiológicos, as definições oficiais ou o
próprio funcionamento do sistema, apoio na suposta
neutralidade do empirismo das cifras e das
estatísticas;
 - criminologia crítica: questionamento das bases da
ordem social, legitimidade, funcionamento do
sistema e de suas instancias, e a reação social ao
delito;
 - postulados da criminologia moderna: nocividade da
intervenção penal; complexidade do mecanismo
dissuatório e possibilidade de ampliar o âmbito de
intervenção; reserva da pena a casos de estrita
necessidade;
 - intervenção reabilitadora do delinqüente - metas:
esclarecimento sobre o impacto real da pena sobre
quem a cumpre, os efeitos que produz dadas as suas
reais condições de cumprimento; desenhar e avaliar
programas de reinserção;
 CRIMINOLOGIA E POLÍTICA CRIMINAL
 - estudo causal-explicativo do crime e dos
criminosos
 X
 - estudo dos processos de criação de normas penais
e normas sociais relacionadas ao comportamento
desviante; dos processos de infração e desvio das
normas; e da reação social, formalizada ou não, que
as infrações e desvios tenham provocado
- papel fundamental
 criminologia positivista: legitimação da
ordem estabelecida
 criminologia crítica: verificar o
desempenho prático do sistema penal,
discussão do papel do sistema penal em
uma sociedade de classes, desigual
 - relacionamento com a política social
 - criminologia, política criminal e direito penal como
pilares das ciências criminais.
 - criminologia: fornecimento de substrato empírico
do sistema;
 - política criminal: transformar experiência
criminológica em opções e estratégias concretas
para o legislador e o poder público;
 - direito penal: conversão em proposições jurídicas,
com respeito às garantias individuais e princípios
jurídicos de segurança e igualdade do Estado de
direito.
 FORMAS DE CONTROLE SOCIAL
 - resolução de conflitos: estabilização da
estrutura social e de poder
 - controle social exercido sobre os mais
distanciados do centro do poder
 - emaranhado de controle social
 - âmbito do controle social: instituições
sociais: família, escola, religião, partidos, meios
de massa, ciência, ... – meios difusos e
encobertos, específicos e explícitos
 SABER E CONTROLE SOCIAL
 - relações entre as formas de poder e o uso da
ideologia, da ciência, para a construção de formas de
controle social
 - controle social decorrente das condições
econômicas: capitalistas, socialistas, centrais,
periféricos,...
 - ideologia: crença adotada para o controle dos
comportamentos coletivos, noção que vincula a
conduta e que pode ou não ter validade objetiva
 - verdade parcial, decorrente do sistema de crenças
 - PUNIÇÃO: ação e efeito sancionatório que
pretende responder a outra conduta, podendo ser
ações que denotem qualidades pessoais, posto que o
sistema pena, dada sua seletividade. Direito penal do
fato e do autor: na realidade, em que pese o
discurso jurídico, o sistema penal se dirige quase
sempre contra certas pessoas e não contra certas
ações.
 - incluem-se no sistema penal os procedimentos
contraconvencionais de controle de setores
marginalizados da população, faculdades
sancionatórias policiais arbitrarias, penas sem
processo, execuções sem processo,...
 SETORES DO SISTEMA PENAL: policial,
judicial, executivo – segmentos estáveis,
pertencentes a grupos humanos estratificados
 - inquérito como sinal de intervenção do
Executivo;
 - legisladores e público: polícia com maior
poder seletivo, por atuar mais diretamente
sobre o processo de filtro do sistema
 - publico: capacidade de por em
funcionamento o sistema
 DISCURSOS DO SISTEMA PENAL
 - pluralidade de ideologias e multiplicidade de
discursos
 - discurso jurídico, judicial: garantidor, baseado na
retribuição ou ressocialização
 - discurso policial: moralizante
 - discurso penitenciário: terapêutico ou de
tratamento
 - compartimentalização do sistema penal –
imputação de falhas – discursos externos:
explicações ao público e às autoridades
 - fim e função preventiva do sistema penal:
prevenção especial e geral – ressocialização do
apenado e advertência à população sobre os riscos
de imitar o delinqüente
 FUNÇAO SOCIAL DO SISTEMA PENAL
 - selecionar, de maneira mais ou menos
arbitraria, pessoas dos setores sociais mais
humildes, criminalizando-as, para indicar ao
resto, os limites do espaço social
 - sustentar a hegemonia de um setor sobre
outro
 - desigualdade sustentada pelo controle social
e sua parte punitiva
 - função simbólica: sustentação da estrutura
do poder social

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