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APA (ATIVIDADE PRÁTICA DE APRENDIZAGEM)

Brasil piora duas posições em ranking de corrupção. Entre 180 países


analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no Índice de Percepção da
Corrupção (IPC) no ano passado, segundo levantamento da Transparência
Internacional.

Numa escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos - a terceira pior


nota da série histórica e a mesma pontuação alcançada na edição anterior. O
desempenho brasileiro ficou abaixo da média global (43 pontos), dos países da
América Latina e do Caribe (41 pontos) e das nações que integram o G20 (66
pontos).

Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/01/25/brasil-piora-


duas-posicoes-em-ranking-de-corrupcao.ghtml. Acesso em: 25 jun. 2022.

A notícia acima apresenta um dramático quadro que envolve a corrupção no


Brasil. Em nosso curso utilizamos conceitos de Sergio Buarque (homem
cordial), Raymundo Faoro (patrimonialismo) e Jessé Souza (elite do atraso)
que dão destaque para as causas da corrupção no em nosso país.

Você pesquisará em portais de notícias, blogs, etc., e selecionará uma notícia


para cada um dos conceitos mencionados acima desses autores. A notícia
deve trazer uma explicação para a corrupção no Brasil que faça sentido com o
conceito.

Copie o texto do blog e cole sua resposta e não se esqueça do mais


importante, aponte em sua a resposta a fonte de onde você retirou sua
resposta.

1. Sérgio Buarque de Holanda


Em pesquisa no jornal O Globo encontramos a seguinte crítica à obra do
diretor Iberê Carvalho ‘O homem cordial’, com Paulo Miklos. A obra é referida
como “um soco bem dado no estômago”. Segundo Sérgio Rizzo, o longa explora
a tensão sociopolítica que se agravou no Brasil na última década.
“Paulo Miklos conquistou o Kikito de melhor ator pelo trabalho em 'O
homem cordial'. A ideia do brasileiro como “homem cordial” disseminou-
se a partir de 1936, quando o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de
Holanda publicou “Raízes do Brasil”. Desde então, os debates em torno
do conceito assinalam que ele é mais complexo do que muitos supõem.
Os autos dessa discussão podem agora incluir “O homem cordial”, que
traz para o turbulento país do século XXI aspectos sanguíneos e
patrimonialistas da sociedade cujo processo de formação é analisado pelo
livro.”
2. Raymundo Faoro
Em consulta ao site Consultor Jurídico, encontramos um artigo sobre a
atualidade de Raymundo Faoro e dos clássicos do pensamento político, escrito
por Isadora Ferreira Neves e Danilo Pereira Lima, em 2019. Segundo os autores:
“Muitas vezes nos deparamos com alunos que, sem ao menos terem lido
os clássicos do pensamento político brasileiro, rapidamente levantam a
voz para dizer que, sob o ponto de vista da ciência, certos autores devem
ser ignorados. Isso tem acontecido, por exemplo, com um autor como
Raymundo Faoro. Ignoram-se totalmente as contribuições desse jurista
para o debate sobre a realidade brasileira, com a justificativa de que suas
ideias estão totalmente superadas. Seria o mesmo que dizer que os
contratualistas Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau
não merecem ser lidos nos dias atuais, já que todos eles apresentam
diferentes concepções sobre um “estado de natureza” que sequer possui
embasamento científico.
Diante disso, entra o seguinte questionamento: esse seria um bom
fundamento para ignorar os clássicos do pensamento político?
Acreditamos que não.”
Os autores argumentam que a historicidade das ideias e os debates
políticos de diferentes tempos históricos ainda nos ajudam a compreender a
realidade. O ensaio a respeito da formação do patronato político brasileiro,
introduziu um novo manejo dos conceitos que Max Weber utilizava para analisar
a realidade europeia. Em Os Donos do Poder, Faoro fez uma espécie de
antropofagia dos conceitos patrimonialismo e estamento. Faoro explicou que as
origens dos problemas da realidade política brasileira não estavam na
personalidade do povo, mas, sim, em elementos político-institucionais
característicos do nosso sistema político.
3. Jessé Souza
Em reportagem (de 2017) da revista Carta Capital, intitulada “Jessé
Souza: A classe média é feita de imbecil pela elite”, o autor afirma que a classe
média defende de forma acrítica os interesses dos poderosos e perpetuam uma
sociedade cruel forjada na escravidão.
“Em agosto, o sociólogo Jessé Souza lança novo livro, A Elite do Atraso –
da Escravidão à Lava Jato. De certa forma, a obra compõe uma trilogia,
ao lado de A Tolice da Inteligência Brasileira, de 2015, e de A Ralé
Brasileira, de 2009, um esforço de repensar o país.
Neste novo estudo, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada aprofunda sua crítica à tese do patrimonialismo como origem de
nossas mazelas e localiza na escravidão os genes de uma sociedade
“sem culpa e remorso, que humilha e mata os pobres”. A mídia, a Justiça
e a intelectualidade, de maneira quase unânime, afirma Souza na
entrevista a seguir, estão a serviço dos donos do poder e se irmanam no
objetivo de manter o povo em um estado permanente de letargia. A classe
média, acrescenta, não percebe como é usada. “É feita de imbecil” pela
elite.”
Referências:
https://oglobo.globo.com/rioshow/cinema/noticia/2023/05/o-homem-cordial-
com-paulo-miklos-e-um-soco-bem-dado-no-estomago-leia-a-critica.ghtml,
acesso em 12/02/24.
https://www.conjur.com.br/2019-fev-02/diario-classe-atualidade-raymundo-
faoro-classicos-pensamento-politico/, acesso em 12/02/24.
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/jesse-souza-201ca-classe-media-e-
feita-de-imbecil-pela-elite201d/, acesso em 12/02/24.

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