Brasil piora duas posições em ranking de corrupção. Entre 180 países
analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) no ano passado, segundo levantamento da Transparência Internacional.
Numa escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos - a terceira pior
nota da série histórica e a mesma pontuação alcançada na edição anterior. O desempenho brasileiro ficou abaixo da média global (43 pontos), dos países da América Latina e do Caribe (41 pontos) e das nações que integram o G20 (66 pontos).
A notícia acima apresenta um dramático quadro que envolve a corrupção no
Brasil. Em nosso curso utilizamos conceitos de Sergio Buarque (homem cordial), Raymundo Faoro (patrimonialismo) e Jessé Souza (elite do atraso) que dão destaque para as causas da corrupção no em nosso país.
Você pesquisará em portais de notícias, blogs, etc., e selecionará uma notícia
para cada um dos conceitos mencionados acima desses autores. A notícia deve trazer uma explicação para a corrupção no Brasil que faça sentido com o conceito.
Copie o texto do blog e cole sua resposta e não se esqueça do mais
importante, aponte em sua a resposta a fonte de onde você retirou sua resposta.
1. Sérgio Buarque de Holanda
Em pesquisa no jornal O Globo encontramos a seguinte crítica à obra do diretor Iberê Carvalho ‘O homem cordial’, com Paulo Miklos. A obra é referida como “um soco bem dado no estômago”. Segundo Sérgio Rizzo, o longa explora a tensão sociopolítica que se agravou no Brasil na última década. “Paulo Miklos conquistou o Kikito de melhor ator pelo trabalho em 'O homem cordial'. A ideia do brasileiro como “homem cordial” disseminou- se a partir de 1936, quando o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda publicou “Raízes do Brasil”. Desde então, os debates em torno do conceito assinalam que ele é mais complexo do que muitos supõem. Os autos dessa discussão podem agora incluir “O homem cordial”, que traz para o turbulento país do século XXI aspectos sanguíneos e patrimonialistas da sociedade cujo processo de formação é analisado pelo livro.” 2. Raymundo Faoro Em consulta ao site Consultor Jurídico, encontramos um artigo sobre a atualidade de Raymundo Faoro e dos clássicos do pensamento político, escrito por Isadora Ferreira Neves e Danilo Pereira Lima, em 2019. Segundo os autores: “Muitas vezes nos deparamos com alunos que, sem ao menos terem lido os clássicos do pensamento político brasileiro, rapidamente levantam a voz para dizer que, sob o ponto de vista da ciência, certos autores devem ser ignorados. Isso tem acontecido, por exemplo, com um autor como Raymundo Faoro. Ignoram-se totalmente as contribuições desse jurista para o debate sobre a realidade brasileira, com a justificativa de que suas ideias estão totalmente superadas. Seria o mesmo que dizer que os contratualistas Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau não merecem ser lidos nos dias atuais, já que todos eles apresentam diferentes concepções sobre um “estado de natureza” que sequer possui embasamento científico. Diante disso, entra o seguinte questionamento: esse seria um bom fundamento para ignorar os clássicos do pensamento político? Acreditamos que não.” Os autores argumentam que a historicidade das ideias e os debates políticos de diferentes tempos históricos ainda nos ajudam a compreender a realidade. O ensaio a respeito da formação do patronato político brasileiro, introduziu um novo manejo dos conceitos que Max Weber utilizava para analisar a realidade europeia. Em Os Donos do Poder, Faoro fez uma espécie de antropofagia dos conceitos patrimonialismo e estamento. Faoro explicou que as origens dos problemas da realidade política brasileira não estavam na personalidade do povo, mas, sim, em elementos político-institucionais característicos do nosso sistema político. 3. Jessé Souza Em reportagem (de 2017) da revista Carta Capital, intitulada “Jessé Souza: A classe média é feita de imbecil pela elite”, o autor afirma que a classe média defende de forma acrítica os interesses dos poderosos e perpetuam uma sociedade cruel forjada na escravidão. “Em agosto, o sociólogo Jessé Souza lança novo livro, A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato. De certa forma, a obra compõe uma trilogia, ao lado de A Tolice da Inteligência Brasileira, de 2015, e de A Ralé Brasileira, de 2009, um esforço de repensar o país. Neste novo estudo, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada aprofunda sua crítica à tese do patrimonialismo como origem de nossas mazelas e localiza na escravidão os genes de uma sociedade “sem culpa e remorso, que humilha e mata os pobres”. A mídia, a Justiça e a intelectualidade, de maneira quase unânime, afirma Souza na entrevista a seguir, estão a serviço dos donos do poder e se irmanam no objetivo de manter o povo em um estado permanente de letargia. A classe média, acrescenta, não percebe como é usada. “É feita de imbecil” pela elite.” Referências: https://oglobo.globo.com/rioshow/cinema/noticia/2023/05/o-homem-cordial- com-paulo-miklos-e-um-soco-bem-dado-no-estomago-leia-a-critica.ghtml, acesso em 12/02/24. https://www.conjur.com.br/2019-fev-02/diario-classe-atualidade-raymundo- faoro-classicos-pensamento-politico/, acesso em 12/02/24. https://www.cartacapital.com.br/sociedade/jesse-souza-201ca-classe-media-e- feita-de-imbecil-pela-elite201d/, acesso em 12/02/24.