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SIMULADO SPAECE

9º Ano
• Leia o texto abaixo.
• Seiscentos e sessenta e seis
A vida é um dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram sessenta anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, Eu nem olhava
o relógio seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
• QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. São Paulo: Globo, 2005.
• 01. (D21) de
o sentido As expressar
reticências foram usadas, no fim de alguns versos, com
• (A) o cansaço que a passagem do tempo traz.
• (B) a lentidão com que o tempo vai passando.
• (C) a continuidade da passagem do tempo.
• (D) o sentimento de que nada muda com o tempo.
Leia o texto ao lad e,
responda.
• 02. (D22) Na tira, a fala da mulher sugere
• (A) ironia.
• (B) atenuação.
• (C) indiferença.

• (D) desrespeito.
• Leia o texto e, a seguir, responda as questões 3 e 4.
• Bananas podem ser extintas em 5 anos
• Por Ana Carolina Leonardi

• É possível que você tenha que se despedir dela no cacho, no bolo e na feijoada: uma nova pesquisa descobriu que as plantações
da amarelinha estão em grave risco.

• Um mundo sem bananas é difícil de imaginar - até porque a fruta está entre os 5 alimentos mais importantes para a população
mundial, sendo considerado de "primeira necessidade", segundo a ONU. Só que andar pela feira vendo uma fila de cachos amarelos
pode se tornar coisa do passado nos próximos 5 anos: uma das pragas da banana se tornou mais letal do que nunca.

• Entre as infestações mais comuns nas bananeiras estão os fungos Sigatoka - três espécies diferentes capazes de causar a doença
que reduz a quantidade de folhas e queima a planta, atrapalhando a fotossíntese. O impacto econômico também é enorme: os cachos
saem pequenos e as bananas, deformadas, cremosas e ácidas.

• Pesquisadores da Universidade da Califórnia sequenciaram pela primeira vez o genoma de duas dessas espécies - e descobriram
que elas estão ficando mais agressivas no seu ataque às bananas.

• Comparando o novo estudo ao genoma já descoberto de uma variedade antiga da Sigatoka amarela, os cientistas perceberam que
os fungos são capazes de não apenas bloquear o sistema imunológico da banana, mas também de adaptar seu metabolismo para
"imitar" o da planta. Com isso, eles passam a produzir enzimas que destroem as paredes celulares e se alimentam dos nutrientes
internos da bananeira.

• Os autores do estudo acreditam que os produtores de bananas não têm a percepção do tamanho da ameaça que essas linhagens
de fungo representam. Hoje em dia, a Sigatoka é responsável por reduzir em quase 40% a produção da planta. Até 35% do custo de
plantação vem das aplicações bimestrais de veneno antifúngico.
•Está longe de ser o suficiente: a nova pesquisa mostra que não só as pragas têm avançado
rapidamente na sua forma de infecção, como também estão se tornando mais resistentes aos agrotóxicos.

•A situação fica pior. A banana nanica é o tipo mais vendido da fruta no mundo. Mas todos os cachos
são descendentes genéticos de uma única planta. Bananas nanicas são estéreis e novas bananeiras são
plantadas a partir de um pedaço cortado de uma bananeira anterior. Na prática, são clones. O lado bom é
que todas têm o mesmo gosto. O ruim é que são todas igualmente vulneráveis a possíveis pragas, como a
Sigatoka.

•Levando em conta todos esses riscos, os pesquisadores estimam que a nova versão turbinada dos
fungos pode eliminar as bananas da plantação e das nossas cozinhas em um período de 5 a 10 anos.

• O lado bom é que, com o genoma inédito desses fungos em mãos, os cientistas estão melhor equipados
que nunca para de tentar encontrar as vulnerabilidades genéticas dos invasores. O que eles pretendem é
tentar criar novas estratégias antifúngicas tão rápido quanto os Sigatoka se tornam resistentes - a nossa
versão moderna da Guerra da Banana.

• Disponível em: < http://super.abril.com.br/ciencia/bananas -podem-ser-extintas-em-5-anos>. Acesso em:


19 ago. 2016.
• 03. (D14) No trecho “Pesquisadores da Universidade da Califórnia sequenciaram pela primeira vez o
genoma de duas dessas espécies - e descobriram que elas estão ficando mais agressivas no seu
ataque às bananas.”, a expressão “dessas espécies”, refere-se às/aos
• (A) bananeiras.
• (B) bananas.
• (C) cachos.
• (D) fungos.
• 04. (D10) A finalidade desse texto é
• (A) informar.
• (B) entreter.
• (C) advertir.
• (D) instruir.
• Leia os textos e, a seguir, responda.
• Texto I
• O bullying sempre existiu
• Tom Coelho
• O bullying sempre existiu. Anos atrás as vítimas eram chamadas de CDFs, nerds ou puxa-sacos. Eram jovens que se
sentavam nas primeiras fileiras de carteiras na sala de aula, prestavam atenção no professor e na matéria lecionada,
inquiriam e respondiam perguntas, faziam o dever de casa e, consequentemente, tiravam boas notas. O contraponto
era a "turma do fundão", formada por rebeldes e descolados.

• Os atos de bullying eram bem conhecidos. Desde o "corredor polonês", onde vários estudantes se enfileiravam
para escorraçar o alvo com alguns petelecos, tapas e breves pontapés, a chamada "geral", até o famigerado "te pego
lá fora". A opressão era mais física do que psicológica, pois o constrangido tinha em sua defesa o fato de ser,
normalmente, melhor aluno que seus agressores.

• Claro que também tínhamos o assédio ao gordo, ao feio e ao varapau. Mas a questão é que estas ações eram
contidas em si mesmas. As escolas mantinham "bedéis" para colocar ordem na casa e coibir atos de violência, sem
falar que ir "parar na diretoria" era temido pela maioria dos alunos.

• Contudo, se o bullying ocorresse, ao chegar em casa a vítima ainda iria ter com seus pais. Alguns poderiam
dizer: "Não reaja, pois não é de sua natureza", no melhor estilo "ofereça a outra face". Já outros argumentariam: "Se
apanhar de novo lá fora e não reagir, vai levar outra surra quando chegar em casa".
• [...]

• Disponível: <http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/veja-aqui-outros-relatos-de-pessoas-que-sofreram-bullying-na-escola-3122758>.
Acesso em: 23 maio 2016.
• Texto II

• Minha filha tem 10 anos, cabelos enormes e encaracolados, com muito volume. Os cabelos dela são
lindos, remetem a uma coisa meio afro e é considerado um trunfo nas passarelas, já que ela faz alguns desfiles
de moda infantil. No entanto, na escola, ela sofre bullying, é chamada de pulguenta, bruxa e uma série de
adjetivos que a magoam profundamente. Ela sempre me pede pra deixar que faça escova progressiva,
chapinha, mas seria um erro permitir que a maldade daqueles pestinhas retirem o seu diferencial. Até porque
muitas críticas acontecem quando ela usa algo bonito ou diferente. A mãe de uma aluna me ligou pra saber
onde eu havia comprado uma boina que a filha dela queria desesperadamente, a mesma que a menina havia
chamado de "brega", quando viu minha filha usando. Ser alta, magra e estilosa tem sido difícil para a minha
filha. Imagine o quanto de maldade não acontece com as crianças gordinhas ou com outras diferenças.

• Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/veja-aqui-outros-relatos-de-pessoas-que-


sofreram-bullying-na-escola-3122758>. Acesso em: 23 maio 2016.
• 05. (D12) Os dois textos falam sobre o bullying, mas apenas o segundo
• (A) aborda a história do bullying no decorrer dos anos.
• (B) evidencia a violência física sofrida por vítimas de bullying.
• (C) traz um depoimento de uma mãe sobre o bullying sofrido por sua filha.

• (D) mostra a preocupação das escolas em coibir a violência proporcionada pelo bullying.
Leia o texto ao lado.

06. (D4) Podemos concluir que o anúncio
(A) promove uma marca de sapato.
(B) divulga uma marca de objetos masculinos.
(C) atinge o público de um modo geral.
(D) é voltado para o público feminino.
Leia os textos I e II e, a seguir, responda.
Texto I
Corrupção
Não é a corrupção o grande mal do Brasil, mas a hipocrisia. O motorista que fura o
sinal ou entra na contra mão, que estaciona em local proibido, ou na calçada, que não para na
faixa de pedestre, é o mesmo cidadão que reclama do político desonesto. O garçom que serve
uma dose generosa da bebida para ganhar na gorjeta, e o cidadão que paga a gorjeta para não
pagar outra dose, são os mesmos que se queixam do péssimo serviço público. A nossa conivência
com os pequenos delitos, que nós nos permitimos, nos faz tolerantes com as falcatruas alheias.
[...]
Carlos Roberto de Faria (Setor Aeroporto – GO) O Popular- Carta do leitor - 29/01/2016.
Texto II
É auspiciosa qualquer tentativa de passar o Brasil a limpo. Nas redes sociais, a coisa
parece bem mais simples do que realmente é. Não vamos nos iludir. Para livrar o país da
corrupção, vamos ter que fazer como no combate ao mosquito da dengue: primeiro temos que
cuidar do nosso quintal.
Roberto Godinho (São Roque, SP)
Folha de S. Paulo – Painel do leitor, 08/03/2016.
07. (D13) As opiniões dos autores dos textos I e II em relação à corrupção no Brasil são
(A) iguais.
complementares. (B) divergentes. (C) excludentes. (D)
Leia o texto abaixo e responda as questões 8 a 9.
• O silêncio do rouxinol

• [...]

• Na época de Salomão, o melhor dos reis, um homem comprou um rouxinol que possuía uma voz excepcional. Colocou-o
numa gaiola em que nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava, horas a fio, para encanto da vizinhança.

• Certo dia, em que a gaiola havia sido transportada para uma varanda, outro pássaro se aproximou, disse qualquer coisa ao
rouxinol e voou. A partir desse momento, o incomparável rouxinol emudeceu.

• Desesperado, o homem levou seu pássaro à presença do profeta Salomão, que conhecia a linguagem dos animais, e lhe
pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.

• O rouxinol disse a Salomão:

• – Antigamente eu não conhecia nem caçador, nem gaiola. Depois me apresentaram a uma armadilha, com uma isca bem
apetitosa, e caí nela, levado pelo meu desejo. O caçador de pássaros levou-me, vendeu-me no mercado, longe da minha família, e
fui parar na gaiola deste homem que aí está. Comecei a me lamentar noite e dia, lamentos que este homem tomava por cantos de
gratidão e alegria. Até o dia em que outro pássaro veio me dizer:

• “Pare de chorar, porque é por causa dos seus gemidos que eles o mantêm nessa gaiola”.

• Então, decidi me calar.

• Salomão traduziu essas poucas frases para o proprietário do pássaro. O homem se perguntou: “De que adianta manter preso
um rouxinol, se ele não canta?”. E lhe devolveu a liberdade.
• CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.
• 08. (D11) O fato que gera o conflito na história é o pássaro
• (A) possuir uma voz excepcional.
• (B) ter emudecido.
• (C) ser um rouxinol.
• (D) encantar a vizinhança.
• 09. (D3) No trecho “...cantava, horas a fio, para encanto da multidão.”, a expressão “horas a fio”
tem o sentido de
• (A) de vez em quando.
• (B) durante muito tempo.
• (C) pousado em um fio.
• (D) sem cobrar por isso.
• Leia o texto e, a seguir, responda.
• Uma poça de diversidade

• Os ecossistemas aquáticos continentais, que abrangem lagos, lagoas, poças, rios, riachos, reservatórios, brejos e
áreas alagáveis, ocupam cerca de 2,4% da superfície terrestre. Nesse quesito, o Brasil é um país privilegiado, pois detém
12% de toda a água doce superficial do planeta. Entre os ecossistemas aquáticos continentais, há ambientes temporários,
pequenos acúmulos de água que surgem e desaparecem. Popularmente conhecidos como poças, eles podem ser formados
pela cheia de rios, pelas chuvas, pelo afloramento de águas subterrâneas e pelas marés.

• As poças ocorrem em áreas mais baixas da paisagem e têm uma infinidade de formas e a particularidade de secar por
completo de tempos em tempos. O intervalo entre a formação e o dessecamento de uma poça pode ser mensurado em
dias, meses ou anos. A enorme variedade de formas, características e origens e a dinâmica ecológica peculiar tornam esse
tipo de ambiente extremamente importante. Poças são altamente suscetíveis ao que ocorre em seu entorno e são
considerados ambientes muito resilientes, pois conseguem se restabelecer mesmo após eventos de seca extrema. Além
disso, são cruciais para diversas espécies que precisam viver na água pelo menos em uma fase de seu ciclo de vida.

• Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual de Maringá têm realizado
estudos em poças na Floresta Nacional de Carajás, no Pará, e no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no Rio de
Janeiro. Os resultados desses estudos revelam que muita vida pode caber em uma poça, vida essa tão surpreendente
quanto exuberante em beleza e que influencia e é influenciada por grande parte dos seres vivos ao seu redor.
• [...]

• Disponível em:<http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2016/333/uma-poca>. Acesso em: 25 fev. 2016.


• 10. (D7) Qual é a principal informação do texto?
• (A) “Os ecossistemas aquáticos continentais, que abrangem lagos, lagoas, poças, rios,
riachos, reservatórios, brejos e áreas alagáveis, ocupam cerca de 2,4% da superfície
terrestre.”.
• (B) “Entre os ecossistemas aquáticos continentais, há ambientes temporários,
pequenos acúmulos de água que surgem e desaparecem. Popularmente conhecidos
como poças (...)”.
• (C) “As poças ocorrem em áreas mais baixas da paisagem e têm uma infinidade de
formas e a particularidade de secar por completo de tempos em tempos.”.
• (D) “Os resultados desses estudos revelam que muita vida pode caber em uma poça,
vida essa tão surpreendente quanto exuberante em beleza (...)”.
• GABARITO
• 01 – C
• 02 – A
• 03 – D
• 04 – A
• 05 – C
• 06 – D
• 07 – D
• 08 – A
• 09 – B
• 10 – B

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