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Caio Prado Júnior (2011) por sua vez, ao avaliar o século XIX e a emancipação
política do país ocorrida em 1822, considera esse período como “[...] uma chave, e
chave preciosa e insubstituível, para se acompanhar e interpretar o processo histórico
posterior e resultante dele que é o Brasil de hoje” (p. 07, 2011). Nesse sentido, o autor
aponta como determinados elementos, sobretudo aqueles vinculados a interpretações
materialistas da história social, pautadas, portanto, por interpretações marxistas, são
constitutivos na nossa nacionalidade e, perpassam obrigatoriamente, pela grande
propriedade rural. Nessa direção, a obra “Formação do Brasil contemporâneo” nos
orienta para o entendimento de que nossas relações sociais, particularmente as de classe,
possuem um acentuado cunho colonial e que “[...] para chegar a uma interpretação do
Brasil de hoje, que é o que realmente importa, àquele passado que parece longínquo,
[...] ainda nos cerca de todos os lados.” (p. 11).
Nessa seara de referências, convém um olhar mais demorado sobre a obra de Maria
Sylvia de Carvalho Franco (1997). Mesmo reconhecendo a importância das categorias
analíticas acima referidas, em “Homens livres na ordem escravocrata” a autora faz um
registro histórico e sociológico notabilizado pelo aspecto da violência no seio da
organização brasileira, embora o objeto de investigação da autora seja homens livres
pobres, Maria Sylvia Franco distingue a violência como característica das relações de
dominação.
Embora a autora não veja na violência em si uma categoria analítica como cerne na
sua pesquisa, o registro
1
“Raças e Classes Sociais no Brasil”
2
“O que faz o Brasil, Brasil” e “Carnavais, malandros e heróis”
3
“História do Brasil”
4
“O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil”
Todos os pensadores, ora de maneira evidente ora quase despercebidamente,
transitaram pelo conceito colonização, que na sua aspiração m
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Todos esses conceitos funcionando como como gramáticas (Cf. Nunes, ) que
orientam, conduzem e dirigem a base civil da sociedade no relacionamento com o
Estado e com as políticas implementadas. No entanto, os teóricos e teóricas mobilizados
neste trabalho, ora de maneira inequívoca ora de maneira implícita, transitaram pelo
termo violência sem categorizar a palavra como conceito importante que alicerça as
definições e as conceituações apontadas anteriormente.
O pessoal da USP.