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PLANO DA OPERAÇÃO

ENERGÉTICA 2017/2021
PEN 2017

SUMÁRIO EXECUTIVO

Operador Nacional do Sistema Elétrico

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ONS RE-3-0108/2017

PLANO DA OPERAÇÃO
ENERGÉTICA 2017/2021
PEN 2017

SUMÁRIO EXECUTIVO

RE-3-0108-2017_PEN 2017 - Sumario Executivo


Sumário

1 Apresentação 4

2 Introdução 6

3 Conclusões 10

4 Recomendações 13

5 Indicadores da Expansão 15

5.1 Previsões de Carga 15

5.2 Oferta Existente e em Expansão 16

5.3 Expansão das Interligações Inter-regionais entre 2017 e


2021 20

6 Principais Resultados do PEN 2017 22

7 Avaliações Energéticas Adicionais 32

7.1 Impactos das Usinas da Amazônia na Operação do SIN 32

7.2 Impactos da Geração Eólica na Operação do SIN 33

7.3 Análises de Sensibilidade à Carga 34

7.4 Balanço Estático de Demanda Máxima 35

7.4.1 Resultados do Balanço de Demanda Máxima 37

Lista de figuras e tabelas 40

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1 Apresentação

O Plano da Operação Energética - PEN tem como objetivo apresentar as


avaliações das condições de atendimento ao mercado previsto de energia elétrica
do Sistema Interligado Nacional – SIN para o horizonte do planejamento da
operação energética, cinco anos à frente, subsidiando assim o Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE e a Empresa de Pesquisa Energética -
EPE quanto à eventual necessidade de estudos de planejamento da expansão
para adequação da oferta de energia aos critérios de garantia de suprimento
preconizados pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE.

As análises do Plano da Operação Energética 2017/2021 – “PEN 2017” tomaram


por base o Programa Mensal de Operação – PMO de maio de 2017, no que diz
respeito à oferta, aos limites de intercâmbios entre subsistemas, aos
condicionantes referentes à segurança operativa e as restrições ambientais e de
uso múltiplo da água, existentes e previstas nas bacias hidrográficas. A expansão
da oferta de geração teve como referência os cronogramas de obras definidos pelo
MME/CMSE/DMSE para o PMO de maio de 2017.

Com relação à previsão de carga, os valores de energia e demanda correspondem


às projeções elaboradas para a 1ª Revisão Quadrimestral da Carga de 2017,
ocorrida em abril, que considera uma taxa média anual de crescimento do PIB no
período 2017/2021 de 2,0% a.a..

As principais diretrizes para a execução das avaliações energéticas (entre as quais


a análise de desempenho do SIN – com base nos riscos de déficit e custos
marginais de operação) estão em consonância com os Procedimentos de Rede,
Submódulo 7.2 – Planejamento anual da operação energética e Submódulo 23.4
– Diretrizes e critérios para estudos energéticos, aprovados pela Resolução
Normativa ANEEL nº 756/16 de 16/12/2016.

O PEN 2017 é composto de três volumes:

 Sumário Executivo, que apresenta uma contextualização da avaliação de


desempenho do SIN à luz da experiência operativa dos últimos anos, um
conjunto de constatações recentes, de caráter geral, decorrentes da
evolução da Matriz de Energia Elétrica Brasileira e um resumo das
principais premissas, dos principais resultados e das principais conclusões
e recomendações quanto às condições de atendimento à carga do SIN nos
próximos cinco anos.

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 Volume I – Condições de Atendimento, que apresenta, além do conteúdo
do Sumário Executivo, uma análise mais detalhada dos principais
resultados das avaliações energéticas para o horizonte 2017/2021; e

 Volume II - Relatório Complementar, que, além de resultados de


avaliações complementares não apresentados no Volume I, traz ainda
conceitos básicos necessários à interpretação dos resultados, um resumo
da metodologia adotada e um conjunto de Anexos detalhando as
informações e os dados considerados nestes estudos.

Além desses três volumes, também é disponibilizado o Relatório de Informações


Visuais, cujo objetivo é facilitar a consulta técnica às principais informações do
PEN, trazendo ao público de interesse agilidade no acesso ao seu conteúdo.

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2 Introdução

A elaboração do PEN após o final da estação chuvosa do SIN permite mitigar a


influência das incertezas do comportamento das vazões ao longo dessa estação
do ano e, consequentemente, dos armazenamentos iniciais das usinas
hidroelétricas, que normalmente são os maiores valores observados no primeiro
ano da avaliação energética do PEN. Nesse momento, estão definidos quais os
montantes armazenados em cada subsistema que poderão ser utilizados de forma
a garantir o suprimento adequado ao menor custo possível.

É importante observar que devido à expansão do parque gerador hidroelétrico


baseada em quase sua totalidade em usinas a fio d’água, sem a agregação de
reservatórios de regularização das usinas hidroelétricas do SIN para fazer frente
ao crescimento da carga, as condições de armazenamentos iniciais têm tido cada
vez mais importância para as avaliações energéticas nos estudos de médio e curto
prazos, impactando principalmente os resultados dos primeiros dois anos do
horizonte de análise de desempenho do SIN, com destaque para os impactos nas
métricas normalmente utilizadas no planejamento da operação energética, como
riscos de déficit, valor esperado da energia não suprida e custos marginais de
operação.

Desta forma, as avaliações das condições de atendimento foram divididas em dois


nos horizontes distintos: dois primeiros anos – (2017 a 2018) - análise conjuntural
e os três anos seguintes – (2019 a 2021) – análise estrutural. No Volume I –
Condições de Atendimento essa divisão do estudo é melhor explorada.

Deve-se destacar que, em termos da operação do SIN, todos os recursos deverão


ser utilizados para garantir o pleno atendimento da carga, dentro dos critérios
preconizados nos Procedimentos de Rede do ONS. Assim, nos últimos anos,
diversas articulações intersetoriais vêm sendo desenvolvidas no sentido de
flexibilizar algumas restrições de caráter de uso múltiplo da água e/ou ambientais
nos principais reservatórios dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.
Nesse contexto, é importante uma interpretação cuidadosa dos resultados da
análise de desempenho do SIN, principalmente com relação aos riscos de déficit
de energia calculados pelos modelos matemáticos de avaliação energética.

Não obstante, o monitoramento contínuo das condições meteorológicas e


hidroenergéticas de curto prazo é o que deve indicar a necessidade da aplicação
de medidas operativas que reduzam, na prática, os riscos de algum corte de carga,
inclusive avaliando-se a necessidade de articulações com Agentes do Setor, MME,
MMA, ANA, Ibama e órgãos ambientais estaduais para flexibilização de restrições
operativas de diversas naturezas, tais como de uso múltiplo da água e/ou

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ambientais, como já comentado. No limite, podem de fato ser necessárias ações
sobre o consumo de energia elétrica.

Sob esse aspecto, é importante mencionar que a eficiência dessas medidas


operativas, que permitem o pleno atendimento da carga, depende
fundamentalmente do nível de reserva energética do SIN, na qual se inclui a
reserva operativa do sistema para atendimento à demanda máxima e a mitigação
dos impactos da variabilidade e intermitência da geração eólica e/ou solar. O
dimensionamento adequado desta reserva energética constitui uma importante
avaliação dos estudos de planejamento da operação.

Nesse contexto, o PEN 2017, no Volume I – Condições de Atendimento,


apresenta avaliações energéticas que resgatam a aplicação dos chamados
“indicadores de Segurança Energética”, metodologia essa desenvolvida com o
objetivo de subsidiar ações do CMSE/MME frente às expectativas de
armazenamento dos subsistemas elétricos, para um dado conjunto de protocolos
previamente estabelecidos. Cabe destacar que neste PEN 2017 não foram
enumerados tais protocolos, sendo a iniciativa tão somente de identificar a
aplicabilidade dos Indicadores para eventuais aplicações futuras.

Com relação à geração de cenários sintéticos de energia natural afluente (ENA),


é fato que os índices de desempenho do sistema ficam fortemente influenciados
pela adoção da geração de cenários condicionados ao passado recente, não só
no primeiro ano, mas em todos os demais anos do horizonte de planejamento de
médio prazo. Considerando que o Plano da Operação Energética possui uma
característica estrutural para os três últimos anos do horizonte de 5 anos à frente,
a extensão dessa influência da tendência hidrológica além do horizonte de curto
prazo, como no caso do Programa Mensal de Operação – PMO, por exemplo, não
é adequada. Dessa forma, desde o PEN 2013 está sendo adotada a geração de
cenários não condicionados ao passado recente para a avaliação de desempenho
nos últimos três anos.

Com relação às avaliações das condições de atendimento, a Figura 2-1, a seguir,


resume a sistemática básica utilizada nos estudos de planejamento da operação
de médio prazo, com horizonte futuro de cinco anos, período no qual a ampliação
da oferta de geração considerada já está contratada, através dos leilões de
expansão ao menor custo.

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Figura 2-1: Sistemática Básica dos Estudos de Planejamento da Operação

Como já comentado, nos dois primeiros anos o desempenho do sistema depende


basicamente das condições hidroenergéticas de curto prazo, principalmente dos
níveis de partida ao final da estação chuvosa. Considerando-se que nesse período
qualquer alteração da oferta depende essencialmente da viabilidad e da
antecipação de obras já em andamento, seja de geração ou transmissão, as ações
sistêmicas para a segurança do atendimento à carga se limitam a “proteger” o
sistema para diferentes hipóteses de severidade das estações seca (maio a
novembro) e chuvosa (dezembro a abril do segundo ano), através do uso de ações
operativas de curto prazo.

Com relação aos três últimos anos do horizonte de análise, apesar da oferta já
estar contratada através dos leilões de energia nova, pelo princípio básico do
modelo institucional vigente, o ONS deve, se necessário, recomendar ao
CMSE/EPE estudos de viabilidade da expansão adicional e/ou antecipação da
oferta já contratada para aumentar a margem de segurança do sistema, à luz dos
critérios de segurança da operação e do nível de reserva energética que possa
ser necessário para enfrentar situações climáticas adversas.

Adicionalmente, são realizados balanços estáticos de energia sendo estes estudos


importantes para se ter uma avaliação preliminar do equilíbrio estrutural, “Ofer ta
versus Demanda”, permitindo identificar a evolução de alguns atributos da Matriz
de Energia Elétrica.

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Finalmente, o Balanço Estático de Ponta tem como objetivo avaliar o atendimento
à demanda máxima em cada subsistema, considerando condições
eletroenergéticas conjunturais e aspectos estruturais relevantes, permitindo assim
uma análise de cunho estratégico, levando-se em consideração as capacidades
de intercâmbios entre as diversas regiões do SIN.

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3 Conclusões

1. Considerando a atualização das premissas macroeconômicas para a


1ª Revisão Quadrimestral da Carga, que admite uma taxa média anual de
crescimento do PIB no período 2017/2021 de 2,0% a.a, a carga de energia do
SIN deverá evoluir de 66.376 MWmed em 2017 para 76.402 MWmed em 2021,
o que representa o equivalente a um aumento médio de 3,6% a.a. da carga a
ser atendida no SIN;

2. A capacidade instalada do SIN deverá elevar-se de 142.042 MW, existentes em


31/12/2016, para 166.540 MW, em 31/12/2021. A hidroeletricidade continuará
como a principal fonte de geração de energia, embora sua participação na
matriz sofra uma redução nos próximos cinco anos, passando de
71,5% (101.598 MW) para 68,3% do SIN (113.784 MW);

3. Destaca-se o significativo incremento da capacidade instalada das usinas


eólicas, que passará de 6,8 % da Matriz de Energia Elétrica (9.611 MW em
dezembro de 2016) para 9,7%, equivalente a 16.205 MW instalados ao final de
2021, sem considerar os próximos leilões de energia nova que possam ocorrer
em 2018;

4. Sob o enfoque da análise das condições de atendimento à carga, as avaliações


probabilísticas para o horizonte 2019/2021, com base nos riscos de déficit de
energia, indicam adequabilidade ao critério de suprimento preconizado pelo
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, na medida em que os riscos
de déficit são inferiores a 5% em todos os subsistemas;

5. A análise dos custos marginais de operação sugere a necessidade de estudos


de viabilidade de reforços na capacidade de exportação dos Subsistemas
Norte/Nordeste, na medida em que estes apresentam custos marginais sempre
inferiores aos demais subsistemas;

6. O balanço estático de energia contratada no SIN indica sobras de energia ao


longo de todo o horizonte. Estas sobras anuais se encontram, a partir de 201 7,
no intervalo entre 10,1 GWmed e 14,1 GWmed. Cabe ressaltar que parte dessa
sobra está associada à importante redução do consumo previsto para os
próximos cinco anos. Considerando que a maior parte das sobras está
localizada nos subsistemas Norte e Nordeste, com valores significativos
durante todo o horizonte do estudo, foram realizadas análises especificas para
avaliação da existência de excedentes não transmissíveis nesses subsistemas;

7. Considerando ainda que no subsistema Nordeste existe geração hidráulica


mínima obrigatória, em razão de restrições de uso múltiplo da água no rio São

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Francisco, especificamente no reservatório de Sobradinho, foram feitas
avaliações de eventuais restrições de alocação na curva de carga do SIN da
geração total contratada nos leilões. Os resultados indicam que a partir de 2018,
sendo que a partir de 2020 em todos os patamares de carga, poderão ocorrer
montantes de geração térmica não alocável. Os maiores montantes foram
observados no ano de 2020, atingindo valores de 106 MWmed na carga pesada,
251 MWmed na carga média e 1.484 MWmed na carga leve, ou seja, poderá
ocorrer restrição ao uso de geração térmica total contratada do subsistema
Nordeste por limitação na capacidade de exportação de energia desse
subsistema, caso tenhamos nesse ano a condição de defluência 1.300 m 3/s em
Sobradinho, conforme orientação do Despacho SRG/ANEEL nº 1.354. Esse
quadro seria atenuado caso não tivesse havido atraso nas obras associadas à
Abengoa;

8. A análise dos excedentes de geração da região Norte indica, em todas as


estações chuvosas de 2017 a 2021, congestionamento de energia, nos três
patamares de carga, sendo os maiores valores observados no patamar de
carga leve, com destaque para o ano de 2019, que apresenta um excedente
médio de 1.925 MWmed (probabilidade de ocorrência de 99%). Esses
resultados ratificam as sugestões emanadas de estudos anteriores de
planejamento de médio prazo do ONS, no sentido de antecipar as obras de
escoamento em 500 kV da UHE Belo Monte;

9. Nesse contexto é entendimento deste Operador que, a localização da nova


oferta decorrente dos próximos LEN e/ou LER deveria priorizar os subsistemas
Sudeste/Centro-Oeste e Sul;

10. Considerando a perda gradativa do grau de regularização do SIN e a


incorporação cada vez maior de usinas ditas de safra (usinas da Amazônia), o
SIN passa a perder sua “inércia hidroenergética”, ou seja, poderá ser cada vez
mais frequente o uso acentuado dos grandes reservatórios de regularização ao
final de cada estação seca, passando-se a depender cada vez mais da estação
chuvosa subsequente para o reenchimento do sistema. Com essa perda de
inércia, o sistema ficará cada vez mais exposto às condições hidroenergéticas
menos favoráveis, o que reforça a tese de que o equilíbrio estrutural é condição
necessária, mas não suficiente, para o equilíbrio conjuntural, cabendo ao ONS
atenção no provimento de eventuais o sistema de medidas operativas de curto
prazo que preservem a segurança eletroenergética do SIN;

11. Destaca-se neste PEN, a aplicação, ainda que preliminar, da metodologia dos
Indicadores de Segurança Energética – ISEN. Muito embora as análises do
PEN se iniciam ao final do período úmido (maio), as avaliações das condições
de atendimento de curto prazo através dos ISEN devem ser realizadas a cada

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PMO da estação chuvosa, considerando apenas os resultados obtidos do
primeiro ano de simulação. Desta forma, a aplicação dos ISEN para o horizonte
de curto prazo indicou, para o ano de 2017 no Sudeste/Centro-Oeste, estado
amarelo em janeiro, passando para estado vermelho nos meses subsequentes,
retornando ao estado amarelo em maio. Essa indicação está coerente à
situação hidrológica que foi observada nesse subsistema, quando houve uma
melhora na situação hidrológica ao final da estação chuvosa. Com relação ao
subsistema Nordeste, os Indicadores de Segurança Energética - ISEN
indicaram uma piora em sua situação hidrológica no decorrer dos meses do
primeiro semestre de 2017, com uma elevação significativa do percentual de
cenários em estado crítico. Dessa forma, os indicadores de segurança partiram
de uma indicação amarela em janeiro para uma indicação vermelha, de
fevereiro em diante. Nos demais anos (2018/2021), os ISEN foram verdes para
estes dois subsistemas, o que reforça a constatação do equilíbrio estrutural
visto a partir dos cenários de carga e oferta atuais;

12. Apesar da indicação de sobras de disponibilidade de potência para atender a


demanda máxima do SIN na maior parte do tempo, poderão ser necessárias
ações especiais de despacho para manter o controle de frequência em
situações de aumentos não previstos da demanda máxima em função da
elevação de temperatura nos meses de verão;

13. A disponibilidade de potência hidráulica poderia ser aumentada com a


implantação de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas
usinas hidroelétricas existentes (em torno de 5 GW, segundo inventário da
ABRAGE); e

14. Finalmente, assim como nas avaliações do atendimento à carga de energia,


observou-se, para os estudos de atendimento a demanda máxima uma forte
dependência dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul em relação aos
subsistemas Nordeste e Norte, para a importação de potência, principalmente
nos períodos onde há sobras de disponibilidade na UHE Belo Monte e maior
geração eólica no Nordeste. Entretanto, essas sobras não são totalmente
transferidas, em função de limitação do sistema de transmissão e não seriam
suficientes para eliminar completamente o déficit em alguns meses no final do
horizonte.

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4 Recomendações

1. Considerando que os resultados de um estudo dessa natureza estão


intrinsecamente relacionados com as premissas de carga e, principalmente, da
expansão da oferta prevista, é sugestão ao MME/CMSE e a ANEEL a
manutenção do estrito acompanhamento dos cronogramas de expansão da
oferta, com destaque para as seguintes instalações: usinas hidroelétricas -Belo
Monte (11.000 MW), São Manoel (700 MW), Sinop (400 MW), Baixo Iguaçu
(350 MW) e Colíder (300 MW); usinas termoelétricas - Porto do Sergipe I (1.515
MW), Mauá 3 (590 MW) e Pampa Sul (340 MW). Ressalta-se que o cronograma
de obras da UHE Belo Monte apresenta um significativo atraso,
aproximadamente 8.000 MW (6 UGs com atrasos entre 7 a 12 meses – 3.667
MW e 7 UGs com atrasos entre 13 a 24 meses – 4.278 MW);

2. Os resultados das avaliações energéticas deste PEN 2017 identificam, tanto


sob o ponto de vista de atendimento à carga de energia como à demanda
máxima instantânea, a necessidade do desenvolvimento de estudos de
viabilidade econômica de retomada do plano de obras de transmissão
associado ao escoamento da produção da UHE Belo Monte e a garantia da
implementação nos prazos das soluções estruturais de geração e transmissão
previstas no âmbito do Planejamento da Expansão;

3. Face os resultados do balanço de demanda máxima, é importante a


continuidade da evolução metodológica sobre o tema e o estreitamento com as
áreas de planejamento da expansão para retificar/ratificar a eventual
necessidade de ampliação da disponibilidade de potência no SIN e sua
alocação regional;

4. Considerando o perfil atual de expansão da oferta, com parcela significativa de


termoelétricas, parte importante do atendimento da demanda máxima será
realizada com esta fonte. Neste sentido, é oportuno o avanço nos estudos de
criação de incentivos econômicos e regulatórios para motorização dos poços
existentes em algumas usinas já em operação (da ordem de 5 GW), bem como
o aumento de potência hidráulica no SIN, que poderá ser viabilizado através de
repotenciação de usinas existentes e/ou previsão da instalação de potência
adicional em novos projetos hidroelétricos. Para tal, faz-se necessário o
desenvolvimento de mecanismos regulatórios para remunerar esta potência
adicional;

5. Neste contexto, será importante avaliar também a possibilidade de criação de


mecanismos regulatórios para contratação de potência e/ou encargos de
capacidade;

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6. Não obstante, a avaliação da incorporação de novas usinas térmicas com
tecnologias de projetos que possam ter maior flexibilidade na tomada e
retomada de carga, de forma a fazer frente à participação crescente de fontes
de importante variabilidade/intermitência na Matriz de Energia Elétrica
Brasileira;

7. As análises apresentadas não só demonstram a importância das obras que


foram outorgadas à Abengoa que permitem o escoamento dos excedentes
energéticos dos subsistemas Norte e Nordeste para o subsistema
Sudeste/Centro-Oeste em situações hidroenergéticas desfavoráveis, como
também evidenciam que sejam priorizados leilões de energia nova por fonte e
por região, dando-se ênfase à geração térmica com baixo custo de operação
nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, mitigando-se, assim, o efeito da
perda de regularização do SIN;

8. Mesmo considerando o equilíbrio estrutural da oferta para os próximos cinco


anos, sob a ótica dos critérios vigentes, é importante uma avaliação conjunta,
com o CMSE e EPE/MME, quanto a metodologia de definição de uma reserva
energética (reserva de geração), como prevista em Lei, diferente da Energia de
Reserva para recuperação de lastros físicos. Essa reserva de geração deve ser
prevista na Matriz de Energia Elétrica para o enfrentamento de situações
climáticas desfavoráveis, como as vivenciadas nos anos de 2014 e 2015 para
os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, uma vez que, com a perda
gradual de regularização e o aumento de fontes de grande
variabilidade/intermitência, como eólicas e solares, futuramente, situações
semelhantes poderão também demandar medidas operativas adicionais para o
pleno atendimento da carga com custos elevados para o consumidor final,
mesmo em anos hidrológicos próximos à MLT;

9. É importante a retomada de estudos conjuntos MME/EPE, ANEEL, CCEE,


Agentes e ONS no sentido de avaliar a necessidade de atualização dos
parâmetros que mais impactam o planejamento da expansão e da operação do
SIN como o uso de Mecanismos de Aversão ao Risco (MAR), representados
por superfícies de segurança de armazenamento (SAR), parâmetros do CVaR
e a função de custo do déficit, bem como representação topológica do sistema
hidráulico, aproximando os estudos de médio e longo prazos dos estudos de
programação da operação; e

10. Finalmente é mister informar que a revisão das projeções de mercado a partir
de setembro de 2017 (2ª Revisão Quadrimestral) não impactam os resultados
e análises apresentados neste PEN 2017.

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5 Indicadores da Expansão

5.1 Previsões de Carga

As previsões de carga adotadas foram elaboradas em conjunto pela EPE/MME ,


pelo ONS e pela CCEE e foram consubstanciadas no Boletim Técnico
ONS/CCEE/EPE – “Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação
Energética 2017-2021 – 1ª Revisão Quadrimestral”.

A Figura 5-1, a seguir, apresenta a projeção de carga anual considerada neste


PEN 2017, destacando-se o crescimento anual da carga do SIN em MWmed e
em %.

Figura 5-1: Projeção de Carga Anual (MWmed)

78.000
19.000
76.402
76.000 Taxa crescimento 2017-2021 - 3,6%
Taxa crescimento 2017-2021 - 3,6% 76.000
74.000 73.145 14.000

72.000 70.588 72.766


MWmed

9.000
70.000 70.208
68.403
68.000
66.376 68.043 4.000
66.000
66.088 288 361 380 379 402
64.000
-1.000
62.000

60.000 -6.000
2017 2018 2019 2020 2021

Diferenças Mai/2017-Jan/2017 Planejamento Anual de 2017 - Jan/2017


Planejamento Anual de 2017 - (1ª Rev Quad - Mai/2017)

Observa-se da Figura 5-1, anterior, uma pequena redução, em torno de


380 MWmed, dos valores da 1ª revisão Quadrimestral – Mai/2017 em comparação
com os do Planejamento Anual de 2017.

Nessas condições espera-se que o PIB cresça 0,5% em 2017 e, ao longo do


período 2017-2021, o crescimento médio esperado do PIB é 2,0% a.a.

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5.2 Oferta Existente e em Expansão

A Tabela 5-1, a seguir, apresenta a capacidade instalada no SIN em 31/12/2016,


que totaliza 142.042 MW, dos quais 101.598 MW (71,5%) correspondem a usinas
hidroelétricas, incluindo as PCHs e a parcela de Itaipu disponível para o Brasil e
23.177 MW (16,2%) em usinas termoelétricas convencionais e nucleares.

O programa de expansão da oferta de geração teve como referência os


cronogramas de obras definidos pelo MME/CMSE/DMSE para o PMO de maio de
2017 que prevê para 31/12/2021 um total de 166.540 MW – aumento de
24.498 MW, aproximadamente 17% nos 5 anos do horizonte de estudo. Destaca-
se o crescimento percentual para a expansão das usinas eólicas (68,6%).

Tabela 5-1: Resumo da Evolução da Matriz de Energia Elétrica (MW) - 31/dez

Crescimento
2016 2021
TIPO 2016-2021
MW % MW % MW %
Hidráulica (1) 101.598 71,5 113.784 68,3 12.186 12,0
Nuclear 1.990 1,4 1.990 1,2 - 0,0
Gás/GNL 12.414 8,7 14.518 8,7 2.104 16,9
Carvão 3.174 2,2 3.478 2,1 304 9,6
Biomassa 7.640 5,4 8.313 5,0 673 8,8
Outros (2) 867 0,6 1.308 0,8 441 50,9
Óleo Combustível/Diesel 4.732 3,3 4.732 2,8 - 0,0
Eólica 9.611 6,8 16.205 9,7 6.594 68,6
Solar 16 0,0 2.182 1,3 2.166 -
Total 142.042 100 166.540 100 24.498 17,2

OBS: (1) A contribuição das PCHs e da Compra da UHE Itaipu está considerada na parcela “Hidráulica”. (2) A parcela
“Outros” se refere a outras usinas térmicas com CVU.

Na Figura 5-2, a seguir, é apresentado o detalhamento do incremento anual já


contratado, com 361 novas usinas consideradas na expansão 2017/2021, e a
evolução da potência instalada por fonte, indicando a participação de cada uma
na evolução da Matriz de Energia Elétrica.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 16 / 41
Figura 5-2: Evolução da Capacidade Instalada Total do SIN (MW)

20.000 +4.028 +398 200.000


+6.042
+8.224 180.000
17.500 +5.806 166.142 166.540
162.114
156.072 160.000
15.000 147.848
140.000

Capacidade Instalada (MW)


Incremento Anual (MW)

12.500
120.000

10.000 100.000

80.000
7.500 1.593
6 227 60
393 187 180 60.000
5.000 505 3.057 1.556
171 27
1.792 930 231 40.000
8
2.500 74 1.933 20
3.333 50 20.000
2.987 3.129
1.763 115 75
0 138 0
2017 2018 2019 2020 2021
Incremento Anual UHE Incremento Anual UTE Incremento Anual UEE
Incremento Anual PCH Incremento Anual Biomassa Incremento Anual UFV
Capacidade Instalada (MW)

Os atrasos nos cronogramas de expansão da oferta são um ponto de atenção,


sendo fundamental o seu permanente acompanhamento pelo DMSE/CMSE. A
Figura 5-3, a seguir, apresenta um levantamento dos atrasos das unidades
geradoras, por fonte, do cronograma de obras considerado neste
PEN 2017 em relação as respectivas datas de outorga.

Figura 5-3: Atraso na Matriz de Energia Elétrica Contratada do SIN (MW)

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 17 / 41
Destaca-se da Figura 5-3, anterior, um significativo atraso na fonte hidroelétrica
(9.100 MW), dos quais aproximadamente 8.000 MW referem-se ao atraso no
cronograma de obras da UHE Belo Monte, que pode chegar a valores de até 24
meses. A fonte eólica também apresenta um atraso significativo, onde 159 usinas
seguem com seu cronograma inicial alterado, o maior montante (1.409 MW) está
na faixa de 7 a 12 meses de atraso.

Complementado essa análise, a Figura 5-4, a seguir apresenta a divisão dos


atrasos nas categorias de obras em construção e não iniciadas.

Figura 5-4: Potência Atrasada por Fonte – Obras em Construção e Não Iniciadas

5 usinas 10 usinas 31 usinas 159 usinas 33 usinas


100%

90%

80% 1.566 MW
197 MW
70% 590 MW
944 MW
60%

50% 8.997 MW

40%

30% 2.225 MW
182 MW
20% 344 MW
452 MW
10%
150 MW 0 usinas
0%
UHE UTE PCH BIO UEE UFV
Obra Não Iniciada Obra Em Construção

O montante de geração térmica disponível e seu custo para despacho são fatores
determinantes no novo perfil da oferta no SIN. A Figura 5-5, a seguir, apresenta a
distribuição, por fonte, dos Custos Variáveis Unitários – CVUs do parque
termoelétrico previsto para entrar em operação até 2021. Pode-se observar, além
da grande interseção entre os custos das diversas fontes, uma elevada dispersão
com custos para despacho variando de 17 até 37 vezes superior ao da fonte mais
barata (nuclear).

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Figura 5-5: Distribuição dos Custos Variáveis Unitários por Fonte [R$/MWh]

29,13

Nuclear (N) 1.794 MWmed


20,12
510,12
Outros (18xN) 700 MWmed
60,00
511,77
Gás/GNL (18xN) 8.849 MWmed
50,13

486,49
Carvão (17xN) 1.989 MWmed
50,00
1.076,79
Óleo (37xN)
301,97 3.480 MWmed

CVU [R$/MWh]

Outro ponto de destaque da matriz de geração termoelétrica é a relação


CVU (R$/MWh) e Disponibilidade (MWmed) apresentada na Figura 5-6, a seguir.

Figura 5-6: Custo X Disponibilidade de Geração Térmica do SIN

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Observa-se na Figura 5-6, anterior, que a faixa de CVU em que há o maior
incremento de geração térmica está entre 100,00 R$/MWh e 150,00 R$/MWh,
onde é acrescido um montante de aproximadamente 3.000 MWmed de
disponibilidade. Para os CVU mais elevados, na faixa de 800,00 R$/MWh a
1.070,00 R$/MWh, não há um incremento de disponibilidade térmica significativo ,
o que acaba colaborando para a volatilidade dos CMOs quando do despacho de
geração térmica nessa faixa de disponibilidade, o que inclusive explica a alteração
de bandeiras tarifárias entre PMOs.

5.3 Expansão das Interligações Inter-regionais entre 2017 e 2021

Nos estudos do PEN 2017, objetivando avaliar as condições de atendimento ao


SIN com base em uma configuração representativa da prática operativa, foram
representados como subsistemas independentes, além do Sudeste/Centro-Oeste,
Sul, Nordeste e Norte, os sistemas elétricos Acre-Rondônia (AC/RO), Manaus,
Amapá, as UHEs do Complexo do rio Madeira, a UHE Belo Monte e a UHE Itaipu.

A Figura 5-7, a seguir, esquematiza a configuração eletroenergética adotada no


PEN 2017, incluindo os nós fictícios Imperatriz, Xingu, Jurupari e Ivaiporã. Esses
nós não possuem geração ou carga associados.

Figura 5-7: Configuração Eletroenergética para o PEN 2017

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 20 / 41
As interligações inter-regionais propiciam a transferência de grandes blocos de
energia entre os subsistemas, permitindo que o ONS, através da operação
integrada do SIN, explore a diversidade hidrológica entre regiões, o que resulta
em ganhos sinérgicos consideráveis e aumento da segurança do atendimento ao
mercado. A integração entre subsistemas contribui para a expansão da oferta de
energia e para a otimização dos recursos energéticos, através da
complementaridade energética existente entre os referidos subsistemas.

Não obstante, grandes interligações com transferências de grandes blocos de


energia aumentam sobremodo a complexidade do planejamento, da programação
e da operação elétrica do SIN, no que diz respeito à segurança operativa.

No Volume II – Relatório Complementar do PEN 2017 são apresentados os


valores de limites de intercâmbio considerados para efeito de simulação com o
modelo NEWAVE e o detalhamento da modelagem adotada para representação
destes limites.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 21 / 41
6 Principais Resultados do PEN 2017

As avaliações energéticas foram realizadas com base no Modelo NEWAVE Versão


23 Linux, considerando 2.000 séries sintéticas de energias naturais afluentes e o
histórico de energias naturais afluentes.

No Volume I – Condições de Atendimento estão detalhados os resultados das


avaliações intituladas “Análise Conjuntural (2017/2018)”, onde se destacam as
avaliações prospectivas para 2017 e 2018 e avaliações probabilísticas para esse
mesmo horizonte, procurando-se avaliar a evolução dos armazenamentos de cada
subsistema e os requisitos de ENAs para atingir níveis de segurança operativos
referenciais.

As avaliações prospectivas, para o ano de 2017, foram realizadas com os


resultados de uma simulação determinística a partir da previsão de vazões
afluentes para um cenário de valor esperado (VE) e de limite inferior (LI).

A Figura 6-1 e a Figura 6-2, a seguir, apresentam as evoluções dos


armazenamentos equivalentes dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e
Nordeste, respectivamente, para a estação seca de 2017, considerando cenários
hidrológicos para o Valor Esperado (VE) e Limite Inferior (LI).

Figura 6-1: Evolução dos Armazenamentos do Sudeste/Centro-Oeste

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 22 / 41
Figura 6-2: Evolução dos Armazenamentos do Nordeste

A expectativa é que no final de novembro de 2017 os níveis dos subsistemas


Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste atinjam, respectivamente, os valores de 25,4%
e 8,7% do armazenamento máximo, quando do cenário do valor esperado e 8,7%
e 3,9%, quando do cenário do limite inferior.

A Figura 6-3 e a Figura 6-4, a seguir, apresentam as curvas de permanência do


armazenamento ao final da estação seca de 2017 (novembro/2017) para os
subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente, permitindo-se
avaliar as probabilidades de atingimento de cada um dos armazenamentos
supracitados.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 23 / 41
Figura 6-3: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de Nov/2017 – SE/CO

100
Energia Armazenada (% EARmáx)
90
Média Mediana 1º quartil (25%) 3º quartil (75%)
23% 21% 30% 15%
80
Energia Armazenada (% EAR máx)

70

60

50

40

30
Probabilidade de EAR < 8,7% EARmáx (LI): 9,3%
20
Probabilidade de EAR < 25,4% EARmáx (VE): 62,1%
10

0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Probabilidade

Da Figura 6-3, anterior, observa-se que, para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste,


a probabilidade de ocorrência de armazenamentos inferiores aos 25,4% de
EARmáx, resultantes da simulação com o valor esperado da previsão, é 62,1%.
Para o nível associado à simulação com o limite inferior da previsão, a
probabilidade é 9,3%.

Com relação ao subsistema Nordeste, observa-se na Figura 6-4, a seguir, que a


probabilidade de ocorrência de armazenamentos inferiores aos 8,7% de EARmáx,
resultantes da simulação com o valor esperado da previsão, é 44,3%. Para o nível
de 3,9% EARmáx, associado à simulação com o limite inferior da previsão, a
probabilidade é 19,0%.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 24 / 41
Figura 6-4: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de Nov/2017 – Nordeste

100
Energia Armazenada (% EARmáx)
90
Média Mediana 1º quartil (25%) 3º quartil (75%)

80 11% 10% 15% 5%


Energia Armazenada (% EAR máx)

70

60

50

40

30

Probabilidade de EAR < 8,7% EARmáx (VE): 44,3%


20
Probabilidade de EAR < 3,9% EARmáx (LI): 19,0%
10

0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Probabilidade

A partir da edição deste PEN 2017, sistematicamente serão editados boletins


atualizados de acompanhamento desta evolução dos armazenamentos.

Na avaliação prospectiva para 2018, considerando a significativa influência dos


armazenamentos ao final da estação seca de 2017 nas condições de atendimento
de 2018, quando haverá uma forte dependência da estação chuvosa deste ano
para reenchimento do sistema, foram feitas avaliações de requisitos de ENAs em
diferentes períodos que permitiriam o atingimento de níveis mínimos de segurança
capazes de garantir o atendimento da carga de 2018.

Os resultados destas avaliações indicam que para o subsistema


Sudeste/Centro-Oeste o atingimento de 20% EARmáx em novembro de 2018 irá
exigir armazenamento ao final de abril de 2018 de 75% EARmáx, e o subsistema
Nordeste 34% EARmáx, no caso de ocorrência da segunda pior ENA na estação
seca de 2018.

Em contrapartida, para se atingir o armazenamento mínimo de 30% EARmáx em


novembro de 2018, considerando a segunda pior ENA na estação seca de 2018,
seria necessário um armazenamento mínimo ao final de abril deste ano de
85% EARmáx no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e de 45% EARmáx no
subsistema Nordeste.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 25 / 41
Em complemento à análise determinística para 2018 apresentada anteriormente,
foi realizada uma simulação com 2.000 séries sintéticas de ENA a partir dos níveis
prospectados para o final de novembro de 2017 e apresentados na Figura 6-1 e
na Figura 6-2 (considerando o valor esperado da previsão de vazão para o ano de
2017). Alguns resultados dessa simulação estão apresentados a seguir.

Na Figura 6-5, a seguir, estão todas as trajetórias de energia armazenada, série a


série, para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste.

Figura 6-5: Energia Armazenada Final - 2.000 séries sintéticas - Sudeste/Centro-Oeste

Simulação Determinística 2017 Simulação Estocástica 2018/2021

Média

4,1% das séries


abaixo de 10%
EARmáx

Observa-se na Figura 6-5, anterior, que a simulação probabilística para 2018


indica valores médios de energia armazenada para o final do período úmido da
ordem de 69,5% EARmáx, chegando ao final de novembro de 2018 com uma
probabilidade de 4,1% de ocorrência de níveis iguais ou inferiores a 10% EARmáx.

Na Figura 6-6, a seguir, estão todas as trajetórias de energia armazenada, série a


série, para o subsistema Nordeste.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 26 / 41
Figura 6-6: Energia Armazenada Final - 2.000 séries sintéticas – Nordeste

Simulação Determinística 2017 Simulação Estocástica 2018/2021

Média

8% das séries
abaixo de 10%
EARmáx

Observa-se na Figura 6-6, anterior, que os valores médios de energia armazenada


para o final do período úmido foram da ordem de 67,3% EARmáx, chegando ao
final de novembro de 2018 com uma probabilidade de 8% de ocorrência de níveis
iguais ou inferiores a 10% EARmáx.

Em seguida, a Figura 6-7 e a Figura 6-8 apresentam as curvas de permanência de


armazenamento para o final da estação chuvosa 2017/2018 para o subsistema
Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente, destacando-se os requisitos
de armazenamento para abril/2018 apontados anteriormente.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 27 / 41
Figura 6-7: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de Abril/2018 – SE/CO

100
71% das séries estão abaixo de 85% EARmáx
90
58% das séries estão abaixo de 75% EARmáx
Energia Armazenada (% EAR máx)

80

70

60

50

40

30

20

10

0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Probabilidade

Figura 6-8: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de Abril/2018 – Nordeste

100

90
Energia Armazenada (% EAR máx)

80

70

60

50 18% das séries estão abaixo de 45% EARmáx

40

30
9% das séries estão abaixo de 34% EARmáx
20

10

0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Probabilidade

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 28 / 41
A Tabela 6-1, a seguir, apresenta os riscos de déficit de energia para o período
2019/2021. Observa-se que em todos os anos os riscos de déficit estão inferiores
ao critério de garantia postulado pelo CNPE (risco máximo de 5%) em todos os
subsistemas, exceto para o subsistema Amapá. No Volume I – Condições de
Atendimento é apresentada uma análise detalhada do atendimento ao
subsistema Amapá.

Tabela 6-1: Riscos de Déficit de Energia (%) – Avaliação Estrutural

Subsistema 2019 2020 2021


SUDESTE/CENTRO-OESTE
PROB (Qualquer Déficit) 0,6 0,3 0,2
PROB (Déficit>1%Carga) 0,5 0,1 0,2
SUL
PROB (Qualquer Déficit) 0,5 0,2 0,2
PROB (Déficit>1%Carga) 0,5 0,1 0,2
NORDESTE
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 0,0 0,0
PROB (Déficit>1%Carga) 0,0 0,0 0,0
NORTE
PROB (Qualquer Déficit) 0,1 0,2 0,1
PROB (Déficit>1%Carga) 0,0 0,1 0,0
ACRE/RONDONIA
PROB (Qualquer Déficit) 0,6 0,2 0,2
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,6 0,2 0,2
MANAUS
PROB (Qualquer Déficit) 0,2 0,3 0,2
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,1 0,2 0,2
AMAPÁ
PROB (Qualquer Déficit) 69,8 75,8 75,9
PROB (Déficit > 1% Carga) 36,8 41,4 42,5

É importante observar que estes resultados refletem as simulações com a curva


de custo do déficit de um patamar e a não consideração da tendência hidrológica.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 29 / 41
A Figura 6-9, a seguir, apresenta, as curvas de permanência de CMO para o
período 2019 a 2021, onde é evidente a grande dispersão desses resultados,
valores que podem ir de 0 a valores acima de 3.500 R$/MWh, embora com baixa
probabilidade de ocorrência desses valores elevados.

Figura 6-9: Curvas de Permanência dos CMOs 2019-2021 – R$/MWh

SE/CO
Curva de Permanência CMOs SE/CO
500,00
Sul
Curva de Permanência CMOs Sul

500,00
450,00 1º Quartil 3º Quartil
450,00 1º Quartil 3º Quartil Ano Média Máximo
Ano Média Máximo (25%) (75%)
(25%) (75%) 400,00
400,00 2019 58,20 4,31 52,25 3.781,81
2019 58,25 4,32 52,25 3.781,81
350,00 2020 55,81 11,88 67,72 2.768,90
350,00 2020 55,93 11,93 67,73 2.768,90
300,00 2021 70,39 20,71 77,95 2.917,02
300,00 2021 70,55 20,89 78,22 2.917,03

R$/MWh
250,00
R$/MWh

250,00
200,00
200,00
150,00
150,00
100,00
100,00
50,00
50,00
0,00
0,00
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100%
2019 2020 2021
2019 2020 2021

Nordeste
Curva de Permanência CMOs NE Norte
Curva de Permanência CMOs N
500,00 500,00

450,00 1º Quartil 3º Quartil 450,00 1º Quartil 3º Quartil


Ano Média Máximo Ano Média Máximo
(25%) (75%) (25%) (75%)
400,00 2019 27,45 2,97 35,88 2.016,38
400,00 2019 29,19 3,11 36,88 2.352,86
350,00 2020 44,17 10,40 60,23 1.501,81 350,00 2020 48,11 11,18 61,07 2.151,57
2021 57,20 19,59 70,55 1.862,55 2021 62,39 19,94 70,77 2.717,04
300,00 300,00
R$/MWh

R$/MWh

250,00 250,00

200,00 200,00

150,00 150,00

100,00 100,00

50,00 50,00

0,00 0,00
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100%
2019 2020 2021 2019 2020 2021

Observa-se que, em todo o horizonte, os CMOs médios anuais são inferiores aos
193,00 R$/MWh estimados pela EPE como Custo Marginal de Expansão – CME
para todos os subsistemas, a exceção do subsistema Amapá, conforme Nota
Técnica nº EPE-DEE-RE-010/2016-r0.

Com relação a este último subsistema, foram feitas análises adicionais que são
apresentadas no Volume I - Condições de Atendimento.

Os subsistemas Norte e Nordeste têm, em geral, CMOs inferiores aos demais


subsistemas, indicando a necessidade de se avaliar a viabilidade econômica de
ampliação da capacidade de exportação do Norte/Nordeste para o
Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 30 / 41
Também no Volume I - Condições de Atendimento, são apresentadas análises
energéticas adicionais referentes ao:

 Balanço estático de energia, sinalizando que no horizonte 2017/2021


existem sobras estruturais de energia. Contudo, os resultados indicam que
a hidroeletricidade terá uma participação no atendimento à carga da ordem
de 75%, o que indica que as demais fontes como eólicas e termoelétricas
terão um papel cada vez mais importante no atendimento ao mercado.

 Balanço Estático Complementar para o Subsistema Nordeste indicando a


não alocação, em todos os patamares de carga, de sua geração térmica
disponível a partir do ano de 2020, considerando-se restrição de vazão
mínima de 1.300 m³/s.

 Análise dos Excedentes de Geração da Região Norte, onde observa-se


que, em todas as estações chuvosas de 2017 a 2021, ocorre
congestionamento de energia, nos três patamares de carga. O
congestionamento tende a ser maior no patamar de carga leve, pois como
a carga é menor neste patamar consequentemente a energia excedente é
maior. Esses resultados ratificam as recomendações emanadas de
estudos anteriores de planejamento de médio prazo do ONS, no sentido
de antecipar as obras de escoamento em 500 kV da UHE Belo Monte.

 Indicadores de Segurança Energética – ISEN, onde a medida da


segurança do atendimento aos requisitos energéticos do SIN se traduz
pelo posicionamento do estoque de energia em relação a curvas de
requisitos de armazenamento definidas para condições hidroenergéticas
de segurança do atendimento, previamente fixadas.

Os ISEN podem se constituir em elementos de acompanhamento da


evolução dos armazenamentos de cada subsistema para cada estação
climática, permitindo a tomada de decisões que visam garantir o
atendimento ao mercado, segundo protocolos que deverão ser
previamente ajustados pelo Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico
– CMSE.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 31 / 41
7 Avaliações Energéticas Adicionais

7.1 Impactos das Usinas da Amazônia na Operação do SIN

Nos Planos da Operação recentes têm sido apontados os impactos da operação


das usinas da Amazônia, que apresentam, como características marcantes, a falta
de reservatórios de regularização e valores de produção elevados na estação
chuvosa e bastante reduzidos na estação seca.

Considerando-se que estas usinas são a fio d´água, a geração delas será
inflexível, ou seja, toda a geração disponível deverá ser despachada para os
centros de consumo, através de longos sistemas de transmissão, e/ou
armazenada nos demais reservatórios do SIN, desde que estes possam recolher
geração para absorver eventuais excedentes.

A Figura 7-1, a seguir, ilustra como poderá ser o impacto dessa geração na curva
de carga mensal projetada entre 2017 e 2021.

Figura 7-1: Alocação da Geração do Complexo Madeira e Belo Monte na Curva de Carga

84.000
Estação Estação Estação
82.000
Chuvosa Chuvosa Seca
80.000
Curva de Carga do SIN Estação
78.000 Estação
Estação Seca
Estação Seca
2.621
76.000 Seca
Chuvosa
Estação
74.000
Seca
72.000
16.190

70.000
MWmed

68.000
66.000 Geração
64.000 Madeira +
Belo Monte
62.000
ago/20 Maq. 18/18 BMonte (ago/20)
mai/17 Maq. 5/18 BMonte (abr/17 )

60.000
58.000
56.000
54.000
Curva de carga remanescente do SIN após Madeira e B. Monte
52.000
dez/17

abr/18

abr/20

abr/21
set/17

set/18

dez/18

abr/19

set/19

dez/19

set/20

dez/20

dez/21
set/21
jun/17
ago/17

jun/18
ago/18

jun/19
ago/19

jun/20

jun/21
ago/21
jul/17

jan/18

jul/18

jan/19

jul/19

jan/20

jul/20

jan/21

jul/21
mar/19

mar/20
nov/17

fev/18
mar/18

fev/19

mar/21
mai/18

nov/18

mai/19

nov/19

fev/20

mai/20

nov/20

fev/21

mai/21

nov/21
out/17

out/18

out/19

out/20

out/21

A parte superior da Figura 7-1, anterior, representa a curva de carga do SIN e a


parte inferior seria uma curva de carga remanescente, abatida da geração
esperada das usinas do Complexo Madeira e de Belo Monte, uma vez que estas
gerações serão inflexíveis, pela inexistência de reservatórios de acumulação,
como já comentado. Dessa forma, a expectativa é de que à medida que estas

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 32 / 41
usinas terminem de motorizar, haja um evidente deslocamento virtual dos meses
de maior consumo máximo do SIN, que ocorrem nas estações chuvosas e que
passariam a ser “percebidos” pelas demais usinas do SIN apenas nas estações
secas, permitido, dessa forma, que durante as estações chuvosas as usinas da
Amazônia possam contribuir para a recuperação dos reservatórios de
regularização, através de uma menor geração destes, deslocando o início do
período de deplecionamentos nas estações secas, desde que sejam viáveis estas
operações sob o ponto de vista da segurança do sistema elétrico e flexibilizadas
as restrições de cunho ambiental.

No entanto, caso as estações chuvosas das demais regiões permitam o


reenchimento dos principais reservatórios de regularização, poderá haver
situações de não alocação da geração das usinas da Amazônia na curva de carga
do SIN, principalmente no período de carga leve.

7.2 Impactos da Geração Eólica na Operação do SIN

No passado recente, a geração eólica tem se mostrado essencial para o


atendimento à carga do SIN, principalmente sob condições hidrológicas críticas,
conforme observado entre os anos de 2014 e 2016. No Nordeste, por exemplo, a
geração eólica já foi responsável pelo atendimento de 71% da carga em base
horária, e mais de 40% em base mensal.

A expressiva geração de energia eólica no Nordeste tem sido também responsável


pelo atendimento energético deste subsistema, possibilitando o replecionamento
de importantes reservatórios da região. Além dos benefícios citados, a rápida
expansão dessa fonte também tem trazido desafios para a operação em tempo
real, dentre os quais pode-se destacar: alta variabilidade, inclusive intermitências
em algumas plantas em intervalos curtos de tempo (rampas e rajadas) e difícil
previsibilidade, não só na etapa da programação diária (D-1) como durante a
operação em tempo real.

Com um crescimento expressivo, é fundamental que a geração eólica seja bem


caracterizada e representada no âmbito do planejamento da operação energética,
da programação mensal e da operação em tempo real. Destacando-se, ainda, a
existência dois perfis distintos e complementares de geração eólica no Nordeste:
interior (ex: Bahia) e litoral (ex: Rio Grande do Norte). Enquanto a geração das
usinas no interior é mais alta na carga leve e baixa nas cargas média e pesada,
no litoral a situação é oposta, havendo maior geração no período de carga média
e pesada, e menor no período de carga leve.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 33 / 41
A viabilização de projetos, em especial no interior da Bahia, vem modificando a
participação das usinas eólicas do litoral e interior na capacidade instalada eólica
do Nordeste. A capacidade instalada do litoral que correspondeu a 90% do total
em 2012, reduzirá para 42% a partir de 2020.

Este novo paradigma na operação do SIN traz, porém, desafios ligados


principalmente à intermitência/variabilidade dessa fonte. Atualmente, a
variabilidade da geração eólica vem sendo mitigada com a atuação dos sistemas
de Controle Automático de Geração (CAG) das usinas hidroelétricas da região
Sudeste/Centro-Oeste, uma vez que o CAG do Nordeste está desligado em função
da crise hídrica da bacia do rio São Francisco, que prioriza o uso da água do rio
para outros fins que não apenas de geração de energia elétrica. Tal fato permite
a manutenção da frequência nominal e da segurança operacional elétrica do SIN.
Todavia, é necessário estabelecer requisitos mínimos para controle dos parques
eólicos e critérios para a segurança operativa, especialmente no que diz respeito
à definição da reserva de potência operativa.

Ao passo que a operação das eólicas já está bem consolidada na matriz de energia
elétrica do SIN, a maior parte das usinas solares fotovoltaicas, provenientes dos
últimos Leilões de Reserva, entrarão em operação comercial durante os próximos
anos, num montante superior a 2 GW instalados, trazendo novos desafios
operativos e de previsibilidade nas diversas etapas da operação do SIN.

7.3 Análises de Sensibilidade à Carga

As análises de sensibilidade têm por objetivo avaliar o impacto nos índices de


desempenho do SIN ocasionado por uma eventual alteração nas premissas da
oferta ou da demanda de energia elétrica no horizonte de análise do planejamento
da operação.

Nesse contexto, destaca-se o Cenário de Sensibilidade à Carga, onde


considera-se uma antecipação de aproximadamente um ano no crescimento da
demanda de energia elétrica no período 2017/2021. A Figura 7-2, a seguir,
apresenta uma comparação entre a projeção de carga do SIN, com crescimento
médio de 3,6% no período 2017/2021, e o Cenário de Sensibilidade, que considera
um crescimento médio de 5,0% no mesmo período.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 34 / 41
Figura 7-2: Cenário de Sensibilidade à Carga - MWmed

82.000

Taxa de Crescimento 2017-20121 : 5,0% 79.659


80.000

Taxa de Crescimento 2017-20121 : 3,6%


78.000

75.702
76.000
76.402

74.000
72.773
73.145
72.000
MWmed

~ 1 ano de
70.000 69.417
70.588 antecipação

68.000
68.403
66.376
66.000
66.376

64.000

62.000

60.000
2017 2018 2019 2020 2021
Cenário de Referência Cenário de Sensibilidade à Carga

Os resultados detalhados estão apresentados no Volume I – Condições de


Atendimento e indicam que é possível atender uma carga com um crescimento
de até 5%, no período de 2017-2021, correspondendo a uma antecipação de
aproximadamente um ano em seu comportamento.

7.4 Balanço Estático de Demanda Máxima

A avaliação de atendimento à demanda máxima do SIN tem sido objeto recorrente


de aperfeiçoamentos metodológicos nas últimas edições do PEN, inclusive com
constantes interações com as equipes de planejamento da EPE, no sentido de
subsidiar as decisões com relação aos aspectos regulatórios e de investimentos
que terão que ser direcionados para a garantia de atendimento a esse requisito.

O objetivo desta avaliação é destacar pontos de atenção no atendimento à


demanda máxima do SIN, na eventual ocorrência de cenários críticos de
disponibilidade de potência nas usinas do SIN.

O Balanço Estático de Demanda Máxima do SIN, apresentado neste PEN 2017, é


uma avaliação de cunho estratégico e tem, como objetivo principal, identificar a
existência de potência disponível no SIN para o atendimento à sua demanda
máxima, no horizonte de maio de 2017 a dezembro de 2021. Nessas avaliações,

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 35 / 41
são considerados aspectos estruturais relevantes e é adotada a premissa de
priorização de alocação da reserva de potência no subsistema Sudeste/Centro-
Oeste, em aderência às práticas operativas atuais.

Esse balanço é denominado Estático por não considerar o acoplamento temporal


entre os meses, o que significa que não será feita a coordenação de recursos
hidroelétricos para atendimento à demanda máxima no período seguinte.

As disponibilidades de potência para as usinas hidroelétricas são obtidas


diretamente através de simulação com o Modelo de Simulação a Usinas
Individualizadas para Subsistemas Hidrotérmicos Interligados – SUISHI.

A potência disponível para as usinas hidroelétricas considera um cenário crítico,


sendo obtida a partir do percentil 5% da distribuição de probabilidades da variável
“Potência Disponível”, resultante de uma simulação hidrotérmica com o modelo
SUISHI. Para as UHEs do Nordeste foi considerada uma disponibilidade hidráulica
reduzida em 2017, considerando defluência máxima de 700 m³/s no rio São
Francisco.

A descrição da metodologia, demais premissas consideradas nessa avaliação e


resultados complementares são apresentados no Volume I – Condições de
Atendimento. Os dados utilizados são apresentados no Volume II – Relatório
Complementar.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 36 / 41
7.4.1 Resultados do Balanço de Demanda Máxima

Na Figura 7-3, a seguir, são apresentados, para o SIN, os montantes de


excedentes de disponibilidade de potência no horizonte considerado, incluindo os
requisitos de reserva de potência operativa.

Figura 7-3: Montantes de Disponibilidade de Potência no SIN, incluindo os requisitos de


reserva operativa

50.000
Mesmo havendo potência disponível
45.000
Utilização da reserva no subsistema Nordeste, a
40.000 operativa de potência para transferência para o
atendimento à carga Sudeste/Centro-Oeste fica limitada
35.000

30.000
MW

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0
mai-17
jul-17
set-17

jan-18

mai-18

jan-21

mai-21
jul-21
set-21
nov-17

mar-18

jul-18
set-18

jan-19

mai-19
jul-19
set-19

jan-20

mai-20
jul-20
set-20
nov-18

mar-19

nov-19

mar-20

nov-20

mar-21

nov-21
Déficit Sobra Reserva

Obs: Disponibilidade hidráulica reduzida nas UHEs do Nordeste em 2017, defluência máxima 700 m³/s no rio São Francisco

Ponto de atenção deve ser dado para o final de 2017 pois observa-se, do gráfico
anterior, que no último trimestre de 2017 existe uma expectativa de não existência de
sobras de potência no SIN.

Na Figura 7-4, a seguir, é apresentado o balanço de demanda máxima detalhados,


para o mês de novembro de 2017, onde foram verificadas no SIN as maiores
intensidades de déficit no atendimento à demanda.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 37 / 41
Figura 7-4: Balanço de Demanda Máxima – Novembro/2017

Nordeste
Carga (13.561) + Reserva (678) 14.239

Geração
Hidráulica (2.462) + PCH (54) 2.516
EXP. N: 0 RNE: 0
NORTE Térmica (4.634) + BIO (225) 4.859
NE
Norte Eólica (4.742) + Solar (224) 4.966

Carga (6.650) + Reserva (333) 6.983 Exportação p/ Imperatriz 0


Importação do Sudeste 0
Geração

Hidráulica (3.038) + PCH (87) 3.125 0


Térmica (2.954) + BIO (32) 2.986
FSENE: 0
Balanço -1.898
Eólica (0) + Solar (0) 0
Exportação p/ Imperatriz 0 Sudeste/Centro-Oeste
Carga (50.827) + Reserva (2.541) 53.368
Balanço -872 FSM: 2.837

Geração
Hidráulica* (42.298) + PCH (1.833) 44.131
Térmica (8.764) + BIO (2.962) 11.726
SE/CO Eólica (11) + Solar (0) 11
Carga do SIN 4.534 Intercâmbio c/ Imperatriz 0
92.152 Import. do Norte (Bipolo) 0
RSE: 3.514 Exportação p/ Sul 2.500
Itaipu Balanço 0
*Contempla UHE Itaipu e injeção em Gurupi e S. Mesa
6.014
Sul
RSUL: 2.500
Reserva Carga (16.726) + Reserva (836) 17.562
Balanço SIN
<
Geração
Hidráulica (11.301) + PCH (879) 12.180
Operativa
Térmica (916) + BIO (310) 1.226
SUL
-3.764 MW 4.388 MW Eólica (660) + Solar (2)
Importação do Sudeste
662
2.500
86% da reserva Balanço -994

Obs: A carga do SIN considera a reserva operativa (5%)

Na Figura 7-4, anterior, observa-se que em novembro de 2017 os subsistemas


Nordeste, Norte e Sul apresentam balanços negativos e no subsistema
Sudeste/Centro-Oeste não há sobras de potência. Entretanto, como não há
indicações de esgotamento da capacidade de troca de intercâmbios, a utilização de
86% da reserva operativa do SIN será suficiente para pleno atendimento a carga.

Esta situação poderá ocasionar uma degradação da “segurança elétrica” provida pelo
CAG e, neste caso, poderão ser necessárias ações operativas específicas que
possibilitem atendimento à demanda máxima dentro dos critérios exigidos.

O aumento da demanda máxima, sem uma adequada contrapartida da oferta de


geração, ocasiona redução das sobras ao longo do horizonte de estudo. Desta forma,
para o último trimestre de 2021 observa-se a expectativa de ocorrência de déficits,

Na Figura 7-5, a seguir, observa-se que mesmo havendo potência disponível no


subsistema Nordeste, não foi possível alocar a sobra de potência no subsistema
Sudeste/Centro-Oeste, em função da limitação na capacidade de transmissão no
trecho Nordeste/Serra da Mesa e limite da exportação do subsistema Nordeste. A
utilização de toda a reserva operativa ainda disponível reduziria, mas não
eliminaria o déficit, que atingiria o valor de 4.393 MW.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 38 / 41
Destaca-se que se não houvesse congestionamento no sistema de transmissão a
sobra de potência no Nordeste, 3.670 MW, junto com sua reserva operativa,
791 MW, poderiam eliminar por completo o déficit anteriormente citado, mas para
isto seriam necessários investimentos na ampliação da transmissão.

Figura 7-5: Balanço de Demanda Máxima – Novembro/2021

Intercâmbio no limite máximo Nordeste


Carga (15.810) + Reserva (791) 16.601
(4.500 MW)

Geração
Hidráulica (10.460) + PCH (60) 10.520
NORTE Térmica (5.950) + BIO (223) 6.173
NE
Norte Eólica (7.250) + Solar (827) 8.077
IMP. N: 3.500 EXP.NE: 3.500
Carga (7.982) + Reserva (399) 8.381 Exportação p/ Imperatriz 3.500
Exportação p/ Sudeste 1.000
Geração

Hidráulica (2.870) + PCH (91) 2.961 0


Térmica (2.980) + BIO (32) 3.012 1.203 FSENE: 1.000 Balanço 3.670
Eólica (109) + Solar (2) 111
Importação de Imperatriz 3.500 Sudeste/Centro-Oeste
Exportação p/ SE/CO (Bipolo) 1.203 Carga (57.532) + Reserva (2.877) 60.409
FSM: 4.088

Geração
Hidráulica* (43.117) + PCH (2.025) 45.142
Balanço 0
Térmica (8.797) + BIO (3.030) 11.827
SE/CO Eólica (11) + Solar (0) 11
Carga do SIN 4.012 Exportação p/ Imp. +NE 1.000
105.278 Import. do Norte (Bipolo) 1.203
RSE: 3.611 Exportação p/ Sul 2.200
Balanço Itaipu Balanço -3.426
Norte + Sul + SE/CO *Contempla UHE Itaipu e injeção em Gurupi e S. Mesa
5.811
-8.616 MW Sul
RSUL: 2.200
Carga (18.941) + Reserva (947) 19.888
100% da reserva + déficit de 4.393 MW
Geração

Hidráulica (9.110) + PCH (1.001) 10.111


As restrições de escoamento do SUL Térmica (1.398) + BIO (310) 1.708
Eólica (677) + Solar (2) 679
Nordeste impedem a transferência de Importação do Sudeste 2.200
potência para o Sul e SE/CO Balanço -5.190

Obs: A carga do SIN considera a reserva operativa (5%)

Como sensibilidades deste estudo foram avaliadas, com mais detalhes, as


condições de atendimento no final de 2017 e de 2021, envolvendo a continuidade
de cenário crítico de afluências no Nordeste ou a disponibilização de oferta térmica
adicional através da UTE Novo Tempo em 2021, no subsistema Sudeste/Centro-
Oeste. As avaliações poderão ser consultadas no item 9.9 do Volume I –
Condições de Atendimento, e mostram que no caso da ocorrência de um cenário
crítico no Nordeste em 2021 há um aumento significativo no déficit de potência do
SIN. Por outro lado, a oferta adicional da UTE Novo Tempo, neste ano, não elimina
o déficit de potência, porém contribui para sua redução.

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 39 / 41
Lista de figuras e tabelas

Figuras

Figura 2-1: Sistemática Básica dos Estudos de Planejamento da


Operação 8

Figura 5-1: Projeção de Carga Anual (MWmed) 15

Figura 5-2: Evolução da Capacidade Instalada Total do SIN (MW) 17

Figura 5-3: Atraso na Matriz de Energia Elétrica Contratada do SIN


(MW) 17

Figura 5-4: Potência Atrasada por Fonte – Obras em Construção e


Não Iniciadas 18

Figura 5-5: Distribuição dos Custos Variáveis Unitários por Fonte


[R$/MWh] 19

Figura 5-6: Custo X Disponibilidade de Geração Térmica do SIN 19

Figura 5-7: Configuração Eletroenergética para o PEN 2017 20

Figura 6-1: Evolução dos Armazenamentos do Sudeste/Centro-


Oeste 22

Figura 6-2: Evolução dos Armazenamentos do Nordeste 23

Figura 6-3: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de


Nov/2017 – SE/CO 24

Figura 6-4: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de


Nov/2017 – Nordeste 25

Figura 6-5: Energia Armazenada Final - 2.000 séries sintéticas -


Sudeste/Centro-Oeste 26

Figura 6-6: Energia Armazenada Final - 2.000 séries sintéticas –


Nordeste 27

Figura 6-7: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de


Abril/2018 – SE/CO 28

Figura 6-8: Curva de Permanência do Armazenamento no Final de


Abril/2018 – Nordeste 28

ONS RE-3-0108/2017 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2017/2021 PEN 2017 – SUMÁRIO EXECUTIVO 40 / 41
Figura 6-9: Curvas de Permanência dos CMOs 2019-2021 –
R$/MWh 30

Figura 7-1: Alocação da Geração do Complexo Madeira e Belo


Monte na Curva de Carga 32

Figura 7-2: Cenário de Sensibilidade à Carga - MWmed 35

Figura 7-3: Montantes de Disponibilidade de Potência no SIN,


incluindo os requisitos de reserva operativa 37

Figura 7-4: Balanço de Demanda Máxima – Novembro/2017 38

Figura 7-5: Balanço de Demanda Máxima – Novembro/2021 39

Tabelas

Tabela 5-1: Resumo da Evolução da Matriz de Energia Elétrica (MW)


- 31/dez 16

Tabela 6-1: Riscos de Déficit de Energia (%) – Avaliação


Estrutural 29

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