ALICE BAILEY foi a pessoa escolhida para fundar a Escola Arcana. Nasceu em 1880 em Manchester, Inglaterra, sob o signo dos Gémeos e foi uma jovem da alta sociedade aí por volta de 1900. Ela era uma pessoa completamente diferente daquilo em que se tornou depois. Era uma Evangelista convicta, era uma trabalhadora social, cristã, ortodoxa e estudava a Bíblia. Ela sabia a Bíblia de cor de uma ponta à outra com os seus comentários. Enfim, era realmente uma pessoa dentro da sua religião em Inglaterra, naquela altura. Ela desposou Walter Evans e encontrou-se como esposa de um pastor protestante de Igreja Episcopal na Califórnia, com três filhos. Viveu e trabalhou na Inglaterra, na Europa, na Ásia e na América. Tornou-se estudante de ocultismo, escreveu vários livros sob orientação dos Mestres e tornou-se directora de uma escola esotérica A Escola Arcana, além de organizar o Movimento Internacional para a Boa Vontade -este movimento tinha Centros em 19 países em 1939. Isto foi um resumo tirado do livro “Autobiografia inacabada” que ela não chegou a terminar. Diz ela que só aos 35 anos descobriu que tinha 1 mental. Como sabem nós temos vários corpos e um deles é o Corpo Mental que é aquele que está agora a ter em nós um certo desenvolvimento. E ela só aos 35 anos é que descobriu que tinha 1 mental, e descobriu até bastante cedo porque há pessoas que nem aos 35 anos conseguem descobrir que têm um mental, e que podia utilizá-lo: Até aí tinha sido um feixe de emoções e sentimentos. Até 1908 foi uma menina rica. Antes dos 15 fez três tentativas de suicídio que, é claro não resultaram. Em 30 de Junho de 1895, tinha então 15 anos de idade, deu-se o primeiro contacto com um dos Mestres da Sabedoria: Contacto físico e real. Encontrava-se em casa num domingo e apareceu-lhe um homem alto, vestido à europeia mas com um turbante na cabeça. Começou a falar e confiou-lhe que estava previsto que ela desempenharia uma tarefa importante desde que fizesse um esforço e adquirisse um certo domínio de si mesma. Claro que a princípio ficou assustada e nada fez, julgando ter sonhado, mas começou a tentar corrigir-se. Só em em 1915, vinte anos mais tarde, descobriu quem ele era – O Mestre Kuthumi, o mestre que está muito próximo de Cristo e sobre o mesmo raio – o do Amor. Um dos grandes benefícios trazidos ao mundo através dos ensinamentos psicogravados por Alice Bailey foi a certeza da existência de Cristo e dos mestres que são seus directos discípulos. Na maioria das religiões e doutrinas espalhadas pelo mundo, Cristo e Deus são seres imaginários e imaginados que cada um vê a seu próprio modo e segundo a sua própria imaginação. Contudo Alice Bailey dá-nos a descrição da sua existência real, alguns deles ainda em seus corpos físicos, outros apenas módulos brilhantes de Luz, mas diz-nos mesmo onde habitam ainda alguns deles. E dos seus ensinamentos nós ficamos com a convicção profunda de que somos também Cristos, em evolução, ainda sem termos atingido a grandeza de um Jesus, ou de um Kuthumi. Mas de qualquer maneira, possuindo todas as potencialidades que fizeram deles Mestres da Sabedoria, e com todas as probabilidades de virmos a ser num futuro mais ou menos longínquo, tão grandes como eles e ainda maiores. É isto que eu acho maravilhoso na doutrina da Escola Arcana, que sendo idêntica a tantas outras na grande maioria dos seus tópicos, é no entanto mais acessível, mais real, porque não deixa nada no indeciso, antes nos faz viver lado a lado com os grandes seres, numa perfeita identidade com eles, sofrendo e evoluindo como eles. Sentimo-nos como na Escola, em que somos os alunos mas sabemos que os mestres estão lá junto de nós para nos ajudar e nos amparar. Apesar do maior esforço ter de ser feito por nós, sabemos que não estamos sós. Podemos imaginá-los em carne e osso como nós, nas suas casas, meditando e sofrendo pelo estado do mundo e tentando auxiliar-nos dentro das suas possibilidades. Continuando o resumo da vida de Alice Bailey, tornou-se Evangelista na Armada Britânica e passou algum tempo na Irlanda, evangelizando os soldados. Isto com 22 anos. Nessa altura foi enviada para a Índia para substituir uma colega que ficara doente. Durante algum tempo percorreu a Índia trabalhando em vários Centros para soldados. O seu principal trabalho consistia em ler e explicar trechos da Bíblia, além de tomar conta de cantinas e outros divertimentos salutares para combatentes, tais como tocar piano, cantar, jogar damas e outros jogos de salão, etc. Trata também de doentes e assiste a moribundos. Nessa altura ela mesmo diz que acreditava firmemente (aliás era o que pessoas de bom tom acreditavam), que: “Ninguém tinha a possibilidade de ser salvo e ir para o céu a menos que acreditasse que Jesus morreu pelos nossos pecados, a fim de apaziguar um Deus colérico; ou que se convertesse, o que significava confessar os pecados e abandonar tudo o que se gostava de fazer. Não devia mais beber, nem jogar às cartas nem praguejar, nem ir ao teatro e naturalmente não ter mais relações sexuais. Se não se quisesse modificar assim a vida, ia-se inevitavelmente para o inferno após a morte, onde se sofre para sempre das queimaduras de enxofre e fogo infernal” – (tradução literal do francês). Isto era aquilo em que ela acreditava vivamente e ela acentua isto porque realmente depois que começou a estudar, a ter contactos com o Mestre tibetano, isto tudo se modificou. Porém, a pouco e pouco, as dúvidas foram penetrando no seu espírito e a sua atitude espiritual foi-se modificando gradualmente. Em 1915 – numa noite em Lucknow, novamente o Mestre entrou em contacto com ela, mas desta vez só sob o aspecto de um largo raio de luz brilhante e da voz do Mestre, que disse que não se perturbasse, que era observada e orientada e que tudo o que fazia, embora lhe parecesse errado, estava previsto e que seguisse o caminho normal. Não a ajudou a sair dos problemas com que se debatia nessa altura porque os Mestres nunca dizem a um discipulo o que devem fazer ou onde devem ir. Um Mestre é um executante ocupado e o seu trabalho é o de dirigir o mundo. Eles nunca perdem tempo junto de gente medíocre cuja influencia é nula e o poder de servir ainda não está desenvolvido. Nós aprendemos a tornarmo-nos Mestres, dominando os nossos próprios problemas, rectificando os nossos erros, tomando sobre os nossos ombros alguns dos fardos da humanidade e esquecendo-nos de nós mesmos. Alice Bailey (1907) apaixonou-se por um soldado de cavalaria e isso ainda lhe criou mais problemas pois naquela época uma menina da alta sociedade inglesa não podia e não devia casar fora da sua classe. Assim o seu futuro marido Walter Evans, foi para os Estados Unidos a fim de se tornar pastor da Escola Episcopal e assim poder casar com ela. Casou-se então com Walter Evans e nos Estados Unidos foram sete anos duros e trágicos em que conheceu os trabalhos caseiros e as vicissitudes de uma mulher pobre e com fracos recursos. Diz ela que estes períodos de miséria moral e física em que cada um se confronta com situações difíceis e inesperadas se encontram na vida de todos os discípulos e mobilizam até ao último átomo as reacções emocionais de que cada um é capaz. São introduzidas nas nossas vidas pela alma com pleno conhecimento dela, pois só assim se adquire uma maior capacidade de responder às necessidades humanas e de ser uma mão sólida estendida na obscuridade aos outros companheiros de peregrinação. Foi para Cincinatti, no Ohio, onde o marido ainda era estudante de teologia no seminário. Fez vários cursos com ele e acompanhou-o sempre mas depressa verificou que não havia identidade nenhuma entre eles, sob os mais diferentes aspectos, e o casamento foi um fracasso absoluto. O comportamento do marido tornou-se tão brutal, com sovas diárias, espancamentos e maus tratos de toda a espécie que foi obrigada a separar-se dele, e empregou-se numa fábrica de conservas de sardinha para não deixar as três filhas morrerem à fome. Foi nessa altura, aos 35 anos ,que um novo ciclo de vida espiritual se iniciou para ela. Aqui não temos nada a ver com a Escola Arcana. Apenas temos um contacto com o Mestre aos quinze anos que ela quase já tinha esquecido. Vivia em Pacific Grouve nessa altura e lá encontrou duas Senhoras inglesas que a tomaram ao seu cuidado e a ensinaram. Começou a estudar com ardor novo, aproveitava as horas de tal maneira que pôde aprender muita coisa em pouco tempo. Leu a Doutrina Secreta de Madame Biavatski com bastante dificuldade a principio pois é bastante complicada para se compreender logo à primeira leitura e conheceu duas discipulas pessoais de Helena Biavatski que a instruíram nos meandros da doutrina Teosófica. Descobriu então três aspectos que a orientaram na sua vida espiritual, e como acho que são muito importantes e resumem a base da teoria ensinada pela Escola Arcana, vou aqui resumi-los. 1º -Descobriu que há um grande plano Divino e que o nosso Universo não é um encontro casual de átomos mas sim a manifestação de um grande Desígnio ou Arquétipo. As raças aparecem no nosso planeta e desaparecem e cada civilização e cada cultura contribuem para o avanço da Humanidade no caminho de retorno a Deus. 2º -Descobriu também a existência real daqueles que são responsáveis pela realização desse plano e que têm guiado a humanidade através dos séculos – a hierarquia dos Mestres. Descobriu que o ensinamento respeitante ao Plano era igual no Ocidente e no Oriente, antes e depois da vinda de Cristo e que Este era o chefe da hierarquia espiritual, o Mestre de todos os Mestres e o primeiro Instrutor dos Homens e dos Anjos. Todos os Mestres da Sabedoria são seus alunos, assim como nós somos alunos de qualquer Mestre. Verificou que Ele, o Cristo, era verdadeiramente o Filho de Deus. O primeiro de uma grande família de irmãos e a prova da nossa própria divindade. 3º -Foi a crença na lei do renascimento ou da reencarnação e na lei de causa e efeito ou do Carma. Para mim isto que Alice Bailey descobriu é do mais importante, pois através disso a grande maioria das dúvidas desaparecem e encontra-se explicação para os mais diversos problemas. Continuando a história de Alice Bailey: Acabou por se divorciar do seu primeiro marido e casou em 1919 com um colega de estudos de Teosofia, Foster Bailey, um advogado que abandonou a prática da advogacia e os seus clientes para se dedicar completamente à mulher e à sua obra. Por essa altura ela já abandonara o seu emprego na fábrica de conservas e mudara-se para Holywood, que não era nessa altura ainda o mundo super sofisticado do cinema e do exibicionismo. Aí dedica-se à Sociedade Teosófica e aos seus ensinamentos. Só em 1918 ela descobriu quem era o personagem que a visitara em Inglaterra, num Domingo de manhã quando tinha apenas quinze anos. O Mestre Kuthumi. E foi em Novembro de 1919 que teve o primeiro contacto com o Mestre Tibetano -Djual Kool. Este, por indicação do Mestre Kuthumi, pediu-lhe que colaborasse numa obra importante e necessária para a evolução do mundo e dos homens; que escrevesse alguns livros para o público ler e aprender…. Durante algumas semanas negou-se terminantemente pois temia os fenómenos psíquicos e não queria perder nem mudar a sua personalidade, colaborando numa obra que não compreendia. Contudo o Tibetano insistiu e o Mestre Kuthumi garantiu-lhe que da sua colaboração não lhe advinha nenhum perigo para a sua sanidade mental nem psíquica e que continuava a ser discípula do ashram do Mestre Kuthumi e não do do Tibetano. Depois irão compreender melhor qual é a diferença pois cada um destes Mestres funciona como um determinado raio. Eles ajudam-se mutuamente mas cada raio tem o seu Mestre. As primeiras manifestações que ela teve foi de Koot Hooni: Ela pertencia ao 2º raio. O Mestre dela era o koot Hooni. Foi sempre discípula de Koot Hooni.Com o Tibetano só colaborou na escrita dos livros. Resolveu-se a colaborar, digamos,à experiência, e durante o primeiro mês de ensaio escreveu o primeiro livro- Iniciação Humana e Solar.Depois continuou a sua colaboração consciente, atenta, positiva, sem nada de automático ou negativo. Muitas vezes não compreendia o significado do que escrevia mas a sua intuição dizia-lhe que tudo estava certo. E por mais de uma vez ela escreveu que nunca mudou nadado que o Tibetano lhe deu. Se o tivesse feito ele não teria ditado mais nada. e quando as pessoas que lêem os seus livros dizem que são incompreensíveis porque ela não aprendeu bem o sentido transmitido, ela responde que são os assuntos que são um pouco avançados para a actual mentalidade do homem de hoje e não que tenha havido qualquer confusão da parte dela. Ao principio a transmissão era feita por clarividência, palavra a palavra. Depois descobriu que se concentrasse bem e intensamente conseguia apanhar e escrever as ideias do Mestre pois era dotada de qualidades telepáticas superiores em alto grau. E assim O Mestre transmitia para o Mental dela as ideias que queria ver transpostas para o papel Os Instrutores mundiais acham que os livros do Tibetano são muito importantes pois introduzem o novo ensinamento para a nova época do Aquário que se aproxima e que trará consigo grandes mudanças e transformações como por exemplo o aparecimento da nova sub-raça a 6ª. Em 1920 após a Assembleia Geral em Chigaco em que se apercebeu que a sociedade Teosófica era demasiado intolerante e reaccionária para os seus gostos democráticos, pediu a sua demissão do Centro Teosófico de Croton e começou a organizar a sua própria escola, que agora é conhecida por Escola Arcana. Após a demissão do Centro Teosófico, Foster Bailey conseguiu arranjar um emprego em Nova Iorque e, com ele , toda a família se mudou para o leste , nesse ano de 1920. começou então um novo período também muito activo, mas com novas direcções. Além de continuar a escrever os livros do Tibetano, organizava conferências, dava lições e respondia a milhares de cartas que de toda a parte dos Estados Unidos lhe chegavam diariamente. Uma das coisas que Alice Bailey gostava de contar era que para alguém conseguir atingir um certo grau de realização espiritual era necessário um grande sacrifício pessoal e dava como exemplo a sua própria experiência, em que tinha aprendido a passar a ferro a roupa das filhas, ao mesmo tempo que estudava um livro sobre assuntos espirituais ocultos, sem queimar os vestidos. E também que qualquer pessoa podia orientar o pensamento e aprender a concentrar-se ao mesmo tempo que descascava batatas, ou tirava os fios aos feijões, pois foi sempre uma preocupação grande da sua parte não negligenciar o seu trabalho caseiro e familiar em favor de impulsos espirituais. Isto tem muita importância para todos nós pois se o nosso carma nos obriga a viver no mundo, nós temos de cumprir as nossas obrigações diárias, embora isso não impeça que cuidemos do nosso espírito e do nosso mental. Uma coisa não invalida a outra. É interessante assinalar que o nome da Escola Arcana foi-lhe dado em homenagem a Helena Blavatsky que antes de morrer manifestava o seu desejo de que a secção Esotérica fosse assim chamada. Esta foi organizada e começou a funcionar em Abril de 1923. Desde essa época milhares de alunos passaram pela Escola e ela tem representantes em quase todos os Países do Mundo, com poucas excepções. É uma Escola por correspondência e vive à base da Boa Vontade e da ajuda desinteressada dos secretários que são alunos e estudantes avançados que ajudam a instruir outros estudantes. A Escola Arcana é apolítica e de pensamento profundamente internacional. O serviço é a sua nota chave. Os seus membros podem trabalhar em qualquer seita ou partido político, desde que se lembrem que todos os caminhos levam a Deus e que o bem da Humanidade governa e orienta todos os pensamentos. Acima de tudo é uma escola onde se ensina ao estudante que a Alma dos homens é una. É também uma escola em que a fé na Hierarquia do nosso planeta é ensinada cientificamente, não como doutrina, mas como reino da Natureza, o 5º reino, e que pode ser comprovado. Apenas ensina a obediência à própria da Alma do estudante e não a algum membro da Escola ou algum outro ser humano. À medida que a voz da Alma própria se torna mais familiar, o estudante pode finalmente fazer parte dos membros do Reino de Deus e ser conduzido face a face perante o Cristo. Para a Escola Arcana o mundo deverá ser salvo por aqueles que têm ao mesmo tempo a inteligência e o Amor. Só a aspiração e as boas intenções não são suficientes. Diz Alice Bailey que foi chamada para iniciar uma parte do trabalho que inaugurará a Idade Nova e a futura civilização, particularmente sob o ponto de vista espiritual. Mas não foi só ela a chamada, pois considera a Escola Arcana como um dos numerosos grupos por intermédio dos quais, os Mestres da Sabedoria trabalham. Há várias escolas, vários grupos, com uma mesma intenção e todos eles são válidos, embora responsáveis por outros projectos e sob a orientação de outros Mestres. Alice Baeley morreu em 15 de Dezembro de 1949. Hoje sabe-se que o Mestre Tibetano, um dos Mestres de Sabedoria, conhecido pelos seus associados pelo nome de Mestre DJWHAL KHUL, foi incumbido superiormente de oferecer um ensinamento necessário para guiar os discípulos dos grandes Seres, devido à sua especialização e profundos conhecimentos de filosofia oculta e leis cósmicas. Assim, foi ele que trabalhando com Helena Blawatsky transmitiu ao mundo a Doutrina Secreta e mais tarde através de Alice Bailey conseguiu que fossem escritos numerosos livros de orientação científica esotérica, extremamente necessários para ajudar a humanidade neste período de transição que marca a passagem da época dos Peixes para a época do Aquário. Antigamente só raros discípulos poderiam aspirar à evolução superior e isto só se fazia no silêncio e retiro dos conventos e mosteiros, sob o mais restrito sigilo e passando oralmente de Mestre a discípulo. Hoje em dia e à medida que se vai aproximando a época de materialização da Hierarquia e da nova vinda de Cristo, a todos ou quase todos se torna acessível a evolução, o serviço e o estudo dos problemas esotéricos e espirituais. Para tal muito contribuíram as numerosas escolas filosóficas que por toda a parte têm aparecido e proliferado. A obra transmitida pelo Mestre Tibetano através de Alice Bailey divide-se em três partes: 1º – Os livros que ele escreveu e que foram numerosos. Uns totalmente da autoria do Mestre, outros da autoria da própria Alice Bailey e ainda alguns com a colaboração dos dois como foi “A Luz da Alma” que são comentários sobre os Sutras de Patangali feitos por Alice Bailey sob a supervisão do Mestre. Acho este livro maravilhoso e com ensinamentos preciosos. A segunda parte diz respeito à criação da própria Escola Arcana. O Mestre desejava a criação de uma escola que respeitasse a liberdade dos seus membros, que não os ligasse por qualquer juramento ou compromisso e que, ao distribuir- lhes um ensino esotérico, meditações e estudo, os deixasse contudo livres de proceder aos seus próprios ajustamentos e de interpretar a Verdade à sua própria maneira. A escola dar- lhes-ia as verdades esotéricas mais profundas mas a capacidade de as interpretar e aceitar variaria conforme o grau evolutivo de cada um, sem que isso constituísse entrave à sua filiação na escola. Esta Escola nestes termos funcionaria contudo sob orientação de um discípulo e nunca sob a do Mestre que para isso não seria responsabilizado, para que depois não dissessem: “o Mestre disse”, “o Mestre mandou”, etc., submetendo assim à autoridade do Mestre todos os abusos e todos os desmandos de que normalmente os orientadores de certas escolas se servem para garantir o comando destas. Assim não é exigida obediência à Escola Arcana nem é pedida obediência ao Mestre pois não há nenhum Mestre a dirigir a Escola. Apenas o único Mestre de cada um, a que cada um deve obedecer é à sua própria Alma, desde que se consiga entrar em contacto com Ela. O estudante é livre de aceitar ou rejeitar a existência dos Mestres, da Hierarquia, da Reencarnação ou da Alma. Não lhe é pedido que permaneça fiel à Escola ou a Alice Bailey. Pode fazer parte de qualquer outro grupo esotérico, metafísico ou ortodoxo ou de qualquer Igreja. Apenas lhe é pedido que considere as suas actividades como campo de Serviço para onde pode trazer a experiência espiritual que adquiriu no seu trabalho na Escola. A terceira parte respeita à constituição do Novo Grupo de Servidores do Mundo.- Este grupo representa uma exteriorização do trabalho da Hierarquia e é constituído por centenas de milhares de todos aqueles que sentem inclinação espiritual e estão animados de Amor profundo pela humanidade. Não têm nada a ver com a Escola em si, se bem que todos os membros da Escola também façam parte deste grupo. É um grupo universal e qualquer um que preencha aqueles requisitos: Anseio Espiritual e Amor pelo Próximo, faz parte dele, mesmo não o sabendo. Todos nós aqui no grupo fazemos parte dele. São todos inspirados pela Hierarquia e realizam, conscientemente ou não, o trabalho de agentes dos Mestres. Formam um grupo estreitamente unido no plano interior pelo Amor e intenção espiritual. Podem ser ocultistas, místicos, pertencendo a religiões tradicionais ou mesmo não ter nenhuma filiação religiosa. Mas todos têm um sentido de responsabilidade pelo bem estar dos outros e todos se consagram a ajudar o próximo. Este grupo constitui o Salvador do Mundo, e será através dele que virá a nova Era. O plano para a nova Época é simplesmente maravilhoso e os grupos que a pouco e pouco se formarão para instituir na Terra a nova Era de Paz e Compreensão, apanágio da Era do Aquário, serão preenchidos por seres evoluídos que a pouco e pouco e seguindo as suas propensões e directrizes de Raio, irão tomando os seus lugares neste plano formidável que é a evolução do Logos e dos reinos da NATUREZA