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Escola Arcana – Alice Bailey

Publicado a 11 de Dezembro de 2008 por admin


ALICE BAILEY foi a pessoa escolhida para fundar a Escola
Arcana.
Nasceu em 1880 em Manchester, Inglaterra, sob o signo dos
Gémeos e foi uma jovem da alta sociedade aí por volta de
1900. Ela era uma pessoa completamente diferente daquilo
em que se tornou depois. Era uma Evangelista convicta, era
uma trabalhadora social, cristã, ortodoxa e estudava a Bíblia.
Ela sabia a Bíblia de cor de uma ponta à outra com os seus
comentários. Enfim, era realmente uma pessoa dentro da sua
religião em Inglaterra, naquela altura.
Ela desposou Walter Evans e encontrou-se como esposa de um
pastor protestante de Igreja Episcopal na Califórnia, com três
filhos. Viveu e trabalhou na Inglaterra, na Europa, na Ásia e na
América. Tornou-se estudante de ocultismo, escreveu vários
livros sob orientação dos Mestres e tornou-se directora de uma
escola esotérica A Escola Arcana, além de organizar o
Movimento Internacional para a Boa Vontade -este
movimento tinha Centros em 19 países em 1939.
Isto foi um resumo tirado do livro “Autobiografia inacabada”
que ela não chegou a terminar.
Diz ela que só aos 35 anos descobriu que tinha 1 mental.
Como sabem nós temos vários corpos e um deles é o Corpo
Mental que é aquele que está agora a ter em nós um certo
desenvolvimento. E ela só aos 35 anos é que descobriu que
tinha 1 mental, e descobriu até bastante cedo porque há
pessoas que nem aos 35 anos conseguem descobrir que têm
um mental, e que podia utilizá-lo: Até aí tinha sido um feixe de
emoções e sentimentos.
Até 1908 foi uma menina rica. Antes dos 15 fez três tentativas
de suicídio que, é claro não resultaram.
Em 30 de Junho de 1895, tinha então 15 anos de idade, deu-se
o primeiro contacto com um dos Mestres da Sabedoria:
Contacto físico e real.
Encontrava-se em casa num domingo e apareceu-lhe um
homem alto, vestido à europeia mas com um turbante na
cabeça. Começou a falar e confiou-lhe que estava previsto
que ela desempenharia uma tarefa importante desde que
fizesse um esforço e adquirisse um certo domínio de si mesma.
Claro que a princípio ficou assustada e nada fez, julgando ter
sonhado, mas começou a tentar corrigir-se. Só em em 1915,
vinte anos mais tarde, descobriu quem ele era – O Mestre
Kuthumi, o mestre que está muito próximo de Cristo e sobre o
mesmo raio – o do Amor.
Um dos grandes benefícios trazidos ao mundo através dos
ensinamentos psicogravados por Alice Bailey foi a certeza da
existência de Cristo e dos mestres que são seus directos
discípulos.
Na maioria das religiões e doutrinas espalhadas pelo mundo,
Cristo e Deus são seres imaginários e imaginados que cada um
vê a seu próprio modo e segundo a sua própria imaginação.
Contudo Alice Bailey dá-nos a descrição da sua existência
real, alguns deles ainda em seus corpos físicos, outros apenas
módulos brilhantes de Luz, mas diz-nos mesmo onde habitam
ainda alguns deles.
E dos seus ensinamentos nós ficamos com a convicção
profunda de que somos também Cristos, em evolução, ainda
sem termos atingido a grandeza de um Jesus, ou de um
Kuthumi. Mas de qualquer maneira, possuindo todas as
potencialidades que fizeram deles Mestres da Sabedoria, e
com todas as probabilidades de virmos a ser num futuro mais
ou menos longínquo, tão grandes como eles e ainda maiores.
É isto que eu acho maravilhoso na doutrina da Escola Arcana,
que sendo idêntica a tantas outras na grande maioria dos seus
tópicos, é no entanto mais acessível, mais real, porque não
deixa nada no indeciso, antes nos faz viver lado a lado com os
grandes seres, numa perfeita identidade com eles, sofrendo e
evoluindo como eles.
Sentimo-nos como na Escola, em que somos os alunos mas
sabemos que os mestres estão lá junto de nós para nos ajudar
e nos amparar. Apesar do maior esforço ter de ser feito por nós,
sabemos que não estamos sós. Podemos imaginá-los em carne
e osso como nós, nas suas casas, meditando e sofrendo pelo
estado do mundo e tentando auxiliar-nos dentro das suas
possibilidades.
Continuando o resumo da vida de Alice Bailey, tornou-se
Evangelista na Armada Britânica e passou algum tempo na
Irlanda, evangelizando os soldados. Isto com 22 anos.
Nessa altura foi enviada para a Índia para substituir uma
colega que ficara doente. Durante algum tempo percorreu a
Índia trabalhando em vários Centros para soldados. O seu
principal trabalho consistia em ler e explicar trechos da Bíblia,
além de tomar conta de cantinas e outros divertimentos
salutares para combatentes, tais como tocar piano, cantar,
jogar damas e outros jogos de salão, etc. Trata também de
doentes e assiste a moribundos.
Nessa altura ela mesmo diz que acreditava firmemente (aliás
era o que pessoas de bom tom acreditavam), que:
“Ninguém tinha a possibilidade de ser salvo e ir para o céu a
menos que acreditasse que Jesus morreu pelos nossos
pecados, a fim de apaziguar um Deus colérico; ou que se
convertesse, o que significava confessar os pecados e
abandonar tudo o que se gostava de fazer. Não devia mais
beber, nem jogar às cartas nem praguejar, nem ir ao teatro e
naturalmente não ter mais relações sexuais.
Se não se quisesse modificar assim a vida, ia-se inevitavelmente
para o inferno após a morte, onde se sofre para sempre das
queimaduras de enxofre e fogo infernal” – (tradução literal do
francês).
Isto era aquilo em que ela acreditava vivamente e ela
acentua isto porque realmente depois que começou a
estudar, a ter contactos com o Mestre tibetano, isto tudo se
modificou.
Porém, a pouco e pouco, as dúvidas foram penetrando no seu
espírito e a sua atitude espiritual foi-se modificando
gradualmente.
Em 1915 – numa noite em Lucknow, novamente o Mestre
entrou em contacto com ela, mas desta vez só sob o aspecto
de um largo raio de luz brilhante e da voz do Mestre, que disse
que não se perturbasse, que era observada e orientada e que
tudo o que fazia, embora lhe parecesse errado, estava previsto
e que seguisse o caminho normal. Não a ajudou a sair dos
problemas com que se debatia nessa altura porque os Mestres
nunca dizem a um discipulo o que devem fazer ou onde
devem ir. Um Mestre é um executante ocupado e o seu
trabalho é o de dirigir o mundo.
Eles nunca perdem tempo junto de gente medíocre cuja
influencia é nula e o poder de servir ainda não está
desenvolvido.
Nós aprendemos a tornarmo-nos Mestres, dominando os
nossos próprios problemas, rectificando os nossos erros,
tomando sobre os nossos ombros alguns dos fardos da
humanidade e esquecendo-nos de nós mesmos.
Alice Bailey (1907) apaixonou-se por um soldado de cavalaria
e isso ainda lhe criou mais problemas pois naquela época uma
menina da alta sociedade inglesa não podia e não devia
casar fora da sua classe. Assim o seu futuro marido Walter
Evans, foi para os Estados Unidos a fim de se tornar pastor da
Escola Episcopal e assim poder casar com ela.
Casou-se então com Walter Evans e nos Estados Unidos foram
sete anos duros e trágicos em que conheceu os trabalhos
caseiros e as vicissitudes de uma mulher pobre e com fracos
recursos.
Diz ela que estes períodos de miséria moral e física em que
cada um se confronta com situações difíceis e inesperadas se
encontram na vida de todos os discípulos e mobilizam até ao
último átomo as reacções emocionais de que cada um é
capaz. São introduzidas nas nossas vidas pela alma com pleno
conhecimento dela, pois só assim se adquire uma maior
capacidade de responder às necessidades humanas e de ser
uma mão sólida estendida na obscuridade aos outros
companheiros de peregrinação.
Foi para Cincinatti, no Ohio, onde o marido ainda era
estudante de teologia no seminário. Fez vários cursos com ele
e acompanhou-o sempre mas depressa verificou que não
havia identidade nenhuma entre eles, sob os mais diferentes
aspectos, e o casamento foi um fracasso absoluto.
O comportamento do marido tornou-se tão brutal, com sovas
diárias, espancamentos e maus tratos de toda a espécie que
foi obrigada a separar-se dele, e empregou-se numa fábrica
de conservas de sardinha para não deixar as três filhas
morrerem à fome.
Foi nessa altura, aos 35 anos ,que um novo ciclo de vida
espiritual se iniciou para ela.
Aqui não temos nada a ver com a Escola Arcana. Apenas
temos um contacto com o Mestre aos quinze anos que ela
quase já tinha esquecido.
Vivia em Pacific Grouve nessa altura e lá encontrou duas
Senhoras inglesas que a tomaram ao seu cuidado e a
ensinaram. Começou a estudar com ardor novo, aproveitava
as horas de tal maneira que pôde aprender muita coisa em
pouco tempo.
Leu a Doutrina Secreta de Madame Biavatski com bastante
dificuldade a principio pois é bastante complicada para se
compreender logo à primeira leitura e conheceu duas
discipulas pessoais de Helena Biavatski que a instruíram nos
meandros da doutrina Teosófica.
Descobriu então três aspectos que a orientaram na sua vida
espiritual, e como acho que são muito importantes e resumem
a base da teoria ensinada pela Escola Arcana, vou aqui
resumi-los.
1º -Descobriu que há um grande plano Divino e que o nosso
Universo não é um encontro casual de átomos mas sim a
manifestação de um grande Desígnio ou Arquétipo. As raças
aparecem no nosso planeta e desaparecem e cada
civilização e cada cultura contribuem para o avanço da
Humanidade no caminho de retorno a Deus.
2º -Descobriu também a existência real daqueles que são
responsáveis pela realização desse plano e que têm guiado a
humanidade através dos séculos – a hierarquia dos Mestres.
Descobriu que o ensinamento respeitante ao Plano era igual
no Ocidente e no Oriente, antes e depois da vinda de Cristo e
que Este era o chefe da hierarquia espiritual, o Mestre de todos
os Mestres e o primeiro Instrutor dos Homens e dos Anjos.
Todos os Mestres da Sabedoria são seus alunos, assim como nós
somos alunos de qualquer Mestre. Verificou que Ele, o Cristo,
era verdadeiramente o Filho de Deus. O primeiro de uma
grande família de irmãos e a prova da nossa própria
divindade.
3º -Foi a crença na lei do renascimento ou da reencarnação e
na lei de causa e efeito ou do Carma.
Para mim isto que Alice Bailey descobriu é do mais importante,
pois através disso a grande maioria das dúvidas desaparecem
e encontra-se explicação para os mais diversos problemas.
Continuando a história de Alice Bailey:
Acabou por se divorciar do seu primeiro marido e casou em
1919 com um colega de estudos de Teosofia, Foster Bailey, um
advogado que abandonou a prática da advogacia e os seus
clientes para se dedicar completamente à mulher e à sua
obra.
Por essa altura ela já abandonara o seu emprego na fábrica
de conservas e mudara-se para Holywood, que não era nessa
altura ainda o mundo super sofisticado do cinema e do
exibicionismo. Aí dedica-se à Sociedade Teosófica e aos seus
ensinamentos.
Só em 1918 ela descobriu quem era o personagem que a
visitara em Inglaterra, num Domingo de manhã quando tinha
apenas quinze anos. O Mestre Kuthumi.
E foi em Novembro de 1919 que teve o primeiro contacto com
o Mestre Tibetano -Djual Kool. Este, por indicação do Mestre
Kuthumi, pediu-lhe que colaborasse numa obra importante e
necessária para a evolução do mundo e dos homens; que
escrevesse alguns livros para o público ler e aprender….
Durante algumas semanas negou-se terminantemente pois
temia os fenómenos psíquicos e não queria perder nem mudar
a sua personalidade, colaborando numa obra que não
compreendia.
Contudo o Tibetano insistiu e o Mestre Kuthumi garantiu-lhe que
da sua colaboração não lhe advinha nenhum perigo para a
sua sanidade mental nem psíquica e que continuava a ser
discípula do ashram do Mestre Kuthumi e não do do Tibetano.
Depois irão compreender melhor qual é a diferença pois cada
um destes Mestres funciona como um determinado raio. Eles
ajudam-se mutuamente mas cada raio tem o seu Mestre. As
primeiras manifestações que ela teve foi de Koot Hooni: Ela
pertencia ao 2º raio. O Mestre dela era o koot Hooni. Foi
sempre discípula de Koot Hooni.Com o Tibetano só colaborou
na escrita dos livros.
Resolveu-se a colaborar, digamos,à experiência, e durante o
primeiro mês de ensaio escreveu o primeiro livro- Iniciação
Humana e Solar.Depois continuou a sua colaboração
consciente, atenta, positiva, sem nada de automático ou
negativo. Muitas vezes não compreendia o significado do que
escrevia mas a sua intuição dizia-lhe que tudo estava certo. E
por mais de uma vez ela escreveu que nunca mudou nadado
que o Tibetano lhe deu. Se o tivesse feito ele não teria ditado
mais nada. e quando as pessoas que lêem os seus livros dizem
que são incompreensíveis porque ela não aprendeu bem o
sentido transmitido, ela responde que são os assuntos que são
um pouco avançados para a actual mentalidade do homem
de hoje e não que tenha havido qualquer confusão da parte
dela. Ao principio a transmissão era feita por clarividência,
palavra a palavra.
Depois descobriu que se concentrasse bem e intensamente
conseguia apanhar e escrever as ideias do Mestre pois era
dotada de qualidades telepáticas superiores em alto grau. E
assim O Mestre transmitia para o Mental dela as ideias que
queria ver transpostas para o papel
Os Instrutores mundiais acham que os livros do Tibetano são
muito importantes pois introduzem o novo ensinamento para a
nova época do Aquário que se aproxima e que trará consigo
grandes mudanças e transformações como por exemplo o
aparecimento da nova sub-raça a 6ª.
Em 1920 após a Assembleia Geral em Chigaco em que se
apercebeu que a sociedade Teosófica era demasiado
intolerante e reaccionária para os seus gostos democráticos,
pediu a sua demissão do Centro Teosófico de Croton e
começou a organizar a sua própria escola, que agora é
conhecida por Escola Arcana.
Após a demissão do Centro Teosófico, Foster Bailey conseguiu
arranjar um emprego em Nova Iorque e, com ele , toda a
família se mudou para o leste , nesse ano de 1920.
começou então um novo período também muito activo, mas
com novas direcções. Além de continuar a escrever os livros
do Tibetano, organizava conferências, dava lições e respondia
a milhares de cartas que de toda a parte dos Estados Unidos
lhe chegavam diariamente.
Uma das coisas que Alice Bailey gostava de contar era que
para alguém conseguir atingir um certo grau de realização
espiritual era necessário um grande sacrifício pessoal e dava
como exemplo a sua própria experiência, em que tinha
aprendido a passar a ferro a roupa das filhas, ao mesmo tempo
que estudava um livro sobre assuntos espirituais ocultos, sem
queimar os vestidos. E também que qualquer pessoa podia
orientar o pensamento e aprender a concentrar-se ao mesmo
tempo que descascava batatas, ou tirava os fios aos feijões,
pois foi sempre uma preocupação grande da sua parte não
negligenciar o seu trabalho caseiro e familiar em favor de
impulsos espirituais.
Isto tem muita importância para todos nós pois se o nosso
carma nos obriga a viver no mundo, nós temos de cumprir as
nossas obrigações diárias, embora isso não impeça que
cuidemos do nosso espírito e do nosso mental. Uma coisa não
invalida a outra.
É interessante assinalar que o nome da Escola Arcana foi-lhe
dado em homenagem a Helena Blavatsky que antes de morrer
manifestava o seu desejo de que a secção Esotérica fosse
assim chamada. Esta foi organizada e começou a funcionar
em Abril de 1923.
Desde essa época milhares de alunos passaram pela Escola e
ela tem representantes em quase todos os Países do Mundo,
com poucas excepções.
É uma Escola por correspondência e vive à base da Boa
Vontade e da ajuda desinteressada dos secretários que são
alunos e estudantes avançados que ajudam a instruir outros
estudantes.
A Escola Arcana é apolítica e de pensamento profundamente
internacional. O serviço é a sua nota chave. Os seus membros
podem trabalhar em qualquer seita ou partido político, desde
que se lembrem que todos os caminhos levam a Deus e que o
bem da Humanidade governa e orienta todos os
pensamentos.
Acima de tudo é uma escola onde se ensina ao estudante que
a Alma dos homens é una. É também uma escola em que a fé
na Hierarquia do nosso planeta é ensinada cientificamente,
não como doutrina, mas como reino da Natureza, o 5º reino, e
que pode ser comprovado. Apenas ensina a obediência à
própria da Alma do estudante e não a algum membro da
Escola ou algum outro ser humano.
À medida que a voz da Alma própria se torna mais familiar, o
estudante pode finalmente fazer parte dos membros do Reino
de Deus e ser conduzido face a face perante o Cristo. Para a
Escola Arcana o mundo deverá ser salvo por aqueles que têm
ao mesmo tempo a inteligência e o Amor. Só a aspiração e as
boas intenções não são suficientes.
Diz Alice Bailey que foi chamada para iniciar uma parte do
trabalho que inaugurará a Idade Nova e a futura civilização,
particularmente sob o ponto de vista espiritual. Mas não foi só
ela a chamada, pois considera a Escola Arcana como um dos
numerosos grupos por intermédio dos quais, os Mestres da
Sabedoria trabalham. Há várias escolas, vários grupos, com
uma mesma intenção e todos eles são válidos, embora
responsáveis por outros projectos e sob a orientação de outros
Mestres.
Alice Baeley morreu em 15 de Dezembro de 1949.
Hoje sabe-se que o Mestre Tibetano, um dos Mestres de
Sabedoria, conhecido pelos seus associados pelo nome de
Mestre DJWHAL KHUL, foi incumbido superiormente de oferecer
um ensinamento necessário para guiar os discípulos dos
grandes Seres, devido à sua especialização e profundos
conhecimentos de filosofia oculta e leis cósmicas.
Assim, foi ele que trabalhando com Helena Blawatsky
transmitiu ao mundo a Doutrina Secreta e mais tarde através
de Alice Bailey conseguiu que fossem escritos numerosos livros
de orientação científica esotérica, extremamente necessários
para ajudar a humanidade neste período de transição que
marca a passagem da época dos Peixes para a época do
Aquário. Antigamente só raros discípulos poderiam aspirar à
evolução superior e isto só se fazia no silêncio e retiro dos
conventos e mosteiros, sob o mais restrito sigilo e passando
oralmente de Mestre a discípulo.
Hoje em dia e à medida que se vai aproximando a época de
materialização da Hierarquia e da nova vinda de Cristo, a
todos ou quase todos se torna acessível a evolução, o serviço
e o estudo dos problemas esotéricos e espirituais. Para tal muito
contribuíram as numerosas escolas filosóficas que por toda a
parte têm aparecido e proliferado. A obra transmitida pelo
Mestre Tibetano através de Alice Bailey divide-se em três
partes:
1º – Os livros que ele escreveu e que foram numerosos. Uns
totalmente da autoria do Mestre, outros da autoria da própria
Alice Bailey e ainda alguns com a colaboração dos dois como
foi “A Luz da Alma” que são comentários sobre os Sutras de
Patangali feitos por Alice Bailey sob a supervisão do Mestre.
Acho este livro maravilhoso e com ensinamentos preciosos.
A segunda parte diz respeito à criação da própria Escola
Arcana. O Mestre desejava a criação de uma escola que
respeitasse a liberdade dos seus membros, que não os ligasse
por qualquer juramento ou compromisso e que, ao distribuir-
lhes um ensino esotérico, meditações e estudo, os deixasse
contudo livres de proceder aos seus próprios ajustamentos e
de interpretar a Verdade à sua própria maneira. A escola dar-
lhes-ia as verdades esotéricas mais profundas mas a
capacidade de as interpretar e aceitar variaria conforme o
grau evolutivo de cada um, sem que isso constituísse entrave
à sua filiação na escola.
Esta Escola nestes termos funcionaria contudo sob orientação
de um discípulo e nunca sob a do Mestre que para isso não
seria responsabilizado, para que depois não dissessem: “o
Mestre disse”, “o Mestre mandou”, etc., submetendo assim à
autoridade do Mestre todos os abusos e todos os desmandos
de que normalmente os orientadores de certas escolas se
servem para garantir o comando destas.
Assim não é exigida obediência à Escola Arcana nem é
pedida obediência ao Mestre pois não há nenhum Mestre a
dirigir a Escola. Apenas o único Mestre de cada um, a que
cada um deve obedecer é à sua própria Alma, desde que se
consiga entrar em contacto com Ela.
O estudante é livre de aceitar ou rejeitar a existência dos
Mestres, da Hierarquia, da Reencarnação ou da Alma. Não lhe
é pedido que permaneça fiel à Escola ou a Alice Bailey. Pode
fazer parte de qualquer outro grupo esotérico, metafísico ou
ortodoxo ou de qualquer Igreja. Apenas lhe é pedido que
considere as suas actividades como campo de Serviço para
onde pode trazer a experiência espiritual que adquiriu no seu
trabalho na Escola.
A terceira parte respeita à constituição do Novo Grupo de
Servidores do Mundo.- Este grupo representa uma
exteriorização do trabalho da Hierarquia e é constituído por
centenas de milhares de todos aqueles que sentem inclinação
espiritual e estão animados de Amor profundo pela
humanidade. Não têm nada a ver com a Escola em si, se bem
que todos os membros da Escola também façam parte deste
grupo. É um grupo universal e qualquer um que preencha
aqueles requisitos: Anseio Espiritual e Amor pelo Próximo, faz
parte dele, mesmo não o sabendo. Todos nós aqui no grupo
fazemos parte dele. São todos inspirados pela Hierarquia e
realizam, conscientemente ou não, o trabalho de agentes dos
Mestres. Formam um grupo estreitamente unido no plano
interior pelo Amor e intenção espiritual.
Podem ser ocultistas, místicos, pertencendo a religiões
tradicionais ou mesmo não ter nenhuma filiação religiosa. Mas
todos têm um sentido de responsabilidade pelo bem estar dos
outros e todos se consagram a ajudar o próximo.
Este grupo constitui o Salvador do Mundo, e será através dele
que virá a nova Era.
O plano para a nova Época é simplesmente maravilhoso e os
grupos que a pouco e pouco se formarão para instituir na Terra
a nova Era de Paz e Compreensão, apanágio da Era do
Aquário, serão preenchidos por seres evoluídos que a pouco e
pouco e seguindo as suas propensões e directrizes de Raio, irão
tomando os seus lugares neste plano formidável que é a
evolução do Logos e dos reinos da NATUREZA

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