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Euclides

1. Introdução

2. Um Pouco De História

3. Geometria

4. Obras De Euclides – Elementos

5. Geometria Euclideana

5.1 O 5.º Postulado De Euclides

5.2 Paralelismo De Euclides.


5.3 Soma Das Amplitudes Dos Ângulos Internos De Um
Triângulo

6. Geometrias Não-Euclideanas

6.1 Postulado Das Paralelas

6.2 Riemann, Georg Friedrich Bernhard (1826-1866)

6.3 Lobachevski, Nicolai Ivanovich (1792-1856)

7. Conclusão

8. Bibliografia

Introdução

O quadrivium era constituído pelas disciplinas de aritmética , harmonia


(matemática da música), geometria e astrologia, que toda a pessoa culta devia
estudar, desde finais da era dos pitagóricos. Euclides escreveu sobre todos
estes assuntos, sendo os Elementos a parte da sua obra que contempla a
aritmética e a geometria. Embora os Elementos tenham algumas deficiências
lógicas, pelos padrões actuais, tais deficiências passaram despercebidas
durante mais de dois milénios. O movimento crítico iniciou-se talvez nos
finais do séc. XVII, com John Wallis (1616-1703), continuando um pouco
difuso durante o século seguinte, com o abade jesuíta Saccheri (1667-1733) e
os matemáticos Lambert (1728-1777) e Gauss (1777-1855), mas é já bem
dentro do século XIX que a crítica a Euclides se assume até às últimas
consequências, culminando quer na proposta de geometrias alternativas
(Bolyai, Lobachewski, Riemann), quer numa completa revisão dos
fundamentos da geometria euclidiana (Pasch, Hilbert), quer ainda no
surgimento de novas concepções sobre a classificação das geometrias (Félix
Klein).

A par destas críticas e inovações, mudou também a concepção dos


matemáticos sobre a natureza da matemática e a metodologia das teorias
matemáticas. Nada disto retira valor à monumental obra de Euclides. Como
dizem Borsuk e Szmielew (Foundations of Geometry, 1960):
"Se o valor de um trabalho científico pode ser medido pelo tempo durante o
qual ele mantém a sua importância, então os Elementos de Euclides são a
obra científica mais válida de todos os tempos."

Um pouco de história

O homem, através da observação da natureza e de tudo o que está ao seu


redor, concebeu conceitos para formas, figuras planas, corpos, volumes, rectas
e curvas. De modo que, a Lua e o Sol, foram representados como discos; o
raio de luz deu-Ihe a ideia de linha recta; as margens de algumas folhas e o
arco-íris, a ideia de curva; os troncos de algumas árvores e montanhas deram-
lhe ideias de formas muito variadas. Da construção de casas com paredes
verticais e tectos horizontais surgiu a noção de perpendicularidade e
paralelismo, até chegar a descobrir que a dist3ncia mais curta entre duas
cidades é o caminho recto.

Se bem que, tenham surgido no Egipto, os conceitos de geometria, foi na


Grécia onde adquiriram forma cientifica de um modo prático, e alcançaram o
seu máximo esplendor em estreita relação com a filosofia, de tal maneira que
para entrar na escola filosófica de Platão, era preciso ter conhecimentos de
geometria. Sobressaíram: Tales de Mileto (um dos sete sábios da Grécia),
Pitágoras (famoso por seu teorema), Euclides (que criou a geometria
euclidiana).

Euclides (c. 330-260 a.C.), matemático grego que ensinou em Alexandria


durante o reinado de Ptolomeu I (305-285 a. C.). Atribui-se-lhe a fundação de
uma escola, tendo Alexandria sido, desde o seu tempo até à invasão dos
Mouros, a sede principal da ciência matemática.

Euclides foi para a então recentemente fundada cidade de Alexandria


(actualmente no Egipto), cerca de 300 a.C., onde fundou a sua própria escola
de matemática. Os seus trabalhos matemáticos chegaram-nos quase completos
porque foram inicialmente traduzidos para árabe, depois para latim; a partir
destes dois idiomas foram traduzidas para outras línguas europeias.

Geometria

Segundo o historiador grego Heródoto (sec. V a.C.), a geometria nasceu


provavelmente no antigo Egipto, das medições da terra necessárias devido às
inundações periódicas do rio Nilo, e foi rapidamente alargada à agrimensura e
à navegação.), mas é certo que muitas outras civilizações antigas possuíam
conhecimentos de natureza geométrica, da Babilónia à China, passando pelas
civilizações Hindu.

A palavra geometria é um vocábulo que deriva do grego geometrein, que


significa medição da terra (geo = terra, metrein = medir).

Geometria é o ramo da matemática relacionado com as propriedades do


espaço, normalmente em termos de figuras do plano (bidimensional) e sólidas
(tridimensional). A geometria divide-se em geometria pura, que se dedica ao
plano e à geometria dos sólidos, tratada na obra de Euclides, Elementos; e
geometria analítica ou de coordenadas, na qual os problemas são resolvidos
usando métodos algébricos. Uma terceira, bastante diferente, inclui a
geometria não-euclidiana.

Em tempos recuados, a geometria era uma ciência empírica, uma colecção de


regras práticas para obter resultados aproximados Os primeiros geómetras
foram os matemáticos gregos Tales, Pitágoras e Euclides Os métodos
analíticos foram introduzidos e desenvolvidos pelo filósofo francês René
Descartes no século XVII. Desde o século XIX, várias geometrias não-
euclidianas foram inventadas por Gauss, Bolyai e Lobachevski. Seriam mais
tarde generalizadas por Bernhard Riemann tendo-se descoberto também que
podiam ser utilizadas na teoria da relatividade.

A matemática, pois, é um produto do puro pensamento discursivo—as suas


verdades são estabelecidas pelo raciocínio dedutivo (as demonstrações) e não
pela verificação experimental. Isto não quer dizer, obviamente, que as noções
e teorias matemáticas, não possam ser motivadas por ou ter aplicações em
coisas práticas, mas apenas que estes aspectos são, em algum sentido,
estranhos aos requisitos e critérios matemáticos intrínsecos. Esta concepção é
exemplarmente desenvolvida pelo discípulo da escola platónica, Euclides de
Alexandria, no tratado Elementos.

No que respeita à geometria, Euclides baseia-se nos seus predecessores


gregos, organiza as matérias de um modo sistemático a partir de primeiros
princípios e definições, procedendo ao desenvolvimento por via dedutiva.
Inaugura assim, de maneira brilhante que domina o mundo matemático
durante mais de vinte séculos, o chamado método axiomático. Analisaremos
com mais pormenor o trabalho de Euclides na secção seguinte.

Os trabalhos de Euclides, e o estilo em que foram apresentados, constituíram a


base de todo o pensamento matemático e expressão durante os 2000 anos
seguintes. Usou dois estilos fundamentais de apresentação:

O sintético (onde se vai do conhecido para o desconhecido recorrendo a


passos lógicos)

O analítico (onde se objectiva o desconhecido e se trabalha na sua direcção


através do conhecido, novamente via lógica).

Em Stoicheia/Elementos Euclides usou a aproximação sintética; usou o


método de apresentação analítica no seu outro importante trabalho
matemático, Dados.

Obras de Euclides – Elementos

A obra mais famosa de Euclides são os "Elementos de Geometria"


(Stoicheia), em treze livros, aos quais se juntaram dois, provavelmente
escritos por Hipsicles de Alexandria, dos quais nove tratam de geometria plana
e sólida e quatro tratam da teoria dos números.
Como a maioria dos treze livros que compõem os Elementos, o Livro I
começa com uma lista de definições (23, ao todo) sem qualquer comentário.
Na realidade, as primeiras definições da lista são simplesmente explicações ou
descrições para benefício do leitor, que não chegam a ser utilizadas
posteriormente. Euclides utiliza o termo "linha" no sentido englobante de
"linha curva" (de comprimento finito), e "linha recta" onde diríamos
"segmento". Algumas outras diferenças podem ser assinaladas: o que Euclides
chama "triângulo" chamamos actualmente "região triangular", define "círculo"
mas refere-se a "circunferência" (linha que limita um círculo) sem ter dado a
definição, etc.

Os seis primeiros livros ocupam ainda um lugar importante no ensino, apesar


das criticas à sua organização. Os vols. XI e XII, ocasionalmente estudados,
tratam das relações entre pontos, rectas e planos, teoremas de áreas e volumes,
e estudo dos poliedros regulares. Os livros VII, VIII e IX ocupam-se das
propriedades dos números. Heiberg e Menge publicaram uma edição completa
destas obras (5 vols. 1883-1916).

Euclides foi também o autor de Data, Divisões de superfícies, tratados sobre


Harmonia, Óptica e Os fenómenos (celestes), entre outras obras desaparecidas.
Embora alguns conceitos já fossem conhecidos anteriormente à sua época, o
que impossibilita uma análise completa da sua originalidade, pode-se
considerar o seu trabalho genial. Ao recolher tudo o que então se conhecia,
sistematiza os dados da intuição, e substitui imagens concretas por noções
abstractas, para poder raciocinar sem qualquer apoio intuitivo.

Os Elementos compõem-se de treze livros, o primeiro dos quais contém os


axiomas distribuídos em dois grupos: postulados e noções comuns. Os
postulados constituem os fundamentos especificamente geométricos e fixam a
existência dos entes fundamentais: ponto, recta e plano.

Nos quatro primeiros livros encontram-se as proposições da geometria plana


elementar. Os dois livros seguintes tratam da teoria das proporções e da
aplicação dessa teoria às magnitudes geométricas. Os livros VII, VIII e IX
tratam da teoria dos números, dos inteiros positivos, da divisibilidade dos
factores primos, das proporções e progressões geométricas e aritméticas.
(Deve assinalar-se que o livro VII é o de nível mais baixo, e, inclusive, chega
a conter algumas falácias lógicas).

O livro X, que trata dos números irracionais é o mais extenso e difícil de


todos. Os três últimos livros referem-se à geometria do espaço.

O seu maior mérito é o de ter feito o arranjo sistemático de descobertas


anteriores, baseando-se em axiomas - postulados, definições e teoremas.

Geometria Euclideana

Em geometria, ponto é um elemento básico, cuja posição no sistema


cartesiano pode ser determinada pelas suas coordenadas. Os matemáticos têm
tido dificuldade em definir o ponto, pois não tem tamanho, e é apenas o local
onde duas linhas se encontram. De acordo com o matemático grego Euclides,
(i) um ponto não tem volume; (ii) a linha recta é a distância mais curta entre
dois pontos.

Em matemática, axioma é uma declaração que é assumida como verdadeira e


com base na qual os teoremas são demonstrados por dedução lógica; por
exemplo, duas linhas rectas não podem limitar um espaço.

O matemático Euclides usou uma série de axiomas, que considerou não


poderem ser demonstrados em termos de conceitos mais simples, para provar
os seus teoremas geométricos. A seguir às definições, no Livro 1, aparecem os
Postulados e as Noções Comuns ou Axiomas, por esta ordem. Os Postulados
são proposições geométricas específicas. "Postular" significa "pedir para
aceitar". Assim, Euclides pede ao leitor para aceitar as cinco proposições
geométricas que formula nos Postulados.

Em matemática, linhas rectas ou planos que permanecem sempre a uma


distância fixa uns dos outros independentemente do seu comprimento. Este é
um princípio da geometria euclidiana. Algumas geometrias não euclidianas,
como a geometria elíptica e hiperbólica, no entanto, rejeitam o axioma do
paralelismo de Euclides.

5.º Postulado de Euclides "Se uma linha recta cai em duas linhas rectas de
forma a que os dois ângulos internos de um mesmo lado sejam (em conjunto,
ou soma) menores que dois ângulos rectos, então as duas linhas rectas, se
forem prolongadas indefinidamente, encontram-se num ponto no mesmo lado
em que os dois ângulos são menores que dois ângulos rectos."

Paralelismo de Euclides."Há um ponto P e uma recta r não incidentes tais que


no plano que definem não há mais do que uma recta incidente com P e
paralela a r."

Soma das amplitudes dos ângulos internos de um triângulo

"Existe um triângulo em que a soma das medidas dos ângulos é igual a dois
rectos."

a + b + d = 2 rectos (a º + b º + d º = 180º)

Os comentários que têm sido feitos a estes postulados ao longo dos séculos
encheriam um grosso volume, em particular no que respeita ao termo
"continuamente" no segundo postulado e em especial no que respeita ao
último, chamado o postulado de paralelismo (de Euclides).

Geometrias Não-Euclideanas

Postulado das paralelas


Euclides postulou que, dado um ponto P exterior a uma

recta r, se pode traçar unicamente uma paralela a r (abaixo, à esquerda). Se,


como Lobachevski, supomos que por P podem passar infinitas paralelas a r,
teremos a geometria hiperbólica. Se, como Riemann, supomos que não existe
nenhuma paralela a r por P, teremos a geometria esférica.

Riemann, Georg Friedrich Bernhard (1826-1866)

Matemático alemão cujo sistema de geometria não-euclidiana, visto na altura


como uma mera curiosidade matemática, foi utilizado por Albert Einstein para
desenvolver a sua teoria geral da relatividade. Riemann fez importantes
descobertas em relação à compreensão conceptual em diversas outras áreas da
matemática: teoria das funções, análise de vectores, geometria projectiva e
diferencial, e topologia.

Riemann teve em conta a possível interacção entre o espaço e os corpos que o


ocupam; até essa altura, o espaço havia sido tratado como uma entidade em si
própria, e este novo ponto de vista viria a tornar-se um conceito central na
física do século XX.

Riemann nasceu em Hanôver e estudou em Göttingen e Berlim. Passou a sua


carreira académica em Göttingen, tornando-se professor em 1859.

O ensaio de Riemann sobre os postulados fundamentais da geometria


euclidiana, escrito no princípio da década de 1850, mas publicado só em 1867,
abriu todo o campo da geometria não-euclidiana e tornou-se um clássico na
história da matemática.

Para além disso, publicou um ensaio sobre séries hipergeométricas, inventou a


geometria «esférica» como uma extensão da geometria hiperbólica, e por volta
de 1855-56 deu uma conferência sobre a sua teoria de funções abelianas, um
dos seus principais desenvolvimentos na matemática.

Os símbolos Riemann-Christoffel (ver também Elwin Bruno Christoffel)


dizem respeito à teoria de invariantes.

Desenvolveu as superfícies de Riemann para estudar o comportamento das


funções complexas. Estas superfícies multiconexas, com várias camadas,
podem ser dissecadas por cortes que forneçam uma superfície conexa. Através
destas superfícies, introduziu considerações topológicas na teoria de funções
de variável complexa, e na análise em geral. Conseguiu mostrar, por exemplo,
que todas as curvas de uma mesma classe têm a mesma superfície de
Riemann.

Lobachevski, Nicolai Ivanovich (1792-1856)

Matemático russo que fundou a geometria não-euclidiana, ao mesmo tempo


que, mas independentemente de, Karl Gauss na Alemanha e János Bolyaina
Hungria. Lobachevski publicou o primeiro estudo sobre o assunto em 1829,
mas o seu trabalho permaneceu na sombra até o sistema de Georg Riemann ser
publicado.

No sistema de Euclides, duas rectas paralelas permanecem equidistantes uma


da outra, enquanto na geometria de Lobachevski se aproximam de zero numa
direcção e de infinito na outra. Na geometria euclidiana a soma dos ângulos de
um triângulo é sempre igual à soma de dois ângulos rectos; na geometria de
Lobachevski, a soma dos ângulos é sempre menor do que a soma de dois
ângulos rectos. No espaço de Lobachevski, igualmente, duas figuras
geométricas não podem ter a mesma forma e tamanhos diferentes.

Lobachevski nasceu em Nivni-Novgorod e estudou na universidade de Kazan,


na Tartária. Aí leccionou desde 1814, tornando-se professor em 1822 e reitor
da universidade entre 1827 e 1847. Aceitou também trabalho administrativo
para o governo.
Lobachevski desenvolveu a geometria não-euclidiana entre 1826 e 1856. Viria
a perceber que não era contraditório falar-se de uma geometria em que todos
os postulados de Euclides, excepto o quinto, eram verdadeiros. Incluindo os
números imaginários, tornou a geometria mais geral, e a geometria de
Euclides tornou-se num caso especial num sistema mais abrangente.

A exposição mais clara da geometria de Lobachevski foi feita no livro


Geometrische Untersuchungen zur Theorie der Parallellinien, publicado em
Berlim, em 1840. O seu último trabalho foi Pangéométrie (1855).

Conclusão

Euclides é reconhecido como o matemático mais importante da Grécia


clássica. Dele unicamente se sabe que ensinou e fundou uma escola em
Alexandria, por volta do ano 300 a.C., na época do rei Polomeu 1. Conta-se
que, uma vez, o rei perguntou-lhe se não havia um método mais simples para
aprender geometria e que Euclides respondeu: "Não há um caminho real para
a geometria". Outro episódio sobre Euclides refere-se a um dos seus
discípulos, o qual, depois de aprender a primeira proposição de geometria
perguntou-lhe o que ia a ganhar com isso. Nesse momento, Euclides, ordenou
que lhe entregassem uma moeda "Já que deve obter um lucro de tudo o que
aprende".

Não obstante, Euclides é conhecido como o autor de algumas das obras mais
importantes da geometria, os Elementos Até que no século XIX, se
desenvolvessem as chamadas geometrias não euclidianas, os Elementos foram
a obra de geometria. Pode dar uma ideia da sua importância o facto de que
toda a geometria elementar se encontra contida neste livro.

Euclides compilou nos Elementos toda a geometria conhecida na sua época,


mas não se limitou a reunir todo o conhecimento geométrico, ordenou-o e
estruturou-o como ciência. Isto é, a partir de uns axiomas desenvolveu e
demonstrou os teoremas e proposições geométricas, dando novas
demonstrações próprias quando as antigas não se adaptavam à nova ordem
que havia dado às proposições.

Bibliografia
"Elementos de Euclides" - tradução portuguesa - edição de 1855 (versão
digital)

Correia, Carmo, (1996), Enciclopédia Universal Multimédia, Cacém: Texto


Editora, Lda.

Gispert, Carlos e Matos, A. Joel (1996),– Matemática, Colecção Enciclopédia


Audiovisual Educativa, Vol. 1, Lisboa: Liarte - Editora de Livros, Lda

Neves, Maria Augusta F. e Carregal, maria Isabel J. (1995), Matemática,


Livro de Texto, Vol. 1, Porto: Porto Editora, Lda.

Oliveira, A. J. Franco (1995), Geometria Euclidiana, Lisboa: Universidade


Aberta

Soares, maria F. Martins e Ferreira, Vítor Wladimiro, (1996), Grande


Dicionário Enciclopédico, Lisboa: Ediclube - Edição e Promoção do Livro,
Lda

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