ESTUDO PRELIMINAR DE SINAIS MIOELÉTRICOS COM SISTEMA DE

CONTROLE REALIMENTADO IDEAL

Alexsander S. B. Magalhães1*, Ana L. B. Hurtado2 Mario H. F. Santos3

Sociedade Educacional de Santa Catarina – Instituto Superior Tupy

*Rua Albano Schmidt, 3333, Boa Vista, CEP: 89206-001, Joinville – SC, contato@alexmagalhaes.com

INTRODUÇÃO
O sinal mioelétrico (SME) é o resultado de uma ação de controle do cérebro humano sobre os
músculos do corpo e pode ser medido na superfície da pele como a somatória de todos os sinais enviados
pelo cérebro para aquela região (1). Atualmente a maneira mais utilizada para se realizar o controle de uma
prótese ativa é através de sinais mioelétricos captados diretamente nos músculos do coto, no entanto a
maioria dos usuários apresenta insatisfação com relação à aparência, funcionalidade ou grau de liberdade(1)(2),
o que mostra a necessidade atual de uma busca pelo aperfeiçoamento de tais próteses.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para realizar a aquisição destes sinais foi desenvolvido um circuito capaz de identificar e amplificar
quaisquer sinais dentro da faixa de frequência de interesse para futuras aplicações, baseado num amplificador
de instrumentação, pois o mesmo consegue amplificar apenas a diferença de potencial entre dois pontos de
interesse. Nesse caso, os dois eletrodos de medição que ficam posicionados paralelamente às fibras
musculares do músculo de interesse, medindo assim as elevações de tensão geradas pela carga elétrica que
viaja pelas fibras musculares. Um terceiro eletrodo serve de referência para o circuito e é posicionado
distante dos outros dois e em uma área da pele ou músculo que não é eletricamente conectada à área de
interesse (3) (4) (5), conforme a figura 1.

Figura 1 – Circuito básico de um Amplificador de Eletrocardiograma

Fonte: Precision Low Power Instrumentation Amplifier INA118 – 2009 Burr-Brown Corporation

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como não se obteve na saída do circuito real os sinais esperados, a pesquisa rumou para estudos
preliminares de sinais mioelétricos simulados virtualmente, onde um sinal de áudio com características
próximas ao sinal mioelétrico esperado foi adaptado e aplicado à entrada de um circuito simulado no
computador. Para selecionar somente um sinal com estas características circuitos passa-faixa, retificador de
precisão e um filtro RC foram adaptados de outros autores para esta aplicação. Na figura 2 pode-se ver a
soma de todos os efeitos destes circuitos sobre o sinal e, em amarelo pode-se ver a normalização dos picos
aproximando a resposta a uma rampa de tensão proporcional à amplitude de entrada, que é o desejado como
entrada para um circuito de controle.
 Figura 2 – Resultado do tratamento do sinal (amarelo)

CONCLUSÕES

Os resultados obtidos mostraram-se insatisfatórios quando comparados aos esperados, pois o circuito
de aquisição não se mostrou eficaz. A falta de clareza do sinal enviado pelo circuito de aquisição impediu
uma correta interpretação do sinal mioelétrico que por sua vez prejudicou o desenvolvimento de um circuito
de tratamento digital específico, desta forma, o circuito de tratamento utilizou somente dados simulados para
sua validação.
Durante a validação, o circuito de tratamento mostrou-se eficiente quando usando os dados
simulados, o que mostra que um circuito de aquisição que seja capaz de fornecer sinais com tais
características seria totalmente compatível e funcional no projeto.
Um aperfeiçoamento na aquisição dos sinais mioelétricos pode ser conseguido com a confecção de
uma placa de circuito impresso específica para o circuito e a utilização de eletrodos ativos ou próprios para
eletrocardiogramas.

REFERÊNCIAS

1. ORTOLAN, R. L. (2002) “Estudo e Avaliação de Técnicas de Processamento do Sinal

Mioelétrico para o controle de Sistemas de Reabilitação”. São Carlos, 2002. 113p. Dissertação
(Mestrado) – Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.

2. CUNHA, Fransérgio L., Mão de São Carlos, uma prótese multifunção para membros
superiores: Um estudo dos mecanismos, atuadores e sensores, São Carlos, 2002. 146p. Tese
(Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.

3. DE LUCA, Carlo J., Surface Electromyography: Detection and Recording, Boston, 2002, Delsys
Incorporated.

4. KUS, Emre., Myoelectric Interface, 2009, School of Innovation, Design and Technology -
MÄLARDALEN UNIVERSITY SWEDEN.

5. KLUG, Reneé Paiva., MENDONÇA, Victor de., DESENVOLVIMENTO DE PRÓTESE

MIOELÉTRICA DINÂMICA, Joinville, 2011, Instituto Superior Tupy – SOCIESC.