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2016

Atividade II

João Gualberto da Costa


Ribeiro Júnior

UFPI
Filosofia da Religião

Construir um resumo dos textos da unidade II

O absolutismo consiste em um regime político predominante na Europa, entre


os séculos 16 e 18 e buscava referendar a concentração de poder total e absoluto nas
mãos dos soberanos. Representava um modo de governo bem justificado e
fundamentado por diversos teóricos e filósofos que propunham bases para a
concentração ilimitada de poder nos monarcas.
Jean Bodin foi um dos principais teóricos do absolutismo. Apresentou a teoria
divina dos reis, onde o monarca não se encontrava submetido a quaisquer tipos de
leis humanas, mesmo as promulgadas por ele próprio, estando abaixo apenas do jugo
divino. Acreditava que o povo deveria abrir mão de seu poder de governar em nome
do soberano, dando a este pleno poder.
Bodin defende que o monarca herda direitos com prerrogativas divinas,
portanto devendo a sociedade obediência às leis instituídas pelo soberano. Bodin se
posicionava terminantemente contra a escravatura. Admitia a existência de leis divinas
e naturais, devendo o soberano cumprir com os contratos celebrados e os acordos
estabelecidos.
Maquiavel não foi um dos teóricos absolutistas mais populares, embora sua
principal obra, o príncipe, tenha sido por séculos mal interpretada. Adotou o método
indutivo em seus escritos, realizando um paradigma político absolutista pragmático e
realista, baseados sobretudo em conselhos práticos aos soberanos.
Os conceitos de virtú e fortuna foram muitas vezes incompreendidos ao longo
da história, mas representam o cerne da obra maquiavélica. O conceito de virtú
consiste na adaptação de acontecimentos políticos que levariam o soberano à
permanência no poder. Para Maquiavel, o conceito de fortuna representa as coisas
inevitáveis que acontecem aos seres humanos.
Enquanto a fortuna em Maquiavel, é algo ao acaso, do qual não se sabe o que
esperar, como aparece e em que situações se manifesta, a virtú é uma espécie de
barragem que detém os desígnios do destino. Maquiavel rompe com a ética cristã,
deliberando que as ações dos governantes devem estar pautadas na manutenção da
pátria e o bem da sociedade.
Segundo Maquiavel, o Estado na figura do soberano pode praticar quaisquer
atos de violência, visto que os meios não importam, mas sim os fins, isto é, desde que
o soberano mantenha seus domínios e esteja no poder, não fazem diferença as

João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior


Bloco VIII
Filosofia da Religião

práticas que adotaria para chegar a isto. Maquiavel considera a natureza humana
como potencialmente maléfica, entendendo que o homem só realiza bons atos quando
de alguma forma, a isto é obrigado. Por esta razão, é um filósofo que trabalha com a
prática do real, sem a concepção de estados utópicos.

Construir um breve comentário de cada texto resumido

O principal ponto de interesse na teoria de Bodin, está na sua preocupação em


fundamentar e legitimar o absolutismo monárquico. Este pensador lançou as bases e
solidificou através de doutrinas, estudos e pesquisas, o que seria o Estado moderno.
Bodin teme a anarquia e a desorganização governamental, tendo uma ideia bastante
perniciosa sobre elas, de onde percebe a concentração do poder nas mãos dos
monarcas como a solução para um governo bem estruturado.
Maquiavel, ao contrário de Bodin não busca encontrar justificativas para o
absoluto poder real, baseando seu modelo político na prática pragmática. O modelo
maquiavélico é empirista, derivando de experiências práticas, da convivência no meio
político, através do pensamento indutivo. Em Maquiavel, tudo é válido, desde que seja
para se manter no poder, bem como os domínios existentes.

João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior


Bloco VIII

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