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ALUNO ADOLESCENTE
Autores: Helaine Barroso dos Reis e Vidomiria Dias de Poncem
Categoria:
Comunicação
Subtema: Diversidade e Educação de Jovens e Adultos
3 3 3 3
1,0 1,0
pedagogo professor
Não 0
1
Desempenho
1
Sim (negativo)
11
Sim (positivo) 1
1
1
Abandono
Não
3
Sim 1
9
Gráfico 3: Situações-problema.
Situações-‐‑problema
pedagogo professor
Outra solução apresentada foi a abertura de turmas de EJA em horário especial diurno
para o atendimento de alunos adolescentes com reprovação por indisciplina, que somada a de
(re)pensar a proposta pedagógica sistematizada em projetos interdisciplinares, voltados para
valores sociais, culturais e financeiros, demonstra uma preocupação em incluir esses alunos e
motivá-los ao aprendizado.
Da mesma forma, pedagogos e professores recomendaram maior participação da família
na escola; urge, então, construir essa escola com uso “[...] das possibilidades existentes na
legislação, das políticas sociais de inclusão em curso, do acúmulo do movimento de educação
popular, das experiências educativas inovadoras conduzidas pelos mais diferentes agentes”
(DAYRELL; NOGUEIRA; MIRANDA, 2011, p.50).
Finalmente, alguns professores entendem que a criação de programas com atividades
extracurriculares de interesse juvenil implica na inclusão desses jovens pela formação do
aluno cidadão participativo na sociedade, cuja perspectiva de direitos sociais vem “[...]
conferir importância às relações sociais na escola; promover a apropriação do espaço e
reelaboração do espaço físico, das regras escolares, dos tempos, dos conteúdos” (DAYRELL;
NOGUEIRA; MIRANDA, 2011, p.56).
6. Considerações Finais
É irrefutável que a matrícula e frequência na EJA sejam um direito tanto dos
adolescentes, como dos jovens e dos adultos, no entanto, tornou-se evidente a necessidade de
uma (re)configuração na EJA de forma a tornar o ensino e os conteúdos ministrados
significativos ao seu público, que se adentra a cada dia mais na diversidade, sendo necessário
para tal imperativo repensar o projeto político e pedagógico da escola, de maneira que
possibilite a reformulação na divisão de turmas, na proposta pedagógica e na adequação
curricular.
Quanto à remoção de alunos adolescentes do ensino regular para a modalidade EJA,
como solução para a indisciplina, concluímos que tal fator não atinge os objetivos propostos,
pois esses alunos continuam a ser excluídos do processo educacional ao sentirem-se
deslocados na turma de adultos ou ainda desprotegidos diante do desinteresse, da falta de
acompanhamento e da participação familiar na escola; e, sem alcançar um lugar de
pertencimento na escola.
Reiteramos, ainda, que se a divisão de turmas e a reformulação do currículo forem
realizadas em moldes mais significativos, abalizados nos valores do educando, podem
colaborar para a permanência desse público na escola e desenvolver o interesse pelo
aprendizado. Logo, para o município de Iúna no Espírito Santo, confirmam-se as hipóteses de
que como medida a ser tomada em caso de urgência para a EJA tem lugar a divisão de turmas
baseadas em objetivos comuns e formação de turmas em horários diurno para alunos
remanejados do ensino regular.
No desafio de garantir a todos os sujeitos o direito à educação, acreditamos ser
necessário capacitar profissionais para atuar com a diversidade dessa modalidade e atribuir
um valor maior às relações sociais e familiares na escola, de forma a promover a consciência
do que se faz, e compartilhar a apropriação dos espaços e tempos escolares, com ações para
discussão dos conteúdos em uma perspectiva social, cidadã e inclusiva.
Referências Bibliográficas
ARROYO, M. G. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de responsabilidade
pública. In: SOARES, L.; GIOVANETTI, M. A.; GOMES, N. L. (Orgs.). Diálogos na
Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 19-50.
______, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários á prática educativa. 40. IM. São
Paulo: Paz e Terra, 2009.