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Revista Pararuaral
Revista Pararuaral
AMAZÔNIA RURAL
CENTRAL DE DA
REVISTA DO SISTEMA FAEPA / SENAR / FUNDEPEC / AMAZÔNIA RURAL | JUNHO 2012 | ANO 3 | EDIÇÃO ESPECIAL RIO + 20 PARA O INSTITUTO ALERTA PARÁ
Grito de revolta
Conselho de Administração Revista Pará Rural
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Editorial Sumário
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O MAPA DA DISCÓRDIA
Matéria
O HOMEM COMANDA O CLIMA DO PLANETA
lei, até os ribeirinhos estão ilegais” -se os maiores responsáveis pelos fenômenos climáticos em todo o planeta. Só o Oceano Pacífico
ocupa mais de 1/3 da superfície da Terra.
Áreas Prioritárias - 3.132.029• km2
• Cálculo não desconta as áreas sobrepostas,
que somam cerca de 205.000 km2
Áreas disponíveis
pesquisa, formações diversas, como matas ciliares, • Cálculo não desconta as áreas sobrepostas,
que somam cerca de 205.000 km2 Amazônia 4.195 1.072,314 991.951 1.165.040 1.487.376 (812.784) 291 10.3
áreas de várzeas, encostas com diferentes declivida-
Caatinga 844 48.409 2.185 140.136 98.869 (6.304) 561 19.9
des e topos de morros. Já a reserva legal é a por- Áreas disponíveis
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10%
Carta aberta a presidente Dilma Rousseff
hora de recobrar o bom senso. des e seus entornos, em situações específicas de cal-
marias, sendo estes efeitos bastante conhecidos, mas
denominado Dryas Recente, as temperaturas caíram
cerca de 8°C em menos de 50 anos e, ao término
sem influência em escala planetária. dele, voltaram a subir na mesma proporção, em pou-
Para que a ação humana no clima global ficasse co mais de meio século.
demonstrada, seria preciso que, nos últimos dois sé- Quanto ao nível do mar, ele subiu cerca de 120
culos, estivessem ocorrendo níveis inusitadamente al- metros, entre 18.000 e 6.000 anos atrás, o que
tos de temperaturas e níveis do mar e, principalmente, equivale a uma taxa média de 1 metro por sécu-
que as suas taxas de variação (gradientes) fossem su- lo, suficiente para impactar visualmente as gera-
Exma. Sra. ve a brasileira. Por isso, apresentamos-lhe as con- periores às verificadas anteriormente. ções sucessivas das populações que habitavam as
Dilma Vana Rousseff siderações a seguir. O relatório de 2007 do Painel Intergoverna- margens continentais. No período entre 14.650 e
Presidente da República Federativa do Brasil mental de Mudanças Climáticas (IPCC) registra 14.300 anos atrás, a elevação foi ainda mais rápi-
que, no período 1850-2000, as temperaturas au- da, atingindo cerca de 14 metros em apenas 350
Excelentíssima Senhora Presidente: 1) Não há evidências físicas da influência mentaram 0,74°C, e que, entre 1870 e 2000, os anos - equivalente a 4 m por século.
humana no clima global: níveis do mar subiram 0,2 m. Por conseguinte, as variações observadas no perí-
Em uma recente reunião do Fórum Brasileiro de Ora, ao longo do Holoceno, a época geológica odo da industrialização se enquadram, com muita fol-
Mudanças Climáticas, a senhora afirmou que a fanta- correspondente aos últimos 12.000 anos em que ga, dentro da faixa de oscilações naturais do clima e,
sia não tem lugar nas discussões sobre um novo para- A despeito de todo o sensacionalismo a respeito, a civilização tem existido, houve diversos períodos portanto, não podem ser atribuídas ao uso dos com-
digma de crescimento - do qual a humanidade neces- não existe qualquer evidência física observada no com temperaturas mais altas que as atuais. No Ho- bustíveis fósseis ou a qualquer outro tipo de atividade
sita, com urgência, para proporcionar a extensão dos mundo real que permita demonstrar que as mudanças loceno Médio, há 5.000-6.000 anos, as tempera- vinculada ao desenvolvimento humano.
benefícios do conhecimento a todas as sociedades do climáticas globais, ocorridas desde a revolução indus- turas médias chegaram a ser 2-3°C superiores às Tais dados representam apenas uma ínfima fra-
planeta. Na mesma ocasião, a senhora assinalou que trial do século XVIII, sejam anômalas em relação às atuais, enquanto os níveis do mar atingiam até 3 ção das evidências proporcionadas por, literalmente,
o debate sobre o desenvolvimento sustentado precisa ocorridas anteriormente, no passado histórico e ge- metros acima do atual. Igualmente, nos períodos milhares de estudos realizados em todos os conti-
ser pautado pelo direito dos povos ao progresso, com ológico - anomalias que, se ocorressem, caracteriza- quentes conhecidos como Minoano (1500-1200 nentes, por cientistas de dezenas de países, devida-
o devido fundamento científico. riam a influência humana. a.C.), Romano (séc. VI a.C.-V d.C.) e Medieval mente publicados na literatura científica internacio-
Assim sendo, permita-nos complementar tais Todos os prognósticos que indicam elevações exa- (séc. X-XIII d.C.), as temperaturas atingiram mais nal. Desafortunadamente, é raro que algum destes
formulações, destacando o fato de que as discus- geradas das temperaturas e dos níveis do mar, nas de 1°C acima das atuais. estudos ganhe repercussão na mídia, quase sempre
sões sobre o tema central da agenda ambiental, décadas vindouras, além de outros efeitos negativos Quanto às taxas de variação desses indicado- mais inclinada à promoção de um alarmismo sensa-
as mudanças climáticas, têm sido pautadas, pre- atribuídos ao lançamento de compostos de carbono res, não se observa qualquer aceleração anormal cionalista e desorientador.
dominantemente, por motivações ideológicas, po- de origem humana (antropogênicos) na atmosfera, delas nos últimos dois séculos. Ao contrário, nos
líticas, acadêmicas e econômicas restritas. Isto as baseiam-se em projeções de modelos matemáticos, últimos 20.000 anos, desde o início do degelo da
têm afastado, não apenas dos princípios basilares que constituem apenas simplificações limitadas do sis- última glaciação, houve períodos em que as varia- 2) A hipótese “antropogênica” é um
da prática científica, como também dos interesses tema climático - e, portanto, não deveriam ser usados ções de temperaturas e níveis do mar chegaram a desserviço à ciência:
maiores das sociedades de todo o mundo, inclusi- para fundamentar políticas públicas e estratégias de
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Carta aberta a presidente Dilma Rousseff
A boa prática científica pressupõe a busca per- nário semelhante ao verificado entre 1947-1976. vulnerabilidade às oscilações climáticas e outros dados de todas as estações meteorológicas do País,
manente de uma convergência entre hipóteses e Vale observar que, naquele intervalo, o Brasil ex- fenômenos naturais potencialmente perigosos. Tais muitos dos quais sequer foram digitalizados.
evidências. Como a hipótese do aquecimento glo- perimentou uma redução de 10-30% nas chuvas, requisitos incluem, por exemplo, a redundância de
bal antropogênico (AGA) não se fundamenta em o que acarretou problemas de abastecimento de fontes alimentícias (inclusive a disponibilidade de
evidências físicas observadas, a insistência na sua água e geração elétrica, além de um aumento das sementes geneticamente modificadas para todas as 4) A “descarbonização” da economia é desne-
preservação representa um grande desserviço à geadas fortes, que muito contribuíram para erradi- condições climáticas), capacidade de armazena- cessária e economicamente deletéria:
ciência e à sua necessária colocação a serviço do car o café no Paraná. Se tais condições se repeti- mento de alimentos, infraestrutura de transportes,
progresso da humanidade. rem, o País poderá ter sérios problemas, inclusive, energia e comunicações e outros fatores.
A história registra numerosos exemplos dos efeitos nas áreas de expansão da fronteira agrícola das Portanto, o caminho mais racional e eficiente Uma vez que as emissões antropogênicas de
nefastos do atrelamento da ciência a ideologias e ou- regiões Centro-Oeste e Norte e na geração hidre- para aumentar a resiliência da humanidade, dian- carbono não provocam impactos verificáveis no
tros interesses restritos. Nos países da antiga URSS, létrica (particularmente, considerando a prolifera- te das mudanças climáticas inevitáveis, é a eleva- clima global, toda a agenda da”descarbonização”
as ciências biológicas e agrícolas ainda se ressentem ção de reservatórios “a fio d’água”,impostos pelas ção geral dos seus níveis de desenvolvimento e da economia, ou “economia de baixo carbono”, se
das consequências do atraso de décadas provocado restrições ambientais). progresso aos patamares permitidos pela ciência torna desnecessária e contraproducente - sendo,
pela sua subordinação aos ditames e à truculência de A propósito, o decantado limite de 2°C para a ele- e pela tecnologia modernas. Além disso, o alar- na verdade, uma pseudo-solução para um proble-
Trofim D. Lysenko, apoiado pelo ditador Josef Stálin vação das temperaturas, que, supostamente, não po- mismo desvia as atenções das emergências e prio- ma inexistente. A insistência na sua preservação,
e seus sucessores imediatos, que rejeitava a genética, deria ser superado e tem justificado todas as restrições ridades reais. Um exemplo é a indisponibilidade por força da inércia do status quo, não implicará
mesmo diante dos avanços obtidos por cientistas de propostas para os combustíveis fósseis, também não de sistemas de saneamento básico para mais da em qualquer efeito sobre o clima, mas tenderá a
todo o mundo, inclusive na própria URSS, por consi- tem qualquer base científica: trata-se de uma criação metade da população mundial, cujas consequên- aprofundar os seus numerosos impactos negativos.
derá-la uma ciência “burguesa e antirrevolucionária”. “política” do físico Hans-Joachim Schellnhuber, as- cias constituem, de longe, o principal problema O principal deles é o encarecimento desnecessá-
O empenho na imposição do AGA, sem as de- sessor científico do governo alemão, como admitido ambiental do planeta. rio das tarifas de energia e de uma série de ativida-
vidas evidências, equivale a uma versão atual por ele próprio, em uma entrevista à revista Der Spie- Outro é a falta de acesso à eletricidade, que atin- des econômicas, em razão de: a) os pesados subsí-
do”lysenkoísmo”, que tem custado caro à humani- gel (17/10/2010). ge mais de 1,5 bilhão de pessoas, principalmente, na dios concedidos à exploração de fontes energéticas
dade, em recursos humanos, técnicos e econômicos Ásia, África e América Latina. de baixa eficiência, como a eólica e solar - ademais,
desperdiçados com um problema inexistente. No Brasil, sem mencionar o déficit de sane- inaptas para a geração elétrica de base (e já em re-
Ademais, ao conferir ao dióxido de carbono 3) O alarmismo climático é contraprodu- amento, grande parte dos recursos que têm sido tração na União Europeia, que investiu fortemente
(CO2) e outros gases produzidos pelas atividades hu- cente: alocados a programas vinculados às mudanças cli- nelas); b) a imposição de cotas e taxas vinculadas às
manas o papel de principais protagonistas da dinâmi- máticas, segundo o enfoque da redução das emis- emissões de carbono, como fizeram a Austrália, sob
ca climática, a hipótese do AGA simplifica e distorce sões de carbono, teria uma destinação mais útil à grande rejeição popular, e a União Europeia, para
um processo extremamente complexo, no qual intera- O alarmismo que tem caracterizado as discus- sociedade se fossem empregados na correção de viabilizar o seu mercado de créditos de carbono; c)
gem fatores astrofísicos, atmosféricos, geológicos, ge- sões sobre as mudanças climáticas é extremamen- deficiências reais, como: a falta de um satélite me- a imposição de medidas de captura e sequestro de
omorfológicos, oceânicos e biológicos, que a ciência te prejudicial à atitude correta necessária frente a teorológico próprio (de que dispõem países como a carbono (CCS) a várias atividades.
apenas começa a entender em sua abrangência. elas, que deve ser orientada pelo bom senso e pelo China e a Índia); a ampliação e melhor distribuição Os principais beneficiários de tais medidas têm
Um exemplo dos riscos dessa simplificação é a conceito de resiliência, em lugar de submeter as territorial da rede de estações meteorológicas, infe- sido os fornecedores de equipamentos e serviços de
possibilidade real de que o período até a década sociedades a restrições tecnológicas e econômicas rior aos padrões recomendados pela Organização CCS e os participantes dos intrinsecamente inúteis
de 2030 experimente um considerável resfriamen- absolutamente desnecessárias. Meteorológica Mundial, para um território com as mercados de carbono, que não têm qualquer funda-
to, em vez de aquecimento, devido ao efeito com- No caso, resiliência significa a flexibilidade das dimensões do brasileiro; o aumento do número de mento econômico real e se sustentam tão somente em
binado de um período de baixa atividade solar e condições físicas de sobrevivência e funcionamen- radares meteorológicos e a sua interligação aos sis- uma demanda artificial criada sobre uma necessidade
de uma fase de resfriamento do oceano Pacífico to das sociedades, além da capacidade de respos- temas de defesa civil; a consolidação de uma base inexistente. Vale acrescentar que tais mercados têm
(Oscilação Decadal do Pacífico, ODP), em um ce- ta às emergências, permitindo-lhes reduzir a sua nacional de dados climatológicos, agrupando os se prestado a toda sorte de atividades fraudulentas,
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Carta aberta a presidente Dilma Rousseff
inclusive, no Brasil, onde autoridades federais inves- Luiz Carlos Baldicero Molion Ricardo Augusto Felicio Gildo Magalhães dos Santos Filho
tigam contratos de carbono ilegais envolvendo tribos Físico, Doutor em Meteorologia e Pós-doutor em Hi- Meteorologista, Mestre e Doutor em Climatologia Engenheiro Eletrônico, Doutor em História Social e
indígenas, na Amazônia, e a criação irregular de áreas drologia de Florestas Pesquisador Sênior Professor do Departamento de Geografia da Universi- Livre-docente em História da Ciência e
de proteção ambiental para tais finalidades escusas, (aposentado) do Instituto Nacional de Pesquisas Es- dade de São Paulo (USP) Tecnologia Professor Associado do Departamento de
no estado de São Paulo. paciais (INPE) História da Universidade de São Paulo (USP)
Professor Associado da Universidade Federal de Ala- Antonio Jaschke Machado
goas (UFAL) Meteorologista, Mestre e Doutor em Climatologia. Paulo Cesar Martins Pereira de
5) É preciso uma guinada para o futuro: Professor do Departamento de Geografia da Univer- Azevedo Branco
Fernando de Mello Gomide sidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Geólogo, Pesquisador em Geociências (B-Sênior) do
Físico, Professor Titular (aposentado) do Instituto (UNESP) Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Pela primeira vez na história, a humanidade de- Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Especialista em Geoprocessamento e Modelagem Es-
tém um acervo de conhecimentos e recursos físicos, Co-autor do livro Philosophy of Science: Brief His- João Wagner Alencar Castro pacial de Dados em Geociências
técnicos e humanos, para prover a virtual totalidade tory (Amazon Books, 2010, com Marcelo Geólogo, Mestre em Sedimentologia e Doutor em
das necessidades materiais de uma população ainda Samuel Berman) Geomorfologia Professor Adjunto do Daniela de Souza Onça
maior que a atual. Esta perspectiva viabiliza a pos- Departamento de Geologia da Universidade Federal Geógrafa, Mestra e Doutora em Climatologia
sibilidade de se universalizar - de uma forma intei- José Bueno Conti do Rio de Janeiro (UFRJ) Chefe do Departamento Professora da Universidade do Estado de Santa
ramente sustentável - os níveis gerais de bem-estar Geógrafo, Doutor em Geografia Física e Livre-docen- de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional / Catarina (UDESC)
usufruídos pelos países mais avançados, em termos te em Climatologia UFRJ
de infraestrutura de água, saneamento, energia, Professor Titular do Departamento de Geografia da Marcos José de Oliveira
transportes, comunicações, serviços de saúde e edu- Universidade de São Paulo (USP) Helena Polivanov Engenheiro Ambiental, Mestre em Engenharia Am-
cação e outras conquistas da vida civilizada moder- Autor do livro Clima e Meio Ambiente Geóloga, Mestra em Geologia de Engenharia e Dou- biental e Climatologia Aplicada
na. A despeito dos falaciosos argumentos contrários (Atual, 2011) tora em Geologia de Engenharia e Ambiental Profes- Doutorando em Geociências Aplicadas na Universi-
a tal perspectiva, os principais obstáculos à sua con- sora Associada do Departamento de Geologia da Uni- dade de Brasília (UnB)
cretização, em menos de duas gerações, são mentais José Carlos Parente de Oliveira versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
e políticos, e não físicos e ambientais. Físico, Doutor em Física e Pós-doutor em Física da Geraldo Luís Saraiva Lino
Para tanto, o alarmismo ambientalista, em geral, e Atmosfera Professor Associado (aposentado) da Uni- Gustavo Macedo de Mello Baptista Geólogo, coeditor do sítio Alerta em Rede
climático, em particular, terá que ser apeado do seu versidade Federal do Ceará (UFC) Geógrafo, Mestre em Tecnologia Ambiental e Recur- Autor do livro A fraude do aquecimento global: como
atual pedestal de privilégios imerecidos e substituído Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e sos Hídricos e Doutor em Geologia um fenômeno natural foi convertido numa falsa emer-
por uma estratégia que privilegie os princípios cientí- Tecnologia do Ceará (IFCE) Professor Adjunto do Instituto de Geociências da Uni- gência mundial (Capax Dei, 2009)
ficos, o bem comum e o bom senso. versidade de Brasília (UnB)
A conferência Rio+20 poderá ser uma oportuna Francisco Arthur Silva Vecchia Autor do livro Aquecimento Global: ciência ou reli- Maria Angélica Barreto Ramos
plataforma para essa necessária reorientação. Engenheiro de Produção, Mestre em Arquitetura e gião? (Hinterlândia, 2009) Geóloga, Pesquisadora em Geociências (Senior) do
Doutor em Geografia Professor Associado do Depar- Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Kenitiro Suguio tamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Paulo César Soares Mestre em Geociências - Opção Geoquímica Am-
Geólogo, Doutor em Geologia Professor Emérito do Engenharia de São Carlos (USP) Geólogo,Doutor em Ciências e Livre-docente em Es- biental e Especialista em Geoprocessamento e Mo-
Instituto de Geociências da Universidade de São Pau- Diretor do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia tratigrafia Professor Titular da Universidade Federal delagem Espacial de Dados em Geociências Com
lo (USP). Membro titular da Academia Brasileira de Aplicada (CRHEA) do Paraná (UFPR) informações do Diário do Vale.
Ciências
Fonte: Pecuária.com.br
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Matéria
Desde 2005, quando foi publicada a lei estadual ológicas que constituem o território estadual.
nº 6.745, o Pará se tornou um dos poucos estados A lei contém também dispositivos concebidos
brasileiros com instrumentação legal apta a ordenar para induzir a atividade econômica, ao mesmo
a sua ocupação econômica dentro dos modernos tempo em que cria salvaguardas para o meio am-
padrões de sustentabilidade ambiental. Editada no biente, objetivando a preservação dos recursos
dia 6 de maio daquele ano, a lei instituiu o Ma- existentes na natureza. Para materializar essas me-
crozoneamento Ecológico-Econômico do Estado, tas, foi fixado o limite 65%, no mínimo, para áreas
elaborado com base em dados e mapas de geolo- especialmente protegidas, e de 35%, no máximo,
gia, geomorfologia, solos, hidrologia, climatologia, para a consolidação e expansão de atividades pro-
vulnerabilidade natural, potencialidade econômica, dutivas, áreas de recuperação e áreas alteradas.
ecossistemas vegetais, ecorregiões, corredores eco-
lógicos, antropização e definição de áreas prioritá-
rias para a preservação da biodiversidade e de uso
sustentável dos recursos naturais.
O macrozoneamento teve como objetivo compa-
tibilizar a utilização de recursos naturais com a pre-
servação do meio ambiente, bem como realizar o
levantamento e o monitoramento periódico da área
geográfica estadual de acordo com as tendências e o
desenvolvimento científico e tecnológico. Com isso,
o Estado do Pará criou, por ação do Poder Executi- A TERRA ESTÁ AQUECENDO
vo - sendo a proposta aprovada por unanimidade na
Assembleia Legislativa -, todas as condições necessá- Outra mentira. Na verdade, o planeta está pas-
rias para a conservação das amostras representativas sando por um período de resfriamento. Estamos
dos ecossistemas do território estadual. no meio de um fenômeno cíclico no qual a ativi-
Por recomendação contida no próprio texto le- dade do sol sofre considerável diminuição. Isso
gal, as políticas públicas estaduais e municipais pas- deve acontecer até 2030. Vale dizer também que o
saram, desde então, a ser ajustadas às conclusões e normal do planeta é ser frio, já tendo passado por
definições do macrozoneamento. Tais disposições pelo menos nove glaciações com períodos de pelo
vieram disciplinar o uso das terras, das águas, dos menos 100 mil anos, e períodos interglaciais (mais
ecossistemas, da biodiversidade, dos sítios arqueo- quentes) com apenas 10 mil a 12 mil anos cada. O Projeto Integração lavoura-pecuária-floresta (LPF), que já é uma realidade na Amazônia, é uma das ações responsáveis de
lógicos, das cavidades naturais e das estruturas ge- produção, onde o desenvolvimento existe em consonância com a preservação do meio ambiente
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Entrevista Ricardo Augusto Felício
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Entrevista Ricardo Augusto Felício
sando o aquecimento do planeta...”. Em outras pa- RAF: As nuvens têm o papel de refletir energia
lavras, os adeptos da tese do aquecimento pegaram solar de volta para o espaço e, ao mesmo tempo, de
carona num fato que já se sabia que iria acontecer. interagir com a radiação de onda longa, que é térmi-
ca e já vem da superfície. Então, ela tem um papel
duplo, mas ao mesmo tempo as nuvens indicam que
RPR: Quais são os fatores que interferem efetiva- a parte primária da atmosfera, que nós chamamos de
mente no clima do planeta? troposfera, está resfriando a Terra. Então veja: quan-
do você tem esses movimentos convectivos, que são
sempre de baixo para cima e que num primeiro mo-
RAF: A primeira escala é o Sol, não tem como ques- mento levam energia, você também vê as nuvens e
tionar isso. Eu diria que 99,99% da energia que chega a convecção. Podemos dizer, portanto, especialmente
nessa lâmina do planeta Terra que a gente chama de es- aqui na região, que, quando vê isso, você vê que real-
trato geográfico provém do Sol. Esta é uma verdade que mente essa máquina térmica da Terra está bem ativa.
não comporta nenhum tipo de questionamento. Depois
nós temos fatores astronômicos, que são o próprio mo-
vimento da Terra, os raios cósmicos e a poeira estelar, as
poeiras cósmicas que também estão no espaço. Depois,
no sistema Terra, temos a influência dos oceanos. Não
tem como imaginar a climatologia sem ter a noção de
como é que funcionam os oceanos. Depois, nós temos
ainda os vulcões, e depois as grandes calotas de gelo. E
não podemos esquecer de um ente que é fenomenal na
climatologia, que são as nuvens. As nuvens têm o poder
de controlar de um terço a um quarto de balanço de
energia total do planeta. E o pior é que a gente ainda
não conhece quase nada sobre nuvens.
RPR: Lembrando que esse fenômeno é co- Segundo Ricardo Augusto Felício, dizer que o homem é o responsável pelos fenômenos climáticos é uma das estratégias de uma
mum na Amazônia, de que forma as nuvens in- ação conjunta para tolher o avanço de países em desenvolvimento. A Amazônia seria o principal foco desta estratégia pois tem
terferem no clima? grande potencial econômico e sempre foi alvo da cobiça internacional.
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Matéria
Quem já não ouviu falar de James Lovelock? guiram sobreviver no Ártico, onde o clima perma-
Um dos formuladores da teoria do aquecimen- neceria “apenas tolerável”. Agora, num trabalho
to global e, durante décadas, um dos ‘papas’ do que está concluindo e que vai compor uma trilo-
movimento ambientalista internacional, ele acaba gia, Lovelock se mostra bem mais otimista e chega
de fazer um mea culpa . Às vésperas da Rio+20, a apontar meios pelos quais a humanidade pode
James Lovelock, aos 92 anos, admite ter sido ajudar a regular o planeta.
“alarmista” sobre as mudanças climáticas. E não Esse terceiro livro registra, também, uma gui-
só ele, aliás. Muitos outros, conforme admitiu, nada e tanto de opinião. “O problema é que não
também se iludiram ou se deixaram iludir. Entre sabemos o que o clima está fazendo. A gente acha-
outras biografias cintilantes, está neste rol o ex- va que sabia há vinte anos. Isso levou a alguns li-
-presidente americano Al Gore. vros alarmistas – o meu inclusive - porque aquilo
James Lovelock, convém explicar, é tido no parecia claro, mas não aconteceu” - retratou-se o
meio acadêmico, em todo o mundo, como uma agora humilde pesquisador.
espécie de patriarca da teoria do aquecimento
global – ou das mudanças climáticas, como hoje
preferem os ambientalistas. Foi ele o responsável
pelo lançamento da chamada Hipótese de Gaia,
segundo a qual a Terra seria um superorganis-
mo. Essa teoria, acolhida com paixão por parce-
la considerável da comunidade científica – mas
ferozmente combatida por outros eminentes pes-
quisadores -, manteve a humanidade em suspense O NÍVEL DO MAR ESTÁ
durante muitos anos diante da crença numa imi- SUBINDO E PROVOCANDO
nente catástrofe ambiental. Ameaça que, segundo ENCHENTES
o próprio autor, agora está descartada.
As mudanças, segundo ele, estão acontecen- Para que a elevação do nível do mar pudesse in-
do, porém num ritmo e numa intensidade muito fluenciar de maneira significativa nos litorais, seria
menores do que se imaginava. “Nós fomos longe necessário o derretimento de toda a Antártida, e
demais”, confessa o pesquisador, que em 2006, para que isso pudesse acontecer, a temperatura do
num artigo para o jornal inglês Independent, che- planeta deveria elevar-se em aproximadamente 20°
gou a prever que, até 2100, bilhões de pessoas ou 30°.
O resgate de previsões anteriores provam a falácia a respeito do derretimento das geleiras polares. À esquerda, projeções passadas
morreriam e somente alguns poucos casais conse- previam que em 2012 todo o gelo já haveria derretido. Logo acima, vemos as mesmas previsões, só que desta vez jogando o desastre
ambiental para o ano de 2085. Isso prova que estes cenários são montados sem nenhuma base científica.
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Matéria
O DESMATAMENTO TEM INFLUÊNCIA NO CLIMA
Lorenzo Carrasco aponta As florestas tropicais existem justamente por causa da maior exposição à atividade solar, em regi-
ões onde há grande ocorrência de chuvas. A chuva não ocorre por causa das florestas, são elas
destacou, em especial, a conduta violenta do movi- mente impedir o desenvolvimento do Brasil pela
“Tropas de choque”
mento subversivo denominado MST/Via Campesi- intenção de coibir deliberadamente o avanço de
na. Atuando na ilegalidade, conforme frisou Carlos fronteiras agrícolas, os empreendimentos energéti- - Greenpeace;- Friends of the Earth;
- The Nature Conservancy; - Conservation International -
Xavier, essas organizações prejudicam a produção cos, as grandes obras de infraestrutura econômica Environmental Defense Fund;- International Rivers Network; etc.
agropecuária e criam focos permanentes de ten- e as políticas públicas voltadas para o desenvolvi-
são no meio rural em função de suas motivações mento da Amazônia brasileira. “O que se pretende
“Forças auxiliares”
políticas desvinculadas da questão agrária. Xavier com isso é manter o Brasil num ritmo menor de
reafirmou, também, o compromisso do empresaria- desenvolvimento”, advertiu. :- ONGs jurídicas; - ONGs ambientais empresariais; - ONGs ambientais jornalísticas.
do rural paraense com a agropecuária sustentável, Segundo Lorenzo Carrasco, o Brasil é o país
através de modernos sistemas produtivos que con- do mundo que exige o maior percentual de área
“Patrocinadores’’
templem, a um só tempo, a produção de alimentos preservada nas propriedades agrícolas, enquanto
e a preservação do meio ambiente. na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, os - Governos OCDE: EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Noruega, Suécia, Bélgica etc.;
- Fundações privadas;- Empresas privadas.
O jornalista mexicano observou, a propósito, produtores cultivam em suas fazendas sem qual-
que as ações criminosas registradas no meio rural quer limitação. “Por que essas ONGs estrangeiras
só acontecem porque há a permissão tácita do go- não lutam pela reconstituição de reserva legal em
verno brasileiro. E isso, completou, não deve nem suas nações de origem, e vêm fazer isso exatamente
mesmo causar admiração, já que há um leque de aqui no Brasil?” - questionou. Para Carrasco, a Amazônia possui vocação industrial e todas as condições necessárias para o seu desnvolvimento. A pirâmide
acima evidencia toda a estrutura de dominação de organizações internacionais para impedir o desenvolvimento da região. É o
que o jornalista chama de ‘Guerra da quarta geração’.
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Artigo Armando Soares
Espelho, diz a
verdade...
Mapa evidencia a desigual distribuição de energia do planeta. Hemisfério sul está no escuro
No Brasil, a questão do meio ambiente, desma- o tempo, amigo maior da sociedade, mostrou com a ência, que pouca importância dá a garantia de ter em
tamento, clima, política ambiental, não é de ordem esquerda no poder, foi que ser contra o período dos sua mesa comida que sustenta a vida. Seria desumano
técnica, mas de ordem político-ideológica e de colo- militares no poder está rendendo benefícios extraor- e irracional se os produtores brasileiros fizessem uma
nização moderna. O interesse da esquerda revolu- dinários, pagos pela sociedade que trabalha, produz e greve e parassem de produzir para despertar o povo
cionária, aquela que morreu com a União Soviética, nada deve à política e políticos. de sua importância no contexto social, econômico e
busca sobreviver no Brasil, acomodada no seio do Insisto na necessidade de a sociedade exigir a reti- político. Se assim não agem é em razão de seu espíri-
ambientalismo, onde encontra oxigênio para se man- rada da máscara que esconde verdades que vêm impe- to de brasilidade e de humanidade, além, é claro de
ter viva e ambiente para combater a livre iniciativa, a dindo que o Brasil tome o rumo desejado, diferente da garantir sua renda do trabalho, sua e das pessoas que
propriedade privada e o Estado de Direito. Essa entre que os políticos desprovidos de ética, moral e brasilida- colaboram para a produção. Fazendo uma comparação
outras razões são favorecidas por um governo de es- de tentam por todos os meios impor a uma sociedade entre produtores rurais e ambientalistas e ongueiros (que
querda que vem permitindo a quebra da soberania lamentavelmente na sua maioria despida de consciên- operam em ONGs), fica fácil verificar a enorme distân-
amazônica, a imobilização de sua economia que mata cia política sadia, razão de sua ignorância cultural. cia de grande parte do povo brasileiro da racionalidade,
o núcleo produtivo, a invasão de propriedades e ou- Meio ambiente lembra a Rio+20 e o Código Flo- em outras palavras, parte do povo brasileiro, onde se in-
tras violências contra quem quer produzir na região, restal. A ausência do presidente dos Estados Unidos, clui artistas de televisão, prefere apoiar o ambientalismo
tudo ao arrepio da lei. As ONGs que se instalaram na Barack Obama; do chanceler da Alemanha, Angela estéril e predador que nada produz a apoiar o produtor
Amazônia, como a Imazon, Greenpeace, WWF, e Merkel; dos primeiros-ministros da Inglaterra, David rural que garante a comida, a vida. O que explica essa
outras, não incomodam os revolucionários de esquer- Cameron, e do Canadá, Stephen Harper, à Confe- anomalia de comportamento? Insanidade?
da, isto porque os meios são os mesmos para ambos, rência Rio+20, os principais responsáveis pelo am- Construir o Código Florestal pelas mãos de um
os fins é que são diferentes. bientalismo mundial predador, reflete o início do fim governo comprometido com interesses estrangeiros e
A “Comissão da Verdade” seria bem vinda ao país de uma estratégia de dominação via meio ambiente, apenas com o Brasil rico do sul, sudeste e centro-oes-
se pudesse ser utilizada, não para revanchismo e bai- decomposição resultante da crise econômica mundial te, é temerário e insensato. A Amazônia nesse contex-
xaria, mas para abrir para a sociedade a verdade da com extensão para o Brasil, crise que apesar de estar to é apenas produto de troca, de comércio e quintal
alcova governamental, da política e do mecanismo escondida dos brasileiros pelo governo, pode causar do Brasil rico, obrigada a produzir energia para man-
da corrupção. Trazer para os nossos dias os excessos profundas feridas na economia e no segmento pro- ter a máquina industrial brasileira funcionando sem
dos militares e dos comunistas em tempo excepcional dutivo. O dia-a-dia atribulado do brasileiro e a mídia nenhuma vantagem econômica. Essa lei – o Código
é perda de tempo, é coisa do passado e enterrada fazem com que os brasileiros esqueçam que tem mi- Florestal - vai ser mais uma das excrecências produzi-
na história, é submeter os militares a uma espécie de lhões de pessoas morrendo de fome no mundo e que, da por um governo antidemocrático.
“Tribunal Popular” para serem condenados por uma graças ao trabalho de produtores rurais brasileiros, o O povo brasileiro tem que forçar o espelho da “fei-
comunidade comunista comprovadamente corrupta, país está livre dessa desgraça. O povo brasileiro é tão ticeira” a dizer a verdade que se esconde nas alcovas
que vem enriquecendo com dinheiro público. O que confiante no trabalho do produtor rural e na sua efici- do governo e de políticos. *Armando Soares é economista. Foi o criador e presidiu por dois
mandatos o Centro das Indústrias do Pará (CIP)
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Aconteceu
Fotos: Edinelson Alves
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Artigo Luiz Carlos Baldicero Molion
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Entrevista Luiz Carlos Baldicero Molion
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Matéria
O EFEITO ESTUFA É O VILÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL
PhD em metereologia garante: É uma física impossível, não existe um conceito cientifico que justifique esse efeito. A terra
tem essa temperatura por causa da sua atmosfera. Ela recebe energia do sol que interage com a
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Na Mídia
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