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Hipotálamo produz uma série de hormônios que controlam a hipófise e recebe uma grande
interferência do córtex cerebral. A hipófise encontra-
se no interior da sela turca, mede cerca de 1 cm e é
extremamente vascularizada, de modo que, durante a
gestação, por exemplo, devido ao aumento da
produção de prolactina, a hipófise pode aumentar até
35% de tamanho. Sendo assim, o aumento do
tamanho e, consequentemente, da pressão exercida
pela hipófise pode provocar cefaléia, alteração da
visão, como amaurose, por comprossão do quiasma
óptico. Portanto, sintomatologia de um tumor
hipofisário pode ser por liberação hormonal ou por
compressão de outras estruturas/ efeito expansivo.
Por isso, esses dois fatores são utilizados para classificar os tumores hipofisários.
I. Tamanho
Microtumores: menor que 10 mm. As repercussões são muito mais
relacionadas à produção de hormônio ou um achado incidental em exame de
imagem.
Macrotumores: maior ou igual a 10 mm. 99% são macroadenomas – benignos,
não provocam metástases à distância e surgem em torno dos 30 anos de
Cerca de 10% das RM apresentam incidentalomas sem valor clínico e de 6% a 22% das
autópsias apresentam esses nódulos incidentais.
Não esquecer:
Tumores produtores de GH
As repercussões clínicas dependem da idade do paciente. Na criança, o GH provoca um
crescimento axial já que as epífises ainda promovem o crescimento: gigantismo; além disso, a
criança também terá um maior crescimento das extremidades: acromegalia. De modo em
geral, esses pacientes têm um crescimento muito superior à população em geral, passando de
2,10m de altura. Já no adulto, ocorre somente a acromegalia, de evolução muito lenta, pelo
fechamento das epífises após a adolescência. Sendo assim, esses pacientes apresentam
alargamento dos ossos chatos: prognatismo, crescimento das mãos e dos pés, por exemplo. A
somatostatina é um hormônio que inibe o GH e é utilizado como forma de tratamento. O GH
tem efeito trófico tanto nos ossos, quanto nos músculos (maior incidência de cardiopatia nos
adultos); estimula a lipólise como fonte energética (crianças geralmente são mais magras);
estimula a liberação de IGF-1, que é o “verdadeiro hormônio do crescimento”, ele é produzido
pelo fígado e ativado pelo GH (é dosado para avaliar o tratamento). No nanismo de Laron, os
níveis de GH são elevados, mas o IGF-1 não tem ação sobre o tecido periférico.
Suspeita clínica:
Diagnóstico laboratorial:
Tratamento:
Tumores pequenos, de até 1 cm, é possível fazer a cirurgia transfenoidal. Cura é de 70-
80%. Se houver expansão (macroadenomas), a cura é de apenas de 30-40% com a cirurgia. A
radioterapia pode provocar a supressão da produção dos outros hormônios, como
hipotireoidismo central, insuficiência adrenal, hipogonadismo. Os análogos da somatostatina
podem ser usados em tumores grandes para diminuir a produção de GH. Inibidores do
receptor de GH também podem ser usados. A dopamina é utilizada em tumores mistos que
também secretam prolactina.
Critérios de cura:
A prolactina inibe a liberação pulsátil de LH e FSH pela hipófise. Com isso, se perde o
estímulo tanto de estrógeno quanto testosterona, provocando amenorreia, perda de libido,
disfunção erétil e hipogonadismo.
Exame laboratorial (prolactina pool): realiza-se três coletas com intervalo de 30 min
entre cada uma e se faz a dosagem total de prolactina para reduzir o impacto do estresse nos
níveis de prolactina. Em mulheres não grávidas nem amamentando, se o exame revelar até
20ng/mL é considerado normal, entre 20 e 100 ng/mL, a hiperprolactinemia é considerada,
geralmente, de causa não tumoral, ex.: medicamento; prolactina acima de 150ng/mL – tumor,
até que se prove o contrário. O nível de prolactina está diretamente relacionado ao tamanho
do tumor.
TTO: 1º clínico!
Hipopituitarismo
No hipopituitarismo ocorre um comprometimento da produção/ liberação dos
hormônios hipofisários quase por completo e a sintomatologia só ocorre após o
comprometimento de, no mínimo, 75% do tecido hipofisário e varia conforme os hormônios
comprometidos. Normalmente, o primeiro hormônio afetado é o GH, porém, no adulto, não é
tão evidente essa alteração, já, na criança, é rapidamente percebido. Principais causas de
hipopituitarismo: