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2 - Manual Do Formando GestaoAmbiental PDF
2 - Manual Do Formando GestaoAmbiental PDF
Gestão Ambiental
António Lencastre Godinho
F IC H A T É CN IC A
Gestão Ambiental
António Lencastre Godinho
Ambiente
Versão - 02
ISLA de Leiria
Gabinete de Formação
ISBN 000-00-0000-0
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
NOTA:
O presente manual apresenta a seguinte estrutura:
− Está organizado em 5 capítulos
− Cada capítulo tem a seguinte organização:
o Objectivos
o Tópicos
o Desenvolvimento dos conteúdos
o Notas de rodapé fazendo referência a meios complementares de estudo
o No final do conjunto de conteúdos que equivalem a uma lição:
Resumo do módulo
Auto-avaliação – as fichas de autoavaliação encontram-se no ficheiro
indicado. Esse mesmo ficheiro contém as soluções das fichas de trabalho.
Resolução do estudo de caso
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Tópicos
1 Introdução à Gestão Ambiental
1.1 Sustentabilidade Ambiental
1.2 Actividades económicas e poluição ambiental
1.3 Gestão Ambiental
1.4 Evolução dos Sistemas de Gestão Ambiental
1.5 Razões para implementar um sistema de gestão ambiental
1.6 Dificuldades na implementação de um sistema de gestão ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
− Os parceiros negociais estão, mais do que nunca, interessados nas políticas ambientais das
empresas com quem mantêm relações de negócio, ou por motivos de cooperação, ou para os
abandonar quando as suas performances ambientais não os satisfizerem.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
1.1.1 Autoavaliação
Poluir será, pois, ameaçar o funcionamento dos meios naturais, explorando-os acima dos seus
níveis de reversibilidade ou despejando detritos em grande escala sem preocupações de reciclagem
para os recolocar, de novo, no funcionamento da máquina económica. Ao nível individual ou duma
empresa, poluir equivale a participar na degradação do ambiente, ameaçando o equilíbrio natural,
contribuindo para o esgotamento dos recursos naturais ou para a sua degradação (Ordre Des Experts
Contables, 1996a).
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Um poluente será qualquer material estranho ou forma de energia, cujo grau de transferência
entre os seus componentes e os factores do ambiente é de tal modo alterado, que o bem-estar dos
organismos ou ecossistemas é, negativamente, afectado. Os poluentes subsistem sob a forma de
gases, líquidos, sólidos, ruídos, odores, descargas radioactivas, ou outras, incapacitando os recursos
para os seus fins específicos ou afectando adversamente humanos, edifícios ou a vida animal
(Henning, 1989). Os poluentes afectam o ar, a água, os solos e a vida em geral, verificando-se, em
1
muitas circunstâncias, efeitos sinergéticos trágicos que estão na origem dos desastres ambientais
Os impactos negativos sobre o meio ambiente podem manifestar-se, entre outras, através das
seguintes formas (Winter, 1992):
− Efluentes industriais, que são desperdícios sob a forma líquida ou gasosa, descarregados no
meio ambiente, tratados ou não. Geralmente, referem-se a poluentes introduzidos em meio
aquático, cujo potencial nocivo pode incluir a desoxigenação, assoreamento e
envenenamento de rios, lagos e mares (Lowe, 1980).
− Emissões de gases com cheiro pestilento provenientes das indústrias ofensivas (offensive
trades), como matadouros, fabricantes de rações, indústrias de peixe, gorduras.
1
Para obter mais informações sobre o tema tratado nesta lição, disponibilizam-se os seguintes anexos: Anexo A11 – Tabela de
Poluentes (informações complementares sobre os principais poluentes, e os respectivos impactes.); Anexo A12 – Poluentes
Atmosféricos; Anexo A13 – O recurso Água; A14 – Ambiente e Energia
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Para obter um conhecimento mais aprofundado sobre as questões da sustentabilidade pode consultar o ficheiro A15 – A
Preservação do Ambiente e A16 – Carta das cidades europeias para a sustentabilidade
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
− Ruídos excessivos devidos à própria maquinaria e que podem ser a causa de algumas
doenças profissionais ou de incómodo da vizinhança.
− Resíduos perigosos. O Decreto-Lei nº 178/2006 define resíduo perigoso como “o resíduo que
apresente, pelo menos, uma característica de perigosidade para a saúde ou para o ambiente,
nomeadamente os identificados como tal na LER”. De entre estes podem destacar-se:
o Resíduos tóxicos, que são um tipo especial de resíduos perigosos. Nestas categorias
incluem-se anti-congelantes, amianto, óleo de travões, luzes fluorescentes, resíduos
resultantes do polimento de mobílias, limpadores de fornos, petróleo, medicamentos
antigos, pinturas e solventes, pesticidas, herbicidas, entre outros. O grau de
nocividade pode ser medido pelas seguintes características: (1) toxicidade (grau de
envenenamento), (2) persistência (tempo de decomposição) e (3) bioacumulação
(repercussão na cadeia alimentar) (Sadgrove, 1997).
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Síntese
− Poluir é ameaçar o funcionamento dos meios naturais, explorando-os acima dos seus
níveis de reversibilidade
− Um poluente é qualquer material estranho ou forma de energia, cujo grau de
transferência entre os seus componentes e os factores do ambiente é de tal modo
alterado, que o bem-estar dos organismos ou ecossistemas é, negativamente, afectado
− O Homem deve maximizar a utilização dos recursos perpétuos, assegurar a
renovação dos recursos renováveis, e minimizar a utilização dos recursos não
renováveis
1.2.1 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 2 – Actividades económicas e poluição ambiental (Fichas de
Trabalho – Autoavaliação Formando)
A Gestão Ambiental pode ser definida como um conjunto de processos, que gerem as relações
entre o ser humano e o ambiente, e as transformações por ele proporcionadas, tendo em linha de
conta variáveis, como o desenvolvimento sustentável, as políticas ambientais, a legislação ambiental,
internacional, comunitária, nacional e as auditorias ambientais.
Actuar sobre as modificações causadas no meio ambiente, como por exemplo, a deposição de
resíduos, ou as emissões e/ou efluentes contaminados, para manter um ambiente saudável para
todos, no presente e no futuro, exige uma mudança na cultura empresarial, que deve ser alavancada
pelo recurso sistemático a ferramentas, especificamente criadas para o efeito, como é o caso dos
Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), que são parte de um sistema de gestão de uma organização,
utilizados para desenvolver e implementar a sua política ambiental e gerir os seus aspectos
ambientais.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Do ponto de vista histórico a primeira norma de gestão ambiental, baseada no ciclo de Deming
(PDCA – Plan-do-Check-act) foi publicada em 1992 pelo organismo britânico, British Standards
Institution (BSI), sendo conhecida por BS 7750, com os seguintes objectivos, entre outros:
Começou por ser implantada num programa piloto de 230 empresas o que permitiu uma revisão
em 1994, mais sob o ponto de vista da clarificação, do que de alterações de fundo.
Boa parte do texto desta norma, foi utilizado no projecto da Comunidade Europeia, conhecido como
o regulamento EMAS (Eco management and audit scheeme), que foi aprovado definitivamente em
1993 com a designação de “Regulamento CEE nº 1836/93, que permitia que as empresas do sector
industrial aderissem voluntariamente a um sistema comunitário de gestão e auditoria ambiental, de
forma a melhorarem as suas actuações ambientais e facilitando a informação à sociedade.
Também em 1993 apareceu uma norma espanhola denominada UNE 77-801, e uma norma
francesa, XF 30-200, na mesma linha da BS 7750.
No ano de 1993, a ISO reuniu diversos profissionais e criou um comité, designado por “Comité
Técnico TC 207”, dividido em diversos sub comités com o objectivo de desenvolver normas (série
14000) nas seguintes áreas ambientais:
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Até ao momento actual, foram publicadas variadíssimas normas, ISO, algumas já foram revistas e
outras aguardam publicação. Na figura seguinte apresenta-se o panorama geral das normas série
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ISO 14000 e sobre a questão ambiental.
3
No anexo A17 – Normas série ISO 14000 apresentam-se o estado actual das normas ISO sobre a questão
ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Em 2001 foi revisto o regulamento EMAS, que levou à sua revogação, sendo suportado
actualmente pelo Regulamento (CE) nº 761/2001 do PE e do Conselho, com as alterações
introduzidas pelo Regulamento (CE) 196/2006 do PE e da Comissão que altera o seu Anexo I, tendo
em vista a aproximação à norma ISO 14001:2004
Como a cada 5 anos as normas ISO estão sujeitas a um processo de revisão, o respectivo Comité
Técnico, após 4 anos de trabalho, publicou em 15.11.2004 a nova ISO 14001:2004, não para
acrescentar novos requisitos, mas sobretudo para clarificar, simplificar e promover um maior
alinhamento com a norma ISO 9001:2000. Neste processo de revisão também foi publicada uma
versão actualizada da norma ISO 14004 (texto em inglês). Em Portugal e após uma emenda à norma
no ano de 2006, a norma é apresentada como NP EN ISO 14001:2004 /emenda 1:2006 (1ª ed),
adiante designada por ISO 14001:2004.
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Se quiser saber mais alguma coisa sobre a questão ambiental consulte A21 – Evolução da vigilância ambiental
5
A obtenção destes dados, que foram posteriormente tratados resultou da consulta site www.ipq.pt
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
− Liderança no mercado
− Aumento de quotas de mercado directamente relacionadas com produtos ecológicos
Aumento de
Vantagens − Melhoria da imagem
competitivas
− Melhoria das relações públicas, e internas com trabalhadores e colaboradores
− Reconhecimento internacional por ter obtido certificações ambientais
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
A par dos inegáveis benefícios existem sérias dificuldades que podem obstar à implementação de
SGA, nomeadamente:
Síntese
− A gestão ambiental gere as relações entre o ser humano e o ambiente e as
transformações ambientais por ela proporcionadas, com base no desenvolvimento
sustentável, políticas e legislação ambientais.
− Os sistemas de gestão ambiental apareceram na década de 90, mas o grande
desenvolvimento apenas se verifica com a publicação da norma ISO 14001 em
1996, estando actualmente em vigor a EN ISO 14001:2004/emenda 1:2006 (Ed 1),
designada neste manual por ISO 14001:2004
− Tem sido muitas as razões que levam as organizações à implementação de SGA,
destacando-se, sobretudo as vantagens económicas que podem trazer aumento de
receitas, de mercado pela melhoria de imagem, internas pelo aumento da eficiência
e redução de custos e sinergéticas por potenciarem cada uma das vantagens
anteriores.
− Também são apontadas desvantagens, mas as que tem maior peso associam-se
aos custos de implementação, manutenção e certificação.
1.6.1 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 3 – Gestão ambiental (Fichas de Trabalho – Autoavaliação
Formando)
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Objectivos
Gerais:
− Interpretar os requisitos de uma SGA segundo a norma ISO 14001 a uma
organização.
Específicos:
− Conhecer a metodologia em que se baseia a implementação de um SGA
− Conhecer e compreender a estrutura da norma ISO 14001:2004
− Identificar os principais termos e definições
− Compreender a abrangência do conteúdo do requisito “Requisitos Gerais”
− Identificar os requisitos a que deve obedecer a política ambiental
− Analisar as características dos requisitos do planeamento
Tópicos
2 Apresentação da Norma EN ISO 14001:2004
2.1 Estrutura da Norma ISO 14001
2.2 Análise do requisito “Requisitos Gerais” (4.1)
2.3 Análise do requisito Política Ambiental (4.2)
2.4 Análise dos requisitos do Planeamento (4.3)
2.4.1 Aspectos Ambientais (4.3.1)
2.4.2 Requisitos Legais e Outros requisitos (4.3.2)
2.4.3 Objectivos, metas e programas 35
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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A presente NI encontra-se organizada da seguinte forma :
Clarificação muito importante sobre o espírito da tradução de alguns dos termos utilizados
nesta NI:
Preâmbulo − “Deve” ou “devem” (“shall”) – para um cariz de exigência
Nacional − “Deverá” ou “deverão” (“Should”) – para um cariz de aconselhamento/conveniência
− “Pode” ou “Podem” (“can”) – para um cariz de capacidade para
− “Poderá” ou “Poderão” (“may”) – para um cariz de alternativa a
Faz referência ao comité de elaboração – Comité técnico ISO/TC 207, à forma como esta NI
Preâmbulo adquire o estatuto de norma nacional e aos países onde esta NI deve ser implementada
pelos organismos nacionais de normalização, onde se refere Portugal.
6
No Anexo A21 – Resumo ISO 14001:2004, apresenta um resumo da estrutura desta NI, que pode utilizar como
guia de apoio ao estudo e aplicação dos seus requisitos. No Anexo A23 – ISO 14001:2004 apresenta-se a
transcrição do texto na norma ISO 14001:2004.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
2.Referências Não são referidas quaisquer referências a não ser a edição anterior da própria
Normativas norma, ou seja a ISO 14001:1996
3.Termos e Esta NI utiliza um determinado tipo de vocabulário que define de forma clara neste
definições ponto da norma
Anexo B –
Correspondência entre a ISO 14001:2004 e a ISO 9001:2000
informativo
Bibliografia
Neste ponto identifica as normas da série ISO que são referidas na presente norma.
Pretende-se que esta NI seja aplicável a organizações de todos os tipos e dimensões, condições
geográficas e culturais. A presente NI contém apenas os requisitos que podem ser objectivamente
auditados. As orientações relativas às técnicas de gestão ambiental estão incluídas em outras
7
normas internacionais, nomeadamente a norma ISO 14004:2004 . Segundo o objectivo e campo de
aplicação, esta NI tem vários níveis de aplicação, sendo que o estádio final é o que corresponde à
obtenção da certificação/registo do seu SGA por uma entidade certificadora externa. A certificação é
o processo de atestar a conformidade com um documento de referência, de forma credível. Tal como
já referimos, existem em Portugal várias entidades certificadoras e nem todas têm os mesmos
8
procedimentos de certificação .
7
O Anexo A21 ISO 14001:2004 apresenta o texto integral desta norma, em inglês. É um instrumento bastante
útil para a fase de implementação do SGA.
8
Foram compilados alguns documentos sobre certificação de nos Anexos A01 a A10.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Da estrutura desta Norma Internacional (NI) o ponto Introdução destaca que é baseada na
conhecida metodologia Ciclo de Deming, PDCA (Plan-Do-Check-Act) (Planear-agir-verificar-actuar),
(tal como nos sistemas da qualidade):
De entre as 20 definições que a norma apresenta no ponto 3, e que devem ser dominadas por
quem pretende estabelecer e/ou implementar um SGA, destacam-se, pela frequência da utilização e
importância, as que se apresentam na figura seguinte e que serão objecto de clarificação no estudo
10
dos requisitos desta NI .
9
Este curso será ilustrado com um estudo de caso denominado Emoção & Lazer baseado numa empresa real,
tendo sido estruturado com base numa abordagem por processos. Que se encontra descrita no procedimento
documentado no Anexo 23 – Abordagem por processos (ficheiro em Word) e Anexo 24 – Abordagem por
processos (ficheiro em Excel).A abordagem pró processos teve como base o doccumento do Anexo 25 –
Projecto de a bordagem por processos de um sistema integrado.
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No Anexo A24 - Termos e definições, pode aceder a todas as definições com interesse, bem como a um
esquema de relacionamento entre alguns termos e definições.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Figura 7: Relação entre alguns dos termos e definições referidos no ponto 3 da norma
O ponto 4 desta NI está organizado em função dos cinco princípios em que se baseia a sua
aplicação, com vista à melhoria contínua.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
A especificação deste requisito está baseada no conceito de que a organização irá periodicamente
fazer análises críticas, rever e avaliar o seu SGA para identificar oportunidades de melhoria e sua
implementação. Pretende-se que melhorias na gestão ambiental resultem em melhorias
adicionais no desempenho ambiental.
11
Para a elaboração do levantamento ambiental podem seguir-se as orientações do Anexo VII do Regulamento
761/2001 (EMAS), que identifica 5 domínios-chave (ver este documento no Anexo 23 do módulo 5)
(1) Requisitos legais e outras que a organização subscreva:
(2) Identificação de aspectos ambientais com impacte ambiental significativo e compilação de um registo dos
aspectos ambientais identificados como significativos;
(3) Descrição dos critérios de avaliação da significância;
(4) Exame das práticas e procedimentos de gestão ambiental identificados;
(5) Avaliação da experiência obtida com investigações anteriores
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Neste curso é apresentado um estudo de caso denominado Emoção & Lazer, incluído numa pasta com a
mesma designação que inclui um Levantamento Ambiental. Este está identificado como Anexo 01. O ficheiro de
Word contém o relatório final e o ficheiro de Excel é um documento de trabalho que serviu de apoio à elaboração
desse relatório
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
2.2.1 Auto-avaliação
Atendendo aos objectivos globais do curso pretende-se que o(s) formando (s) sejam avaliados pela
sua capacidade de estruturar e implementar um sistema de gestão ambiental. Deve dar início à
resolução do estudo de caso da empresa Metaltubo preparado a partir de uma empresa real. O
estudo de caso está compilado nos seguintes ficheiros:
1 Introdução
2 Apresentação da Empresa
3 Levantamento Ambiental
4 Fluxograma de entradas e saídas
5 Gestão documental
6 Abordagem por processos
7 Pedidos
O objectivo é que o formando (s) elabore os pedidos do estudo de caso, com a colaboração do
formador e com a finalização do curso apresente o estudo de caso estruturado, ou seja tenha
elaborado os documentos essenciais à implementação do SGA. Apresentação de um pequeno
relatório com o resumo dos elementos essenciais do levantamento ambiental (Anexo 01)
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
A Gestão de topo deve definir a política ambiental da organização e garantir que, no âmbito
definido para o seu sistema de gestão ambiental, esta política
a) é adequada à natureza, à escala e aos impactes ambientais das suas actividades,
produtos e serviços,
b) inclui um compromisso de melhoria contínua e de prevenção da poluição,
4.2 c) inclui um compromisso de cumprimento dos requisitos legais aplicáveis e de outros
Política requisitos que a organização subscreva relativos aos seus aspectos ambientais,
Ambiental d) proporciona o enquadramento para estabelecer e rever os objectivos e metas
ambientais,
e) está documentada, implementada e mantida,
f) é comunicada a todas as pessoas que trabalham para a organização ou em seu
nome, e
g) está disponível ao público.
A política ambiental, que deverá ser definida no início do processo de implementação do SGA,
representa os princípios pelos quais a organização se rege em termos ambientais. Deve servir
de base ao estabelecimento de objectivos e metas, neste sentido a PA deve definir os princípios do
desempenho ambiental da organização através dos quais o SGA é avaliado. A PA deve ser
adequada à organização, logo deve reflectir a sua natureza, escala e impactes ambientais associados
às suas actividades, produtos e serviços, As decisões que a organização toma em sede de
planeamento devem ser justificadas e suportadas ao nível da política. O conteúdo da PA deve ser
baseado nestes 3 compromissos:
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Não existe um modelo específico para a sua elaboração, no entanto é normalmente redigida sob a
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forma de carta e assinada pela alta direcção. . Uma das principais alterações relativamente à 1ª
versão desta NI é que, a política deve ser comunicada “a todas as pessoas que trabalham para a
organização ou em seu nome”. A figura seguinte resume as charadísticas a que a PA deve obedecer.
13
Nos anexos A25 – Políticas Ambientais, encontram-se alguns exemplos de políticas de empresas nacionais,
divulgadas através da Internet, aliás uma das formas possíveis para cumprir com o requisito “disponível ao
público”. No estudo de caso Emoção & Laser o Anexo 02 contém a política da Qualidade e Ambiente.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Resumo
2.3.1 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 5 – Requisitos gerais e politica ambiental (Fichas de Trabalho –
Autoavaliação Formando)
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Para melhorar os conhecimentos sobre aspectos e impactes este manual disponibiliza os seguintes anexos:
A26 – Cuidar da água, A27 – Curso de Poluição do Ar; A28 – Efeito de estufa e convenção sobre o clima; A29 –
Lista de Frases de Risco; A210 – Manual Luminotécnico; A211 – Prevenção dos Resíduos Industriais; A212 –
Reciclagem de lâmpadas aspectos ambientais e tecnológicos; A213 – Tratamento de Resíduos sólidos, A214 –
Poupe hoje para ter amanhã.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Figura 13: Avaliação de impacte ambiental para filtragem dos aspectos significativos, segundo critérios
especificados
Um aspecto muito importante, que não pode ser descurado na análise dos aspectos ambientais, é
o tipo de controlo que pode ser exercido, directo e indirecto (ou que pode influenciar). Na figura 14
apresentam-se alguns descritores ambientais com exemplos de controlo directo e indirecto sobre os
mesmos.
− ISO 14040 Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida – Princípios e práticas gerais
− ISO 14041 Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida – Definição do âmbito, metas e
inventário
− ISO 14042 Gestão ambiental - avaliação do ciclo de vida - avaliação dos impactes do ciclo de
vida
− ISO 14043 Gestão ambiental - avaliação do ciclo de vida - interpretação do ciclo de vida
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Nesta fase de planeamento do SGA deverão fazer-se pontos da situação para encontrar as suas
debilidades e, no curto prazo, aplicar oportunidades de melhoria.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
A significância é um conceito relativo que não pode ser definido em termos absolutos. O que é
significativo para uma organização pode não ser para outra. A avaliação da significância dos
impactes é um processo que requer a definição prévia de critérios de avaliação, o que se pode
traduzir em valorações diferentes do mesmo impacte em diferentes organizações. Na figura seguinte
apresentam-se alguns exemplos de critérios ou filtros de significância.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Etapas Descrição
para que o exame tenha significado e pequena o suficiente para que seja adequadamente
compreendida. Neste processo devem considerar-se:
− Requisitos legais
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Etapas Descrição
identificar:
A importância de cada impacto ambiental identificado pode variar de uma organização para
− Probabilidade de ocorrência
Avaliar a
4 significância − Escala do impacte
dos impactes
− Frequência e duração
− Severidade
− Requisitos legais
Segregar A etapa anterior permite graduar os impactes ambientais e destacar os mais significativos e
aspectos
5
ambientais quais são os aspectos ambientais significativos associados. Estes devem ficar listados,
significativos
registados e ordenados
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Em suma, e segundo uma proposta do documento “Orientações para a Identificação dos Aspecto
Ambientais e a Avaliação da sua Importância” do EMAS o processo de identificação dos aspectos
ambientais significativos pode ser sintetizado conforme se mostra na figura seguinte:
Apesar do requisito 4.3.1 – Aspectos Ambientais, não exigir um procedimento documentado para
identificação e avaliação da significância dos aspectos ambientais, este é um dos casos em que faz
todo o sentido que seja elaborado um, dado que:
− Como os aspectos ambientais estão quase sempre associados a requisitos legais, deve estar
documentada a forma como a organização controla esses aspectos ambientais;
− É necessário garantir que toda a actividade que leva à avaliação da significância dos aspectos
ambientais é executada de forma consistente.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Com a conjugação destes dois parâmetros determina-se o Índice de Risco de Ambiental, que pode
variar entre 1 e 4.
15
No anexo A221 pode consultar um modelo de procedimento para a identificação e avaliação da significância
dos aspectos ambientais que tem associado um ficheiro de Excel que materializa as indicações do procedimento
documentado para a avaliação da significância dos aspectos ambientais
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Determinado o Índice de Risco, pode utilizar-se um outro parâmetro de avaliação, por exemplo o
Controlo Operacional exercitado sobre os aspectos ambientais:
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
A figura 24 resume o cálculo do índice de risco e do índice de significância com base nos
parâmetros definidos, tendo-se concluído que é significativo. A figura 25 mostra como o tema pode
16
ser tratado através de uma matriz de registo.
16
Continuando com o estudo de caso Emoção & Lazer. O Anexo 03 contém o procedimento documentado de
Identificação e Avaliação dos Aspectos Ambientais e o Anexo 04 materializa todo o processo de avaliação dos
aspectos ambientais através de um conjunto de matrizes.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Resumo
2.4.2 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 6 – Requisitos do planeamento – aspectos ambientais (Fichas de
Trabalho – Autoavaliação Formando)
− Identificação e avaliação da significância dos aspectos ambientais num ficheiro de Excel num
dos ficheiros de Excel disponibilizados neste curso (Anexo 04).
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
São diversos os requisitos legais a que a organização deve aceder para estar em conformidade
legal. Mas pode não ser suficiente, para estar em conformidade legal, obedecer apenas a requisitos
legais. Na categoria de “outros requisitos” a lista pode ser extensa. Na tabela seguinte estão
referenciados alguns exemplos, bem como fontes de consulta.
− Específicos à actividade (por exemplo, − Acordos com autoridades públicas − Governo, Comunidade,
licenças de operação); − Acordos com clientes outros Organismos
Conforme se pode ver na figura seguinte, esta NI refere explicitamente que existem duas fases
neste requisito: (1) “identificar e ter acesso a” (2) “determinar como estes requisitos se aplicam aos
seus aspectos ambientais”. Tratou-se de uma alteração importante relativamente à norma anterior
que permitia que as organizações fizessem listas de legislação sem indicar a sua aplicabilidade.
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Sem ser, de modo algum exaustivo, pois esta é uma formação em SGA e não em Legislação
Ambiental, achou-se, no entanto essencial, referir os principais textos legais tendo em conta os
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principais descritores ambientais, bem como disponibilizá-los em anexo. .
Actualmente, quase não se coloca o problema de ter acesso aos textos legais, pela sua
disponibilidade na internet de forma gratuita. Já o determinar como estes requisitos se aplicam aos
aspectos ambientais, exige conhecimentos específicos, sempre actualizados. Aproveitando o que de
bom se vai fazendo em Portugal nesta área, foi recentemente publicado pela União das Associações
Empresariais da Região Norte, um “Manual de boas práticas ambientais e de responsabilidade
social”, que se apresenta por áreas temáticas com um enquadramento legal exaustivo e actualizado e
18
que se traduz num documento muito válido no controlo dos aspectos ambientais .
17
No Anexo A215 – Legislação Ambiental Básica por descritores, estão disponíveis todos os textos legislativos
indicados na figura.27
18
Este documento está referenciado como anexo A224
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Manual do Formando | Gestão Ambiental
Apesar da norma de referência não exigir um procedimento documentado, também se pode optar
19
pela sua elaboração, devendo ter sempre associadas matrizes de listas de legislação aplicáveis
19
O anexos A22 apresenta um exemplo para um procedimento de RLOR e o anexo A23 um exemplo de matriz
de RLOR. O estudo de caso que se tem vindo a seguir apresenta nos anexos 05 e 06 respectivamente um
exemplo de procedimento documentado para os RLOR e uma lista de RLOR que pode não estar actualizada,
tendo em conta que o estudo de caso foi elaborado em 2005.
46
Manual do Formando | Gestão Ambiental
De acordo com o regime jurídico de gestão de resíduos (DL 178/2006), a sua produção deve ser
minimizada, para assegurar a sua gestão sustentável, onde a responsabilidade deve ser partilhada
por todos os intervenientes: do produtor de um bem ao cidadão consumidor, do produtor dos resíduos
ao detentor, dos operadores de gestão às autoridades administrativas reguladoras. Neste contexto,
têm vindo a ser criados um vasto leque de organismos, grande parte deles, sem fins lucrativos e que
são um elemento fundamental no circuito da recolha selectiva de resíduos, valorização, reciclagem,
aterro, ou outro destino adequado. Estes organismos designam-se basicamente:
Com a aplicação do princípio do "poluidor-pagador" aos custos inerentes à gestão de resíduos, que
responsabilizam prioritariamente os produtores dos bens de consumo e os produtores de resíduos ou
seus detentores, o aparecimento destas entidades permite transferir as suas responsabilidade pela
gestão dos resíduos para uma entidade devidamente licenciada e assim estar em conformidade legal
20
com a legislação aplicável à gestão de resíduos . No terreno, a gestão de resíduos (recolha,
transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação) deve ser levada a cabo por
operadores devidamente licenciados, sendo o Instituto dos Resíduos (www.inresiduos.pt) a
entidade que confere autorização prévia para o desenvolvimento da respectiva actividade, o que lhes
confere o direito de estarem listados no respectivo site, dando a possibilidade ao detentor de resíduos
de se certificar que contratou um operador devidamente licenciado.
2.4.5 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 7 – Requisitos do planeamento – requisitos legais (Fichas de
Trabalho – Autoavaliação Formando)
20
No anexo A218 – Fileiras e Fluxos apresentam-se um quadro síntese das fileiras e fluxos actualmente
existentes em Portugal.
47
Manual do Formando | Gestão Ambiental
− Elaboração de uma matriz com alguma legislação aplicável ao estudo de caso de acordo com
o procedimento definido (anexo 06)
Síntese
− O cumprimento do requisito 3.4.2 pressupõe que as organizações identifiquem
todos os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis aos seus aspectos
ambientais.
− Estes podem apresentar-se sob diversas formas e serem nacionais, comunitários
ou mesmo internacionais
− Mas também se podem ter de cumprir resoluções ministeriais e municipais
− Nos outros podem incluir-se políticas do grupo a que a organização pertença,
códigos de boa conduta e requisitos dos clientes.
− Por isso todos os requisitos identificados e aplicáveis devem fazer parte
integrante do SGA implementado
− É conveniente que a organização defina um procedimento (escrito ou não), que
garanta p acesso à informação sobre os requisitos subscritos, sobre a sua
actualização permanente, a sua análise , difusão e implicações dentro do SGA.
−
A coerência com a política ambiental, quer dizer que os objectivos definidos devem ser adequados
ao comprometimento com a política. Por exemplo se há um comprometimento com a redução de
resíduos, um objectivo de promover a recolha selectiva não é adequado pois a recolha selectiva não
reduz a produção de resíduos, apenas promove o seu encaminhamento adequado. Na figura
seguinte estão definidos um conjunto de objectivos coerentes com uma dada política. Na prática, o
mais difícil é a definição de metas a atingir, pois se forem muito ligeiras o esforço de melhoria
contínua é reduzido, se forem muito ambiciosas corre-se o risco de não cumprir os objectivos.
48
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Figura 28: Exemplo de definição de objectivos e metas consistentes com uma política ambiental
Nas figuras seguintes, para além de um fluxograma interpretativo deste requisito, apresentam-se 3
exemplos de programa ambiental, respectivamente para um produto, uma actividade e um serviço,
que tiveram como base os casos apresentados na norma ISO 14004:2004.
Finalmente na tabela 5 apresenta-se uma hipótese de matriz para um programa ambiental, bem
como um pequeno exemplo de um programa ambiental para a Manutenção de uma organização.
Para além dos aspectos formais, na prática, a amplitude do Programa Ambiental vai depender:
− Manter o mesmo programa, mas com novas metas, por exemplo mais ambiciosas
49
Manual do Formando | Gestão Ambiental
50
Manual do Formando | Gestão Ambiental
51
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Por último, é de referir mais uma vez, que a norma também não exige um procedimento
documentado para o acompanhamento de objectivos, metas e programas, mas pelas razões já
21
indicadas, a sua elaboração é um factor de consistência para estas actividades
21
No estudo de caso que se vem a acompanhar, os anexos 07 e 08 apresentam respectivamente um
procedimento documentado para os objectivos, metas e programas e o programa ambiental
52
Manual do Formando | Gestão Ambiental
53
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Síntese
54
Manual do Formando | Gestão Ambiental
55
Manual do Formando | Gestão Ambiental
2.4.8 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 8 – Requisitos do planeamento – objectivos, metas e programas
(Fichas de Trabalho – Autoavaliação Formando
56
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Objectivos
Gerais:
− Interpretar os requisitos de uma SGA segundo a norma ISO 14001 a uma organização.
Específicos:
− Identificar as responsabilidades da gestão de topo no fornecimento de recursos,
definição de autoridade e responsabilidade
− Identificar as exigências desta NI em matéria de formação, competência e
sensibilização.
− Identificar as características da comunicação interna e externa
− Conhecer o nível de detalhe e controlo exigido à documentação do SGA
− Identificar e interpretar as exigências desta NI no que respeita ao controlo das
actividades geradoras de aspectos ambientais significativos
− Identificar e interpretar as exigências desta NI em matéria de preparação e resposta a
emergências
Tópicos
57
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Nesta actual versão, o representante da Gestão de Topo deve, no relato do desempenho do SGA
para efeitos de revisão, incluir recomendações para melhoria. A informação sobre este requisito
22
poderá ser veiculada através do Manual do SGA.
22
O estudo de caso que se tem vindo a acompanhar apresenta um procedimento documentado para o
acompanhamento dos requisitos 4.4.1 e 4.4.2 (Anexo 10), mas que deixa em aberto a actualização dos
requisitos de recursos materiais
58
Manual do Formando | Gestão Ambiental
A organização deve assegurar que qualquer pessoa que execute tarefas para a
organização ou em seu nome, que tenham potencial para causar impacte(s) ambiental(is)
significativo(s) identificados pela organização, é competente com base numa adequada
escolaridade, formação ou experiência. A organização deve manter os registos associados.
A organização deve identificar as necessidades de formação associadas aos seus
aspectos ambientais e ao seu SGA. A organização deve providenciar formação ou
desenvolver outras acções para responder a estas necessidades, e deve manter os registos
associados.
4.4.2. A organização deve estabelecer, implementar ou manter um ou mais procedimentos
Competência, para as pessoas que trabalham para a organização ou em seu nome, estarem preparadas
formação e
sensibilização para:
a) A importância da conformidade com a da política ambiental, os procedimentos e
os requisitos do SGA.
b) Os aspectos ambientais significativos e impactes relacionados, reais ou
potenciais, associados ao seu trabalho e para os benefícios ambientais
decorrentes da melhoria do seu desempenho individual
c) As suas atribuições e responsabilidade para atingir a conformidade com os
requisitos do SGA
d) As consequências potenciais de desvios aos procedimentos especificados
59
Manual do Formando | Gestão Ambiental
No que se refere aos seus aspectos ambientais e ao seu SGA, a organização deve
estabelecer, implementar e manter procedimentos para
(1) Comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização,
4.4.3. (2) Receber, documentar, e responder a comunicações relevantes de partes interessadas
Comunicação externas.
A organização deve decidir acerca da comunicação externa sobre os aspectos ambientais
significativos e deve documentar a sua decisão. Se a organização decidir comunicar, deve
estabelecer e implementar (um) método(s) para esta comunicação externa.
23
Os anexos A31 2 A32 – Levantamento das necessidades de formação apresentam dois possíveis exemplos de
documentos de levantamento das necessidades de formação
60
Manual do Formando | Gestão Ambiental
O requisito 4.4.3 Comunicação é perfeitamente enquadrável com o que se faz em qualquer outro
sistema de gestão tanto para a comunicação interna como externa. O destaque deste requisito vai
para a comunicação externa sobre os seus aspectos ambientais significativos, que é facultativa, mas
caso tenha sido tomada a decisão de comunicar, deve estabelecer e implementar um método de
24
comunicação.
24
No estudo de caso que se tem vindo a acompanhar, o anexo 09 apresenta um modelo de matriz para uma
metodologia de comunicação dentro da empresa
61
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Síntese
3.2.1 Auto-avaliação
62
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Apesar de não existir nenhuma recomendação específica sobre a estrutura documental, poderá
adoptar-se um modelo em tudo semelhante ao preconizado pela norma ISO 9001:2000, tanto mais
que se verifica uma tendência crescente para a integração de sistemas. Um modelo possível pode
ser analisado na figura 35. No topo encontra-se o manual do sistema de gestão, que não sendo um
documento obrigatório na implementação do SGA, reveste-se de grande importância pelas suas
25 26
características integradoras . Em termos de hierarquia seguem-se os procedimentos, as instruções
de trabalho e os registos.
25
Não sendo um documento obrigatório, muitas organizações elaboram um manual do SGA que resume os seus
principais elementos Nos anexos deste módulo encontram-se alguns exemplos de manuais do SGA (anexos
A318 a A322).
26
O estudo de caso que tem vindo a ser apresentado neste curso também apresenta um Manual da qualidade e
ambiente no anexo 26.
63
Manual do Formando | Gestão Ambiental
27
Ver no anexo A33 – Modelo de Procedimento, que inclui os conteúdos que podem ser abordados num
procedimento, bem como as indicações que deve conter para efeitos de controlo. O anexo A317 apresenta um
extracto de um procedimento de gestão documental, no que se refere a todos elementos que devem ser
controlados
28 28
No seguimento do estudo de caso que se tem vindo a acompanhar, o anexo 11 apresenta o procedimento
documentado para a gestão de documentos e registos
64
Manual do Formando | Gestão Ambiental
65
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Com a revisão desta NI, este foi um dos requisitos bastante clarificado. Os registos são designados
um tipo específico de documentos e devem ser controlados de acordo com os requisitos constantes
em 4.5.4. Um elemento novo neste requisito é que a organização deve estabelecer, implementar e
manter um ou mais procedimentos para assegurar que são identificadas as alterações e o estado da
revisão em curso dos documentos e que os documentos de origem externa definidos pela
organização como necessários ao planeamento e operação do sistema de gestão ambiental são
identificados e a sua distribuição controlada.
3.3.2 Auto-avaliação
66
Manual do Formando | Gestão Ambiental
A organização deve identificar e planear as operações que estão associadas aos aspectos
ambientais significativos identificados, consistentes com sua política ambiental e os seus
objectivos e metas de forma a garantir que estas operações são realizadas sob condições
especificadas
a) Estabelecendo, implementando e mantendo um ou mais procedimentos
4.4.6.
documentados para controlar as situações onde a sua inexistência possa
Controlo conduzir a desvios à política ambiental e aos objectivos e metas
Operacional
b) Estipulando critérios operacionais nos procedimentos
c) Estabelecendo, implementando e mantendo procedimentos relacionados com os
aspectos ambientais significativos identificados dos bens e serviços utilizados pela
organização, e comunicando os procedimentos e requisitos aplicáveis aos
fornecedores, incluindo subcontratados
29
Nos anexos deste módulo podem ser consultados vários exemplos de documentos de controlo operacional
Pode consultar os seguintes anexos: A34 – Procedimento de gestão de Resíduos, A35 – Procedimento
67
Manual do Formando | Gestão Ambiental
que orientam as tarefas para a prevenção ou minimização desses mesmos impactes. Estes
documentos devem ser divulgados, quer interna quer externamente (5), nomeadamente para
fornecedores e subcontratados relacionados com os aspectos ambientais significativos. No processo
de divulgação/comunicação pode verificar-se a necessidade de implementar, não só acções de
30
sensibilização, como de formação para atender ao requisito 4.4.2.
operacional para gestão de resíduos, A36 – Instrução de trabalho para resíduos sólidos, A37 – Instrução de
trabalho para resíduos sólidos, A38 – Instrução de Trabalho para Águas Residuais.
30
Na continuação do estudo de caso Emoção & Lazer pode ser analisado o procedimento documentado
genérico para o controlo operacional e vários documentos operacionais. de controlo dos aspectos considerados
significativos.
68
Manual do Formando | Gestão Ambiental
69
Manual do Formando | Gestão Ambiental
3.3.5 Auto-avaliação
O formando deve resolver A Ficha de Trabalho 11 - Implementação e operação: Controlo Operacional: (4.4.6)
Preparação e Resposta a Emergência (4.4.7) (Fichas de Trabalho – Autoavaliação Formando)
70
Manual do Formando | Gestão Ambiental
71
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Da interpretação das exigências deste requisito verifica-se, que a determinação da natureza dos
riscos é essencial para identificar as situações de emergência potenciais. Enquanto os riscos
profissionais estão mais ligados à segurança e higiene no trabalho, sendo os seus impactes mais
importantes sobre o trabalhador, os riscos naturais e tecnológicos são aqueles que podem causar ou
causam mais impactes ambientais (ver figura 41).
A título de exemplo, este manual apresenta em anexo alguns exemplos de procedimentos para
31 32
situações de emergência .
31
Pode consultar os seguintes anexos: A39 – Procedimento de emergência Ambiental – incêndio em áreas
sociais, A310 - Instrução operatória de emergência ambiental – Derrame, A311 – Instrução de emergência
ambiental – incêndio.
32
No seguimento do acompanhamento do estudo de caso Emoção & Lazer, apresenta um procedimento
documentado de preparação e resposta a emergências (anexo 16) e 2 instruções de emergência (anexos 17 e
18).
72
Manual do Formando | Gestão Ambiental
73
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Figura 42: Conteúdos a ter em consideração num procedimento de preparação e resposta a emergência
Síntese
− O cumprimento rigoroso e integral dos requisitos da Implementação e Operação
é essencial ao bom desempenho do Sistema de Gestão Ambiental. Grande parte
destes requisitos, são desenvolvidos na fase do planeamento do SGA, ou seja
devem ser planeadas também, as condições para que o seu funcionamento seja
eficaz. Requisitos, tais como, Documentação, Comunicação, Controlo
Operacional, Resposta e Emergências, devem ser planeados antes de serem
implementados.
74
Manual do Formando | Gestão Ambiental
3.3.8 Auto-avaliação
O formando deve resolver Ficha de Trabalho 11 - Implementação e operação: Controlo Operacional: (4.4.6)
Preparação e Resposta a Emergência (4.4.7) (Fichas de Trabalho – Autoavaliação Formando)
75
Manual do Formando | Gestão Ambiental
76
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Objectivos
Gerais:
− Interpretar os requisitos de uma SGA segundo a norma ISO 14001 a uma
organização.
Específicos:
− Identificar as exigências relativas ao requisito Monitorização e Medição e
proporcionar linhas de orientação para o planeamento do controlo das operações
e actividades que possam ter um impacte significativo sobre o ambiente.
− Identificar as formas demonstrar a conformidade com os requisitos legais
aplicáveis
− Identificar as exigências relativas aos procedimentos para tratar as "Não
conformidades”
− Identificar os requisitos normativos para os quais se exigem requisitos, bem
como as exigências relativas ao seu controlo.
− Identificar a forma como são elaborados os planos de auditoria, bem como são
planeadas e realizadas as auditorias
− Identificar a forma como é feita a revisão do sistema e que elementos devem ser
considerados como entradas e que elementos devem estar considerados nas
saídas
Tópicos
77
Manual do Formando | Gestão Ambiental
A monitorização e medição (requisito 4.5.1) são essenciais para avaliar a conformidade do SGA
implementado, com a política ambiental, com os requisitos legais e outros e com os objectivos e
metas definidos em cada programa (ver figura seguinte).
78
Manual do Formando | Gestão Ambiental
33
Figura 43: Exemplo de características a medir e a monitorizar
Para assegurar resultados válidos e caso exista, o equipamento de medição, deve ser calibrado
e/ou verificado a intervalos regulares:
33
No que respeita à monitorização e medição das emissões gasosas, é essencial que cada organização saiba
qual o seu enquadramento legal e agir em conformidade, o que pode verificar de forma rápida no Anexo A41-
Monitorização de emissões gasosas.
79
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Apesar de o requisito 4.5.2 – Avaliação da conformidade não ser propriamente uma novidade em
termos de exigência, é-o pelo facto de ter sido desagregado do requisito 4.5.1. Uma questão que se
tem colocado é a forma como pode ser demonstrada a conformidade com este requisito.
34
Para ter uma noção do que são planos de monitorização disponibilizam-se os seguintes anexos: A42 – Matriz
de Plano de Monitorização; A43 – Plano de monitorização para a gestão de resíduos; A44 – Plano de
Monitorização - REN
35
O estudo de caso que se tem vindo a acompanhar apresenta um procedimento documentado para a
monitorização e medicação (Anexo 19)
80
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Para além disso, um programa de amostragens representativas que utilize medições periódicas ou
contínuas das condições operacionais e das emissões/efluentes, conforme adequado (4.5.1) satisfaz
os requisitos de relato ambiental.
Em suma para estar em conformidade e cumprir com os requisitos da ISO 14001, é necessário
avaliar, não só a implementação e a eficácia dos requisitos SGA, como também avaliar a
conformidade da organização em relação aos seus requisitos legais. Com a revisão da norma criou-
se uma nova cláusula separada e dedicada a este tema, dando, desse modo, uma maior atenção a
este requisito.
− Auditorias
4.1.3 Auto-avaliação
O formando deve resolver Ficha de Trabalho 12 - Verificação: Monitorização e medição (4.5.1) e Avaliação da
conformidade (4.5.2) e Ficha de Trabalho 13 - Programa ambiental, controlo, monitorização e medição (Fichas
de Trabalho – Autoavaliação Formando)
81
Manual do Formando | Gestão Ambiental
36
Nos anexos A45 e A46 apresentam-se 2 exemplos de relatórios de não conformidades ambientais.
37
O estudo de caso que temos vindo a acompanhar apresenta no anexo 20 um procedimento de NC, AC e AP
bastante especificado.
82
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Figura 45: Exemplos de não conformidades e acções correctivas e preventivas (Ciclo SDCA - um standard (S),
que deve continuar a ser seguido (D), monitorizado e medido (C) e agir em conformidade (A); (Ciclo PDCA –
planear-executar-verificar-actuar)
83
Manual do Formando | Gestão Ambiental
O requisito 4.5.4 – Registos, foi simplificado para melhorar a compatibilização com a norma ISO
9001:2000. A revisão deste requisito descreve que os registos precisam de demonstrar
conformidade com os requisitos do SGA da organização, daí que a sua existência é uma
evidência de um SGA implementado. Esta deve estabelecer, implementar e manter procedimentos
para a sua gestão, devendo manter-se legíveis, identificáveis e rastreáveis, ou seja as mesmas
características que se exigem a quaisquer outros documentos.
84
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Convém referir que os registos têm uma grande importância num SGA, pois apesar de não serem a
única forma de evidenciar a conformidade com esta NI, assumem um papel primordial sempre que
está em causa a conformidade com a legislação aplicável, bem como a análise evolutiva, como um
dos motores da melhoria contínua.
4.1.7 Auto-avaliação
O formando deve resolver Ficha de Trabalho 14: Verificação - Não conformidades, acções correctivas e
preventivas 4.5.3; Registos (4.5.4) (Fichas de Trabalho – Autoavaliação Formando)
85
Manual do Formando | Gestão Ambiental
A análise deste requisito permite identificar, pelo menos, quatro temáticas distintas, se bem que
interligadas:
1. Importância dos resultados das auditorias internas, que são fornecidos à Gestão (nº2 b)),
sendo aliás, uma das entradas para as revisões ao SGA, o que torna a auditoria interna
como o principal instrumento da melhoria contínua do SGA.
2. Conceito de auditoria, nomeadamente, auditoria interna ao SGA e aos requisitos desta NI (nº
1a))
Conjugando esta análise com o conteúdo do ponto A.5.5 do Anexo A (que reforça o papel do
auditor) e a sua Nota 2, as auditorias ao SGA devem ser orientadas pela norma ISO 19011 - Linhas
de orientação para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambientais, ou seja todos os
aspectos relacionados com o programa de auditorias, execução de auditorias e a competência e
avaliação de auditores, a que o requisito 4.5.5 se refere devem nortear-se pelos requisitos da norma
19011. A Nota 1 do ponto A.5.5 refere ainda que não são abrangidas por esta NI (ISO 14001) as
auditorias de conformidade legal ambiental.
De acordo com organismo, American Accounting Association. uma auditoria, em sentido lato é:
Segundo Reis (1995) uma auditoria é uma “ferramenta de orientação de gestão que permite aos
dirigentes de uma área ou de toda a organização identificar os pontos fortes e fracos de uma
determinada actividade, quando sistematicamente comparada a um padrão consagrado como
referencial”.
A norma ISO 14001 define auditoria interna como o “Processo sistemático, independente e
documentado para obtenção de evidências de auditoria e respectiva avaliação objectiva, com vista a
determinar em que medida os critérios de auditoria ao sistema de gestão ambiental estabelecidos
pela organização são cumpridos”.
86
Manual do Formando | Gestão Ambiental
87
Manual do Formando | Gestão Ambiental
88
Manual do Formando | Gestão Ambiental
A norma ISO 19011 permite às organizações a realização de auditorias aos seus sistemas, quer
estas sejam auditorias internas ou externas.
Esta norma internacional surge pela necessidade de revogação de anteriores normas que já não
satisfaziam as necessidades impostas pela actual conjuntura sócio - económica, que demonstra a
crescente preocupação de agregar à qualidade de um produto a sua vertente ambiental.
O surgimento da ISO 19011 é a associação destas duas vertentes, fornecendo linhas de apoio
para a gestão de programas de auditorias, a realização de auditorias e avaliação de auditores,
tendo como base as séries de normas ISO 9000 e ISO 14000, Qualidade e Ambiente,
respectivamente.
A norma apoia todas as organizações que implementam sistemas de gestão nestas áreas,
permitindo auxiliar na condução de auditorias conjuntas e combinadas nos sistemas de gestão.
1. Âmbito
2. Referências Normativas
3. Termos e Definições
4. Princípios de Auditoria
5. Gestão de um Programa de Auditorias
6. Actividades de Auditoria
7. Competência e Avaliação de Auditores
Destas secções apenas se refere, de forma breve o conteúdo das secções 5, 6 e 7, por serem os
mais importantes, que se devem observar no cumprimento deste requisito.
38
Ver o Anexo A47 – ISO 19011 – Documento de Trabalho, que transcreve o texto integral da norma, apenas
para fins didácticos.
89
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Segundo o ponto 3.11 da norma ISO 19011, um programa de auditoria é “um conjunto de uma ou
mais auditorias planeadas para um dado período de tempo e para um fim específico” e deve incluir
todas as actividades necessárias para planear, organizar e realizar as auditorias.
90
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Neste requisito são abordados os itens a obedecer para a constituição de uma boa equipa auditora,
e o correcto desenvolvimento de um processo de auditoria, onde se consideram os seguintes passos:
1. Nomeação de um líder da equipa auditora para cada auditoria, por parte dos responsáveis
pela gestão do programa.
6. Execução da auditoria
7. Relatório de auditoria (deve ser conciso, completo e exacto, onde constam registos completos
de intervenientes, referências e critérios adoptados, âmbito de aplicação, objectivos,
divergências, constatações, acções correctivas e preventivas e a totalidade de elementos
directos ou indirectos intervenientes no processo, resumindo toda a actividade realizada). O
conteúdo e preparação do relatório é da responsabilidade do auditor coordenador.
8. Reunião de fecho
9. Embora não sendo considerado parte da auditoria, muitas vezes é essencial a realização de
um seguimento da auditoria a pedido da própria entidade auditada, principalmente em termos
de acções preventivas, correctivas ou de melhoramento.
Para assegurar credibilidade no trabalho executado é fundamental que a equipa auditora tenha
formação e e competência adequadas. A referida competência é adquirida através de escolaridade e
formação na área em causa, experiência de trabalho em auditorias, e os próprios atributos pessoais
contribuem em muito para comprovar essa competência.
Um auditor tem de ter conhecimento geral da legislação a aplicar, quer na área do ambiente ou
qualidade, conforme a área que está a auditar.
91
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Para avaliar um auditor, quanto às áreas de competência para executar as suas funções, toma-se
em consideração os atributos pessoais, conhecimentos e saber fazer. Para além destes,
estabelecem-se critérios de avaliação e métodos de avaliação que através de um programa de
auditorias internas avalia as suas capacidades no desempenho de funções.
Apesar desta NI não exigir um procedimento documentado para este requisito, justifica-se
plenamente a sua existência, até por comparação com a norma ISO 9001:2000, em que é um
procedimento obrigatório. Por outro lado, dado que a tendência actual é o aparecimento de sistemas
integrados, o procedimento documentado para a gestão de um programa de auditorias é essencial
para o controlo deste processo. No modo operativo do procedimento deve constar a forma de gestão
do programa de auditorias, a preparação e realização de uma auditoria, os critérios de selecção e
39
avaliação dos auditores, o conteúdo do relatório de auditoria.
39
Ver o Anexo A47 – Procedimento de Auditorias. O nosso estudo de caso também contempla um procedimento
de gestão de autorias no Anexo 21
92
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Esta cláusula inclui mudanças importantes para compatibilizar com a norma ISO 9001:2000.
Apesar do objectivo deste requisito ser o mesmo, a revisão explica detalhadamente como a análise
crítica fornece meios para alcançar a melhoria contínua, adequação e eficácia do SGA. Deste modo o
procedimento de tomada de decisão com vista à melhoria contínua que tem como base a análise de
dados que são transformados em informação, em função de certos parâmetros, e que por vez se
configuram como elementos de entrada para a(s) revisão(ões) do(s) sistema(s), das quais resultam
40
as acções de melhoria contínua é idêntica para qualquer sistema de gestão. .
Síntese
− Foram apresentados e analisados todos os requisitos da Norma ISO 14001 de
forma a possibilitar uma adequada implementação do SGA. Requisito a requisito,
foram sendo disponibilizados documentos de apoio que completam a informação
necessária ao seu cumprimento rigoroso e integral, tanto quanto possível.
− Para a lançar um projecto de SGA deve ter um bom conhecimento de todos os
requisitos, das suas exigências e recomendações, não só em termos de
documentação associada, mas em termos de procedimentos.
− Assim para potenciar a sua capacidade de retenção, o Anexo A410 apresenta
41
toda a evidência documental que deve associar à implementação do seu “SGA”.
4.2.1 Auto-avaliação
O formando deve resolver Ficha de Trabalho 15: Verificação - Auditoria (4.5.5) e Revisão pela Gestão (4.6)
(Fichas de Trabalho – Autoavaliação Formando)
40
O anexo A49 – Gestão de Dados – apresenta um procedimento de transformação de dados em informação
para as entradas de revisão dos sistemas de gestão.
41
O Anexo A410 – evidência documental da EN ISO 14001:2004 pode ser uma boa ajuda para tirar dúvidas de
forma rápida e global.
93
Manual do Formando | Gestão Ambiental
− Conclusão do manual do SGA, após verificar que elementos do SGA não foram tratados em
procedimentos documentados e que por isso devem ser referidos mais explicitamente.
94
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Módulo 5
Objectivos
Gerais:
− Conhecer os requisitos de uma SGA segundo a norma ISO 14001 a uma organização.
Específicos:
− Conhecer as origens do Regulamento EMAS
− Conhecer a estrutura do regulamento
− Conhecer o tipo de entidades que podem aderir ao Emas
− Conhecer os benefícios do EMAS
− Conhecer os trâmites de Registo
− Estabelecer as principiais diferenças entre a Norma ISO 14001 e o EMAS
Tópicos
42
Anexo 01 – Regulamento (CE) 761/2001, Anexo 02 Regulamento 196/2001
95
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Com o presente regulamento pretende-se garantir uma execução idêntica do EMAS em todo o
espaço comunitário, aumentar a transparência e credibilidade das organizações que o adoptarem,
garantir a melhor qualidade possível na validação das declarações ambientais efectuadas pelos
verificadores ambientais e promover a disponibilização por parte das organizações, ao público alvo
interessado, de relatórios ambientais.
96
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Promoção da participação
Promoção do acesso à informação, disponibilização de fundos de
das organizações, e em
11º apoio, assistência técnica, principalmente a empresas de menor
especial das pequenas e
dimensão
médias empresas
Revogação do
O regulamento anterior será revogado a partir da entrada em vigor do
17º Regulamento (CEE) nº
actual, com as excepções indicadas neste artigo.
1836/93
Anexos Conteúdo
Anexo IV Logótipo
97
Manual do Formando | Gestão Ambiental
Anexos Conteúdo
O regulamento EMAS, no ser artigo 2º, apresenta um conjunto de definições relativas a expressões
muito utilizadas no âmbito dos SGA.
Elemento Descrição
Política Dimensão global das metas e princípios de acção sobre o ambiente, incluindo a
ambiental concordância com os requisitos da regulamentação mais relevante sobre a matéria.
Melhoria Processo de melhoramento ano após ano dos resultados mensuráveis do SGA
contínua implementado
Sociedade, firma, empresa, dotada de personalidade jurídica que tem a seu cargo a
Organização
gestão e controlo de todas as actividades.
98
Manual do Formando | Gestão Ambiental
I-A.1
Requisitos A organização deve estabelecer e manter um SGA
gerais
ade e
Autoridade
99
Manual do Formando | Gestão Ambiental
100
Manual do Formando | Gestão Ambiental
I-A.6 A direcção ao mais alto nível deve analisar periodicamente o bom desempenho do
Análise pela SGA, avaliar melhorias para o SGA, politica ambiental objectivos e metas
Direcção ambientais
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Tabela 12: Anexo I-B Questões a tratar pelas Organizações que aplicam o EMAS
3. Comunicação e A organização deve ser capaz de demonstrar abertura ao diálogo com todas
relações externas as partes interessadas
Para cada auditoria deve ser elaborado um programa onde constem os seus
2.2. Objectivos objectivos específicos que logicamente devem estar em consonância com a
globalidade do SGA
2.4.
O(s) auditor(es) devem possuir competência técnica adequada à ao objecto a
Organização e auditar, e à função que desempenham e conhecer em profundidade o SGA. No
desenvolvimento da sua actividade devem ser apoiados pelo Direcção.
recursos
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3.4. Manutenção Caso se verifiquem alterações à DA, validada pelo VA, é necessário proceder
de informação anualmente à sua revalidação.
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Nos anexos 03 a 15 apresentam-se Declarações Ambientais entre o período de 2003 a 2007 de empresas
registadas no EMAS, que publicam as suas Declarações Ambientais na Internet
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O logotipo EMAS é a marca comercial do regulamento EMAS. Representa uma prova de excelência
ambiental, fiabilidade, credibilidade, que um SGA foi implementado com sucesso. No entanto não
dá ao consumidor quaisquer informações sobre o produto. O logotipo pode ser utilizado em duas
situações:
Pode utilizar este logotipo se tiver um SGA em Pode utilizar este logotipo se a informação foi
conformidade com o EMAS validada por um VA segundo o EMAS
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No Anexo 25 encontra-se o DL 142/2002 que tem por objecto assegurar o cumprimento na ordem jurídica
interna e no quadro do sistema Português de Eco-gestão e Auditoria das obrigações decorrentes do
Regulamento (CE) 761/2001
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O levantamento ambiental é um documento que serve para definir a posição actual em matéria de
ambiente, de uma organização que não tenha prestado as informações necessárias sobre os seus
aspectos ambientais de acordo com o anexo VI – Aspectos Ambientais.
Nome da organização
Endereço
Pessoa a contactar
Número de acreditação
Âmbito da acreditação
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Na tabela 19 apresenta-se um resumo das entidades que se podem registar no EMAS e tem como
base o teor da Decisão da Comissão 2001/681/CE de 7 de Setembro de 2001. 45
45
Anexo 16 - Decisão da Comissão 2001/681/CE de 7 de Setembro de 2001.
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Para além dos regulamentos que dão suporte legal ao sistema de Ecogestão e Auditoria, foram
publicados diversos documentos de apoio para cada um dos anexos do Regulamento 761/2001
nomeadamente:
Para além destes guias a têm sido publicados diversos documentos de apoio à implementação do
sistema de Eco-gestão e auditoria, destacando-se:
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Os guias indicados podem ser analisados nos anexos 18 a 24.
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Este documento pode ser analisado no Anexo 26
48
Este documento pode ser analisado no anexo 27
49
Este documento pode ser analisado no anexo 28
50
Este documento pode ser analisado no anexo 29
51
Este documento pode ser analisado no anexo 30
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Registo e divulgação
Verificação e
validação
Implementação do
SGA
Levantamento
Ambiental
Para efeitos de registo no EMAS, em Portugal as entidades aderentes a este sistema (EMAS)
deverão declarar que concordam com as “Condições de Registo – REG/EMAS D03” (instituto do
Ambiente)
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Síntese
− O sistema comunitário de Eco-gestão e auditoria - EMAS é um instrumento
voluntário dirigido às empresas que pretendam avaliar e melhorar os seus
comportamentos.
− O Emas está aberto à participação voluntária das organizações interessadas em
melhorar o seu desempenho ambiental
− São muitos os tipos de organizações que podem ser registadas no âmbito do
EMAS
− As vantagens de aderir ao EMAS são semelhantes às da norma ISO 14001
− Em Portugal cabe ao Organismo Nacional de Acreditação garantir o
funcionamento do sistema de acreditação de verificadores ambientais
independentes
− Os organismos competentes são designados pelos Estados-Membros e devem ser
independentes e isentos
− As organizações que se pretendam registar no EMAS devem desencadear um
conjunto de acções
− Existem dois tipos de logotipos: (1) Gestão Ambiental Verificada; (2) Informação
validada
− Para obter o registo no EMAS, as organizações devem elaborar, validar e publicar
uma Declaração Ambiental
5.5.1 Auto-avaliação
O formando deve resolver Ficha de Trabalho Ficha de Trabalho 16 - Regulamento EMAS (Fichas de Trabalho –
Autoavaliação Formando)
O formando pode analisar duas ou três declarações ambientais e fazer um pequeno relatório
comparativo, salientando os aspectos comuns.
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6 Referências Bibliográficas
Referências normativas
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Livros e Revistas
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