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Universidade pedagógica – Maxixe

Cadeira: Direito de regulação e de concorrência

Discente: Gerson Morel

Docente: João Zualo

1ª Avaliação de direito de regulação e da concorrência

1. Referente ao conceito de direito de regulação e da concorrência, antes de mais, entende-se


Regulação como o acto de criar normas ou regras para o funcionamento de uma certa instituição
ou pessoa jurídica colectiva, chama-se aqui a intervenção indirecta do Estado no mercado
concorrencial, através de criação ou elaboração de normas imperativas para regular a forma
como os agentes económicos devem pautar naquele local.

Concorrência, é tido como coincidência de desejos ou fins, concurso ou competição. Segundo


Carlos Olavo, concorrência consiste na competição entre vários agentes económicos com vista a
atingirem a supremacia no mercado em relação aos demais caracterizando-se pela pluralidade de
actuações convergentes na medida em que existe um pluralidade indiscriminada de
consumidores.

Assim sendo para dar conceito de direito da regulação e da concorrência é necessário definir
cada conceito que a compõe. O termo Direito em si é um termo polissémico, comporta dois
sentidos que serram abordados em seguida:

Direito no sentido Objectivo: é um conjunto, regras gerais e princípios que visam regular as
relações do homem em sociedade.

Direito no sentido subjectivo: é a faculdade provindo do direito objectivo de que dispõe um


pessoa, e que se destina a realização de um interesse juridicamente relevante.

Direito de concorrência: Sentido objectivo percebe-se como sendo o conjunto de normas e


princípios jurídicos da concorrência n qual se devem pautar os agentes económicos entre si. O
direito da concorrência é uma parte do sistema legal, tendente a fixação de normas aplicáveis ao
exercício de actividades económicas através de regras relativas ao estabelecimento das empresas,
à comercialização dos seus produtos, as relações concorrências e a protecção do consumidor

E em sentido subjectivo como sendo liberdade ou faculdade dos agentes económicos em


ingressar e actuar num determinado mercado. Assim sendo o conceito de direito da regulação e
concorrência ‘e feito tendo em conta os termos acima que a compõe.

2. Referente a natureza jurídica de um ramo de direito é necessário que se paute pela observância
dos critérios de distinção entre o direito público e o privado.

Critério da posição dos sujeitos na relação jurídica: de acordo com este critério estamos
perante Direito Publico quando o Estado aparece na relação jurídica revestido do seu poder de
Ius Imperi ou de autoridade e privado quando o Estado aparece despido do mesmo poder de ius
imperi, porem, com base neste critério o direito da Regulação e da concorrência pertence o ramo
Publico, porque o Estado aparecer munido do seu poder de autoridade criando esse conjunto de
normas jurídicas de com vista a regular a concorrência entre os agentes económicos, ademais,
pelo facto do direito da concorrência ser sub ramo do direito económico que visa regular a
produção e a circulação de produtos e sérvios bem como ao controlo do mercado interno velando
a gestão dos recursos escassos e garantir a sua distribuição a todos de forma equitativa .

Critério da qualidade dos sujeitos da relação jurídica: Para este critério será de Direito
Publico quando um dos sujeitos da relação jurídica for o Estado, e privado quando ambos
sujeitos da relação jurídica forem os particulares. Segundo este critério o direito de regulação e
da concorrência enquadra-se no Publico, porem o mesmo critério suscita críticas na medida em
que, existe relações jurídicas em que o mesmo Estado aparece sem o seu poder autoridade, assim
sendo não se pode aferir a natureza pública pelo facto de o Estado ser sujeito de uma relação
jurídica.

Critério do interesse protegido pela norma jurídica – para este critério considera-se direito
público quando o interesse protegido pela norma jurídica visa a satisfação das necessidades
colectivas e privado quando interesse protegido pela norma jurídica visa a satisfação de
necessidades particulares neste critério é possível perceber que o Direito de regulação e
concorrência é publico, tem como finalidade a satisfação de necessidades colectivas, este critério
também tem sofrido criticas pelo mero facto de que em certos casos os privados ao satisfazerem
as necessidades dos particulares acabam também satisfazendo nas necessidades colectivas.

Contudo com base no critério da posição dos sujeitos na relação jurídica conclui-se que o Direito
de regulação e da concorrência pertence ao ramo de direito público pelo facto de ser um sub
ramo do direito Económico e visar a satisfação de interesses colectivos.

3. O direito da regulação e da concorrência tem uma relação parcelada com outros ramos de
direito tais como direito económico, direito comercial, direito de trabalho entre outros assim,
falar da sua Autonomia se traduz na nas leis especificas pois é regida por leis próprias
nomeadamente Regulamento da Lei de Concorrência; Lei de Defesa do Consumidor, a
Constituição da República de Moçambique; lei da concorrência , trazendo sua independência,
auto-suficiência. Porem o direito de regulação e da concorrência como outros ramos possui
autonomia legislativa, o direito de regulação e da concorrência reger-se por normas e princípios
próprios no ordenamento jurídico moçambicano .

O Direito e de regulação e concorrência visa estruturar a organização empresarial moderna e


regular o estatuto jurídico do empresário (pessoa que realiza o actos de comercio). Assim sendo
este ramo de direito possui também uma autonomia didáctica na medida em que temos cadeiras
dedicadas ao seu estudo. Tendo em conta que trata-se de uma cadeira nova no curso de Direito e
que se move com os Direitos dos consumidores.

Direito da concorrência, para além de se ter tornado cada vez mais complexas, são fundamentais
para a actividade empresarial em Moçambique, as autoridades tem vindo a incrementar as suas
competências e a assumir funções em poderes mais abrangentes colocando novos desafios, e
oferece novas oportunidades.

4. A regulação e concorrência num mercado entre os agentes económicos, visa promover o bem-
estar dos consumidores corrigindo as falhas de mercado decorrentes dos cartéis e outros acordos
restritivos bem como dos abusos de posição dominante e de dependência económica. Porem a
concorrência deriva desde as primeiras trocas comerciais assim sendo surge de forma natural,
todavia o espírito da concorrência entre agentes económicos nunca foi assimilado de forma
adequada ou pacífica, visto apresentam comportamentos anti-concorrências: manipulando preços
e praticando concorrência desleal, comportamentos que de sem sombra de duvida instigam o
Estado a adoptar medidas de forma a controlar as apetências dos vários agentes económicos
orientado pelo critério de interesse publico de promoção e defesa da concorrência, e através
autoridade competente poder exercer os seus poderes sancionatórios sempre que razoes de
interesse publico ou normas da defesa da concorrência sejam violados quando a lei determina a
punibilidade dessas acções.

Estado intervém no mercado no mercado através das suas normas e princípios com o objectivo
de controlar as actividades dos agentes económicos ou economistas (protecção e defesa da
concorrência), de forma a impedir a concorrência desleal e especulações ou manipulações de
preços, com objectivo de garantir a protecção e defesa dos consumidores sendo o elo mais fraco
nessas relações.

Todavia, o direito da concorrência é vasto que o direito da regulação pois tem uma aplicação
transversal à economia, na sua aplicação carece de se articular com aquele. O direito da
regulação é também parte do direito publico pois destina-se a preservar um bem publico o
funcionamento eficiente de um mercado em beneficio dos utentes ou consumidores desse
produto ou serviço. Repare que m casos de monopólio natural que levaria a uma solução
ineficiente o regulador procura aproximar o equilíbrio de custo marginal de longo prazo, sujeito
a restrição de cobertura financeira dos custos fixos (ou outras regras semelhantes).

Tendo em conta dois sentidos do direito de regulação e da concorrência; Em sentido objectivo


tem como um conjunto de normas e princípios da concorrência por que se devem pautar os
agentes económicos entre si. E em sentido subjectivo tem se como a liberdade de actuação dos
agentes económicos, ou seja, a liberdade de ingressar e actuar num mercado determinado, trata-
se de uma prerrogativa ou faculdade de cada indivíduo. Conclui-se assim que esta cadeira visa
proteger e defender a concorrência e os consumidores.

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