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1.

KRINW - KRINO – julgar, passar julgamento, ser julgado, condenar, decidir,


determinar, considerar, estimar, pensar e preferir.
2. ANAKRINW - ANAKRINO – questionar, examinar (estudar as escrituras como
em Atos 17:11), julgar, avaliar, sentar-se para julgar ou em juízo, convocar para prestar
contas.
3. DIAKRINW - DIAKRINO – avaliar, julgar, reconhecer, discernir, fazer distinção
entre pessoas, considerar-se ou fazer-se superior a outras pessoas (ver 1ª Coríntios 4:7),
duvidar, hesitar, disputar, debater, tomar lado ou partido.

O Termo grego anakrinw - anakrino era usado na cultura geral para descrever a
investigação preliminar para juntar provas que servissem de base para a informação dos
juízes.

O Termo grego diakrinw - diakrino é usado no Novo Testamento para indicar


primariamente o ato de fazer distinção, de distinguir, resolver, decidir.

O verbo “discernir” segundo o dicionário significa: “perceber claramente; capacidade de


compreender situações; distinguir; diferenciar; compreender; perceber; entender;
formar juízo” (HOUAISS, 2001, p. 1051). O substantivo no grego “diakrisis”
significa: “distinção, discriminação clara, discernimento, julgamento” (VINE, 2002, p.
568). Segundo Boyd (apud RENOVATO, 2014, p. 40 – acréscimo nosso), a
palavra ‘diakrisis’ tem o sentido de “penetrar por baixo da superfície, desmascarando e
descobrindo a verdadeira fonte dos motivos e da manifestação”.

AS MANIFESTAÇÕES SOBRENATURAIS PODEM TER BASICAMENTE TRÊS ORIGENS.


DIVINA. A Bíblia não somente afirma a existência de Deus (Gn 1.1; Dn 2.28), como
também fala de suas intervenções miraculosas na terra (1 Sm 2.6-8). Ele opera sinais e
maravilhas (Êx 10.1; Nm 14.22; Dn 6.27).
HUMANA. A Bíblia fala de pessoas que profetizam “falsamente” (Jr 14.14); do “próprio
coração” (Jr 23.16); falam “sonhos mentirosos” (Jr 23.32). Na época do profeta Isaías e
Jeremias havia aqueles que afirmavam predizer o futuro (Is 8.19; 44.25; Jr 27.9; 29.8).
Há casos no Novo Testamento de mágicos que iludiam as pessoas com truques, fazendo
seus seguidores crer que eles possuíam algum poder para fazer milagres (At 8.8-11;
13.6).

DIABÓLICA. Quando os demônios agem na vida das pessoas podem fazê-las “operar
sinais” (Êx 7.10,11; 2 Ts 2.9); “profetizar” (1 Rs 22.22); adquirir “grande força” (Mc
5.3,4); ter “conhecimento da vida íntima das pessoas” (At 16.16). A Bíblia diz
que: (a) Satanás usa as Escrituras e as interpreta para o mal (Mt 4.6; Lc 4.10,11); (b) ele
opera grandes sinais e prodígios (Mt 24; 2 Ts 2.9; Ap 16.14; 19.20); e, (c) ele tem a
capacidade de transformar-se em anjo de luz (2 Co 11.14).

O ESPÍRITO SANTO OPERANDO O ESPÍRITO MAL OPERANDO

Os magos tornaram o cajado em serpente (Êx


Moisés tornou o cajado em serpente (Êx 7.10) 7.10,11)

Elias fez cair fogo do céu (2 Re 1.10) O anticristo fará cair fogo do céu (Ap 13.13)

A mulher sunamita elogiou Eliseu (2 Re 4.9) A mulher pitonisa elogiou Paulo (At 16.17)

Saul profetizou (1 Sm 10.11) Saul profetizou (1 Sm 18.10)

Sansão tinha uma grande força (Jz 16.22) O gadareno tinha uma grande força (Mc 5.4)

O QUE NOS AUXILIA NOS DISCERNIMENTO DAS COISAS ESPIRITUAIS


Ser um homem espiritual. A expressão ‘homem espiritual’ no grego ‘pneumatikos
anthrõpos’, é o homem que, nascido de novo, procura andar segundo a natureza divina
recebida por ocasião do novo nascimento (Jo 3.3,7; 2 Co 5.17; Gl 6.15; Jo 1.12.13; Ef
2.1,5; Cl 2.13; Tt 3.5; Tg 1.18; 1 Pe 1.23).
Ao contrário do homem natural, quanto as coisas espirituais, o homem espiritual “[…]
discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido” (1 Co 2.15-b). Por possuírem o
Espírito Santo, os crentes entendem estas coisas. Eles são capazes de fazer julgamentos
corretos sobre os assuntos espirituais, tais como: a salvação ou as bênçãos futuras de
Deus (APLICAÇÃO PESSOAL, 1995, p. 118 – acréscimo nosso). Todo cristão nascido de
novo deve ter, em certo grau, a capacidade de “provar os espíritos” (1 Jo 4.1).

O QUE A BÍBLIA NOS ORDENA A JULGAR


A palavra “julgar” segundo o dicionário significa: “emitir parecer, opinião sobre (alguém
ou alguma coisa); formar conceito ou opinião” (HOUAISS, 2001, p. 1691). A Bíblia nos
exorta a submetermos ao julgamento as seguintes coisas. Vejamos:

Julgar as profecias. Desde o AT que Deus ensinou o seu povo a julgar as profecias (Dt
18.20-22). No NT, há o mesmo direcionamento. Na igreja de Corinto, por exemplo, onde
os dons espirituais eram abundantes (1 Co 1.7); e, faziam parte regularmente dos cultos
(1 Co 14.26). Quanto ao dom de profecia, o apóstolo orientou aos que profetizavam que
falassem um após o outro e que a igreja julgasse o conteúdo das profecias (1 Co 14.29).

A palavra “julgar” usada por Paulo aqui neste texto é a expressão


grega “diakrinetosan” que significa “discernir”. Mas, que aspectos devemos julgar?
Notemos alguns: (a) a mensagem glorifica a Deus? (1 Co 10.31); (b) a mensagem está de
acordo com as Escrituras? (1 Pd 4.11); (c) a mensagem edifica a igreja? (1 Co
14.3,4,5,12,17,26); (d) a pessoa que profetiza se submete ao julgamento dos outros? (1
Co 14.29); a pessoa que profetiza está no controle de si mesmo? (1 Co 14.32); a pessoa
que profetiza é submissa a Palavra de Deus e a autoridade pastoral? (1 Co 14.37).

As manifestações espirituais. Não podemos ignorar que o homem (At 8.8-11; 13.6) ou
mesmo Satanás e os demônios (Mt 24; 2 Ts 2.9; Ap 16.14; 19.20) podem realizar coisas
que se assemelham as operações miraculosas, com o intuito de enganar as pessoas e
induzi-las ao erro. Diante disto, necessitamos “provar os espíritos” (1 Jo 4.1). À
semelhança do metalúrgico que testa a integridade do metal por meio do fogo, testar a
mensagem com a verdade apostólica, para saber qual o espírito que está por trás dela.
TRÊS RECOMENDAÇÕES ÚTEIS A VIDA CRISTÃ
Não extinguir o Espírito. O Espírito Santo foi concedido a igreja para nela e por meio dela
manifestar a glória do Senhor, realizando proezas sinais e maravilhas (At 2.1-4; Hb 2.4).
Logo, não devemos jamais extinguir o Espírito (1 Ts 5.19); nem atribuir uma obra do
Espírito Santo ao diabo, pois isto é um pecado que não tem perdão (Mc 3.22-30).

Não desprezar as profecias. Segundo Paulo não devemos desprezar ou desacreditar do


dom de profecia (1 Ts 5.20). O verbo “desprezeis” no grego é, literalmente, “contar
como nada”. O dom de profecia é de extrema importância para a igreja, pois foi
concedido para “edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3).

Examinar tudo e reter o bem. Paulo orientou a igreja de Tessalônica a submeter as


manifestações espirituais a um exame minucioso para reter somente o que é bom.

A MULHER PITONISA
No livro de I Samuel, cap. 28, encontramos o relato de um decadente rei, chamado Saul,
consultando uma pitonisa, na cidade de En Dor, em Israel. O objetivo do encontro era
fazer contato com o profeta Samuel, já morto.

PITONISA: Eram assim chamadas, mulheres que serviam a "Python" (deus da magia e
da adivinhação), como sacerdotisas no oráculo de Pythos (Delfos). A primeira pitonisa,
surgiu na Grécia, servia em Delfos, devido ao grande número de consultas, a atividade
se expandiu. As pitonisas, eram eleitas geralmente entre as mulheres de classe pobre. A
nomeação de uma pitonisa, muito se assemelhava a um ritual de possessão. Eram
conduzidas ao oráculo dos deuses gregos(Apolo, Marte, Júpiter) e com grandes
rodopios, uivos e contorções encerravam o ritual.

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