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OHSAS 18001

OHSAS 18001

A OHSAS 18001 é a escolha certa para identificar e gerenciar riscos e perigos


à saúde e à segurança ocupacional – especialmente quando você começar a
trabalhar conosco. Ajudamos você a entender e a aplicar a OHSAS 18001 à
sua organização para proporcionar condições de trabalho mais seguras,
alcançar um melhor desempenho e obter novas oportunidades de negócios.

A OHSAS 18001 é uma norma realmente internacional que define os requisitos


de boas práticas em gestão de saúde e segurança ocupacional para
organizações de qualquer tamanho. Ela fornece diretivas para ajudar você a
criar a sua própria estrutura de saúde e segurança, permitindo trazer todos os
controles e processos relevantes em um sistema de gestão.

A OHSAS 18001 também pode ser adaptada a todos os tipos de organização


para ajudá-las a eliminar ou minimizar riscos e perigos ocupacional. A norma
foi elaborada para ajudar você a criar as melhores condições possíveis de
trabalho em sua organização, ajudando-o a atender os requisitos do setor e
dos clientes e a cumprir as regulamentações legais.

Quais são os benefícios da OHSAS 18001 - Gestão de Saúde e Segurança


Ocupacional?

Criação das melhores condições de trabalho possíveis na sua organização

Identificação de perigos e definição de controles para gerenciá-los

Redução de acidentes e doenças de trabalho, reduzindo custos e inatividade

Engajamento e motivação dos funcionários com condições de trabalho


melhores e mais seguras

Demonstração de conformidade para clientes e fornecedores

A OHSAS 18001 consiste em uma série de normas britânicas, desenvolvidas


pelo BSI Group, para orientação de formação de um Sistema de Gestão e
certificação da segurança e saúde ocupacionais (SSO). É uma ferramenta boa
que fornece orientações sobre as quais uma organização pode implantar e ser
avaliada, com relação aos procedimentos de saúde e segurança do trabalho.

OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety


Assessment Series, cuja melhor tradução é Série de Avaliação de Segurança e
Saúde Ocupacional. O sistema de gestão proposto pela OHSAS pode ser
integrado aos sistemas de gerenciamento ambiental e também aos sistemas de
qualidade, mas sua funcionalidade independe dos outros.

A norma OHSAS expõe requisitos mínimos para a construção de um sistema


de gestão da SSO onde a organização deve estudar os perigos e riscos do
trabalho aos quais os trabalhadores (próprios ou terceirizados) podem estar
expostos.

O método consiste na elaboração da política de SSO e de objetivos


relacionados ao comportamento que esta empresa pretende ter com relação à
SSO. Esse comportamento será monitorado pela própria empresa, por meio de
planos de ação, indicadores, metas e auditorias. Os critérios de desempenho e
a abrangência são estipulados pela própria empresa, que deve definir qual o
nível de detalhamento e exigência deseja atingir na gestão de segurança.

As etapas do processo incluem (não exclusivamente):

O desenvolvimento

O planejamento, que inclui as sub- etapas de:

identificação de perigos;

avaliação dos riscos;

determinação dos controles;

apontamento dos requisitos legais;

Implementação e operação

definição dos recursos, atribuições das funções, responsabilidades, prestação


de contas e de autoridades;

definição do quadro de competências, treinamento e conscientização;

comunicação (disseminação das informações), definição da participação e


consulta aos empregados nas etapas;

definição da documentação necessária para inspeções e para execução das


ações de SSO;

Preparação e resposta a emergências;

Verificação e controle

monitoramento e medição do desempenho;

avaliação do atendimento a requisitos legais (e outros);

investigação (incidentes, não- conformidades, ações preventivas e corretivas);


controle de registros;

auditoria interna;

Análise crítica pela direção

A implantação da OHSAS 18001 retrata a preocupação da empresa com a


integridade física de seus colaboradores e parceiros. O envolvimento e
participação dos funcionários e da alta direção no processo de implantação
desse sistema de qualidade é, assim como outros sistemas, de fundamental
importância.

Substituição pela norma ISO 45001

A partir do ano de 2018, a norma deixou de ser válida e passou a ser


substituída pela ISO 45001. A norma chega com novidades e ainda adotara
alguma coisas da OHSAS 18001. Ela adotará a importância do contexto da
organização no geral, não só a segurança e saúde ocupacional como na norma
anterior. Além disso, : assim como as mais recentes e revisadas normas ISO, a
ISO 45001 também irá seguir a mesma terminologia e estrutura padrão do
Anexo SL.

Segurança e saúde ocupacionais

Segurança e saúde ocupacional (SSO) é uma área multidisciplinar relacionada


com a segurança, saúde e qualidade de vida de pessoas em sua ocupação.
Como efeito secundário a segurança e saúde ocupacional também protege o
público em geral que possa ser afetado pelo ambiente ocupacional.

A gestão da segurança e saúde ocupacional pode ser definida como um


conjunto de regras, ferramentas e procedimentos que visam eliminar,
neutralizar ou reduzir a lesão e os danos decorrentes das atividades.

A gestão de SSO pode fazer parte de um Sistema de Gestão (Gestão da


Qualidade). Atualmente, os Sistemas de Gestão de SSO estão baseados em
normas internacionais, tais como OHSAS 18001[1] e BS-8800.

Uma das principais ferramentas dessa gestão é a gestão de riscos, que atua
através do reconhecimento dos perigos e da classificação dos riscos (Risco
Puro).
O que são requisitos legais?

De forma sucinta, Requisito Legal é toda regra jurídica escrita. Toda regra
jurídica é obrigatória, ou seja, deve ser cumprida. São exemplos de requisitos
legais os seguintes documentos: Leis, Decretos, Instruções normativas,
Resoluções, Portarias, dentre outros, desde que aprovados e em vigor.

O cumprimento dos requisitos legais é ainda requisito obrigatório para


obtenção de certificados como a OHSAS 18001.

Pensando no meio corporativo, deve-se observar quais normas se aplicam à


realidade de suas atividades, produtos e serviços, a fim de terminar quais
obrigações devem ser atendidas.

O empreendimento precisa observar as legislações dos âmbitos federal,


estadual e municipal.

Para atender as exigências da OHSAS 18001, as empresas e organizações


precisam identificar, dentre outros, a legislação ambiental aplicável, acessar
seu respectivo texto atualizado e avaliar periodicamente o atendimento às
obrigações decorrentes desta legislação, de forma documentada.

É obrigação do empregador garantir a saúde e segurança do trabalhador. Mas


o cumprimento dos requisitos legais da OHSAS 18001 vai além disso e garante
além da mitigação dos riscos do trabalhador, a diminuição do prejuízo do
empresariado em multas, indenizações, entre outros.

A OHSAS 18001 é um padrão internacional de Sistema de Gestão de


Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) reconhecido em mais de 80
(oitenta) países, e tem como objetivo principal resguardar e assegurar aos
trabalhadores da empresa um espaço laboral bem protegido e saudável.

Para se garantir a certificação na OHSAS 18001, a empresa deve passar por


um processo de auditoria, dividido em duas fases, nas quais a empresa será
avaliada em diversos aspectos. A auditoria tem como objetivo assegurar que a
organização está em conformidade com o padrão OHSAS 18001 e que merece
ser certificada nesta norma.

A OHSAS 18001 traz inúmeros benefícios aos negócios, dentre eles estão os
seguintes:

Redução sensível de acidentes, doenças e perigo no trabalho, através da


identificação de perigos, e deliberação de manejos para se gerir tais ameaças.
Consequentemente, redução do montante gasto com reparação de acidentes
de trabalho e compensação por doenças ocupacionais.
Redução do risco de ações judiciais

Redução do risco de ações judiciais por parte dos trabalhadores, vez que a
empresa seguirá à risca a legislação existente.

Ambiente saudável

Ambiente laboral mais saudável, que propicia o engajamento e dedicação dos


funcionários, e, consequentemente, seus níveis de produtividade.

Valorização da imagem

Crescente valorização da imagem da empresa, que mostra aos seus clientes,


parceiros trabalhadores e à sociedade como um todo, que está comprometida
com a saúde e segurança de seus colaboradores.

Retorno financeiro

Segundo levantamento feito pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde


no Trabalho, um bom investimento em políticas de Saúde e Segurança
Ocupacional proporciona uma rentabilidade de doze por um. Em reais, isso
significa um retorno de R$12 mil para cada R$ 1 mil investidos.

Para atender as exigências da OHSAS 18001 relacionadas aos requisitos


legais, as empresas e organizações precisam identificar a legislação aplicável
referente à saúde ocupacional e segurança do trabalho, ter acesso ao texto
integral e atualizado das normas e ainda deve avaliar periodicamente o
atendimento às obrigações das legislações aplicáveis, de forma evidenciada.

A OHSAS 18001 prescreve o que deve ser gerenciado, mas não indica a forma
pela qual este gerenciamento deve ser promovido, deixando a cargo das
empresas definirem a melhor metodologia e estratégia.

OHSAS se aplica a qualquer organização que deseje:

a) estabelecer um Sistema de Gestão da SSO para eliminar ou minimizar


riscos aos funcionários e outras partes interessadas que possam estar
expostos aos riscos de SSO associados a suas atividades;
b) implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão da
SSO;

c) assegurar-se de sua conformidade com sua política de SSO definida;

d) demonstrar tal conformidade a terceiros;

e) buscar certificação/registro do seu Sistema de Gestão da SSO por uma


organização externa; ou

f) realizar uma auto-avaliação e emitir autodeclaração de conformidade com


esta especificação.

Todos os requisitos desta especificação OHSAS se destinam a ser


incorporados em qualquer Sistema de Gestão da SSO. O grau de aplicação
dependerá de fatores como a política de SSO da organização, a natureza de
suas atividades e os riscos e a complexidade de suas operações.

Esta especificação OHSAS é direcionada à Segurança e Saúde Ocupacional, e


não à segurança de produtos e serviços.

Melhoria contínua

Processo de aprimoramento do Sistema de Gestão da SSO, visando atingir


melhorias no desempenho global da Segurança e Saúde Ocupacional, de
acordo com a política de SSO da organização.

Auditoria

Exame sistemático para determinar se as atividades e resultados relacionados


estão em conformidade com as providências planejadas, e se essas
providências estão implementadas efetivamente e são adequadas para atender
à política e aos objetivos da organização.

Perigo
Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão,
doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou
uma combinação destes.

Identificação de perigos

Processo de reconhecimento que um perigo existe, e de definição de suas


características.

Incidente

Evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a um


acidente.

NOTA - Um incidente em que não ocorre doença, lesão, dano ou outra perda
também é chamado de "quase-acidente". O termo "incidente" inclui " quase-
acidente ".

Partes interessadas

Indivíduo ou grupo preocupado com, ou afetado pelo, desempenho da SSO de


uma organização.

Não-conformidade

Qualquer desvio das normas de trabalho, práticas, procedimentos,


regulamentos, desempenho do sistema de gestão etc., que possa levar, direta
ou indiretamente, à lesão ou doença, dano à propriedade, dano ao meio
ambiente de trabalho, ou uma combinação destes.

Segurança e Saúde Ocupacional (SSO)

Condições e fatores que afetam o bem-estar de funcionários, trabalhadores


temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra pessoa no local de
trabalho.
Sistema de Gestão de SSO

Parte do sistema de gestão global que facilita o gerenciamento dos riscos de


SSO associados aos negócios da organização. Isto inclui a estrutura
organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas,
procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir,
analisar criticamente e manter a política de SSO da organização.

Perigo

Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão,


doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação
destes.

Risco

Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um


determinado evento perigoso.

A principal diferença entre Riscos e Perigos está na exposição.

O Risco advém da exposição a um certo Perigo.

Vamos desenvolver essa ideia.

Segundo a OHSAS 18001, Perigo é toda fonte, situação ou ato com potencial
para provocar danos humanos em termos de lesão ou doença.

O Perigo pode ser um produto químico, uma máquina rotativa, uma superfície
quente, um chão escorregadio, uma área ruidosa, uma área com alta
temperatura, área energizada, entre outros. Perceba que todos esses casos
representam situações potenciais para acontecer uma lesão. São situações
perigosas.

Contudo, essa lesão só acontece se houver exposição do trabalhador a esses


Perigos. Essa exposição tem a ver com a proximidade do trabalhador à fonte
de perigo.

Tomemos como exemplo uma máquina rotativa operando sem proteção. Ela é
uma fonte de perigo. O Risco aparece com a aproximação do trabalhador ou
qualquer outra pessoa, pois eles estão se expondo àquele perigo. Se não
houver aproximação do trabalhador não haverá Risco de qualquer dano sobre
ele.

O mesmo acontece com uma superfície quente. Ela é uma fonte de perigo.
Enquanto não houver aproximação de trabalhadores à superfície quente não
há nenhum risco de acidente. Mas no momento em que há essa aproximação,
aumenta-se a exposição e o trabalhador fica sob risco.

O mesmo acontece com todas as outras fontes de perigo.

Portanto, o Risco está associado à exposição ao perigo.

Se pensarmos em uma linha cronológica, primeiro surge o Perigo para em


seguida, se houver exposição, surgir o risco.

Agora que sabemos que o risco depende da exposição ao perigo, se quisermos


controlá-lo podemos fazer de duas formas: eliminando o perigoou reduzindo a
exposição a ele.

Segundo a OHSAS 18001, as medidas de controle de riscos devem seguir a


seguinte sequência hierárquica:

Eliminação;

Substituição;

Controles de Engenharia;

Sinalização / alertas e/ou controle administrativos;

Equipamentos de Proteção Individual - EPI.

Se analisarmos profundamente estas medidas de controle sugeridas pela


OHSAS 18001, perceberemos que elas se resumem em atuações para eliminar
o perigo ou limitar a exposição a ele.

A Eliminação e a Substituição atuam geralmente na fonte do perigo. Por outro


lado, os controles de engenharia, a sinalização, os alertas, os controles
administrativos visam diminuir a exposição do trabalhador ao evento perigoso.
Por último, nos casos em que não se consegue eliminar o perigo, nem controlar
a exposição ao evento danoso, utilizam-se os equipamentos de proteção
individual.

Um dos requisitos mais relevantes da OHSAS 18001:2007 é o gerenciamento


de perigos e riscos, criado para evitar acidentes ou causas de acidentes
durante a rotina os colaboradores ou em ocasiões excepcionais. A realização
deste item de maneira satisfatória contribui para o futuro seguro tanto da
empresa quanto da equipe de funcionários.
Com o passar dos anos as leis concernentes a saúde e segurança do
trabalhador têm se tornado cada vez mais rigorosas. Nesse sentido, implantar
o gerenciamento de perigos e riscos visando a proteção do colaborador tornou-
se uma obrigação das organizações que queiram manter-se corretamente
diante da legislação e que também compartilham em seu estatuto, valores
ligados à saúde e segurança da sua equipe.

Provavelmente você já deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, algum caso
de acidente de trabalho. As chances desse episódio ter ocorrido em uma obra
da construção civil são muito grandes. Isso porque segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), o ramo da construção civil é o setor onde mais
apresenta risco ao trabalhador.

Para minimizar casos de acidentes como esses, a Organização Internacional


de Normatização (ISO)traz a norma OHSAS 18001 focada na Gestão de
Segurança e Saúde Ocupacional. Assim como a ISO 9001 e a ISO 14001, essa
é mais uma norma passível de certificação, ou seja possibilita às empresas a
aquisição do selo.

Um dos principais requisitos da OHSAS 18001 é o gerenciamento de perigos e


riscos que uma empresa pode proporcionar ao colaborador. A norma estipula a
listagem de todos as ações ou itens da empresa que possam ser classificadas
em um destes dois termos.

Perigo

No requisito 3 da OHSAS 18001:2007 define Perigo como:

Fonte, situação ou ato com potencial para o dano em termos de lesões,


ferimentos ou danos para a saúde ou uma combinação destes.

Ou seja, em termos mais simples o termo perigo refere-se a fonte geradora do


problema.

Risco

Segundo a OHSAS 18001 o Risco é a Combinação da Probabilidade da


ocorrência de um acontecimento perigoso ou exposição(ões) e da severidade
das lesões, ferimentos, ou danos para a saúde, que pode ser causada pelo
acontecimento ou pela(s) exposição(ões).

Em linhas gerais, podemos entender o risco como os “efeitos da fonte


geradora”.
Utilizando-se dos exemplos citados no item perigo, fica mais fácil compreender
o que significa risco.

É importante destacar que muitos empresários veem a importância da OHSAS


18001 apenas como um instrumento para evitar acidentes no local de trabalho
como a fratura de um braço ou situações mais graves. No entanto, o
gerenciamento de perigos e riscos da OHSAS 18001 pode evitar problemas ou
doenças devido as ações repetitivas realizadas ao longo dos anos. Citemos
como exemplo o ato de digitar incorretamente que pode provocar lesões tanto
na coluna quanto nas mãos.

A OHSAS 18001 oferece as diretrizes necessárias para a análise e


levantamento dos perigos e riscos. Portanto, é possível seguir as orientações
presentes na norma para implantar o gerenciamento. Todavia, os processos
são bastantes minuciosos e exigem atenção extra para interpretação de
possíveis ou futuras causas de acidentes.

Sendo assim, recomenda-se que o trabalho seja feito por um profissional


habilitado que possua experiência na área. Uma vez que para a implementação
da norma com o objetivo da conquista do selo, exige-se que cada um dos
requisitos da OHSAS 18001 sejam atendidos corretamente.

A palavra OHSAS significa: Occupational Health ans Safety Assessments


Series oficialmente publicada pela BSI – British Standards Institution. É uma
norma de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO)
que visa proteger e assegurar que os colaboradores de uma organização
tenham um ambiente de trabalho saudável e seguro.

Acidente de Trabalho

É aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da organização e


provoca lesão corporal ou perturbação funcional, que pode causar a morte, a
perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional

Atender a legislação relacionada à segurança e saúde do colaborador;

Identificar os riscos e perigos das atividades da organização, de forma a atuar


preventivamente na saúde e segurança do colaborador;
Conscientizar os colaboradores e todos aqueles que possam exercer
atividades em seu nome das consequências de suas ações para com a saúde
e integridade física de todos.

A certificação OHSAS 18001 está baseada nos riscos que a(s) atividade(s) de
uma organização podem trazer à saúde dos colaboradores, assim, a
implementação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional
deverá contemplar todas as suas atividades.

Cada vez mais organizações se mostram preocupadas em demonstrar o seu


compromisso com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Um SGSSO –
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional promove um ambiente
de trabalho seguro e saudável através de uma estrutura que permite à
organização identificar e controlar consistentemente seus riscos à segurança e
saúde, reduzindo o potencial de acidentes, auxiliando na conformidade
legislativa e melhorando o desempenho geral.

Os principais benefícios da OSHAS 18001

Redução significativa de acidentes, perigos e parada de trabalho, através da


sistematização de todas as atividades;

Evitar o risco de passivos trabalhistas e ações judiciais, pois obterá acesso e


conhecimento constante a legislação;

Valorização da imagem da empresa, por estar comprometida com a saúde e


segurança do colaborador;

Aumento da identificação e motivação do funcionário, através do envolvimento


nos processos de gestão de Segurança e Saúde Ocupacional.

A ISO 45001:2017

A ISO 45001 é uma norma internacional destinada a ajudar as organizações a


melhorar o seu desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho e está sendo
desenvolvida pelo Comitê de Projetos ISO PC 283 que está trabalhando
atualmente com 50 países e organizações internacionais, incluindo a
Organização Internacional do Trabalho, para desenvolver uma norma capaz de
melhorar os aspectos de Saúde e Segurança Ocupacional para todos, com o
intuito de ser publicada oficialmente no começo de 2017.
A ISO 45001 também é baseada no Anexo SL – a nova estrutura de alto nível
ISO (HLS) que traz uma estrutura comum para todos sistemas de gestão. Isto
ajuda a manter a consistência, alinha diferentes normas de sistema de gestão,
oferece sub-cláusulas correspondentes em relação à estrutura de alto nível e
aplica uma linguagem comum a todos as normas.

Novidades na ISO 45001

Segundo o padrão utilizado pela ISO para os seus sistemas podemos esperar
que a ISO 45001 tenha a seguinte estrutura abaixo, conforme o Anexo SL:

1. Escopo
2. Referências Normativas
3. Termos e Definições
4. Contexto Organizacional
5. Liderança
6. Planejamento
7. Recursos
8. Operação
9. Avaliação de Desempenho
10. Melhoria

A renegociação da definição de risco, uma vez que existem várias definições


hoje. Por exemplo, ISO 9001: 2015 e ISO 31000 trazem conceitos de risco

A versão final da ISO 45001 é atualmente esperada para o 1º trimestre de 2017


e prevê-se que após a sua publicação, OHSAS 18001 será retirada e haverá
um período de três anos da migração permitido para organizações já
certificadas para OHSAS 18001.

A nova OHSAS 18001 é uma especificação que tem por objetivo prover às
organizações os elementos de um Sistema de Gestão da SST eficaz, passível
de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-las a
alcançar seus objetivos de segurança e saúde ocupacional. Ela define os
requisitos de um Sistema de Gestão da SST, tendo sido redigida de forma a
aplicar-se a todos os tipos e portes de empresas, e para adequar-se a
diferentes condições geográficas, culturais e sociais. O sucesso do sistema
depende do comprometimento de todos os níveis e funções, especialmente da
alta administração. Um sistema desse tipo permite a uma organização
estabelecer e avaliar a eficácia dos procedimentos destinados a definir uma
política e objetivos de SST, atingir a conformidade com eles e demonstrá-la a
terceiros.

A OHSAS 18001 contém apenas os requisitos que podem ser objetivamente


auditados para fins de certificação e/ou autodeclaração. Recomenda-se
àquelas organizações que necessitem de orientação adicional sobre outras
questões relacionadas a Sistemas de Gestão da SST consultar os Manuais
sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

Convém observar que a OHSAS 18001 não estabelece requisitos absolutos


para o desempenho da Segurança e Saúde no Trabalho, além do
comprometimento, expresso na política, de atender à legislação e
regulamentos aplicáveis, e o comprometimento com a melhoria contínua.
Assim, duas organizações que desenvolvam atividades similares, mas que
apresentem níveis diferentes de desempenho da SST, podem, ambas, atender
aos seus requisitos.

A OHSAS 18001 baseia-se na premissa de que a organização irá,


periodicamente, analisar criticamente e avaliar o seu Sistema de Gestão da
SST, de forma a identificar oportunidades de melhoria e a implementação das
ações necessárias.

O Sistema de Gestão da SST fornece um processo estruturado para atingir a


melhoria contínua, cujo ritmo e amplitude são determinados pela organização à
luz de circunstâncias econômicas e outras. Embora alguma melhoria no
desempenho da SST possa ser esperada devido à adoção de uma abordagem
sistemática, entende-se que o Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no
Trabalho é uma ferramenta que permite a uma empresa atingir, e
sistematicamente controlar, o nível do desempenho da SST por ela mesma
estabelecido. O desenvolvimento do Sistema de Gestão da SST, por si só, não
resultará, necessariamente, na redução imediata de acidentes e doenças do
trabalho.

Entretanto, possuir tal sistema irá auxiliar uma organização a dar confiança às
várias partes interessadas de que:

existe um comprometimento da alta administração para atender às disposições


de sua política e objetivos;

é dada maior ênfase à prevenção do que às ações corretivas;

podem ser dadas evidências de atuação cuidadosa e de atendimento aos


requsitos legais; e
a concepção de sistemas incorpora o processo de melhoria contínua.

Podem ser obtidos benefícios econômicos com a implementação de um


Sistema de Gestão da SST. Recomenda-se que tais benefícios sejam
identificados de forma a demonstrar às partes interessadas, sobretudo aos
acionistas, o valor de uma gestão eficaz da segurança e saúde dos
trabalhadores para a organização. Isso também dá a uma empresa a
oportunidade de ligar objetivos de SST a resultados financeiros específicos,
assegurando assim que os recursos necessários estejam disponíveis.

Os benefícios potenciais associados a um eficaz Sistema de Gestão da


Segurança e Saúde no Trabalho incluem:

assegurar aos clientes o comprometimento com uma gestão da SST


demonstrável;

manter boas relações com os sindicatos de trabalhadores;

obter seguro a um custo razoável (principalmente quando o SAT – Seguro de


Acidentes do Trabalho – for operado no Brasil de forma mais inteligente!);

fortalecer a imagem da organização e sua participação no mercado;

aprimorar o controle do custo de acidentes;

reduzir acidentes que impliquem em responsabilidade civil;

demonstrar atuação cuidadosa;

facilitar a obtenção de licenças e autorizações;

estimular o desenvolvimento e compartilhar soluções de prevenção de


acidentes e doenças ocupacionais;

melhorar as relações entre a indústria e o governo.

A criação da OHSAS 18001 atendeu a um grande clamor internacional. Sua


importância pode ser aquilatada pela representatividade dos Organismos
Certificadores que participaram de sua elaboração, os quais respondem por
cerca de 80% do mercado mundial de certificação de Sistemas de Gestão.

A nova "norma" foi desenvolvida para ser compatível com a ISO 9001:1994
(para Sistemas de Gestão da Qualidade) e com a ISO 14001:1996 (para
Sistemas de Gestão Ambiental), com o objetivo de facilitar às empresas a
implementação de Sistemas Integrados de Gestão (SIGs como nós os
denominamos), totais ou parciais.
Em síntese, podemos dizer que a especificação OHSAS 18001 estabelece os
requisitos de um Sistema de Gestão da SST que permite a uma organização
controlar seus riscos ocupacionais e melhorar seu desempenho nessa área.
Ela não define critérios específicos de performance em SST, nem fornece
requisitos detalhados para o projeto de um Sistema de Gestão nessa área.

A OHSAS 18001 é, sobretudo, aplicável a uma empresa que deseja ou


necessita:

estabelecer um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, para


eliminar ou minimizar riscos aos trabalhadores e outras partes interessadas
que possam estar expostos a riscos de acidentes e doenças ocupacionais
associados a suas atividades;

implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão da SST;

assegurar-se de sua conformidade com sua política de SST definida;

demonstrar tal conformidade a terceiros;

buscar certificação de seu Sistema de Gestão da SST por uma organização


externa;

realizar uma auto-avaliação e emitir autodeclaração de conformidade com essa


"norma".

Espera-se que a aplicação da especificação OHSAS 18001 pelas empresas ao


redor do mundo possa fornecer dados importantes para o futuro
desenvolvimento tanto de normas internacionais, como de normas nacionais
certificáveis para Sistemas de Gestão da SST.

(Em 2000, foi lançada uma outra "norma", a OHSAS 18002, que dá as
diretrizes para a implementação da OHSAS 18001 nas organizações).

Como utilizar este documento

Apesar dos textos das normas estarem disponíveis, este documento não
substitui o texto normativo, sendo necessário que o leitor consulte a OHSAS
18001:2007, a OHSAS WD 18002:2007 e a BS 80:1996 quando utilizar este
documento.

O texto das normas é apresentado entre bordas conforme a seguir:

OHSAS 18001:2007 Borda Azul sem Sombreamento 1. Cada item e subitem


da OHSAS 18001:2007 são abordados em ordem seqüencial. 2. Para efeitos
deste Manual é utilizada a seguinte terminologia: a) Item normativo (ex: 4.4 –
“Implementação e operação”) b) Subitem normativo (ex: 4.4.2 – “Competência,
treinamento e conscientização”) c) Requisito normativo (ex: “… deve conduzir
auditorias internas em intervalos … ” ou “Deve ser planeado um programa de
auditoria … ”)

O texto apresenta as seguintes marcações:

a) Os requisitos desta norma foram identificados marcando as frases Deve ou


Devem com amarelo significando obrigação em atender ao requisito; b) Os
procedimentos documentados exigidos pela norma foram identificados
marcando a frase Procedimento com verde; c) Os registros exigidos pela
norma foram identificados marcando a frase Registro com vermelho; d) As
frases quando, quando necessário ou quando apropriado estão marcados em
azul por significar, na maioria das vezes, um requisito somente se adotado,
porém, é recomendável justificar a não adoção do requisito;

Mudanças entre a OHSAS 18001:1999 e a OHSAS 18001:2007

Este documento procura diferenciar os requisitos da OHSAS 18001:2007 face


aos da anterior versão. Para tanto se codificou os requisitos em função da sua
natureza, recorrendo-se à utilização de cores da seguinte forma:

a) Requisitos Novos ou modificados: Verde b) Requisitos Reescritos, mas cujo


conteúdo não foi alterado: Laranja c) Requisitos inalterados: Preto

A descrição de cada item ou subitem está dividida em 4 aspectos


fundamentais:

Objetivo (Qual o propósito de cada conjunto de requisitos agrupados no item ou


subitem; o que a norma pretende alcançar);

Interpretação (Qual a interpretação sobre cada conjunto de requisitos,


suportada em exemplos, quando aplicável);

Prevenção (procurando fazer uma pequena referência com a higiene e


segurança)

Evidência (Necessária/requerida para evidenciar a implementação, realização e


controle das atividades/processos associados ao cumprimento do conjunto de
requisitos em análise; o que seria importante para demonstrar o
comprometimento com os requisitos);

Não Conformidades mais freqüentes (Ressalva às situações que, de acordo


com experiência, são constatadas com mais freqüência em auditoria).

Esta Norma da Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho -


Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) - e o documento
que a acompanha OHSAS 18002, Diretrizes para a implementação da OHSAS
18001, foram desenvolvidos em resposta à demanda de clientes por uma
norma reconhecida para Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no
Trabalho, com base na qual seus sistemas de gestão possam ser avaliados e
certificados.

A OHSAS 18001 foi desenvolvida para ser compatível com as normas para
sistemas de gestão ISO 9001:2000 (Qualidade) e ISO 14001:2004 (Meio
Ambiente), a fim de facilitar a integração dos sistemas de gestão da Qualidade,
Ambiental e da Segurança e Saúde no Trabalho, se assim elas o desejarem.

Esta Norma OHSAS será revisada ou alterada quando for considerado


apropriado. As revisões serão realizadas quando forem publicadas novas
edições da ISO 9001 ou da ISO 14001, para assegurar a continuidade da
compatibilidade.

Esta Norma OHSAS será retirada de circulação quando da publicação de seu


conteúdo em, ou como, uma norma internacional.

Esta Norma OHSAS foi elaborada de acordo com as regras estabelecidas nas
Diretrizes ISO/IEC, Prate 2.

As principais mudanças em relação à edição anterior são as seguintes:

Foi dada maior ênfase à importância na “Saúde”.

A OHSAS 18001 agora se autodenomina uma norma, e não uma especificação


ou documento como na edição anterior. Isso reflete o aumento da adoção da
OHSAS 18001 como base de normas nacionais para sistemas de gestão da
segurança e saúde no trabalho.

O diagrama do modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-Verificar-


Agir) somente é apresentado na introdução, em sua íntegra, e não em partes
segmentadas, no início de cada seção principal.

As publicações de referência da seção 2 foram limitadas somente a


documentos internacionais.

Foram adicionadas definições novas e as definições existentes foram


revisadas.

Houve em toda norma melhoria significativa no alinhamento com a ISO


14001:2004 e aumento da compatibilidade com a ISO 9001:2000.

O termo “risco tolerável” foi substituído pelo termo “risco aceitável” (ver 3.1).

O termo “acidente” foi incluído no termo “incidente” (ver 3.9).

A definição do termo “perigo” não se refere mais a “dano à propriedade ou


dano ao ambiente do local de trabalho” (ver 3.6).
Considera-se agora que tal “dano” não está diretamente relacionado à gestão
da Segurança e Saúde no Trabalho, que é a finalidade desta Norma OHSAS,
mas que está inserido no campo da gestão de ativos. Em vês disso, convém
que o risco de que tal “dano” tenha um efeito na Segurança e Saúde no
Trabalho seja identificado através do processo de avaliação de riscos da
organização, e seja controlado através da aplicação de controles de riscos
apropriados.

As subseções 4.3.3 e 4.3.4 foram agrupadas, alinhando-se à ISO 14001:2004.

Foi introduzido um novo requisito para que seja considerada a hierarquia dos
controles como parte do planejamento da SST (ver 4.3.1)

A gestão de mudanças é agora tratada de maneira mais explicita (ver 4.3.1 e


4.4.6).

Foi incluída uma nova seção sobre “Avaliação de Compliance” ou seja,


“Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros” (ver 4.5.2).

Foram introduzidos novos requisitos para a participação e consulta (ver


4.4.4.3.2).

Foram incluídos novos requisitos para a investigação de incidentes (ver


4.5.3.1).

Esta publicação não pretende incluir todas as cláusulas necessárias de um


contrato. Os usuários são responsáveis por sua correta aplicação.

A conformidade com esta Norma da Série de Avaliação da Segurança e Saúde


no Trabalho (OHSAS), não confere imunidade em relação às obrigações legais.

Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e


demonstrar um bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST),
por meio do controle de seus riscos de SST, coerente com sua política e seus
objetivos de SST.

Agem assim dentro de um contexto de legislação cada vez mais exigente, do


desenvolvimento de políticas econômicas e de outras medidas destinadas a
promover boas práticas de SST, e de uma crescente preocupação das partes
interessadas com questões de SST.

Muitas organizações têm efetuado “análises” ou “auditorias” de SST a fim de


avaliar seu desempenho nessa área. No entanto, por si só, tais “análises” e
“auditorias” podem não ser suficientes para proporcionar a uma organização a
garantia de que seu desempenho não apenas atende, mas continuará a
atender aos requisitos legais e aos de sua própria política. Para que sejam
eficazes, é necessário que esses procedimentos sejam realizados dentro de
um sistema de gestão estruturado que esteja integrado na organização.

As Normas OHSAS para a gestão da SST têm por objetivo fornecer às


organizações elementos de um sistema de gestão da SST eficaz, que possa
ser integrado a outros requisitos de gestão, e auxiliá-la a alcançar seus
objetivos de SST e econômicos. Não se pretende que essas normas, bem
como outras Normas Internacionais, sejam utilizadas para criar barreiras
comerciais nãotarifárias, nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de
uma organização.

Esta Norma da Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho –


Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) – e o documento
que a acompanha OHSAS 18002, Diretrizes para a implementação da OHSAS
18001, foram desenvolvidos em resposta à demanda de clientes por uma
norma reconhecida para sistemas de gestão da Segurança e Saúde no
Trabalho, com base na qual seus sistemas de gestão possam ser avaliados e
certificados.

A OHSAS 18001 foi desenvolvida de forma a ser compatível com as normas


para sistemas de gestão ISO 9001:2000 (Qualidade) e ISO 14001:2004
(Ambiental), a fim de facilitar a integração dos sistemas de gestão da
Qualidade, Ambiental e da Segurança e Saúde no Trabalho, se assim as
organizações o desejarem. Esta Norma OHSAS será revisada ou alterada
quando for considerado apropriado. As revisões serão realizadas quando forem
publicadas novas edições da ISO 9001 ou da ISO 14001 para assegurar a
continuidade da compatibilidade.

Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e


demonstrar um bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST),
por meio do controle de seus riscos de SST, coerente com sua política e seus
objetivos de SST. Agem assim dentro de um contexto de legislação cada vez
mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas e de outras
medidas destinadas a promover boas práticas de SST, e de uma crescente
preocupação das partes interessadas com questões de SST.

Muitas organizações têm efetuado "análises" ou "auditorias" de SST a fim de


avaliar seu desempenho nessa área. No entanto, por si sós, tais "análises" e
"auditorias" podem não ser suficientes para proporcionar a uma organização a
garantia de que seu desempenho não apenas atende, mas continuará a
atender, aos requisitos legais e aos de sua própria política. Para que sejam
eficazes, é necessário que esses procedimentos sejam realizados dentro de
um sistema de gestão estruturado que esteja integrado na organização. As
Normas OHSAS para a gestão da SST têm por objetivo fornecer às
organizações elementos de um sistema de gestão da SST eficaz, que possa
ser integrado a outros requisitos de gestão, e auxiliálas a alcançar seus
objetivos de SST e econômicos. Não se pretende que essas normas, bem
como outras Normas Internacionais, sejam utilizadas para criar barreiras
comerciais não-tarifárias, nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de
uma organização.

Esta Norma OHSAS especifica requisitos para um sistema de gestão da SST,


para permitir a uma organização desenvolver e implementar uma política e
objetivos que levem em consideração requisitos legais e informações sobre os
riscos de SST. Pretende-se que seja aplicada a todos os tipos e portes de
organizações e se adeque a diferentes condições geográficas, culturais e
sociais. A base dessa abordagem está representada na Figura 1. O sucesso do
sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções e
especialmente da Alta Direção.

Um sistema desse tipo permite a uma organização desenvolver uma política de


SST, estabelecer objetivos e processos para atingir os comprometimentos da
política, executar ações conforme necessário para melhorar seu desempenho,
e demonstrar a conformidade do sistema com os requisitos desta Norma
OHSAS. A finalidade geral desta Norma OHSAS é apoiar e promover boas
práticas de SST, de maneira balanceada com as necessidades
socioeconômicas. Deve-se notar que muitos dos requisitos podem ser
abordados simultaneamente ou reapreciados a qualquer momento. A segunda
edição desta Norma OHSAS busca o esclarecimento da primeira edição, para
auxiliar o seu entendimento, e leva em consideração as disposições da ISO
9001, ISO 14001, ILO-OSH e de outras normas e publicações sobre sistemas
de gestão da SST, de maneira a aumentar a compatibilidade entre essas
normas, em beneficio da comunidade de usuários.

Existe uma importante distinção entre esta Norma OHSAS, que descreve os
requisitos do sistema de gestão da SST de uma organização e pode ser
utilizada para certificação/ registro e/ou para autodeclaração do sistema de
gestão da SST de uma organização, e diretrizes não-certificáveis destinadas a
fornecer orientação genérica a uma organização para estabelecer, implementar
ou melhorar um sistema de gestão da SST. A gestão da SST abrange uma
vasta gama de questões, incluindo aquelas com implicações estratégicas e
competitivas.

A demonstração de um processo bem sucedido de implementação desta


Norma OHSAS pode ser utilizada por uma organização para assegurar às
partes interessadas que ela possui um sistema de gestão da SST apropriado
em funcionamento. Organizações que necessitam de mais orientações
genéricas sobre uma gama variada de questões relativas a sistemas de gestão
da SST devem buscálas na OHSAS 18002. Qualquer referência a outras
Normas Internacionais tem caráter meramente informativo.

Esta Norma OHSAS é baseada na metodologia conhecida como PDCA (Plan-


DoCheck-Act = Planejar-Fazer-Verificar-Agir). O PDCA pode ser descrito
resumidamente da seguinte forma:

- Planejar: estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os


resultados de acordo com a política de SST da organização.

- Fazer: implementar os processos.

- Verificar: monitorar e medir os processos em relação à política e aos objetivos


de SST, aos requisitos legais e outros, e relatar os resultados.

- Agir: executar ações para melhorar continuamente o desempenho da SST.

Muitas organizações gerenciam suas operações através da aplicação de um


sistema de processos e suas interações, que podem ser referenciados como
“abordagem de processo”. A ISO 9001 promove a utilização da abordagem de
processo. Como o PDCA pode ser aplicado a todos os processos, as duas
metodologias são consideradas compatíveis.

Esta Norma OHSAS se aplica a qualquer organização que deseje:

a) estabelecer um sistema de gestão da SST para eliminar ou minimizar riscos


às pessoas e a outras partes interessadas que possam estar expostas aos
perigos de SST associados a suas atividades;

b) implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão da


SST;

c) assegurar-se da conformidade com sua política de SST definida;

d) demonstrar conformidade com esta Norma OHSAS da seguinte forma:

1. fazendo uma auto-avaliação e autodeclaração; ou

2. buscando a confirmação de sua conformidade por meio de partes que


tenham interesse na organização; tais como clientes, ou

3. buscando a confirmação de sua autodeclaração por meio de uma parte


externa à organização, ou

4. buscando a certificação/registro de seu sistema de gestão da SST por meio


de uma organização externa.

Todos os requisitos desta Norma OHSAS se destinam a ser incorporados em


qualquer sistema de gestão da SST. A extensão da aplicação dependerá de
fatores como a política de SST da organização, a natureza de suas atividades
e os riscos e a complexidade de suas operações. Esta Norma OHSAS é
direcionada à Segurança e Saúde no Trabalho e não a outras áreas de
segurança e saúde, tais como programas de bemestar de funcionários,
segurança de produtos, danos à propriedade ou impactos ambientais.

Requisitos gerais A organização deve estabelecer, documentar, implementar,


manter e melhorar continuamente um sistema de gestão da Segurança e
Saúde no Trabalho (SST) em conformidade com os requisitos desta Norma
OHSAS, e determinar como ela irá atender a esses requisitos. A organização
deve definir e documentar o escopo de seu sistema de gestão da SST.

Política de SST A Alta Direção deve definir e autorizar a política de SST da


organização e assegurar que, dentro do escopo definido de seu sistema de
gestão da SST, a política:
a) seja apropriada à natureza e escala dos riscos de SST da organização;

b) inclua um comprometimento com a prevenção de lesões e doenças e com a


melhoria contínua da gestão da SST e do desempenho da SST;

c) inclua um comprometimento em atender, pelo menos, aos requisitos legais


aplicáveis e a outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem
a seus perigos de SST;

d) forneça o arcabouço para o estabelecimento e análise crítica dos objetivos


de SST;

e) seja documentada, implementada e mantida;

f) seja comunicada a todas as pessoas que trabalhem sob o controle da


organização, com o intuito de que elas tenham ciência de suas obrigações
individuais em relação à SST;

g) esteja disponível às partes interessadas; e

h) seja periodicamente analisada criticamente para assegurar que permanece


pertinente e apropriada à organização.

Planejamento

4.3.1 Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de controles


A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para a
identificação contínua de perigos, a avaliação de riscos e a determinação dos
controles necessários.

Requisitos legais e outros

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para


identificar e ter acesso à legislação e a outros requisitos de SST que lhe são
aplicáveis. A organização deve assegurar que tais requisitos legais aplicáveis e
outros requisitos subscritos por ela sejam levados em consideração no
estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de gestão da
SST. A organização deve manter essa informação atualizada. A organização
deve comunicar as informações pertinentes sobre requisitos legais e outros
requisitos às pessoas que trabalham sob seu controle e às outras partes
interessadas pertinentes.

Controle de documentos
Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da SST e por esta Norma
OHSAS devem ser controlados. Registros são um tipo especial de documento
e devem ser controlados de acordo com os requisitos estabelecidos em 4.5.4.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para:

a) aprovar documentos quanto à sua adequação antes de seu uso;

b) analisar criticamente e atualizar, conforme necessário, e reaprovar


documentos;

c) assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de documentos


sejam identificadas;

d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam


disponíveis em seu ponto de utilização;

e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente


identificáveis;

f) assegurar que os documentos de origem externa determinados pela


organização como sendo necessários ao planejamento e operação do sistema
de gestão da SST sejam identificados, e que sua distribuição seja controlada; e

g) prevenir a utilização não-intencional de documentos obsoletos, e utilizar


identificação adequada neles, se forem retidos para quaisquer fins.

Preparação e resposta a emergências

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para:

a) identificar o potencial para situações de emergência;

b) responder a tais situações de emergência. A organização deve responder às


situações reais de emergência, e prevenir ou mitigar as conseqüências para a
SST adversas associadas. Ao planejar sua resposta a emergências, a
organização deve levar em consideração as necessidades das partes
interessadas pertinentes, tais como serviços de emergência e a vizinhança. A
organização deve também testar periodicamente seu(s) procedimento(s) para
responder a situações de emergência, quando exeqüível, envolvendo as partes
interessadas pertinentes, conforme apropriado.

A organização deve periodicamente analisar criticamente e, onde necessário,


revisar seu(s) procedimento(s) de preparação e resposta a emergências, em
particular após o teste periódico e após a ocorrência de situações de
emergência (ver 4.5.3).
Controle de registros A organização deve estabelecer e manter registros,
conforme necessário, para demonstrar conformidade com os requisitos de seu
sistema de gestão da SST e desta Norma OHSAS, bem como os resultados
obtidos. A organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimento(s) para a identificação, armazenamento, proteção, recuperação,
retenção e descarte de registros. Os registros devem ser e permanecer
legíveis, identificáveis e rastreáveis.

Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva A organização deve


estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para tratar as
nãoconformidades reais e potenciais, e para executar ações corretivas e ações
preventivas. O(s) procedimento(s) deve(m) definir requisitos para:

a) identificar e corrigir não-conformidade(s) e executar ações para mitigar suas


conseqüências para a SST;

b) investigar não-conformidade(s), determinar sua(s) causa(s) e executar ações


para evitar sua repetição.

c) avaliar a necessidade de ação(ões) para prevenir não-conformidade(s) e


implementar ações apropriadas, desenhadas para evitar sua ocorrência.

d) registrar e comunicar os resultados da(s) ação(ões) corretiva(s) e ação(ões)


preventiva(s) executada(s); e e) analisar criticamente a eficácia da(s) ação(ões)
corretiva(s) e ação(ões) preventiva(s) executada(s).

Análise crítica pela direção A Alta Direção deve analisar criticamente o sistema
de gestão da SST da organização, em intervalos planejados, para assegurar
sua continuada adequação, pertinência e eficácia. As análises críticas devem
incluir a avaliação de oportunidades para melhoria e a necessidade de
alterações no sistema de gestão da SST, inclusive da política de SST e dos
objetivos de SST. Os registros das análises críticas pela direção devem ser
retidos.

As entradas para as análises críticas pela direção devem incluir:

a) resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento


(compliance) aos requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos subscritos
pela organização;

b) resultados da participação e consulta (ver 4.4.3);

c) comunicação(ões) pertinente(s) proveniente(s) de partes interessadas


externas, incluindo reclamações;
d) o desempenho da SST da organização;

e) extensão na qual foram atendidos os objetivos;

f) situação das investigações de incidentes, das ações corretivas e das ações


preventivas;

g) ações de acompanhamento das análises críticas pela direção anteriores;

h) mudança de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos em requisitos legais


e outros relacionados à SST; e

i) recomendações para melhoria.

As saídas das análises críticas pela direção devem ser coerentes com o
comprometimento da organização com a melhoria contÍnua, e devem incluir
quaisquer decisões e ações relacionadas a possíveis mudanças:

a) no desempenho da SST;

b) na política e objetivos de SST;

c) nos recursos; e

d) em outros elementos do sistema de gestão da SST.

As saídas pertinentes da análise crítica pela direção devem ficar disponíveis


para comunicação e consulta (ver 4.4.3).

Sistema de gestão da SST Este requisito da OHSAS 18001 é uma declaração


geral relativa ao estabelecimento e manutenção de um sistema de gestão da
SST em uma organização. “Estabelecer” denota um grau de constância e o
sistema não deveria ser considerado estabelecido até que todos os seus
elementos tenham sido implementados de maneira demonstrável. “Manter”
implica que, uma vez estabelecido, o sistema continue a operar. Isso requer um
esforço ativo por parte da organização. Muitos sistemas começam bem, mas se
deterioram devido à falta de manutenção. Muitos dos elementos da OHSAS
18001 (tais como verificação e ação corretiva e análise crítica pela direção) têm
finalidade de garantir a manutenção ativa do sistema. Uma organização que
busca estabelecer um sistema de gestão da SST que esteja em conformidade
(conformity) com a OHSAS 18001 deveria determinar sua posição atual em
relação a seus riscos de SST através de uma análise crítica inicial (ver 4.1.2
para mais detalhes sobre análise critica inicial). Ao determinar como atenderá
aos requisitos da OHSAS 18001, convém que a organização considere as
condições e os fatores que afetam, ou poderiam afetar a segurança e a saúde
das pessoas, quais políticas de SST são necessárias e como fará a gestão de
seus riscos de SST. O nível de detalhe e a complexidade do sistema de gestão
da SST, a extensão da documentação e os recursos destinados ao sistema
dependem da natureza (porte, estrutura, complexidade) de uma organização e
de suas atividades.

Análise crítica inicial

É recomendado que uma análise crítica inicial compare a atual gestão da SST
da organização com os requisitos da OHSAS 18001 (incluindo requisitos legais
ou outros aplicáveis), a fim de determinar a extensão na qual esses requisitos
estão sendo atendidos. A análise crítica inicial fornecerá informações que uma
organização pode utilizar na formulação de planos para a implementação e
priorização de melhorias para o sistema de gestão da SST.

O objetivo de uma análise crítica inicial deveria considerar todos os riscos de


SST enfrentados pela organização. Como base para o estabelecimento do
sistema de gestão da SST. Uma organização deveria considerar, sem se limitar
a eles, os seguintes itens em sua análise crítica inicial:

Requisitos legais e outros (ver exemplos em 4.3.2);

Identificação dos perigos de SST e avaliação dos riscos enfrentados pela


organização; Avaliações da SST;

Exame dos sistemas, práticas, processos e procedimentos existentes;


Avaliações das iniciativas de melhoria da SST;

Avaliação do feedback de investigações de incidentes, doenças relacionadas


ao trabalho, acidentes e emergências anteriores. Sistemas de gestão
pertinentes e recursos disponíveis.

Uma abordagem adequada para a análise crítica inicial pode incluir o uso de:
Listas de verificação (checklistis), entrevistas, inspeções e medições diretas;
Resultados de auditorias anteriores de sistemas de gestão, ou outros tipos de
análise, dependendo da natureza das atividades da organização; Resultados
de consultas aos trabalhadores, terceirizados ou outras partes interessadas
externas pertinentes. Quando já existirem processos de identificação de
perigos e de avaliação de riscos, convém que eles sejam analisados
criticamente quanto à sua adequação em relação aos requisitos da OHSAS
18001.

Deve-se enfatizar que uma análise crítica inicial não substitui a implementação
de uma abordagem sistemática estruturada para a identificação de perigos, a
avaliação de riscos e a determinação de controles, conforme a subseção 4.3.1.
Entretanto, uma análise crítica pode fornecer entradas adicionais ao
planejamento desses processos.
A gestão de mudanças (ver 4.3.1.5) precisa ser levada em conta para
mudanças nos riscos avaliados, na determinação ou na implementação de
controles. É recomendado que a análise crítica pela direção seja utilizada para
determinar se são necessárias mudanças na metodologia de uma maneira
geral. Para serem eficazes, os procedimentos da organização para a
identificação de perigos e avaliação de riscos deveriam levar em conta o
seguinte:

Perigos,

Riscos,

Controles,

Gestão de mudanças,

Documentação,

Análise crítica contínua.

Para garantir a consciência de sua aplicação, é recomendável que esse(s)


procedimento(s) seja(m) documentado(s).

A seção 4.3.1 da OHSAS 18001:2007 identifica nos itens a) a j) o que deve ser
levado em conta no desenvolvimento do(s) procedimento(s). As subseções
4.3.1.3 e 4.3.1.8 trazem orientações sobre isso.

Identificação de perigos É recomendado que a identificação de perigos objetive


a determinação, de maneira proativa, de todas as fontes, situações ou atos (ou
uma combinação destes), provenientes das atividades da organização que
tenham potencial para provocar danos humanos em termos de lesões ou
doenças (ver definição de “perigo” em 3.16). São alguns exemplos: Fontes
(por exemplo, máquinas em movimento, fontes de radiação ou de energia),
Situações (por exemplo, trabalhos em altura), ou Atos (por exemplo,
levantamento manual de cargas).

A identificação de perigos deveria levar em consideração os tipos diferentes de


perigos no local de trabalho, incluindo perigos físicos, químicos, biológicos e
psicossociais (ver Anexo C para exemplos de perigos). Convém que a
organização estabeleça ferramentas e técnicas específicas para a identificação
de perigos que sejam pertinentes ao escopo do sistema de gestão da SST.

Entradas para a avaliação de riscos As entradas para os processos de


avaliação de riscos podem incluir, mas não se limitam a, informações ou dados
sobre o seguinte:

Detalhes sobre o (s) local (is) onde o trabalho é realizado,


Proximidade e abrangência para interações perigosas entre atividades no local
de trabalho, Providências de segurança patrimonial, Capacidade,
comportamento, competência, treinamento e experiência das pessoas que
normalmente e/ ou ocasionalmente realizam atividades perigosas, Dados
toxicológicos e epidemiológicos e outras informações relacionadas à saúde,
Proximidade de outras pessoas (por exemplo, pessoal da limpeza, visitantes,
terceirizados, o público em geral) que podem ser afetados pelo trabalho
perigoso,

Detalhes sobre instruções de trabalho, sistemas de trabalho e/ ou


procedimentos de permissão de trabalho elaborados para tarefas perigosas,
Instruções de fabricante ou fornecedores para a operação e a manutenção de
equipamentos e instalações, Disponibilidade e uso de medidas de controle [por
exemplo, para ventilação, proteção de máquinas, equipamento de proteção
individual (EPI), etc.], Condições anormais (por exemplo, interrupção de
serviços públicos como fornecimento de energia elétrica e água ou outras
falhas de processo), Condições ambientais que afetam o local de trabalho,
Potencial de falha da planta e de componentes de máquinas e dispositivos de
segurança, ou potencial para a sua degradação devido à exposição aos
elementos ou materiais dos processos,

Detalhes do acesso a, bem como adequação/condição dos procedimentos de


emergência, planos de fuga de emergência, equipamentos de emergência,
rotas de fuga de emergência (incluindo sinalização), recursos para a
comunicação de emergências, suporte externo a emergências, etc., Dados de
monitoramento relacionados a incidentes associados a atividades laborais
específicas, Constatações de avaliações existentes relativas à atividade
laboral perigosa, Detalhes sobre atos inseguros anteriores, tanto aqueles
cometidos por indivíduos que executam a atividade como por outras pessoas
(por exemplo, pessoal das redondezas, visitantes, terceirizados, etc.),
Potencial de uma falha provocar falhas associadas a ela ou de desabilitar
medidas de controle, Duração e freqüência

Precisão e confiabilidade dos dados disponíveis para avaliação de riscos,


Quaisquer requisitos legais e outros (ver 4.3.2) que determinam como a
avaliação de riscos tem que ser conduzida, ou o que constitui um risco
aceitável, por exemplo, métodos de amostragem para determinar a exposição,
uso de métodos específicos de avaliação de riscos, ou níveis permissíveis de
exposição.

A avaliação de riscos deveria ser realizada por pessoa (s) com competência
em metodologia e técnicas pertinentes de avaliação de riscos (ver 4.4.2), e com
conhecimento apropriado da atividade laboral.

Gestão de mudanças A organização deveria gerenciar e controlar quaisquer


mudanças que possam afetar ou provocar impactos em seus perigos e riscos
de SST. Isso inclui mudanças na estrutura da organização, no pessoal, no
sistema de gestão, em processos e atividades, no uso de materiais, etc. Tais
mudanças deveriam ser avaliadas através da identificação de perigos e
avaliação de riscos antes de sua adoção. A organização deveria considerar os
perigos e riscos potenciais associados a novos processos ou operações no
estágio de projeto, bem como mudanças na organização, nas operações
existentes, nos produtos, serviços ou fornecedores. São exemplos de
condições que deveriam desencadear a gestão do processo de mudanças:
Tecnologia (incluindo softwares), equipamentos, instalações ou ambiente de
trabalho novos ou modificados,

Procedimentos, práticas de trabalho, projetos, especificações ou normas novos


ou revisados,

Tipos ou categorias diferentes de matéria-prima,

Mudanças significativas na estrutura organizacional do site e dos


trabalhadores, incluindo a utilização de terceirizados, Modificações de
dispositivos e equipamentos de segurança e saúde ou de controles.

Registro e documentação dos resultados

É recomendado que a organização documente e mantenha os resultados da


identificação de perigos, das avaliações de riscos e dos controles
determinados. Os seguintes tipos de informações deveriam ser registrados:
Identificação de perigos,

Determinação dos riscos associados aos perigos identificados,

Identificação dos níveis dos riscos relacionados aos perigos,

Descrição das medidas a serem tomadas para controlar os riscos, ou


referências às mesmas, Determinação dos requisitos de competência para
implementar os controles (ver 4.4.2).

Quando os controles existentes ou pretendidos são usados para determinar os


riscos de SST, essas medidas deveriam ser claramente documentadas de
modo que a base da avaliação esteja clara quando for analisada criticamente
em ocasião futura. A descrição das medidas para monitorar e controlar os
riscos pode ser incluída nos procedimentos de controle operacional (ver 4.4.6).
A determinação dos requisitos de competência pode ser incluída nos
procedimentos de treinamento (ver 4.4.2).
Análise crítica contínua É um requisito que a identificação de perigos e a
avaliação de riscos sejam contínuas. Isso exige que a organização considere o
momento e a freqüência de tais análises críticas, as quais são afetadas pelos
seguintes tipos de questões:

Necessidade de determinar se os controles existentes de riscos são eficazes e


adequados, Necessidade de resposta aos novos perigos, Necessidade de
resposta às mudanças que a própria organização introduziu (ver 4.3.1.5),
Necessidade de resposta ao feedback das atividades de monitoramento,
investigação de incidentes (ver 4.5.3), situações de emergência ou resultados
dos testes dos procedimentos de emergência (ver 4.4.7), Mudanças na
legislação,

Avanços externos, por exemplo, questões emergentes de saúde ocupacional,


Avanços nas tecnologias de controle, Constante mudança na diversidade no
local de trabalho, incluindo os terceirizados, Mudanças propostas através de
ações preventivas e corretivas (ver 4.5.3).

Análises críticas periódicas podem ajudar a assegurar a consistência entre as


avaliações de riscos realizadas por pessoas diferentes em ocasiões diferentes.
Quando as condições tiverem sido alteradas e/ ou estiverem disponíveis
melhores tecnologias de gestão de riscos, convém que sejam feitas melhorias
conforme necessário. Não é preciso realizar novas avaliações de riscos quando
uma análise crítica puder demonstrar que os controles existentes ou planejados
continuam válidos. As auditorias internas (ver 4.5.5) podem fornecer uma
oportunidade para verificar se as identificações de perigos, as avaliações e os
controles de riscos estão em vigor e atualizados. As auditorias internas também
podem ser uma ótima oportunidade para verificar se a avaliação reflete as
condições e práticas reais no local de trabalho.

Dependendo da natureza dos perigos de SST, das operações, equipamentos,


materiais etc., convém que a organização procure requisitos legislativos de
SST e outros aplicáveis. Isso pode ser feito através do uso de conhecimento de
dentro da organização e/ ou através do uso de fontes externas como: Internet,

Bibliotecas,

Entidades de classe,

Órgão de fiscalização,

Serviços jurídicos,

Institutos de SST,

Consultores de SST,

Fabricantes de equipamentos,
Fornecedores de materiais,

Pessoal terceirizado/contratados,

Clientes.

Equipamento de proteção individual

Equipamentos de Proteção Individual ou EPIs são quaisquer meios ou


dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra
possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício
de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode
ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger
o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de
equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a
atividade.

São os maiores fabricantes e atacadistas de Epis do Brasil as empresas:


Marluvas, 3M, BSB Honeywell, Ansell, GVS, Sovan Epis, Mavaro, etc

No Brasil, a legislação básica sobre EPI é a Norma Regulamentadora No. 6


(Equipamento de proteção individual), aprovada pela Portaria GM n.º 3.214, de
08 de junho de 1978 06/07/78 e atualizada por diversas portarias
subsequentes.

O órgão público responsável pela regulamentação das normas sobre os EPIs é


o MTE Ministério do Trabalho e Emprego. Atualmente vários outros órgãos
auxiliam na auditoria e na concessão de CAs - Certificados de Aprovação.

Os EPI podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger:

Proteção da cabeça

Capacete

Proteção auditiva

Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões

Abafadores de ruído de alta eficiência Thunder Honeywell

Proteção respiratória
Máscaras; aparelhos filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante do ar:
gases, aerossóis por exemplo.

Respiradores Faciais Completo

Respiradores Semifaciais

Respiradores Descartáveis dobráveis

Respiradores Semi-descartáveis

Proteção ocular e facial

Óculos, viseiras e máscaras

Proteção de mãos e braços

Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra os


quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos.

Proteção de pés e pernas

Sapatos, coturnos, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os quais se


quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda

Proteção contra quedas

Cinto de segurança, sistema anti-queda, arnês, cinturão, mosquetão.

Proteção do tronco

Avental

Mangotes

Equipamento de proteção coletiva

Equipamentos de Proteção Coletiva ou EPCs são dispositivos utilizados à


proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades. O EPC serve
para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando acidentes,
protegendo contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma
vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a
segurança do trabalhador...

Exemplos de equipamentos de proteção coletiva:


Fitas de demarcação reflexivas - Utilizadas para delimitação e isolamento de
áreas de trabalho.

Cones de sinalização

– Têm Finalidade de sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas


ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres e podem ser
utilizados em conjunto com fita zebrada, sinalizador STROBO ou bandeirolas.

Conjuntos para aterramento temporário

– Têm a finalidade de garantir que eventuais circulações de corrente elétrica


fluam para a terra, minimizando os riscos aos trabalhadores.

Detectores de tensão para baixa tensão e alta tensão

– Têm a finalidade de comprovar a ausência de tensão elétrica na área a ser


trabalhada.

Coberturas isolantes

– Têm a finalidade de isolar partes energizadas de redes elétricas de


distribuição durante a execução de tarefas.

Exaustores

- Têm a finalidade de remover ar ambiental contaminado ou promover a


renovação do ar saudável.

Bandeirolas

- Têm a finalidade de sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas


ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres.

Plataformas

- Tem a finalidade de carregar e suportar cargas humanas (operários) e


maquinas de trabalho.
OHSAS 18001 - Sistema de Gestão para Segurança e Saúde Ocupacional

O objetivo de um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional (OH &


S) é reduzir significativamente o risco de ferimentos, acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho nas organizações.

A saúde e a integridade física dos funcionários de uma empresa são o principal


suporte do sucesso. Para proteger e promover ainda mais a saúde e o
desempenho dos funcionários, um novo padrão de sistema de gerenciamento
de OH & S, ISO 45001, está atualmente em desenvolvimento.

Após sua publicação, o ISO 45001 substituirá o padrão anterior OHSAS 18001,
que está em aplicação desde 2007.

Em março deste ano, a Organização Internacional para Normalização (ISO)


lançou a ISO 45001:2018 – Sistemas de gestão de segurança e saúde
ocupacional. A nova norma é baseada na mesma estrutura de alto nível em
que estão alicerçadas as de sistemas de segurança (ISO 9001) e ambiental
(ISO 14001) e vem para substituir a OHSAS 18001.

O documento traz um conjunto de processos e orientações eficazes e simples,


prontos para melhorar a segurança do trabalho nas cadeias de suprimento
globais. A ISO pode ser aplicada tanto em fábricas quanto em parceiras e
instalações de produção, independente de sua localização. Com isso, espera-
se diminuir o número de lesões e doenças ocupacionais, que chegaram a
níveis preocupantes em 2017. Segundo a Organização Internacional do
Trabalho (OIT), foram registrados 2,78 milhões de acidentes mortais no
ambiente de trabalho em todo o mundo durante 2017, o equivalente a 7700 por
dia.

Pelo menos é isso que acredita David Smith, presidente do comitê da ISO/PC
283, que desenvolveu a ISO 45001. “Espera-se que a ISO leve a uma grande
transformação nas práticas no local de trabalho e reduza o trágico número de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho em todo o mundo. Os
responsáveis pela elaboração das normas se uniram para fornecer uma
estrutura para um ambiente de trabalho mais seguro para todos, seja qual for o
setor em que você trabalha.”

Mais de 70 países participaram diretamente da criação do documento, que se


integra perfeitamente às outras ISOs já em funcionamento. O modelo utilizado
é o do PDCA (Plan, Do, Check, Act), amplamente adotado pelas empresas e
que fornece uma estrutura para que as organizações possam implementá-lo
com o mínimo de riscos possível.
MAPA DE RISCOS Conforme a Portaria nº 05, de 17 de agosto de 1992, do
Ministério do Trabalho e Emprego, a elaboração do Mapa de Riscos é
obrigatória para empresas com grau de risco e número de empregados que
exijam a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

O Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos


diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, devendo
ser afixado em locais acessíveis e de fácil visualização no ambiente de
trabalho, com a finalidade de informar e orientar todos os que ali atuam e
outros que, eventualmente, transitem pelo local.

No Mapa de Riscos, os círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os


locais e os fatores que podem gerar situações de perigo em função da
presença de agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
De acordo com a Portaria nº 25, o Mapa de Riscos deve ser elaborado pela
CIPA, com a participação dos trabalhadores envolvidos no processo produtivo
e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT) do estabelecimento, quando houver. É
considerada indispensável à colaboração das pessoas expostas ao risco.

O mapeamento possibilita o desenvolvimento de uma atitude mais cautelosa


por parte dos trabalhadores diante dos perigos identificados e graficamente
sinalizados. Desse modo, contribui com a eliminação e/ou controle dos riscos
detectados. Considerado uma das primeiras medidas não paternalistas nesta
área, o Mapa de Risco é um modelo participativo dotado de soluções práticas
que visam eliminação e/ou controle de riscos e a melhoria do ambiente e das
condições de trabalho.

A adoção desta medida favorece trabalhadores (com a proteção da vida, da


saúde e da capacidade profissional) e empregadores (com a redução do
absenteísmo, aumento da produtividade). Ganha também o País, com a
redução de gastos do sistema previdenciário em virtude da aposentadoria
precoce por invalidez, por exemplo.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA A elaboração de Mapas de Riscos está


mencionada na alínea “a”, do item 5.16 da NR 05, com redação dada pela
Portaria nº 25 de 29/12/1994: “identificar os riscos do processo de trabalho, e
elaborar o MAPA DE RISCOS, com a participação do maior numero de
servidores, com assessoria do SESMT, onde houver”.

OBJETIVOS DO MAPA DE RISCOS Dentre os objetivos do Mapa de Riscos


estão: a) reunir informações suficientes para o estabelecimento de um
diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento;
b) possibilitar a troca e divulgação de informações entre os servidores, bem
como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Etapas de elaboração

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado: - os servidores: número,


sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada de
trabalho; - os instrumentos e materiais de trabalho; - as atividades exercidas; -
o ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado;

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: - medidas de


proteção coletiva; - medidas de organização do trabalho; - medidas de proteção
individual; - medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários,
armários, bebedouro, refeitório, área de lazer, etc.

d) identificar os indicadores de saúde:

- queixas mais freqüentes e comuns entre os servidores expostos aos mesmos


riscos;

- acidentes de trabalho ocorridos;

- doenças profissionais diagnosticadas;

- causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

e) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout do órgão, indicando através de


círculos:

- o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;

- o número de trabalhadores expostos ao risco;

- a especificação do agente (por exemplo: químico

– sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico

– repetitividade, ritmo excessivo);

- a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que


deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos
círculos.

Após discussão e aprovação pela CIPA, o Mapa de Riscos, deverá ser afixado
em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os
servidores. A falta de elaboração e de afixação do Mapa de Riscos, nos locais
de trabalho, pode implicar em multas de valor elevado.

Classificação dos riscos ambientais

Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam


estar presente nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos:

- agentes físicos;

- agentes químicos;

- agentes biológicos;

- agentes ergonômicos;

- agentes de acidentes.

Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos


ambientais que podem provocar danos à saúde ocupacional dos servidores.

O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


(CIPA), sendo ela o Agente Mapeador, após ouvir os trabalhadores de todos os
setores e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia e
Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT do órgão.

É a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais


de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos; e cores. O seu
objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização
desses riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de
acidentes do trabalho; objetivo que interessa aos governantes e servidores.

Após o estudo dos tipos de risco, deve se dividir o órgão em setores ou


pavimentos; geralmente isso corresponde às diferentes seções do órgão. Essa
divisão facilitará a identificação dos riscos de acidentes de trabalho. Em
seguida o grupo deverá percorrer as áreas a serem mapeadas com lápis e
papel na mão, ouvindo as pessoas acerca de situações de riscos de acidentes
de trabalho. Sobre esse assunto, é importante perguntar aos servidores o que
incomoda e quanto incomoda, pois isso será importante para se fazer o mapa.
Também é preciso marcar os locais dos riscos informados em cada área.
Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. O
importante é anotar o que existe e marcar o lugar certo. O grau e o tipo de risco
serão identificados depois.
Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar
cada risco identificado na visita ao órgão. Nesta fase, faz-se a classificação dos
perigos existentes conforme o tipo de agente, de acordo com a Tabela de
Riscos Ambientais. Também se determina o grau ("tamanho"): pequeno, médio
ou grande.

Não conformidades mais freqüentes

− O Programa de Gestão da SST não inclui todos os objetivos estabelecidos


pela organização.

− O Programa de Gestão da SST não faz referência aos meios financeiros


necessários para a sua concretização.

− Não se encontram estabelecidos os prazos para o cumprimento das ações


constantes do programa.

Planejamento
Objetivo As atividades de planejamento são imprescindíveis no Sistema de
Gestão de SST. Esta norma requer quatro importantes requisitos de
planejamento:

− Planejamento para a identificação dos perigos, avaliação e controle de riscos;

− Planejamento dos requisitos legais e outros requisitos;

− Planejamento dos objetivos;

− Planejamento do programa de gestão da SST.

Este requisito exige que as empresas identifiquem seus perigos associados,


determinem quais causam riscos significativos, assegurando que elas
estabeleçam e tenham objetivos e metas de melhoria, bem como processos
para alcançá-las. Este item esta dividido em três subitens perfeitamente
encadeados e que servem de base para todo o sistema de gestão ambiental
(ORTIZ; PIRERI, 2002).

Interpretação Uma organização necessita aplicar o processo de identificação


do perigo (ver 3.7) e da avaliação de risco (ver 3.23) para determinar os
controles que são necessários para reduzir os riscos de lesão doenças.

A finalidade geral do processo da avaliação de risco é compreender quais os


perigos (ver 3.6) que puderam ser levantados no andamento das atividades da
organização e assegurar-se de que os riscos (ver 3.22) levantados sejam
avaliados, priorizando e controlando num nível que seja considerado risco
aceitável (ver 3.1). Isto se consegue pelo:

− Desenvolvendo uma metodologia para a identificação do perigo e a avaliação


de risco;

− Identificando os perigos;

− Estimando os níveis de risco associados, fazendo a avaliação e explicando a


adequação de todos os controles existentes (pode ser necessário obter dados
adicionais e executar uma análise adicional a fim conseguir uma estimativa
razoável do risco);

− Determinando se estes riscos são aceitáveis, e

− Determinando os controles apropriados do risco, onde estes se encontram e


são necessários.

Os resultados das avaliações de risco permitem a organização comparar as


opções da redução do risco e dar prioridade aos recursos para a gestão eficaz
do risco. As saídas da identificação de perigos, da avaliação de riscos e da
determinação dos processos de controle devem também ser usadas na
execução e no desenvolvimento de outras partes do sistema de gestão da SST
tais como o treinamento (ver 4.4.2), o controle operacional (ver 4.4.6) e a
medição e monitoramento (ver 4.5.1).

A organização deve identificar os perigos associados de todas as atividades


(de rotina e ocasionais), avaliá-los, classificá-los (avaliação de riscos) e
planejar o modo como serão controlados (determinação de controles).

Avaliação de riscos

São de realçar os seguintes conceitos:

“Perigo”

– fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou


ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, para o patrimônio,
para o ambiente do local de trabalho,

“Risco”

– combinação da probabilidade e da(s) conseqüência(s) da ocorrência de um


determinado acontecimento perigoso.

R= P x S R – Risco P – Probabilidade S – Severidade (conseqüência,


gravidade).

Definido desta forma, o Risco, varia na proporção direta da probabilidade e da


severidade. Quanto maior a probabilidade e a severidade, maior é o risco,
quanto menor for a probabilidade e a severidade, menor o risco.

À medida que a probabilidade aumenta a severidade diminui, assim como, com


o aumento da severidade a probabilidade diminui. Poder-se-á definir “Risco
Aceitável” da seguinte forma:

Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização,
tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política da
SST. A gestão dos riscos é um dos aspectos fundamentais de toda a função
segurança.

O conhecimento dos riscos suporta a sua avaliação e o estabelecimento das


medidas de prevenção mais adequadas. A distinção teórica dos conceitos de
“risco potencial” e “risco efetivo” revela-se igualmente importante para o estudo
e análise de riscos.
O risco potencial está associado ao fato de a resistência do corpo,
eventualmente atingido, ser inferior a uma determinada energia (causadora do
acidente). O risco efetivo é a probabilidade do Homem, estar exposto a um
risco potencial. Tal como definimos no início, “R = P x S” em que a severidade
está relacionada com risco potencial, e o risco efetivo é uma função da
probabilidade e da severidade.

Interpretação

A Norma OHSAS 18001:2007 especifica um modelo de Sistema de Gestão da


Segurança e Saúde no Trabalho (SST) que pode ser aplicado a qualquer tipo
de empresa, independentemente da sua dimensão.

É baseado num modelo de implementação do PDCA (PLANEJAR-EXECUTAR-


VERIFICAR-AGIR) e segue uma seqüência simples e lógica.

É importante que uma organização adote uma abordagem do tipo PDCA aos
seus processos, e que inclua o retorno obtido do controle de processos,
avaliações de produto e indicadores da satisfação das partes interessadas, a
fim de determinar a necessidade de um maior ou menor controle.

PLAN (planejar):

Estabelecer os objetivos e os processos necessários para apresentar


resultados de acordo com: os requisitos das partes interessadas, os requisitos
legais, as políticas internas da organização e a definição de objetivos e metas
ambientais. Necessitando para tanto:

− Fazer uma Avaliação Inicial: Para compreender a posição atual da empresa


em relação a SST, as exigências legais impostas a ela, os perigos e riscos
relevantes, suas práticas e posturas, além de identificar os seus pontos fortes e
fracos;

− Obter uma visão clara do futuro próximo:

Compreender os prováveis perigos e riscos (em relação a SST) futuros e suas


implicações na empresa, a fim de identificar os riscos e as oportunidades de
melhoria; e

− Estabelecer uma Política de SST:

Definir como a empresa irá reagir às questões se SST atuais e futuras, se


antecipado a elas.
DO (executar):

É a fase de implementar os processos, ou seja, é a fase de execução das


ações definidas anteriormente, onde são feitas a educação e o treinamento
para capacitar as pessoas a realizarem as atividades, desenvolvendo
capacidades e mecanismos necessários à realização dos objetivos.

Todos os perigos significativos devem agora ser gerenciados.

Para isso, existem as opções: podem ser agendados como projetos de


melhoria e submetidos a Objetivos, Metas e Programas de Gestão, ou podem
ser controlados por procedimentos de Controle Operacional (em determinadas
situações, podem e devem ser aplicados ambos os mecanismos).
Adicionalmente, as questões identificadas como potenciais situações de
emergência necessitarão ser geridas por processos de prevenção de
emergências e, possivelmente, por planos e procedimentos de emergência.

CHECK (verificar):

Monitorar e medir os processos e produtos em comparação com padrões ou


requisitos legais, políticas, objetivos e reportar os resultados; Também se
realiza a avaliação da eficácia da sua implantação e da maturidade do Sistema
de Gestão da SST.

Estes resultados são analisados junto à direção da empresa, que promove uma
análise crítica e determina mudanças de rumo, quando necessário, e/ou
melhorias e ajustes ao sistema. Inclui procedimentos de medição,
monitoramento e calibração, para garantir que os controles e os programas
estão a funcionar, como se pretende.

Inclui ainda a verificação do cumprimento da legislação. Um outro processo da


verificação é a Auditoria Interna do SST onde o sistema desenvolvido é
auditado em pormenor, para verificar se está implementando o que se pretende
e se tal continua adequado à "realidade de segurança e saúde no trabalho" da
organização.

ACT (agir):

Empreender ações para melhorar continuamente o desempenho do processo;


Consiste na busca da melhoria contínua dos processos e serviços da
organização no que tange a sua relação com o meio ambiente e,
conseqüentemente, o desempenho ambiental da empresa;
Envolve a busca de soluções para eliminar o problema, a escolha da solução
mais efetiva e o desenvolvimento desta solução, com a devida normalização,
quando invade o ciclo P do PDCA;

Quaisquer deficiências ou imprevistos identificados devem ser corrigidos, o


plano de ação deve ser revisado e adaptado às novas circunstâncias, e os
procedimentos são melhorados ou reorientados, se necessário.

É acima de tudo uma revisão do processo, pois todo o sistema é revisto, para
se garantir que está funcionando, fornecendo os resultados pretendidos e que
continua atualizado e adequado à empresa.

Se não há problema, quando se atinge um objetivo além do que tinha sido


planejado ou se igualam metas e resultados, novas metas mais audaciosas
devem ser estabelecidas e o ciclo é recomeçado voltando ao ciclo P do PDCA.
A cada volta do ciclo PDCA sempre acontece um progresso, mesmo que
pequeno por isso nunca se volta ao mesmo ponto. Cada mudança dá início a
um novo ciclo que tem como base o ciclo anterior, caracterizando desta forma
a espiral da Melhoria Contínua.

Não Conformidade

Durante auditorias de sistemas de gestão existem algumas não conformidades


típicas, que sempre se repetem. Elas demonstram, em muitos casos,
problemas conceituais na interpretação e aplicação das normas.

Ação corretiva é na verdade uma simples disposição, ou seja,


Ação Corretiva
ataca o efeito e não elimina a causa raiz.
Ação corretiva sem nenhum registro de evidência. Os gestores
Ação Corretiva também confundem a implementação de uma ação, com sua
eficácia.
Ação A Organização não implementa ações preventivas, ou ainda
Preventiva confunde ação de melhoria com ação preventiva.
As especificações técnicas não são encaminhadas ou
Compras
protocoladas com seus fornecedores.
Parâmetros de processo não são obedecidos, são
Processo
continuamente desrespeitados.
Inconsistência na definição de metas e até mesmo do próprio
objetivo, não refletindo o real sentido do processo. Os
Objetivos e
programas para atingimento das metas também não
Metas
apresentam coerência, considerando também a ISO 14001 e a
OHSAS 18001.
Não são documentadas e comprovadas competências
inerentes ás funções auditadas, até mesmo as mais básicas
Competência
(Ex. conhecimento em instrumentos de medição para
inspetores que controlam a qualidade e aprovam o produto).
A calibração é realizada fora da faixa de uso do instrumento de
medição. Outra não conformidade típica neste requisito é a
Calibração
definição de erros incompatíveis com as tolerâncias a serem
controladas, comprometendo assim a qualidade da medição.
Registros das auditorias internas realizadas só apresentam as
não conformidades, ou seja, as conformidades não são
Auditoria
disponibilizadas ao auditor. Desta forma, não fica evidente que
Interna
todos os processos e todos os requisitos foram realmente
auditados.
Produto não conforme não segregado ou não claramente
Produto Não identificado. Em muitas auditorias a natureza da não
Conforme conformidade não é registrada. Registros de retrabalho também
nem sempre estão disponíveis.

O Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SGSST)


proporciona um conjunto de ferramentas que potenciam a melhoria da
eficiência da gestão dos riscos da Segurança e Saúde do Trabalho (SST),
relacionados com todas as atividades da organização. Este sistema deve ser
considerado como parte integrante do sistema de gestão de toda e qualquer
organização.

O SGSST é baseado na política da SST estabelecida pela organização e deve


incluir os seguintes aspectos:

• Definir a estrutura operacional;

• Estabelecer as atividades de planejamento;

• Definir as responsabilidades;

• Definir os recursos necessários;

• Estabelecer as práticas e os procedimentos;

• Assegurar a identificação dos perigos e a avaliação e controlo dos riscos.

Definida a política da SST, a organização deve desenhar um sistema de gestão


que englobe desde a estrutura operacional até à disponibilização dos recursos,
passando pelo planejamento, pela definição de responsabilidades, práticas,
procedimentos e processos, aspectos decorrentes da gestão e que atravesse
horizontalmente toda a organização.
Convém salientar que o cumprimento da política da SST da organização deve
ser assegurado pela gestão de topo, devendo ser revista periodicamente e
sempre que necessário. O sistema deve ser orientado para a gestão dos
riscos, devendo assegurar a identificação de perigos e a avaliação e controlo
de riscos.

Historicamente, a visão arcaica de parte das empresas no Brasil para temas


como "segurança", "medicina do trabalho" e "saúde ocupacional" no comum
tem sido limitada à coleta de dados estatísticos, a ações reativas em cima de
acidentes do trabalho, a respostas a causas trabalhistas e, quando muito, ao
seu cumprimento legal pleno. As preocupações com SST começam agora a ser
tratadas sob a forma de sistema de gestão, utilizando-se a norma OHSAS
18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series), estruturada no
método PDCA (Plan-Do-Check-Act), istoé, uma forma organizada e sistemática
de perseguir a melhoria contínua.

Apesar da identidade estrutural com a norma ISO 14001, a OHSAS 18001 não
tem a chancela ISO (International Organization for Standardization). Elaborada
por um pool de certificadoras e credenciadoras, visa suprir a demanda de
empresas que buscam certificação, normalmente complementar à ambiental e
à qualidade. Cabe observar que alguns programas de SST se basearam na
norma britânica BS 8800, de 1996. Ao contrário da BS 8800, reconhecida
apenas como uma diretriz de procedimentos, a norma OHSAS 18001, editada
em 1999, possui requisitos mandatórios, podendo ser auditados objetivamente,
o que permite a certificação por organismos de terceira parte.

A implementação de um SGSST tende a ser facilitada no item legislação. As


Normas Regulamentadoras (NRs) da Consolidação das Leis do Trabalho
encontram-se em manual em qualquer livraria. Tradição e fácil acesso a esses
requisitos legais tendem a facilitar a gestão de SST, em face da gestão
ambiental, esta apoiada em legislação muito mais recente e ainda em
formação, nem sempre tão acessível no seu conjunto, seja física ou
financeiramente.

Na contramão, a cultura tradicional ligada ao tema SST quanto à sua visão


arcaica, já mencionada, tende a ser uma barreira à OHSAS 18001 em algumas
empresas. A resistência por parte de empresários que visualizam a norma
como "munição para causas trabalhistas", referindo-se ao item "identificação de
perigos e avaliação de riscos", é prova disso. Um SGSST é construído de
forma pró-ativa em cima desse levantamento. Esse temor por parte do
empresariado é questionável, posto que um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) elaborado de forma abrangente e criteriosa, em
cumprimento ao requisito legal, atende ao item normativo. Essa mudança de
cultura a ser promovida pelo gestor do sistema, com o apoio da direção da
empresa, conferindo-lhe uma abordagem moderna em cima de conceitos e
práticas, vai demandar habilidades e esforços nem sempre desprezíveis ou
imediatos. Fatores como, por exemplo, incentivos governamentais, linhas de
financiamento ou pressões externas específicas podem contribuir para
incentivar a busca pela certificação OHSAS 18001.

A norma OHSAS 18001 refere-se ao Sistema de Gestão de Saúde e


Segurança Ocupacional. Esta norma possibilita que a organização identifique e
controle seus riscos relativos a segurança e saúde do colaborador, reduzindo o
potencial de acidentes e auxiliando na conformidade legislativa. Através disso,
é possível alcançar a redução de custos associados a acidentes, incidentes,
invalidez e doenças ocupacionais, aumentar a produtividade, a motivação e
melhorar reputação da organização.

Principais benefícios com a implantação da OHSAS 18001:

Atendimento a legislação relacionada à segurança e saúde do colaborador

Identificação dos perigos e gestão dos riscos associados as atividades da


organização, de forma a atuar preventivamente na saúde e segurança do
colaborador

Alto grau de compatibilidade com outros modelos de sistemas de gestão

Propicia condições de trabalho melhores e mais seguras possibilitando o


engajamento e motivação dos funcionários

Demonstração de compromisso com a saúde e segurança do colaborador

Redução de acidentes e doenças de trabalho, reduzindo custos e inatividade

Quando falamos em partes interessadas, estamos falando de questões


delicadas que envolvem diferentes interesses em um torno de um mesmo
objetivo. A reputação da empresa depende de uma política de comunicação
para lidar com esses intervenientes em um relacionamento muitas vezes
conturbado. Fatores como direitos, deveres, ética, moral, valores, cultura e
impactos sociais e ambientais gerados onde a empresa atua estão em jogo e
devem ser considerados nesse conflito de interesses.

Partindo desse princípio, o gerenciamento das partes interessadas torna-se


uma tarefa fundamental para a empresa garantir o seu desenvolvimento
sustentável e reduzir os riscos de conflitos futuros e é por isso que esse
assunto ganhou um capítulo específico na ISO 9001:2015.
Entre as partes interessadas mais comuns, podemos destacar os
colaboradores (protegidos por leis trabalhistas e sindicatos), leis (regidas e
cobradas pela esfera governamental), ONGs (Organizações Não
Governamentais atuando em prol da conservação do meio ambiente e dos
direitos humanos), mídia (criando a imagem da empresa através de notícias),
consumidores (exigindo qualidade, preço e melhorias), comunidade (exigindo
vagas de emprego para a região), fornecedores, entre outros, dependo da área
de atuação. Todos esses grupos são bastante ativos e têm força suficiente
para impactar o negócio de forma positiva ou negativa.

Para identificar corretamente as partes interessadas mude a sua visão e


enxergue a empresa de fora. Volte na análise SWOT e repare naqueles grupos
que se destacaram na análise do ambiente externo e faça uma pesquisa para
entender suas expectativas e então avalie se o direcionamento estratégico
atende às expectativas desse grupo.

Ao identificar as expectativas das partes interessadas, coloque-as em um lugar


visível e comunique esses grupos para a empresa, afinal é importante que
todos da empresa tenham ciência de que o sucesso sustentado da organização
também depende da satisfação desses grupos. O cliente continua sendo o
centro da norma, mas o objetivo é tirar a visão míope de que nada mais
importa.

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