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Sistema eleitoral

Sistema eleitoral nada mais é que um conjunto de normas por meio das
quais vai se definir o resultado de uma eleição, estabelecendo a forma
pela qual o eleitor faz suas escolhas, como os votos são contabilizados,
etc.

Sistema eleitoral proporcional

O sistema eleitoral proporcional é o sistema de votos utilizado no Brasil


para cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado
distrital(DF) e vereador. Nesse sistema, a representação política é
distribuída proporcionalmente entre os partidos políticos ou coligações
concorrentes. Leva-se em consideração não apenas a votação obtida por
um candidato, mas o conjunto dos votos de seu partido ou coligação
partidária.

Como funciona?

Segundo Pedro Luiz Barros Palmas da Rosa, para se chegar ao resultado,


aplicam-se os chamados quocientes eleitoral, e partidário. O primeiro é
definido pela soma do número de votos válidos, dividido pelo número de
cadeiras em disputa. Como o resultado dessa divisão nem sempre é exata,
a legislação brasileira determina que caso a fração sejam igual ou menor
que 0,5 ela será desprezada. Sendo maior que 0,5 somamos um voto ao
quociente eleitoral final.

É necessário também explicitar alguns conceitos importantes a respeito de


quociente eleitoral:

Votos válidos: São os votos nominais ou de legenda que são contabilizados


para o resultado da eleição. Os votos nominais são aqueles votos dados a
candidatos regularmente registrados e os votos de legenda são aqueles
dados à legenda do partido político ou da coligação partidária.

Deve-se, para efeito de quociente eleitoral, somar o número de votos de


legenda mais o número de votos nominais, excluindo-se os votos brancos
e nulos, depois dividir esse valor pelo número de cadeiras em disputa.
QUOCIENTE PARTIDÁRIO

É o resultado do número de votos válidos obtidos, pelo partido isolado ou


pela coligação, dividido pelo quociente eleitoral. O saldo da conta
corresponde ao número de cadeiras a serem ocupadas.

Voto proporcional com lista aberta

É uma variante do sistema de eleição proporcional no qual as vagas


conquistadas pelo partido ou coligação partidária são ocupadas por seus
candidatos mais votados, até o número de cadeiras destinadas à
agremiação. A votação de cada candidato pelo eleitor é o que determina,
portanto, sua posição na lista de preferência. É um sistema adotado no
Brasil e na Finlândia.

Voto proporcional com lista fechada

Variante do sistema de eleição proporcional no qual o eleitor vota


somente no partido e este é que determina a ordem de cada um de seus
candidatos na lista de classificação. Antes da eleição, o partido apresenta
a lista com o nome dos seus candidatos por ordem de prioridade. Esse
sistema é utilizado na maior parte dos países que adotam o voto
proporcional, mas não vigora no Brasil.

Voto proporcional com lista flexível

O partido tem uma lista com candidatos, mas o eleitor também pode
escolher um nome. Votos da legenda vão para o candidato que encabeça
a lista. Haveria a possibilidade de votar apenas na legenda do partido, isto
é, o eleitor não influenciaria no ordenamento da lista, como também
haveria a possibilidade de votar no candidato e, assim, alterar sua posição
na ordem da lista.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SISTEMA PROPORCIONAL

Segundo Antonio Pires, a crítica positiva ao sistema proporcional vai no


sentido da possibilidade de pluralidade de partidos e ideias, com a
participação de partidos pequenos e "nanicos" nas eleições. O sistema
proporcional favorece a participação das minorias nas eleições.

A crítica negativa é que o sistema proporcional permite que um candidato


a Deputado "puxe" candidatos sem quase nenhum voto. Um candidato
com 1 milhão de votos e cujo partido conquiste 3 cadeiras por causa de
sua expressiva votação, fará com que as 2 cadeiras remanescentes sejam
ocupadas pelos candidatos mais votados abaixo dele.

Voto Majoritário

É dado a candidatos no sistema de eleição majoritária, no qual o vencedor


é o que obtém a maioria dos votos. É por esse sistema que se elege, no
Brasil, o presidente da República, governadores, prefeitos e senadores.
Nesse sistema dá-se importância maior ao candidato e não ao partido
político.

A maioria pode ser:

a) simples ou relativa, onde é eleito aquele que obtiver o maior número


dos votos apurados.
b) absoluta, onde é eleito aquele que obtiver mais da metade dos votos
apurados, excluídos os votos em branco e os nulos.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Vantagens do sistema majoritário: produzem relações mais próximas


entre o eleitor e seu representante gerando uma representação maior

Desvantagens: O sistema majoritário tem a tendência de diminuir o


número de partidos, podendo gerar o unipartidarismo ou bipartidarismo.

Sistema eleitoral distrital

O voto distrital é uma espécie de voto em que o eleitor elege deputados e


vereadores pelo sistema majoritário, com a divisão do território em
circunscrições menores de aproximadamente mesma população.
Segundo Antônio Pires, o voto distrital é o seguinte: divide-se um
município (ou um Estado-membro) em circunscrições ou DISTRITOS. Em
seguida, cada partido pode lançar apenas um candidato por distrito, e
ganha aquele que tiver mais votos válidos. É bem simples, e diretamente
na pessoa do candidato.

Como funciona?

Na maioria dos países, adota-se o voto distrital. O país ou o estado (se


houver) é dividido em distritos eleitorais: regiões com aproximadamente a
mesma população. Cada distrito elege um deputado e, assim, completam-
se as vagas no parlamento e nas câmaras estaduais.

No voto distrital, cada partido político apresenta um candidato por


circunscrição eleitoral e o mais votado, em dois turnos, é o eleito.
Por exemplo, o estado de São Paulo tem 70 deputados federais, com o
voto distrital, o estado seria dividido em 70 distritos, cada um elegendo o
seu próprio deputado.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

O contato direto da população com o candidato e suas propostas


(fiscalização). No sistema proporcional, o candidato pode esquecer-se de
determinada região após eleito.

O voto distrital não tem "peso", isto é, ninguém "puxa" ninguém. Os


candidatos são eleitos com o maior nº de votos e pronto.

A crítica maior vai no sentido de que este tipo de sistema favorece a


formação de "currais eleitorais". Os mais poderosos de um distrito
eternizarão seus partidos no poder. O voto distrital só permite o voto do
eleitor no candidato de seu distrito, e apenas 1 voto em 1 representante
de 1 partido. Isto pode criar "currais" eleitorais.

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