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MINIKALZONE IGUATEMI

Av. João Wallig, 1800, Porto Alegre / RS

MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

PROJETO DE CLIMATIZAÇÃO

PORTO ALEGRE, JUNHO DE 2018


ÍNDICE

1. MEMORIAL DESCRITIVO 2
1.1. Objetivo 2
1.2. Sistema Adotado 3
2. CONDIÇÕES ADMITIDAS PARA O CÁLCULO 3
2.1. Normas aplicáveis 3
2.2. Condições externas: 3
2.3. Condições internas: 4
2.4. Cargas térmicas máximas 4
3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE EQUIPAMENTOS 4
3.1. Fancoil 4
4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS 6
4.1. Tubulações hidráulicas 6
4.2. Válvulas de controle de água gelada 7
4.3. Dutos de ar 7
4.4. Dispositivos de distribuição de ar 9
5. MONTAGEM DO SISTEMA 9
5.1. Equipamentos 9
5.2. Dutos 9
5.3. Redes Hidráulicas 10
6. OPERAÇÃO DO SISTEMA 10
1. MEMORIAL DESCRITIVO

1.1. Objetivo

O sistema de climatização tem por finalidade propiciar as condições internas de


conforto térmico aos ambientes.

Para propiciar estas condições serão controlados os seguintes parâmetros internos:

 Temperatura do ar;
 Umidade do ar (indiretamente)
 Filtragem do ar;
 Renovação do ar;

1.2. Sistema Adotado

Após serem analisados todos os sistemas e condições impostas pelo projeto


arquitetônico, optou-se por utilizar um sistema de expansão indireta.

Será composto por: 01 Climatizador de ar tipo Fan Coil.

O ar será insuflado através de difusores instalados junto ao forro e o retorno do ar


será por veneziana de retorno de ar conforme indicação no projeto.

Haverá um sistema de renovação de ar através da captação do ar externo que


deverá ser conectado diretamente na caixa de mistura.
2. CONDIÇÕES ADMITIDAS PARA O CÁLCULO

2.1. Normas aplicáveis


O projeto foi baseado nas recomendações da Norma Brasileira para Instalações
Centrais de Ar Condicionado para conforto, NBR-16401 da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) e baseou-se na seguinte bibliografia:
 Norma NBR 16401 Norma Brasileira para Instalações Centrais de Ar Condicionado
para conforto, da Associação Brasileira de Normas Técnicas;
 Portaria nº. 3.523 de 28/08/1998 do Ministério da Saúde e Resoluções nº. 176 e nº.
9 da Anvisa;
 Publicações da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air
Conditioning Engineers);
 HVAC Systems Duct Design - SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning
Contractor’s National Association).

2.2. Condições externas:

2.2.1. Verão
 Temperatura de Bulbo Seco do ar, TBS: 35ºC
 Temperatura de Bulbo Úmido do ar, TBU: 26ºC
2.2.2. Inverno
 Temperatura de Bulbo Seco do ar, TBS: 8ºC
 Umidade relativa 80%

2.3. Condições internas:

2.3.1. Verão
 Temperatura de Bulbo Seco do ar, TBS: 24ºC
 Umidade relativa, UR = 55 % (não controlada)
2.3.2. Inverno
 Temperatura de Bulbo Seco do ar, TBS: 20ºC (não controlada)

2.4. Cargas térmicas máximas

Número
Total Sensível Insuflada Externa ÁREA
AMBIENTE de
(TR) (TR) (m3/h) (m3/h) (m2)
Pessoas
Atendimento 0.75 0.54 352.5 81 6.3 3
Mezanino 0.7 0.56 388.3 54 15.51 2
Produção 2.34 1.78 1237.3 162 16.59 6
TOTAL 3.8 2.88 1978.1 297 38.4 11

3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE EQUIPAMENTOS

3.1. Fancoil

3.1.1. Dados operacionais para dimensionamento da serpentina:

 Diferencial de temperatura Δt: 5,5 ºc


 Perda de carga no lado da água: 3 mca
 Velocidade da água: 0,8 a 1,2 m/s
 Velocidade de descarga máxima: 8 m/s
 Velocidade de face: 2,2 a 2,5 m/s

Equipament CST CL CTT


Q. ar Q. Q. P est. Potência Elétrica
o AE. Água
W W W m³/h m³/h m³/h mmca (CV) V/F/HZ
FC-01 7801 907 6894 1980 300 1,2 0,2 0,75 380V/3F/60HZ
CST: Calor Sensível Total Potência: Potência motor ventilador
CL: Calor Latente Elétrica: Alimentação elétrica
CTT: Carga Térmica Total
Q ar: Vazão de ar
Q ae: Vazão de ar externo
Q água: Vazão de água gelada
P est: Pressão estática externa
requerida

3.1.2. Gabinete:

Os gabinetes confeccionados em perfis e painéis de fechamento ou totalmente


em chapas de aço (preto ou galvanizado), tratadas contra corrosão,
reforçadas nas dobras, ou ainda em plástico de engenharia de alta resistência
(ABS). Deverão possuir isolamento térmico para impedir a condensação e
ganhos de calor. A parte isolada do gabinete exposta ao ar que é insuflado no
ambiente condicionado deverá ser revestida internamente com material liso e
lavável e que construtivamente não permita que se danifique o mesmo com
umidade ou pela ação mecânica da limpeza.
As juntas e partes removíveis para acesso da manutenção deverão ser
providas de guarnições devidamente coladas para evitar infiltrações e
vazamentos de ar.

3.1.3. Motor:

O motor do ventilador deverá ser localizado no lado das conexões hidráulicas


de água gelada.
Os ventiladores dos fan coils deverão ser centrífugos, com pás voltadas para
frente, tipo sirocco, selecionados para funcionar a baixa velocidade e baixo
nível de ruído.
O conjunto ventilador/motor elétrico deverá ser balanceado estática e
dinamicamente.
O acoplamento nos fan coils será através de polias e correias.
A polia motora deverá ser do tipo regulável para permitir regulagem da vazão
de ar. A regulagem deve ser tal que permita ajuste de mais ou menos 10% da
vazão de ar solicitada.
Todos os motores dos ventiladores deverão ser do tipo “alto rendimento”.

3.1.4. Serpentina:

As serpentinas deverão ser de 8 filas, construídas com tubos de cobre bitola


3/8” ou ½” (OD) com espessura mínima de parede de 0,355 mm, em arranjo
triangular desencontrado, com aletado de alumínio (8 aletas/polegada).
Deverão ser equipadas com dreno e purga acionável a mão, respectivamente
na base e no topo de ambos os coletores.

3.1.5. Filtros de ar:

O Filtro deve ser do tipo G4, com agente bacteriano, em fibra sintética
descartável, espessura ½” montado em gaiola.

4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS

4.1. Tubulações hidráulicas

 As tubulações hidráulicas, exceto onde indicado de outra forma no projeto,


deverão ser de aço, preto, sem costura, padrão SCHEDULE 40, construídos
de acordo com ASTM-A 53 ou ASTM-A 106. As conexões deverão ser pretas,
de aço sem costura, padrão SCH 40 com pontas biseladas para solda,
material ASTM-A-120.

 O início da montagem deve sempre partir de equipamentos perfeitamente


locados, ou de trechos da rede completamente definidos. Os suportes das
tubulações devem ser instalados antes do lançamento dos tubos. Para
tubulações isoladas deve ser descontada a espessura do isolamento na
locação do suporte.

 Os registros esfera (VE) deverão ser com passagem plena. Corpo em latão,
esfera e haste em aço inox 304, sedes e juntas em teflon, com conexão
roscada BSP (ISO-R-7).

 Na tubulação de entrada de água de cada fancoil deverá ser instalado filtro Y


corpo em bronze ou aço carbono fundido, com conexões roscadas e elemento
filtrante em aço inoxidável.

 Os suportes das tubulações deverão ser fabricados em perfil em perfil C, L ou


I conforme detalhes apresentados no projeto. Deverão ser utilizados
chumbadores tipo PARABOLT, para fixação dos suportes. Todos os apoios
deverão ser do tipo leito (contornando o tubo), permitindo livre dilatação no
sentido axial.

 Todos os tubos, conexões e suportes após a conclusão da montagem


deverão ser desengraxados, lixados para receber fundo fosfatizante sobre o
qual deverá ser aplicada tinta anticorrosiva. As barras de tubos também
podem ser preparadas, deixando as pontas para soldar sem pintura.

 A rede de drenagem entre o fancoil e o ralo deverá ser executada em tubo de


PVC classe 40, com sifão no percurso e união junto ao fancoil.

 Na conclusão as soldas devem ser escovadas, inspecionadas visualmente e


após pintadas com tinta anticorrosivo. Ao fim de cada período de trabalho,
todas as extremidades dos tubos deverão ser vedadas com caps plásticos
para não permitir a entrada de corpos estranhos na tubulação.
 Na conclusão da montagem (antes da execução do isolamento térmico) deve
ser providenciado o teste de vazamento através de "bomba hidrostática". A
pressão de teste deve ser de 10 kgf/cm², medida na parte mais alta da rede,
por no mínimo 24h. Não se verificando vazamentos, a tubulação fica liberada
para montagem do isolamento térmico. Após a conclusão da montagem da
tubulação deverá ser executado o flushing, que consiste na descarga
completa de toda a água da tubulação, pelo menos 3 vezes, antes do teste de
qualquer equipamento, a fim de se remover carepas e detritos eventualmente
acumulados.

 As tubulações de água gelada deverão ser isoladas com espuma


elastomérica flexível, construção em células fechadas, condutividade térmica
a 0 ºc de 0,035 W/mºc, coeficiente de permeabilidade ao vapor d’água mínimo
de 5.000, para utilização com garantia de 5 anos sem condensação.

 É importante a boa execução do isolamento, não só pela perda de calor que


possa haver, mas também devido a possibilidade de condensação de vapor
d’água. Por este motivo, na conclusão da instalação o isolamento térmico
será testado com a circulação de água gelada nas condições de projeto. As
redes deverão ser inspecionadas para eliminação de eventuais pontos onde
ocorrer condensação.

4.2. Válvulas de controle de água gelada

 Tipo: globo ou esfera


 Número de vias: duas vias
 Atuador: proporcional – sinal de comando: 4 a 20 mA
 Tensão elétrica de alimentação: monofásica – 24 V – 60 Hz
 Pressão mínima de close-off: 3 kgf. /cm²
 Fabricantes: Belimo, Johnson Controls, Honeywell, Siemens
Ambiente Setor Qtd Q. água CV Diâmetro
Fan Coil Pç. m³/h Calculado pol.
- FC-01 1 1,2 2,5 3/4”

4.3. Dutos de ar

 A rede de dutos será executada em chapas de aço galvanizado, nas bitolas


recomendadas, de acordo com os traçados e seguindo rigorosamente as
dimensões constantes em projeto. Deverá ser um sistema isento de
vazamentos, ruídos e vibrações.

 Os dutos deverão ser totalmente estanques. Todas as juntas (longitudinais e


transversais) deverão ser vedadas com massa de vedação própria para dutos
de chapas galvanizadas de baixa pressão.

 Todas as dobras ou outras operações mecânicas, nas quais a galvanização


tiver sido danificada, deverão ser pintadas com tinta anti-corrosiva, antes da
aplicação do isolamento ou pintura.

 As bitolas de chapas galvanizadas são as seguintes:

LADO MAIOR (cm) BITOLAS DE CHAPA


Até 30 # 26 (0,50mm)
De 31 a 75 # 24 (0,64mm)
De 76 a 140 # 22 (0,79mm)

 Os dutos serão do tipo convencional. Os dutos de insuflamento, onde


indicado, serão isolados termicamente com mantas de lã de vidro, na
espessura de 38 mm e densidade 20 kg/m³, com película de alumínio na face
externa.
 O rejuntamento da manta isolante térmica deverá ser executado por meio de
fita adesiva constituída de um filme de polipropileno aluminizado com adesivo
acrílico, com largura mínima de 50 mm. Após o revestimento do duto com a
manta isolante térmica, o conjunto deverá receber cintagem com uso de fita
plástica com largura mínima de 9 mm e espessura mínima de 0,4 mm e selos
fixação a cada 50 cm.

 Os dutos de ar exterior não possuirão isolamento térmico.

 A ligação dos dutos com a descarga do ventilador deverá ser feita por meio de
uma conexão de lona vinílica, com espessura de 1,5 mm, estanques ao ar,
material inerte sem risco de apodrecimento, incombustível, largura máxima da
parte flexível de 5 cm, com tolerância máxima quanto ao alinhamento de 1
cm.

 Todas as curvas deverão possuir veios internos, tomando-se o cuidado para


que na fixação dos mesmos junto ao duto, seja aplicada massa de calafetar.
Na derivação dos ramais de dutos serão colocados, sempre que indicados em
projeto, registros de desvio de vazão do tipo quadrante, executados em chapa
galvanizada.

 A sustentação dos dutos deverá ser realizada com vergalhão roscado e ferro
cantoneira. O distanciamento entre os elementos de sustentação deverão
obedecer aos padrões da SMACNA. A fixação dos suportes deverá ser com
chumbadores próprios, de acordo com a orientação da coordenação da obra.

 Os dutos de ar isolados externamente não poderão ter descontinuidade no


isolamento térmico e não poderão ter elementos de fixação da sustentação
transpassando o isolamento.

 Após a montagem dos dutos e condicionadores deverá ser feita regulagem


final através dos registros para correção da vazão de ar nos dispositivos
conforme indicado no projeto.
4.4. Dispositivos de distribuição de ar

4.4.1. Difusores, grelhas e venezianas:

 Serão difusores do tipo de insuflamento, com caixa plenum, construídos em


perfis de alumínio anodizado, equipados com registro de lâminas opostas e
pintados na cor definida pelo Cliente. As dimensões serão as indicadas em
projeto. Deverão ser passíveis de retirada para possibilitar a limpeza.

 A instalação de grelhas e difusores aos respectivos colarinhos deverá ser de


forma a não permitir o vazamento de ar. A conexão deverá receber vedação
com massa de calafetar.

 As caixas plenum deverão ser isoladas termicamente.

4.4.2. Registros de ar:

 Deverão ser construídos em chapa galvanizada ou perfis de alumínio, eixos e


mancais reforçados de nylon, com lâminas opostas, acionamento externo das
lâminas com indicação de posição.

5. MONTAGEM DO SISTEMA

5.1. Equipamentos

 O início da montagem deve sempre partir de equipamentos perfeitamente


locados, ou de trechos da rede bem definidos.

5.2. Dutos
 Durante a fase de montagem os dutos deverão ter suas aberturas
tamponadas com lonas plásticas evitando a entrada de poeira nos mesmos,
devendo ser retiradas somente quando o ambiente estiver limpo.

 Deverá ser realizado teste de pressão conforme indicado no caderno técnico.

 As chapas que serão utilizadas deverão estar armazenadas em um lugar


adequado e limpo. Os dutos pré-fabricados deverão ser armazenados em um
lugar limpo e cobertos com lonas visando impedir a entrada de sujeira nos
mesmos.

 Para os equipamentos e dutos existentes deverá ser previsto manutenção de


acordo com a NBR14679:2012 (Sistemas de condicionado de ar e ventilação
– execução de serviços de higienização) e NBR 15848:2010 (Sistemas de ar
condicionado e ventilação – procedimentos e requisitos relativos às atividades
de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam
a qualidade do ar interior (QAI)).

5.3. Redes Hidráulicas

 A tubulação hidráulica existente deverá sofrer teste de pressão conforme


indicado no caderno técnico. Os registros de água só serão abertos após a
entrega destas medições ao PBSC e laudo da empresa que executou o teste
de pressão, acompanhado da respectiva ART.

 Na montagem do sistema deverá ser dada atenção à limpeza da tubulação


hidráulica. Este cuidado deverá acompanhar as fases de compra (pontas dos
tubos com capas), descarregamento na obra, armazenamento no depósito da
obra, armazenamento na obra propriamente dita e na montagem dos circuitos
hidráulicos. Para tal, durante a montagem as sujeiras e resíduos de solda
deverão ser imediata- mente removidos.

 As tubulações de refrigeração deverão ser montadas isentas de sujeiras


sendo limpas antes da montagem.

 Após cada procedimento e havendo interrupção dos trabalhos, as tubulações


deverão ser fechadas para evitar a entrada de resíduos.

 Deverá ser realizado teste de pressão conforme indicado no caderno técnico.

6. OPERAÇÃO DO SISTEMA

 As unidades condicionadoras serão colocadas em operação através de painel


de comando localizado na sala de máquinas. O controle de temperatura será
realizado através de sensor de temperatura localizado no ambiente ou
próximo ao retorno de ar do equipamento.

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