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O MENINO SINHÔ

VIDA E MÚSICA DE HERMETO PASCOAL PARA CRIANÇAS

O livro traça a trajetória de vida de Hermeto Pascoal, buscando


na sua infância e nos costumes de sua terra natal – o agreste
alagoano – os valores, influências e pensamentos que
contribuíram para sua formação humana e musical. Desde os
tempos em que o chamavam de Sinhô, seu apelido de menino, o
autodidata Hermeto já encontrava música nos mais improváveis
objetos. A vida do músico e a beleza da cultura popular
nordestina se misturam nessa história contada com muita poesia.

POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS
1 Conhecer a biografia e a trajetória da arte do músico
Hermeto Pascoal: instrumentista, compositor, arranjador e
participante de grupos musicais nacionais.

2 Observar como vencer o preconceito é importante para


todos, pois, além da inclusão do diferente, pode transformar as relações de convivência com o mundo,
com o outro e consigo mesmo: “Daí em diante, nunca mais parou. Livre como um pássaro, sua música
alçou vôos longínquos. Transpôs as barreiras do preconceito, influenciou toda uma geração de músicos
e cativou o público dos quatro cantos do mundo.” (p. 57)

3 Estimular, pelo exemplo da vida e da obra de Hermeto Pascoal, a busca de soluções para o que podem
representar os problemas: desafios a serem vencidos pela persistência dos objetivos traçados e confiança
nas suas próprias capacidades: “Toca que toca, Hermeto ia ganhando agilidade na sanfona. E confiança.
Mudava o jeito das músicas. Inventava. Improvisava. A rádio ganhou um exímio sanfoneiro. A música, um
maravilhoso intérprete. Com seu jeito criativo e alegre, estimulava os outros músicos a buscar os próprios
caminhos em vez de imitar os tocadores mais famosos.” (p. 44)

4 Ter informações sobre a arte musical quanto a:


• a natureza: “– (...) Os sons estão em toda parte. Se a música é feita de sons, por que não pode ser
feita com os sons dos objetos?” (p. 45)
• o efeito transformador da arte sobre as atividades rotineiras mais desgastantes: “Cantando, todos
semeavam. / Cantando, todos cultivavam. / Cantando esperavam que a colheita fosse boa. Porque,
se a colheita fosse boa, teria feira. E, se tivesse feira, haveria festa.” (p. 13)
• a escrita da linguagem musical: “– Maestro, eu não preciso das suas aulas para aprender música.
Música eu já sei. Vim até aqui para aprender como é que se escreve a música!” (p. 45)
• a variedade dos tipos e ritmos musicais: “zabumba, embolada, glosa, repente e cordel” (p. 16); “forró,
xote, xaxado, maxixe, e baião” (p. 17); “baião, toada, valsas e modinhas” (p. 24); “chorinho, música
instrumental, canções românticas” (p. 30); “jazz” (p. 49)
• os diferentes instrumentos musicais: “Nesse tempo Hermeto começou a tocar
também flauta transversal. Depois, partiu para o saxofone, o trompete,
a escaleta, o cavaquinho...” (p. 52)
• as relações de semelhança entre a música e a pintura: “– Quando componho
eu me transformo num pintor. E uso os sons como se fossem cores: cada
som, uma cor. Na minha música, uso todas as cores. As que não existem,
eu invento.” (p. 55)

5 Contextualizar no tempo a trajetória musical de Hermeto Pascoal:


cf. linha do tempo (p. 58/59)

JUVENIL
O MENINO SINHÔ
VIDA E MÚSICA DE HERMETO PASCOAL PARA CRIANÇAS

6 Pôr em prática os conhecimentos musicais adquiridos, ao ter estimulada a capacidade de:


• confeccionar instrumentos musicais: cf. “Agora é sua vez” oficina de criação de instrumentos musicais
(p. 61 a 63)
• criar efeitos sonoros: cf. “Sonoteca” (p. 64)
• colocar a música em diálogo com arte em outra linguagem: cf. “Sonoplastia” (p. 64)

7 ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES

LÍNGUA PORTUGUESA
• ampliação de vocabulário tanto pelo significado dado no próprio texto: “Gazo, galego, saruê, sarará
ou albino” (p. 7); “(...) bodega, onde vendia secos e molhados: farinha, carne-do-ceará, garrafadas,
rapadura, bananola e miudezas em geral” (p. 7); “(...) almocreves, vendedores que traziam açúcar,
café e sal para abastecer o comércio” (p. 8); A vendedora de munguzá, um doce de milho muito
gostoso, falava assim...” (p. 16), como também registrados em “Glossário” na página 60.
• marcas da oralidade no registro escrito e a gramática de uso em confronto com a gramática normativa:
“– Isso não tava combinado” (p. 38)
• oralidade e regionalismo: “– Esse cabra é um aluado. Ta sempre com o pensamento longe...” (p. 10)
• seqüências em prosa poética marcada pelo ritmo resultante da combinação sonora das palavras ao
produzir aliterações, rimas: “Mas de nada adiantavam aqueles conselhos. Sinhô fazia o que bem
queria. Bastava Zé Neto descuidar um pouco pronto, ele já se embrenhava no mato.” (p. 11)

ARTE
• música.
• festas religiosas e populares, além de brincadeiras infantis populares regionais.
• arte visual:
– as cores e o traçado das ilustrações remetendo ao contexto sócio-histórico do biografado: cores
quentes, traçado simples.
– o fundo das telas em que as imagens estão inseridas sugere efeitos de textura e também remetem
ao contexto do fato relatado.

8 TEMAS DE CIDADANIA

SAÚDE
• informações sobre o albino: “É assim que se fala de quem nasce sem a pigmentação que protege
a pele dos raios solares” (p. 7)

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