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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

PEDRO ALVES CARNEIRO FILHO

REGULARIZAÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR

LAGES (SC)
2015
2

PEDRO ALVES CARNEIRO FILHO

REGULARIZAÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR

Relatório de estágio apresentado à


Coordenação do Curso de Engenharia
Civil da Universidade do Planalto
Catarinense – UNIPLAC – como
requisito necessário para obtenção do
grau de Bacharel em Engenharia
Civil.

Orientação: Prof°Orlando Jose


Prada,Msc

LAGES (SC)
2015
3

Agradecimentos:

Agradeço a todas as pessoas que


colaboraram para a elaboração deste
trabalho e órgãos que forneceram
dados para toda a elaboração e
conclusão de curso. Para minha
namorada Mariana de Camargo e
Silva, para toda a compreensão com
sua ajuda, amor, carinho e atenção.
4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6
1.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO (LOCAL DE REALIZAÇÃO DO
ESTÁGIO) E DO AMBIENTE .................................................................................... 6
1.2. SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA ..................................................................... 7
1.2.1 Limites do Projeto ......................................................................................... 7
1.3. OBJETIVOS ................................................................................................ 7
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 7
1.4. JUSTIFICATIVAS........................................................................................ 8
1.4.1. Oportunidade de Projeto .......................................................................... 8
1.4.2. Viabilidade do Projeto .............................................................................. 8
1.4.3. Importância do Projeto............................................................................. 8

2. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................. 9


2.1. PLANO DIRETOR DE VACARIA................................................................. 9
2.1.1. Infraestrutura ........................................................................................... 9
2.1.2. Mobilidade Urbana ................................................................................ 10
2.1.3. Zona Urbana.......................................................................................... 10
2.1.4. Dos Usos ............................................................................................... 12
2.1.5. Dos Índices Urbanísticos ....................................................................... 12
2.1.5.1 Coeficientes de Aproveitamento ............................................................ 12
2.1.5.2 Taxas de Ocupação............................................................................... 12
2.1.5.3 Taxas de Permeabilidade ...................................................................... 12
2.1.5.4 Dos Recuos ........................................................................................... 12
2.1.5.4.1 Recuo Frontal 12
2.1.5.4.1 Recuo Lateral e de Fundo 12
2.1.6 Das Vagas de Garagem ........................................................................ 15
2.2 LEI N°87/2013 ........................................................................................... 16
2.2.1 Alvará de Licença para Regularizar ....................................................... 16
2.2.2 Classificação das Obras Irregulares ...................................................... 17
2.2.2.1 Obras Sem Documentação.................................................................... 12
2.3 CÓDIGO DE OBRAS DE VACARIA .......................................................... 18
2.4 PROJETO PREVENTIVO DE INCÊNDIO ................................................. 18
2.4.1 Classificação das Edificações ................................................................ 19
2.4.2 Plano Simplificado de Prevenção de Incêndio ....................................... 20

3. METODOLOGIA ................................................................................... 21
3.1 ANÁLISE DE PESQUISA .......................................................................... 21
3.2 DEFINIÇÃO DE LOCAL DE REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO ........................ 21
3.3 PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA .............................................. 21
3.4 PLANOS DE ANÁLISE DE DADOS .......................................................... 21

4. ANÁLISE ............................................................................................... 22
4.1 ELABORAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO ................................... 22
4.1.1 Análises do Projeto Arquitetônico .......................................................... 24
4.1.2 Descrição do Projeto Estrutural ............................................................. 27
4.1.3 Descrição do Projeto Sanitário .............................................................. 29
4.1.4 Descrição do Projeto Elétrico................................................................. 30
4.1.4.1 Descrição Geral Projeto Elétrico ............................................................ 31
5

4.1.4.2 Solicitações de Aprovação de Projeto.................................................... 33


4.1.5 Projeto Preventivo de Incêndio .............................................................. 34
4.1.6 Convenção de Condomínio ................................................................... 37
4.1.6.1 Modos e Uso das Coisas ....................................................................... 38
4.1.6.2 Despesas do Condomínio e o Custeio ................................................... 39
4.1.6.3 Penalidades ........................................................................................... 39

CONCLUSÃO .................................................................................................. 40

ANEXOS .......................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 78
6

INTRODUÇÃO

Este relatório apresentará os resultados do período de estágio de 180


horas em Vacaria, onde foi demostrado todo os passos realizados na
regularização de uma edificação multifamiliar. Na primeira parte, é idealizado
uma seleção do material de apoio entre elas a legislação e normas vigentes no
município que devem ser cumpridas no projeto. A partir da seleção do material
de apoio será elaborado o planejamento que conterá a seguinte estrutura:
identificação da problemática, objetivos específicos, metodologia e uma revisão
bibliográfica que irá apresentar a síntese do material de apoio: Plano diretor de
Vacaria; Lei n° 87/2013; código de obras de Vacaria.
O projeto arquitetônico idealizado de acordo com as características
constatadas in loco, desta forma a segunda etapa foi analisar o projeto
verificando as modificações necessárias, não sendo necessária nenhuma
modificação de acordo com o material de apoio, visto na revisão bibliográfica,
foram expostos todos os projetos idealizados desde arquitetônico,
complementares até o projeto estrutural já idealizado e sua discussão.
Por fim uma conclusão onde será reforçada todas as ideias, argumentos,
fatos importantes vivenciados, dados demostrados e demais aspectos do
projeto que tenham demostrado relevância no decorrer do relatório.

1.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO (LOCAL DE


REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO) E DO AMBIENTE

Engenheiro Civil Ricardo Bueno e Silva, formado em engenheira civil em


1989, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), vem
atuando na área de construção civil. Projetando, executando e construindo
para a comunidade imóveis residenciais, comerciais e institucionais, nos quais
as pessoas vivem e trabalham com qualidade e segurança.
O profissional ainda atuou como engenheiro civil na cidade de Vacaria-RS.
Nos últimos anos atua como engenheiro civil na cidade de Monte Alegre dos
Campos-RS, onde desenvolveu vários projetos públicos, como câmara de
vereadores, idealização da praça pública, portal da cidade, postos de saúde,
ginásios, programas populares de habitação entre outros projetos.

Com a excessiva necessidade do mercado, o alvo principal do


engenheiro são:
• Execução de obras, tem como objetivo gerenciar e acompanhar a
correta execução dos projetos bem como despesas oriundas do canteiro
de obras, além de manter a necessidade de materiais e equipamentos.
• Projetos residências de todas as classes, para tornar possível a todas as
pessoas a realização do sonho da casa própria,
7

• Projetos preventivos de incêndio(PPCI), onde o Estado do Rio Grande


do Sul tem uma legislação própria para o setor, um mercado muito
aquecido pela grande demanda de novos projetos e pela intensificação
da fiscalização após o fatídico acidente de Santa Maria- RS;
• Projetos estruturais de pequeno e médio porte;
• Regularização de obras;

1.2. SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

Análise do projeto de uma edificação residencial multifamiliar. Constituída


em dois pavimentos, sendo pavimento térreo e primeiro pavimento. Com quatro
apartamentos distintos, salão de festas, escada, quatro vagas de garagem e
demais áreas de uso comum. Com área global de 446,43 m²
O térreo é composto de quatro vagas para estacionamento de veículos
denominados de box 01 ao box 04 e composto por uma unidade residencial o
apartamento 101 com área de 76,16 m². Já o primeiro pavimento é composto
de três unidades residenciais: Apartamento 201 com área de 75,72 m²;
Apartamento 202 com área de 76,16 m²; Apartamento 203 com área de
82,87m².
A edificação acima citada, foi projetada apenas um pavimento que era
utilizada como sala comercial. Posteriormente foi ampliada sem a aprovação
nos órgãos competentes. De acordo com a análise o projeto inicial da
edificação já previa a futura ampliação, bem como, a parte estrutural já havia
sido dimensionada para tal situação. Após fiscalização da prefeitura houve
emissão de notificação constatando a irregularidade da obra. Desta forma ouve
a necessidade desse projeto para aprovação junto aos órgãos públicos como
prefeitura e INSS.

1.2.1 Limites do Projeto

O primeiro fator limitante do projeto são os resultados práticos que


devem ser desenvolvidos por normativas. Os resultados práticos são tangíveis,
pode ser mensurado, visto e analisado como é o caso do projeto arquitetônico
e dos projetos complementares.
Outros fatores limitantes terão influência nesse relatório, toda a revisão
bibliográfica será focada para a situação pontual da cidade de Vacaria, ou seja,
apenas dados que sejam aplicados na cidade serão utilizados como: plano
diretor; leis municipais; E outros materiais. O tempo pode ser um fator limitante
uma vez que o período de estágio de 180 horas na empresa pode não ser
suficiente para a análise de toda situação.

1.3. OBJETIVOS

O objetivo principal é acompanhar a elaboração de todos os projetos


necessários para regularização da edificação.

1.3.1 Objetivo Geral


8

Este trabalho tem por objetivo analisar e criar todos os mecanismos para
facilitar a regularização de uma edificação.

1.3.1.1 Objetivos Específicos

Com a elaboração desse trabalho, almeja-se atingir os seguintes objetivos


específicos:
• Análise do projeto arquitetônico de acordo com o plano diretor do
município.
• Descrever e demostrar de acordo com o projeto as instalações
existentes esgoto e elétricas;
• Elaboração do preventivo de incêndio e convenção de condomínio.

1.4. JUSTIFICATIVAS

1.4.1. Oportunidade de Projeto

Este projeto é favorável para adquirir conhecimentos em relação as


características da cidade de Vacaria, sua legislação, seus aspectos
construtivos, sua urbanização e verificar na prática o sistema de regularização
de edificações tidas como irregulares.

1.4.2. Viabilidade do Projeto

A viabilidade de projeto não está em discussão de análise, não sendo


tomado com um investimento. Sabe-se que toda edificação irregular, estando
em desacordo com os regulamentos públicos, devem ser regularizadas.
Informe que a prefeitura municipal de Vacaria vem a vários anos criando
campanhas que incentivam a regularização, fiscalização e denúncias de obras
irregulares.

1.4.3. Importância do Projeto

A relevância do projeto pode ser vista na quantidade de transtornos que o


proprietário da edificação irregular pode sofrer, entre elas a edificação não
pode ser comercializada, em casos de inventário é indispensável que haja à
averbação da edificação no registro de imóveis, que será possível mediante o
alvará de construção e o habite-se. Também não pode ser realizado
financiamento do imóvel. Obra irregular pode ser submetida a sanções legais
como multa, o imóvel tem uma valorização.
A obra regularizada cria várias oportunidades para a cidade uma vez que a
mesma cresce de forma planejada.
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2. REVISÃO DA LITERATURA

Para abordar o tema da regularização julgou-se necessário explicitar os


conceitos e o contexto que fundamentaram este trabalho. Inicialmente, foi
abordada um resumo prático do plano diretor de Vacaria, abordando temas
como a infraestrutura, mobilidade urbana, as divisões da zona urbana de
vacaria. Posteriormente uma visão geral da lei que rege a regularização de
obras no município e alguns pontos necessários do código de obras.
Finalmente uma visão simplificada do plano de prevenção de incêndio e do
plano simplificado de prevenção.

2.1. PLANO DIRETOR DE VACARIA

O plano abrange a totalidade do território do município, é o instrumento


básico da política de desenvolvimento urbano. Integra o processo de
planejamento municipal, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual.
O mesmo plano diretor rege alguns princípios básicos como a função
social da cidade, que corresponde ao direito à moradia, ao saneamento
ambiental, à infraestrutura urbana, aos serviços públicos, ao transporte
coletivo, à mobilidade urbana, acessibilidade. Buscando o desenvolvimento
sustentável para as presentes e futuras gerações.
São objetivos gerais da política urbana consolidar a Cidade de Vacaria
como centro de atividades produtivas e geradoras de emprego e renda, elevar
a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere à saúde, à
educação, à cultura, às condições habitacionais, à infraestrutura e aos serviços
públicos.
Menciona a utilização das propriedades urbanas de forma compatível
com a capacidade de atendimento da infraestrutura, dos equipamentos e dos
serviços públicos. E do aproveitamento das áreas não conflitantes com a
segurança e saúde dos usuários e vizinhos.

2.1.1. Infraestrutura

Entende-se como infraestrutura o abastecimento de água potável, a


coleta, tratamento e destinação do esgoto e resíduos sólidos, o fornecimento
de energia elétrica pública e domiciliar e a drenagem urbana, dentre outros.
Segundo o artigo 1º da Lei Complementar nº 002 de 03 de junho de
2008 são diretrizes da gestão da infraestrutura do município de Vacaria, o
acesso universal ao abastecimento de água potável e ao fornecimento de
energia elétrica. Ampliar a rede de coleta e tratamento do esgoto para as áreas
deficitárias, bem como a implantação de sistemas alternativos. Garantir a
iluminação pública adequada nas vias e logradouros públicos, aprimorar a
limpeza urbana e garantir o adequado escoamento das águas pluviais e o
aumento da permeabilidade do solo. Fiscalizar e controlar a captação de águas
subterrâneas.
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O desenvolvimento municipal deve estar fundamentado na valorização


do patrimônio ambiental, visando a sustentabilidade e a promoção dos valores
históricos e culturais de Vacaria compreendendo a necessidade de uma
relação equilibrada entre ambiente construído e natural.
Integra o patrimônio histórico e cultural o conjunto de bens imóveis e
móveis de valor significativo, parques urbanos e naturais, praças, sítios e
paisagens, assim como manifestações culturais.

2.1.2. Mobilidade Urbana

Entende-se por mobilidade urbana a articulação e integração dos


componentes da mobilidade de trânsito, transporte, sistema viário, educação
de trânsito e integração regional. Assegurando o direito de ir e vir, com
sustentabilidade e considerando a melhor relação custo/benefício social.
No plano diretor de Vacaria estão descritas as seguintes relações de
mobilidade urbana;
• Priorizar a acessibilidade cidadã de pedestres, ciclistas, pessoas com
necessidades especiais e mobilidade reduzida;
• Priorizar o transporte coletivo sobre o individual.
• Reduzir a necessidade de deslocamento assim garantindo a fluidez do
trânsito, mantendo-se os níveis de segurança definidos pela comunidade
técnica;
• Promoção e a implantação de estacionamentos e garagens.

2.1.3. Zona Urbana

As zonas urbanas e de expansão urbana ficam subdivididas, para saliente o


uso e a ocupação do solo, ficam dividas da seguinte forma (ver figura 1):
• ZR1 - Zona residencial 1, caracteriza-se por densidade moderada,
devendo manter suas características residenciais onde podem ocorrer
usos comerciais e de serviços não incômodos, respeitando os
condicionantes paisagísticos, ambientais e infraestrutura;
• ZR2 - Zona residencial 2, baixa densidade, devendo manter suas
características residenciais, horizontalidade das edificações e
valorização da paisagem e elementos naturais integrados às
edificações;
• ZR3 - Zona residencial 3, alta densidade, com potencial para ocupação
residencial e atividades complementares, em especial para projetos de
habitação de caráter social;
• ZR4 - Zona residencial 4, áreas de urbanização esparsas, onde é dada
predominância à preservação ecológica e paisagística;
• ZC1 - Zona comercial 1, grande densidade, favorecendo a ocupação
intensiva, em especial de atividades comerciais, de serviços e de
administração;
• ZC2 - Zona comercial 2, presença de diferentes atividades, onde podem
ocorrer usos residenciais, comerciais, de serviços e industriais não
incômodas. Desde que compatíveis com condicionantes paisagísticos,
ambientais, infraestruturas ou outras atividades instaladas;
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• ZIC - Zona de interesse cultural, constitui a área com mais infraestrutura


no município, com incentivo à miscigenação e proteção ao patrimônio
cultural;
• ZEIS - Zona especial de interesse social, são áreas públicas ou
privadas, destinadas prioritariamente a regularização fundiária,
execução de programas e projetos habitacionais de interesse social,
ordenamento e direcionamento da expansão urbana, implantação de
equipamentos urbanos e comunitários, criação de espaços públicos de
lazer e áreas verdes;
• ZOC - Zona de ocupação controlada, destinada à preservação
permanente do ambiente natural;
• ZI1 - Zona industrial 1, zona onde apresenta boas condições de acesso
de sítio, distante de áreas densamente ocupadas, permitindo a
instalação de indústrias, sem maiores incômodos à ocupação existente.
• ZI2 - Zona industrial 2, apresenta boas condições de acesso de sítio,
próxima de áreas densamente ocupadas, permitindo a instalação de
algumas indústrias, desde que compatíveis com condicionantes
paisagísticos, ambientais ou de infraestrutura;
• ZPRH1 e 2- Zonas de proteção dos recursos hídricos 1 - constituídas
pela Bacia de contribuição às barragens do arroio da Chácara e do
arroio Passo da Porteira, nascentes e arroios contribuintes;
• ZPA - Zona de preservação ambiental, caracteriza-se por apresentar
restrições à ocupação urbana devido à presença de arroios, banhados,
aos riscos de contaminação dos mananciais e pela presença de flora e
fauna.
Figura 1 - Mapa Plano Diretor

Fonte: Plano Diretor de Vacaria

As zonas urbanas da cidade estão distribuídas de acordo coma


figura acima, que é o mapa de vacaria com as respectivas zonas
sublinhadas.
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2.1.4. Dos Usos

São instituídas as seguintes categorias de uso:


• Residencial unifamiliar, compreendendo residências unifamiliares
isoladas, agrupadas, geminadas ou condomínios residenciais por
unidades autônomas.
• Residencial multifamiliar, compreendendo residências multifamiliares,
habitações coletivas, internatos, orfanatos, asilos, casas de repouso,
conjuntos habitacionais edificados em quarteirões resultantes de
parcelamento do solo para fins urbanos, residências temporárias: hotéis,
motéis, pousadas;
• Comércio e serviços geradores de ruídos, compreendendo
estabelecimentos que utilizem máquinas ou utensílios ruidosos, clínicas
veterinárias,
• Comércio e serviços geradores de tráfego pesado, compreendendo
agências e garagens de companhias transportadoras, que operem com
frotas de caminhões ou ônibus, depósitos, armazéns,
• Comércio e serviços perigosos, compreendendo comércio de inflamáveis
e explosivos. Conforme legislação específica.
• Comércio e Serviços Vinculados à Residência, compreendendo
estabelecimentos com área construída até 300m² de comércio de
abastecimento, varejista, serviços profissionais, institucionais e indústria
caseira/ artesanal;
• Comércio e Serviços Diversificados, compreendendo qualquer
estabelecimento de comércio ou serviços não incluídos nas demais
categorias, com área construída até 1.500m².
• Recreacional e turístico, compreende clubes, associações recreativas e
desportivas e equipamentos para esportes ao ar livre;
• Uso especial 1 a 4, compreendendo atividades que requerem estudo de
impacto de vizinhança, de acordo com a complexidade desse
empreendimento podem necessitar de um estudo simplificado ou
completo;
• Industriais leve, 1 ,2, 3. Compreendendo atividades industriais. Com
variado grau de impacto ambiental, de acordo com atestado de órgão
ambiental competente.

2.1.5. Dos Índices Urbanísticos

São um conjunto de normas que regulamentam o dimensionamento das


edificações, em relação ao terreno onde serão construídas e ao uso que se
destinam.
De acordo com Art. 41 do mesmo plano as edificações deverão observar a
limitação de altura decorrente de normas relativas aos serviços de
telecomunicações, aos serviços de instalações de energia elétrica, à
navegação aérea e à proteção de monumentos históricos e de zonas de
preservação, expedidas pelos órgãos competentes.
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Segundo o Art. 36 do plano direto, a cada zona corresponderá um regime


urbanístico, composto pelos indicadores CA, TO e TP.
Os índices urbanísticos para o uso e ocupação do solo de cada zona são os
constantes do quadro 1.

Quadro 1 - Índices Urbanísticos

Fonte: Plano diretor de Vacaria

2.1.5.1 Coeficientes de Aproveitamento

É a relação entre a área construída computável e a área do lote,


respeitando as seguintes especificações:
• Coeficiente de aproveitamento mínimo é a relação entre a área edificada
e a área do lote, abaixo do qual ele será considerado subutilizado;
• Coeficiente de aproveitamento básico é a relação entre a área edificada
e a área do lote, outorgado gratuitamente;
• Coeficiente de aproveitamento máximo é a relação entre a área
edificada e a área do lote, outorgado onerosamente;
Para fins de cálculo de coeficiente de aproveitamento não serão
computadas no cálculo áreas de estacionamento, circulação de veículos,
subsolo, sacadas e varandas que não excedam 20% da área útil, poços de
elevadores, casas de máquinas, caixas d’agua, central de gás, deposito de
lixo e escadas enclausuradas e apartamento zelador com até 50 m².

2.1.5.2 Taxas de Ocupação

Segundo o Art. 38 é a relação entre a área da projeção horizontal da


edificação ou edificações e a área do lote.
No cálculo da taxa de ocupação não serão computadas as marquises, as
áreas edificadas cuja cobertura esteja situada até o nível médio do terreno e
receba tratamento sob forma de jardim ou terraço.
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Figura 2 - Taxa de Ocupação

Fonte: Do Autor

2.1.5.3 Taxas de Permeabilidade


Conforme o Art. 39 do plano diretor é a relação entre a parte permeável,
que permite a infiltração de água no solo, livre de qualquer edificação, e a área
do lote.
Figura 3 - Taxa de Permeabilidade

Fonte: Do Autor

Como pode ser visto na figura acima a taxa de permeabilidade expressa uma
área que não deve ter área construída e deve ser mantida como área permeável.

2.1.5.4 Dos Recuos

Conforme o Art. 42 do plano diretos os recuos são afastamentos entre


as edificações e os limites do lote onde estas estiverem inseridas, destinados à
qualificação do ambiente urbano, em especial a ventilação e a iluminação
natural.
15

2.1.5.4.1. Recuo Frontal

O afastamento entre a edificação e o alinhamento público, como garantia de


espaço não edificável. Segundo o Art. 43 do plano diretor este será de pelo
menos três metros, exceto nos lotes situados na ZIC e nas ZC1 onde serão
pelo menos dois metros. O plano diretor prevê que o recuo frontal poderá ser
utilizado como vagas de estacionamento desde que seja de no mínimo cinco
metros. Nos terrenos de esquina serão exigidos os recuos de frente em ambas
as testadas, na testada de menor dimensão, o recuo será de acordo com a
zona em que se localiza e na testada de maior dimensão, o recuo poderá ser a
metade do recuo da zona em que se localiza. Poderá ser construída área em
balanço ou formando saliências sobre o recuo frontal, desde que não
ultrapassem um metro e cinquenta centímetros de largura.

2.1.5.4.2. Recuo Lateral e de Fundo

São o afastamento entre a edificação e as divisas do lote. Como o Art.


44 rege os recuos laterais e de fundos serão facultativos para edificações com
até 7m de altura. Para edificações com mais de 7m de altura, os recuos laterais
e de fundos obedecerão, a partir da altura de 7m; a seguinte fórmula, sendo, no
mínimo de um metro e cinquenta centímetros.

r = h/8 Equação 1

Onde:
h= a altura do prédio a diferença entre o nível do passeio público até o forro do
último pavimento;
r = recuo.
As paredes cegas ficarão desobrigadas de recuo lateral, para
edificações com mais de sete metros de altura, a partir da altura de sete
metros, nos seguintes casos:
• Nos terrenos com até doze metros de testada, não serão exigidos
recuos laterais para paredes cegas em edificações com até dozes
metros de altura em duas divisas;
• Já em terrenos com testada entre doze metros e quinze metros não
serão exigidos recuos laterais para paredes cegas em edificações com
até 12,00m de altura em uma divisa.

2.1.6 Das Vagas de Garagem


Como dita Art. 48, é obrigatória a construção de garagens ou previsão equivalente de
vagas para estacionamento nos edifícios destinados à habitação coletiva e nos edifícios
comerciais e de serviços listados no quadro abaixo.
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Quadro 2 - Quadro de Padrões para Estacionamento

Fonte: Plano Diretor de Vacaria

Conforme o Art. 49, para o cálculo do número mínimo de vagas, considera-se a


área total construída subtraídas as áreas não computadas no CA.

2.2 LEI N°87/2013

O município de vacaria tem uma legislação própria para a regularização das


obras que tenham sido iniciadas ou concluídas até 30 de agosto de 2013,
segundo o Art. 1° da mesma, obras ou edificações irregulares poderão ser
regularizadas pelo Poder Público nos termos desta Lei.
A algumas exigências básicas para a regularização entre elas:
• Não devem afetar a ordem urbanística em geral
• Não podem causar danos ao meio ambiente e/ou ao patrimônio
cultural
• Para regularização, os imóveis, construções ou benfeitorias
deverão possuir fossa séptica.
• Devem obedecer aos requisitos mínimos de adequação desta lei.

2.2.1 Alvará de Licença para Regularizar

Segundo o Art.2° desta lei, o requerimento do Alvará deverá ser


instruído, através de processo administrativo, com os seguintes
documentos:
• Requerimento padrão e documentos do proprietário do imóvel
• Comprovante de propriedade do imóvel (Cópia de Matrícula
atualizada ou cedência de uso do lote)
• Laudo técnico das condições do imóvel
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• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) Regularização de


obra e Laudo Técnico
• Plantas de situação (escala 1:500) e localização (escala 1:250) em
2 vias, com orientação Norte, área do lote, os afastamentos das
esquinas, as dimensões dos passeios públicos e dos índices
urbanísticos do imóvel.
• Plantas baixas arquitetônicas e sanitárias, em duas vias, exceto as
residências unifamiliares de área menor ou igual a 36m²

2.2.2 Classificação das Obras Irregulares

Segundo o Art.3° as obras irregulares serão classificadas em três


categorias:
• Obras sem documentação: Obras construídas de acordo com os
padrões urbanísticos e técnicos, porém sem projeto aprovado.
• Obras em desacordo com os padrões urbanísticos e técnicos: Obras
que, além da irregularidade documental, apresentam itens em
desacordo com o Plano Diretor.
• Obras que estejam sub judice em ações relacionadas à
Municipalidade e em desacordo com os padrões urbanísticos e
técnicos.

2.2.2.1 Obras sem Documentação


Para obras sem documentação, será recolhida uma taxa para
regularização, por metro quadrado de obra a regularizar, a ser paga na
arrecadação do Município, quando da instrução do processo, cujo valor
pode ser visto do quadro abaixo de VRM (Valor de Referência do Município
2015). (VER QUADRO 3)

Quadro 3 - Taxas para Regularização


ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA DO IMÓVEL EM (M²) VRM/m²
Até 36 (isento) 0,00
36 < A 70 0,50
70 < A 170 0,75
170 < A 350 1,00
350 < A 500 1,25
A > 500 1,50
Fonte: Lei Municipal n°87/2013(adaptado pelo autor)

Após cumprimento das determinações e mediante requerimento de


vistoria acompanhado de comprovante de pagamento das taxas e
multas, anexo ao mesmo processo, será emitida a Carta de Habite-se do
Imóvel já regularizado junto ao Município.
18

2.3 CÓDIGO DE OBRAS DE VACARIA

O código obras do município de Vacaria é de 30 de Março de 1963,


bastante desatualizado e desconforme com as exigências atuais do município
para projetos alguns pontos abaixo foram levantados do código de obras por
ainda serem exigidos no município.
Segundo o Art. 262, além das disposições do plano diretor e código de
obras, que lhes forem aplicáveis, as construções destinadas a prédios de
apartamentos deverão satisfazer as seguintes condições:
• Terem no pavimento térreo, caixas receptoras de correspondências e,
quadro indicador de residências;
• Quando tiverem mais de quatro pavimentos, deverão ter dependências
destinadas ao zelador;
• Terem reservatórios de acumulação d`água de acordo com as
disposições deste código;
• Serem dotados de instalação coletora de lixo, quando tiverem mais de
três pavimentos, perfeitamente vedada, com boca para coletar de
fechamento automático em todos os pavimentos, dotada de dispositivo
de limpeza ou lavagem.

De acordo com o Art. 263 nos prédios de apartamento, situados em


zona mista, só poderão existir conjuntos comerciais (escritórios, consultórios),
ocupando pavimentos distintos e independentes dos destinados nos conjuntos
residenciais e conforme o Art. 271 tais locais deverão ter suprimentos d`água
independentemente do restante do prédio.
Conforme o Art. 264 cada apartamento deverá constar pelo menos com um
dormitório, uma sala, uma cozinha, um banheiro e área de circulação. Quando
o apartamento tiver além da sala, pelo menos dois dormitórios, será permitido
um terceiro de 5m² (cinco metros quadrados), para dormitório de empregada.
No caso de ter o prédio três ou quatro pisos, o reservatório elevado será
obrigatório e deverá haver reserva de local, para instalação de reservatório
baixo e bomba. No caso de prédios de apartamentos de mais de quatro pisos,
serão obrigatórios o reservatório elevado, o reservatório baixo e as duas
bombas.

2.4 PROJETO PREVENTIVO DE INCÊNDIO

O Estado do Rio Grande do Sul, tem normas sobre segurança,


prevenção e proteção contra incêndios nas edificações e áreas de risco de
incêndio. São elas a lei complementar n°14.376 e lei complementar n°14.555.
Através destas leis complementares, ficam estabelecidas as normas,
competências, atribuições, fiscalizações e sanções administrativas decorrentes
do seu descumprimento. Ainda exigem que as edificações e áreas de risco de
incêndio deverão possuir alvará de prevenção e proteção contra
incêndio(APPCI), expedido pelo corpo de bombeiros militar.
19

2.4.1 Classificação das Edificações

As edificações são classificadas quanto a ocupação, sendo assim


dividas em grupos para o presente trabalho apenas importará o as que
pertence a divisão A que são:
• Grupo A-1 habitação unifamiliar, casas térreas ou assobradadas e
condomínios horizontais;
• Grupo A-2 habitação multifamiliar, edifícios de apartamento em geral;
• Grupo A-3 habitação coletiva, pensionatos, internatos, alojamentos,
conventos, entre outros com capacidade máxima de 16 leitos

Segundo o quadro abaixo devem ser classificadas quanto à altura. (VER


QUADRO 4)

Quadro 4 - Classificação das Edificações Quanto à Altura

Fonte: Lei Complementar 14.376

E por fim classificada de acordo com a carga de incêndio que é a soma das
energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de
todos os materiais combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das
paredes, divisórias, pisos e tetos. (VER QUADRO 5)

Quadro 5 - Classificação das Edificações Quanto a Carga de Incêndio

Fonte: Lei Complementar 14.376

A presente lei também já demostra a carga de incêndio que deve ser


considerada para as edificações do grupo A. (VER QUADRO 6)
Quadro 6 - Carga de Incêndio para Edificações Grupo A

Fonte: Lei Complementar 14.376


20

2.4.2 Plano Simplificado de Prevenção de Incêndio

Destina-se às edificações que apresentem todas as características abaixo:


• Classe de risco de incêndio baixo, conforme Tabela 3 do Anexo A
(Classificação);
• Com carga de risco de incêndio baixo e médio, conforme Tabela 3 do Anexo A
(Classificação);
• Com área total edificada de até 750m² e até dois pavimentos;
Excetuam-se revendas de GLP a partir de 521kg, os depósitos de combustíveis e
inflamáveis e as edificações com central de GLP.
21

3. METODOLOGIA
3.1 ANÁLISE DE PESQUISA

O relatório de estágio se fundamentará primeiramente na revisão


bibliográfica, após, será efetuada a coleta de dados que serão retirados na
edificação, a elaboração dos projetos, análise e verificação dos serviços
realizados.

3.2 DEFINIÇÃO DE LOCAL DE REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO

O estágio será desenvolvido do período de julho a agosto de 2015, com


o engenheiro civil Ricardo Bueno e Silva na cidade de Vacaria- RS.

3.3 PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA

O mapeamento do projeto foi realizado in loco, o que exigem uma


grande necessidade de tempo, pois deve-se averiguar todas as condições da
edificação, como: suas dimensões reais, os materiais utilizados e sua condição.
Essa etapa levou uma semana para ser completa, pela sua complexidade e
pela necessidade de precisão com os dados obtidos.
O levantamento de dados será realizado através de análise dos projetos
já idealizados, informações com órgãos públicos, como prefeitura, corpo de
bombeiros e cartório. Demais órgãos, através de visitas e retirada de
documentos que se fizerem necessários lembrando que cada órgão tem um
prazo distinto para fornecimento. Os projetos analisados em escritório para
conferencia dos mesmos.

3.4 PLANOS DE ANÁLISE DE DADOS

Cada atividade realizada será registrada por forma de croquis,


memoriais, ilustrações, projetos complementares, bem como elaboração laudos
e demais documentos necessários a regularização da edificação.
22

4. ANÁLISE

O presente relatório de estágio será concentrado em apenas um


único projeto, um prédio multifamiliar, localizada no bairro Vitória, na rua
Osvaldo Cruz em Vacaria.

4.1 ELABORAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Na edificação foi realizado um trabalho de levantamento de toda


estrutura através visitas técnicas para verificação das condições mínimas para
regularização do imóvel junto ao município, onde foi realizado anotações,
croquis e relatórios fotográfico. O objetivo de tal etapa foi levantar todas as
condições da edificação existente, a fim quantifica-lo e demostrar o mesmo em
um projeto arquitetônico, com as características da edificação.
O primeiro andar da edificação já estava regularizado junto aos
órgãos públicos. Sua utilização era como oficina mecânica. Como pode ser
visto na imagem abaixo de 2011.

Figura 4 - Utilização 2011

Fonte: Google Maps

Através de visitas pode ser constatado outra realidade, a edificação foi


ampliada e o primeiro andar mudou de utilização. Passou de uma oficina
mecânica a seguinte utilização: garagem; áreas de uso comum; e apartamento
101. Como pode ser visto na imagem abaixo.
23

Figura 5 - Planta Baixa Térreo.

Fonte: Do Autor

Com a etapa de levantamento das condições atuais da obra,


consegue-se elaborar a planta baixa acima cuja área do pavimento térreo foi
readequada.
O segundo pavimento da edificação com área global de 231,67 m²,
composto por três apartamentos nomeados de 201 ao 203. Foi ampliada sem
autorização dos órgãos públicos. Com o levantamento das dimensões e layout
do pavimento térreo da edificação, foi possível a elaboração do projeto do
primeiro pavimento.
24

Figura 6- Planta Baixa Primeiro Pavimento

Fonte: Do Autor

4.1.1 Análises do Projeto Arquitetônico

A Análise é o ato de verificar se o layout apresenta as dimensões


máximas e mínimas estabelecidas pelas normas, pelo conhecimento técnico, e
demais diretrizes, se estão condizentes com as realidade e verdade, ou se fará
necessário modificações. As quais trarão benefícios a saúde, conforto e
segurança dos usuários.

4.1.1.1 Análises dos Recuos


25

Como o primeiro pavimento já estava regularizado não houve


necessidade de averiguar os recuos da edificação, para fins de aprovação do
projeto na prefeitura.
Todavia nesse relatório serão verificados os recuos a fim de demostrar
se a obra está de acordo com o atual plano diretor.
Como pode ser visto na figura abaixo, a edificação está localizada no
bairro Vitória na quadra 28, que foi hachurada em preto para uma melhor
visualização.

Figura 7 - Mapa Cadastral de Zoneamento de Vacaria

Fonte: Mapa de Zoneamento (Adaptado pelo Autor)

Através do mapa acima vemos que a edificação pertence a zona


residencial 2. Segundo o quadro 1 apresentado na revisão bibliográfica, as
edificações que estão sobre a ZR2 devem ter um recuo frontal de 3 metros e
nas demais conformidades deve apresentar um recuo de 1,5 metros para as
paredes que não forem cegas.

Figura 8 - Recuos Encontrados

Fonte: Do Autor
26

Os recuos encontrados não satisfazem as condições do plano diretor


atual como pode ser visto na figura acima, porém, como a edificação já tem o
seu primeiro andar regularizado não há empecilho quanto a utilização dessa
área, não sendo necessária nenhuma alteração edificação quanto aos
afastamentos. De acordo com a figura abaixo, a área hachurada não poderia
ser construída de acordo com o atual plano diretor.

Figura 9 - Recuo de Acordo com o Plano Diretor

Fonte: Do Autor

4.1.1.2 Coeficientes de Aproveitamento(CA)

Como demostrado no item 2.1.5.1 da revisão bibliográfica, o coeficiente


de aproveitamento é a relação entre a área construída computável e a área do
lote.
A área global da edificação é de 446,43 m², sendo que 100,15 m² são de
área de garagem, o que não é computado na área construída. Assim a área
computável é de 346,28 m². A área de terreno é de 365,25 m². Assim a área
computável dividida pela área do terreno resulta num coeficiente de
aproveitamento de 1,05. Pelo quadro 1 da revisão bibliográfica, para zona
residencial 2 observa-se que o coeficiente obtido é maior que o coeficiente
mínimo de aproveitamento e menor que o coeficiente máximo, assim está de
acordo com o coeficiente de aproveitamento.

4.1.1.3 Taxas de Ocupação(TO)

De acordo com a revisão bibliográfica a TO é a relação entre a área da


projeção horizontal da edificação e a área do lote.
A projeção horizontal da edificação é a área do segundo pavimento
231,63 m². A área de terreno é de 365,25 m². A projeção horizontal dividida
pela área do terreno resulta num coeficiente de 0,6341. O coeficiente
transformado em taxa resulta em 63,41 %. Pelo quadro 1 da revisão
27

bibliográfica, para zona residencial 2 observa-se que a TO é menor que a taxa


de ocupação, conclui que está de acordo com a taxa de ocupação.

4.1.1.4 Taxas de Permeabilidade(TP)

Como foi demostrado na revisão bibliográfica a TP é a relação entre a


parte permeável, que permite a infiltração de água no solo, livre de qualquer
edificação, e a área do lote.
A projeção impermeável da edificação é a soma da área do primeiro
pavimento 214,80 m², com a área de calçada de 50,12 m², totalizando
264,92m². A área do lote é de 365,25 m². A soma da área impermeável dividida
pela área do terreno resulta num coeficiente de 0,7253, esse coeficiente
transformado em taxa resulta em 72,53% de área impermeável, logo a taxa de
permeabilidade é de 27,47%. Pelo quadro 1 da revisão bibliográfico, para zona
residencial 2, a taxa de permeabilidade é maior que o exigido pelo mesmo,
sendo assim está de acordo com as exigências.

4.1.1.5 Vagas de Garagem

Segundo o plano diretor do município de vacaria é obrigatório a construção


de vagas de estacionamento. Conforme o quadro 2 apresentado na revisão
bibliográfica para prédios residências, é necessária uma vaga para cada
apartamento de 120 m². Como pode ser visto no quadro abaixo nenhum
apartamento teve área maior de 120 m².

Quadro 7 - Área dos Apartamentos

Fonte: Do Autor

Então as 4 vagas existentes são suficientes de acordo com as


necessidades de as vagas de estacionamento.

4.1.2 Descrição do Projeto Estrutural

Toda a estrutura foi dimensionada na primeira etapa de execução


para a ampliação. Como toda a estrutura de sustentação do primeiro pavimento
já estava projetada. As dimensões das vigas podem ser vistas no quadro
abaixo.
28

Quadro 8 - Dimensões das Vigas.

Fonte: Do Autor
Os pilares de sustentação têm as dimensões segundo o quadro
abaixo.
Quadro 9 - Dimensão dos Pilares

Fonte: Do Autor

Nesse projeto não será feito um analise estrutural, sendo que a mesma
não é necessária para a regularização. Como toda a estrutura de sustentação
do primeiro ou superior pavimento foi projetada e executada durante a obra do
pavimento térreo, com o devido acompanhamento técnico necessário.
29

4.1.3 Descrição do Projeto Sanitário

No município de Vacaria para se obter o Alvará de licença para


regularizar é necessária uma planta sanitária, em duas vias, como descrito
na revisão bibliográfica. Para tal fato toda a estrutura existente foi
levantada e descrita nas plantas sanitárias.
Figura 10 - Planta Sanitária Primeiro Pavimento

Fonte: Do Autor

Como demostrado na revisão bibliográfica segundo a Lei Municipal


n°83/2013 para a regularização, os imóveis, construções ou benfeitorias
deverão possuir fossa séptica, tanques enterrados, que recebem os esgotos
(dejetos e águas servidas), retêm a parte sólida e deflagram o processo
biológico de purificação da parte líquida (efluente).
O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da
moradia. Ela é dimensionada em função de um consumo médio de 200 litros
diários de água por pessoa. Sua capacidade, entretanto, nunca deve ser
inferior a mil litros. As fossas sépticas podem ser pré-moldadas ou construídas
no local. A edificação já possuía uma fossa séptica, pré-fabricada em concreto,
com capacidade para 25 pessoas, ou seja, um volume de 5,00 m³, com
diâmetro de 2 metros e altura de 2,4 metros. Esse artefato em concreto satisfaz
essa exigência, da lei municipal.
30

A estrutura existente do segundo pavimento também foi descrita


nas plantas sanitárias.
Figura 11 - Planta Sanitário Segundo Pavimento

Fonte: Do Autor

4.1.4 Descrição do Projeto Elétrico

Para fins de ligação a rede elétrica da concessionária RGE (Rio


Grande Energia). Como é uma residência multifamiliar de pequeno porte
deverá ser feito uma descrição simplificada das instalações elétricas.
Segundo a RGE deve conter:
• Localização do ramal de entrada, o qual, deve estar pela
frente do terreno, ficar livre de qualquer obstáculo;
• Descrição simplificada da rede elétrica e diagrama elétrico;
31

• Croqui com a localização do imóvel.


• Para unidade consumidora individual, com demanda
calculada acima de 38 kVA da tabela 1 A, exigir ART de execução, ou
locais destinadas a locais de reuniões públicas com mais de 200 m².
Sendo assim como nenhuma das unidades ultrapassará 38kVA e o
salão de festas e as áreas do condomínio de uso comum tem área menor de
200 m² não será necessário ART de execução. Conforme quadro a baixo.
Quadro 10 - Quadro de Cargas

Fonte: Do Autor

Após análise das instalações do condomínio, constatou se que as


instalações elétricas de baixa tensão, estão em bom estado de conservação e
conformidade com a legislação normativa e NBR 5410 - Instalações elétricas
de Baixa tensão, NBR 15465 - Eletrodutos e NBR 280 – Enfiação em
edificação. Assim sendo desenvolvidas todas planta elétricas e diagramas para
a ligação a rede elétrica.

4.1.4.1 Descrição Geral do Projeto Elétrico

Fornecimento de energia elétrica tipo “C” trifásico – quatro condutores


(três fases e o neutro). A medição será localizada ao lado do acesso da
edificação este no pavimento térreo, sendo a ligação que compreende entre o
poste da fornecedora até o poste da edificação.
A caixa para proteção de agrupamento dos medidores será de
dimensões de 2,10x1,80x0,25, no interior da caixa serão instaladas as CP
(Caixas de proteção para medidores) e a CED caixa metálica destinada a
receber o ramal de entrada e as proteções, podendo ainda conter o barramento
e os transformadores de corrente para medição. Toda a tubulação interna da
caixa de agrupamento será de Ø32mm e os condutores internos serão de
Ø10mm². Os disjuntores individuais das unidades consumidoras serão de 40A.
32

Figura 12 - Caixa de Medidores

Fonte: Do Autor

A conservação da caixa de medição será de responsabilidade do


proprietário ou detentor da edificação a qual ela faz parte.
O ramal de ligação será de bitola de 10mm², protegido por eletroduto de
PVC Ø50mm. Condutor de proteção será ligado diretamente ao condutor de
aterramento o mais próximo possível da haste e será independente do
condutor neutro, será identificado pela cor verde, este condutor será 10mm²,
sem eletroduto, a barra do condutor de proteção será 12 x2 mm cobre.
O ramal de entrada será de cobre isolado PVC 70° e bitola de 10mm².
Será empregado disjuntor geral de 40A termomagnético tripolar, a alavanca de
acionamento do disjuntor será exposta, o disjuntor será energizado pela parte
inferior.
O condutor de aterramento será de cobre 10mm² com isolamento na cor
azul, a união do condutor com a haste de aterramento será por meio de
braçadeira, sendo a união entre estes dois pontos em cavidade de inspeção
com dimensão de 20x20x30.
A haste de aterramento será de cobre com dimensão de 2,40 e diâmetro
nominal de 25mm, será colocada no solo verticalmente, a resistência do
aterramento não será superior a 25 ohms em qualquer época do ano, sendo
que para tal valor ser alcançado serão empregadas tantas hastes quanto se
fizerem necessárias.
O condutor de aterramento será protegido por eletroduto de PVC
Ø25mm e terá Ø 10mm².
A demanda total de edificação será de 36,06 Kva de acordo com cálculo
de demanda que segue em abaixo.
33

Quadro 11 - Demanda e Dados Gerais Edificação

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Fonte: Do Autor

4.1.4.2 Solicitações de Aprovação de Projeto

Em anexo foram enviados três jogos de cópias de projeto para o setor


de aprovação de projeto elétrico em Caxias do Sul, o projeto da edificação
residencial, localizada na rua Osvaldo Cruz, nº 172, Vitória, Vacaria-RS, de
propriedade do Condomínio Osvaldo Cruz, que foi elaborado de acordo com o
Regulamento das instalações consumidoras Após aprovação foram devolvidos
dois jogos devidamente aprovados.
34

4.1.5 Projeto Preventivo de Incêndio

Projeto preventivo de incêndio, segundo as leis complementares nº


14.376 de 26/12/2013 e 14.555 de 02/07/2014, que estabelecem normas de
segurança, prevenção e proteção contra incêndios nas edificações e áreas com
risco de incêndio no estado do Rio Grande do Sul, o projeto preventivo de
incêndio deve ser elaborado segundo estas leis.
Conforme o iten 2.4.1 da revisão bibliográfica se enquadra na divisão A-
2 (Edifícios de apartamento em geral), locais com média carga de incêndio
entre 300 a 1200 MJ/m². Segundo o quadro abaixo temos a exigências
necessárias para o projeto.

Quadro 12 - Exigências para Edificações com Área Menor ou Igual a 750m² e Altura Menor ou
Igual a 12 m.
35

Fonte: Anexo A, Lei Complementar n°14.376 – 26/12/2013.

Como pode ser visto na tabela acima para essa edificação do grupo A será
necessário:
• Saídas de emergências;
• Iluminação de emergência(balizamento);
• Sinalização de emergência;
• Extintores;
• Brigada de incêndio (pessoas previamente treinadas, organizadas e
capacitadas dentro de uma organização, empresa ou estabelecimento
para realizar atendimento em situações de emergência).

Como pode ser visto nas figuras abaixo todas as exigências acima foram
sanadas.

Quadro 13 - Legenda das Instalações

Fonte: Do Autor

Como pode ser visto na figura abaixo, no pavimento térreo foram


necessários:
• Dois extintores do tipo 20A:BC 4Kg;
• Três pontos de iluminação de emergência(balizamento);
• Uma placa de escada de emergência;
• Duas placas de proibido fumar;
• Duas placas de localização de extintor de incêndio;
• Três placas indicativas de saída de emergência.
36

Figura 13 - Planta Preventivo Pavimento Térreo

Fonte: Do Autor

No segundo pavimento pode ser visto na figura abaixo, foram


necessários:
• Um extintor do tipo 20A:BC 4Kg;
• Um ponto de iluminação de emergência(balizamento);
• Uma placa de escada de emergência;
• Uma placa de proibido fumar;
• Uma placa de localização de extintor de incêndio;
37

Figura 14 - Planta Preventivo Primeiro Pavimento

Fonte: Do Autor

Em anexo foram enviados três jogos de cópias de projeto para o


setor de avaliação, aprovação e vistoria de projetos do corpo de bombeiros
municipal de Vacaria. Que foi elaborado de acordo com segundo as leis
complementares nº 14.376 de 26/12/2013 e 14.555 de 02/07/2014. Após a
avaliação do projeto e inspeção da edificação pelo corpo de bombeiros foram
devolvidos dois jogos devidamente aprovados.

4.1.6 Convenção de Condomínio

A convenção de condomínio é a "Constituição" do condomínio, nela


todas as regras internas devem constar deste documento. Por outro lado, as
regras só são válidas se nele constam. Cada condomínio redige a sua, assim
que começa a ocupação pelos moradores.
38

A Convenção do Condomínio Osvaldo Cruz instrumento particular dos


proprietários, situado na rua Osvaldo Cruz 172, no bairro vitória de Vacaria-RS,
adiante denominados condôminos, cuja à Convenção, elaborada dentro dos
preceitos da Lei nº. 4.591, de 16/12/1964, será descrita de forma sucinta e
estará presente com seu texto na integra nos anexos.
Especificando que o condomínio possui 446,43 m² (quatrocentos e
quarenta e seis metros, quarenta e três centésimos quadrados). Do total da
área de 446,43² (quatrocentos e quarenta e seis metros, quarenta e três
decímetros quadrados), sendo a área privativa de 310,91 m² (Trezentos e dez
metros e noventa e um decímetro quadrados) e área de uso comum de 135,52
m² (cento e trinta e cinto metros e cinquenta e dois decímetros quadrados).
Ao redigir a convenção foram consideradas como partes comuns do
edifício, inalienáveis e indivisíveis:
• Solo em que se acha constituído o prédio, com área de 348,10m²;
• Os jardins, circulações e passagens;
• As fundações: as paredes externas em alvenaria e as paredes divisórias
das unidades: os pilares, as vigas, as lajes, caixa d’água, telhado e
cobertura;
• As tubulações de água, força, esgoto e telefone, bem como as ligações
de propriedade exclusiva dos comunheiros;
• As calhas e os condutores de águas pluviais

Ficam descritos na convenção os dois pavimentos abaixo descritos:

• Pavimento térreo ou primeiro pavimento - constituído de quatro boxes


para estacionamento de veículos, denominados de box 01 a 04, salão
de festas e apartamento 101
• Segundo pavimento - constituído de 03 apartamentos denominados de
apartamentos 201, 202 e 203.

4.1.6.1 Modos e Uso das Coisas

Segundo a convenção elaborada, uso e fruição das áreas privativas, só


encontra limite na legislação, na presente convenção e no bem comum dos
condôminos.
O uso dos serviços e parte de uso comum pelos condôminos, estará
sujeito a que dele não resulte dano, embaraço ou incômodo aos mesmos e aos
demais usuários do prédio. Sendo que o Salão de Festas terá o valor de taxas
de uso e limpeza a serem definidas e ajustadas em assembleia pelos
condôminos. O horário de uso do Salão de festas segue legislação própria
inclusa nas vedações.
É dever do condômino respeitar e fazer respeitar a presente Convenção,
o Regulamento Interno e as resoluções da assembleia geral, aplicando-se a
quaisquer usuários as referidas disposições e obrigações referentes ao uso,
gozo e fruição das coisas do edifício.
A área do Condomínio ou de uso comum se constitui de circulação,
escadarias, salão de festas c/ banheiro e áreas de terreno calçada, ou não, e
39

serão utilizadas com igual direitos por todos os condôminos considerada


Indivisível e inalienável.

4.1.6.2 Despesas do Condomínio e o Custeio

Fica demostrado na convenção que as despesas provenientes de


manutenção e conservação dos serviços e partes de uso comum, bem como as
de sua administração, serão rateadas entre os condôminos, segundo o
orçamento aprovado pela assembleia geral. Dentre as despesas do presente
artigo, enunciam-se expressamente, além de outras:
• Os impostos e taxas de qualquer natureza, que incidirem sobre as partes
comuns do imóvel;
• Salário de zelador e demais empregados do condomínio além da taxa de
serviço da empresa especializada em administração financeira do
condomínio, se tal atribuição for delegada;
• O consumo de energia elétrica e água, correspondente as partes
comuns.
• No rateio das despesas de água, a loja terá conta separada das
unidades residenciais e não fará parte do rateio da conta de água das
unidades residenciais.
• Na manutenção da limpeza, a loja manterá o seu acesso limpo, cabendo
o mesmo às unidades residenciais, ou seja, não caberá ao imóvel
comercial a manutenção da limpeza das áreas de acesso às unidades
residenciais e vice-versa.

4.1.6.3 Penalidades

A violação de qualquer dos deveres estipulados na presente Convenção


sujeitará ao infrator a multa de 1/10 (um décimo), do salário mínimo regional
vigente, por dia, enquanto perdurar a infração, sem prejuízo da responsabilidade
civil, ou criminal que, no caso, couber.
Parágrafo único - A cobrança da multa referida no artigo, incumbirá ao síndico, que
a promoverá em caso de necessidade, por via executiva, a qual não exclui o direito
as demais ações competentes.
Além da multa prevista no artigo anterior, bem como das penalidades
previstas no Art. 35º, o condômino que estiver em mora com suas contribuições ou
infração a presente Convenção, não poderá ser eleito síndico.
40

CONCLUSÃO

O estágio obrigatório tem a importância de proporcionar experiência ao


estagiário, tendo a chance de colocar em prática a teoria vista durante o curso.
Uma maneira de enquadrar o estagiário com o mercado de trabalho cada vez
mais exigente e competitivo, e que busca por profissionais diferenciados para
ocupar as vagas ofertadas tantos pelas empresas quanto por concursos
públicos.
Acompanhar e desenvolver um projeto de engenharia propicia ao
estagiário a experiência de colocar em prática o conhecimento, tanto nas
vistorias enloco, na elaboração de projetos desde arquitetônico e
complementares. Além de desenvolver habilidades, criar um conhecimento que
não podem desenvolvido em sala de aula à vivência de obra, vivenciar na
prática o desenvolvimento de um projeto, é fundamental para o estudante.
As etapas de planejamento inicial de uma edificação são necessárias,
para o controle de todos os processos executados desde a sua fase inicial até
o encerramento, dando a certeza que todas as tarefas serão executadas de
acordo com as normas, regulamentos e legislações. Fazendo com que o
projeto possa ser finalizado e contemplando.
No presente relatório abordou-se o caso do edifício Osvaldo Cruz, uma
residência multifamiliar que apresenta características um pouco diferentes da
maioria das obras irregulares, por ser uma edificação em alvenaria em boas
condições, na edificação não precisaram modificações de ordem construtiva e
nem melhorias das instalações já existentes.
Com a regularização do empreendimento inúmeros benefícios são
acrescentados ao imóvel, entre eles a edificação pode ser vendida, ou seja,
pode ser realizada a transmissão da propriedade sem qualquer irregularidade.
Uma vez regularizada a edificação tem um cadastro municipal, um registro e
um alvará do corpo de bombeiros, assim não sendo mais vista como uma
edificação fora da lei ou irregular.
Sendo que o município de Vacaria tem uma legislação própria para a
regularização das obras, assim facilita a regularização com algumas exigências
básicas. O projeto encaminhado ao corpo de bombeiros também é simplificado
pois é uma edificação de pequeno porte menor que 750 m², abaixo de 12
metros de altura e de baixa carga de incêndio.
O objetivo geral foi alcançado uma vez que a edificação foi regularizada,
através da elaboração e analise do projeto arquitetônico para a situação
construída, foi constado que a edificação estava de acordo com todos os
índices urbanísticos e demais exigências do plano diretor e da prefeitura. O
projeto elétrico foi encaminhado para a o setor de projetos em Caxias do Sul da
concessionária de energia elétrica RGE (Companhia Rio-Grandense), e foi
aprovado pela mesma. O Projeto preventivo de incêndio mais conhecido como
PPCI, foi aprovado junto ao setor de vistoria, fiscalização e análise de projetos
do corpo de bombeiros militar de Vacaria. A convenção de condomínio foi
elaborada, realizado o pagamento das taxas com INSS e da convenção,
protocolada junto ao registro de imóveis com o cadastro municipal da
edificação retirado junto a prefeitura, assim foi aprovada e registrada no
41

registro de imóveis. Assim todos os objetivos específicos também foram


obtidos.

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