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I. DOS FATOS
Segundo a denúncia, no dia 04 de abriu de 2010, aproximadamente às
23h30, na Delegacia de Polícia Federal do Aeroporto Internacional de São
Paulo, o denunciado foi preso em flagrante pela prática, em tese, do crime de
tráfico de drogas.
Por fim, é imperioso comentar que o autor nunca teve qualquer tipo de
indicio criminal, e nem sequer alguma ligação com o judiciário. O mesmo
confessou em seu depoimento pessoal tal alegação. Portanto é de suma
importância que seja observado que o réu só agiu inadequadamente por motivo
de extrema necessidade em decorrência da saúde de seu pai.
II. DO DIREITO
AD ARGUMENTANDUM TACTUM:
No que pese a propositura da prisão em flagrante, e da confissão do acusado, e
por se tratar de crime “hediondo”, o acusado fora compelido em sede de polícia
a confessar e assumir a autoria delitiva do fato. Entretanto, a verdade real dos
fatos não são como a que se apresenta de fato o requerido fora coagido pelo
terceiro e real dono das drogas (sem identificação), e que deveria ser entregue
em Paris, a uma pessoa outra pessoa.
Além disso, o réu nunca havia feito contato com drogas antes. Entretanto
precisava, desesperadamente, do dinheiro para tratar a saúde de seu genitor.
Ainda assim, como não possui nenhuma ligação e entendimento com drogas, o
réu não tinha conhecimento da quantidade que estaria exportando.
No que pese as provas carreadas nos autos, não se pode apenas e tão somente,
ater-se a prisão do réu, porque não se prosseguiu as investigações e chegou-se
ao receptor do entorpecente em Paris (Fr), ou a quem mandou (coagiu) o
acusado a trazer o entorpecente a Paris (Fr)?, Porque e cômodo demais a policia
e a MP, culpar quem já se prendeu do que continuar a investigar e chegar
realmente aos traficantes e donos da droga?
“Que ma quarta feira passada na parte da manha, o réu entrou em contacto com
ANDERSON e indagou-o se ainda tinha chance de fazer algum transporte (...)
qua ANDERSON disse que sim, e combinou encontrá-lo no bairro Cidade Nova.
que naquele local ANDERSON estava em uma eco-sporte vermelha, pegou uma
mochila contendo a droga e uma passagem no N/M AMAZON STAR, informando
que deveria trazer a substância a Santarém e que deveria entregar a HUGO,
pela qual receberia R$ - 1.000.00 (hum mil reais), por quilo do produto”
Vale ressaltar que neste diapasão, o que dispõe o artigo 33, § 4º, verbis:
Art. 33.(omissis)
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas
de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
A parte final do citado dispositivo afirma que “desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa”.
Este argumento fundado nos precedentes do STJ e STF, que já nos parece
convincente o suficiente, é reforçado pela sistematização da norma e da restrição
carreada no próprio dispositivo: "vedada a conversão em pena restritivas de
direitos".
Com efeito, alem da INEPCIA a inicial no tocante a figura típica do art. 35 da lei,
não ficou provado os elementos essenciais para configuração do delito.
A propósito, a doutrina haverá necessidade de um animus associativo, isto é, um
ajuste prévio no sentido da formação de um vinculo associativo de fato uma
verdadeira societas sceleris, em que a prática de se associar seja separada da
vontade necessária a pratica do crime visitado. Excluído, pois o crime, no caso
de convergência ocasional de vontades para a pratica de determinado delito, que
estabeleceria a co-autoria”. (ob. Cit., p. 109). Vide nesse sentido o entendimento
do STF: