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GESTÃO DE PESSOAS
Conteúdo:
1. O mundo atual, o mercado e a importância da Gestão de Pessoas;
Perguntas e conceitos básicos.
2. Tripé do trabalho com pessoas;
Competência. Ética. Fatores intervenientes.
3. Recrutamento e seleção de pessoal;
Recrutamento e seleção de pessoal. Seleção por competência.
4. Gestão de Pessoas;
A entrevista. Entrevista coletiva ou prova situacional.
5. Treinamento;
6. Motivação;
7. Plano de benefícios;
8. Avaliação de desempenho;
Conceito. Método da escala gráfica. Método da escolha forçada. Método da auto-avaliação.
Método da avaliação por resultados. Método de avaliação – 360º. Métodos mistos.
9. Endomarketing;
10. Higiene, medicina e segurança no trabalho;
11. Os sistemas logísticos, subsistemas e atividades;
12. Qualidade de vida no trabalho – estresse (origem e funcionamento);
Sintomas. O mecanismo do estresse. Fases do estresse. Dieta. Exercícios físicos.
Relaxamento. Diversões ou passatempo ativo. Trabalho interessante. Grupos de apoio.
13. Departamento de Pessoal;
Rotinas.
14. Sistemas de Informações Gerenciais (SIG);
15. Desenvolvimento Organizacional.
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O mundo atual,
o mercado e a importância
da Gestão de Pessoas
Adriano J. Teiga*
Escutamos diariamente muitas pessoas falando sobre como o mundo tem mudado, como as coisas
hoje são diferentes do que eram antigamente, como é necessário abrirmos os olhos etc.
Você concorda? Isso é verdade? Você tem andado de olhos e ouvidos abertos para verificar o que
anda de fato ocorrendo por aí?
Pois bem, se você anda com as antenas ligadas certamente percebe que o mercado está muito
mais competitivo, que as coisas estão mudando de forma mais rápida e profunda e que os clientes
exigem cada vez mais rapidez, flexibilidade e qualidade nos produtos e serviços. É preciso que as orga-
nizações estejam atentas e preparadas para responderem às mudanças. Na maior parte dos casos, essas
mudanças têm origem externa, mas influenciam diretamente os processos internos das organizações,
fazendo com que elas procurem métodos para adaptarem-se com o menor custo e no menor espaço
de tempo. Podemos identificar a mudança na cultura, no clima, as melhorias de processo e mesmo a
reestruturação organizacional. Percebemos que o espaço de manobra e as margens de lucratividade es-
tão cada vez mais apertados, colocando em risco o crescimento e por vezes até mesmo a sobrevivência
das empresas. Assim, um dos maiores desafios do gestor é criar nas organizações um ambiente interno
flexível e que apresente qualidade tanto em nível pessoal, quanto em interpessoal e técnico, para res-
ponder às demandas do mercado. Somente aqueles que conseguirem fazer mais com menos, de forma
contínua e constante, de forma harmônica, ecológica, ética e legal, terão espaço no mercado.
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:: O que é?
:: Para que serve?
:: Onde se aplica?
:: Como funciona?
Para responder às três primeiras perguntas, sempre devemos usar respostas curtas e objetivas,
pois estamos falando basicamente de conceitos. Por exemplo, a definição de uma palavra em um dicio-
nário não tem nada a ver com o tamanho físico, complexidade ou valor do objeto definido. Se você tiver
alguma dúvida, dê uma olhada na definição de “formiga”, “alfinete” ou “avião”... Entendeu agora?
A pergunta mais urgente e básica somente poderia ser sobre o nome de nossa disciplina, concor-
da? Portanto vamos lá...
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No nosso dicionário, o que será que quer dizer administrar? Lá está escrito que administrar é o ato
de dirigir, exercer a administração de gerir, superintender, governar.
O que será que quer dizer dirigir? Administrar, gerir, governar, comandar, guiar, encaminhar, dar
a direção.
Governar por sua vez que dizer regular a marcha ou o andamento de dirigir, conduzir, administrar,
reger, imperar, ter influência, autoridade ou poder sobre.
E regular, o que será que quer dizer? Sujeitar a regras, dirigir segundo certas regras, estabelecer
regras para, regularizar (código civil regula direitos e obrigações), estabelecer ordem, moderar, acertar
(regular o relógio).
Você está vendo que as definições começam a entrar em uma circular (recursivas)?
Claro, pois estamos falando sobre variações do mesmo conceito, ou seja, fazer com que as coisas
aconteçam com as pessoas dentro das empresas, dar-lhes direção, rumo, traçar e compartilhar regras e
limites. Veja, aqui está a essência do conceito.
Agora necessitamos de pelo menos mais dois conceitos do nosso dicionário: empresa e pessoa.
Para ser objetivo, vamos direto aos conceitos:
:: Empresa: conjunto de pessoas e equipamentos, em que entram recursos para serem modifica-
dos e transformados em produtos ou serviços.
Qual a palavra principal da definição? Onde está seu ponto de toque? Evidente que nas pessoas,
pois somos nós, os seres humanos, que fazemos a diferença entre uma empresa e outra. Mais até que
apenas um diferencial ou um elemento importante na produção e na produtividade, as pessoas são,
nesse ambiente competitivo e globalizado em que vivemos, um elemento para a sobrevivência das or-
ganizações. Quem de nós não conhece algum caso em que algum funcionário troca de empresa e leva
junto com ele alguns clientes? Será que você nunca trocou de banco, oficina, cabeleireiro, barbeiro, ou
conhece algum amigo ou parente que o fez, quando o “contato” trocou de empresa?
Voltando ao nosso dicionário, qual será a definição de pessoa?
Duvido que a maioria de vocês já tenham lido no dicionário este conceito, mesmo sendo uma
palavra que usamos dezenas de vezes por semana...
:: Pessoa: criatura humana, homem, mulher, indivíduo, personagem, pessoa física, qualquer ser
humano como existe realmente considerado singularmente como sujeito de direitos.
Aqui queremos realçar a idéia de que cada pessoa é um ser único, indivisível (indivíduo), e que
possui seus direitos. É só olhar à nossa volta para verificar que cada um de nós, claro olhe para si mesmo,
está cada vez mais consciente de sua cidadania e de seus direitos.
“Vou à justiça buscar meus direitos”. Essa frase é nova pra você? Pois ela está presente em grande
parte das demandas trabalhistas.
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Por fim, a definição de homem: animal racional, que, por sua inteligência, pelo dom da palavra
e pela história, ocupa o primeiro lugar na escala zoológica. É para esse triângulo formado pela inteli-
gência, palavra e história que eu quero chamar sua atenção aqui. Nele está a essência daquilo que nos
diferencia dos outros animais. Se por qualquer razão um dos três vértices for excluído, o triângulo desa-
parece e perdemos nossa qualidade de racionais e nos tornamos animais.
Imagine a situação de uma empresa, em que a diretoria traça objetivos inatingíveis, ou nos conta
ou pede alguma coisa tão fora da realidade e inaceitável, que sentimos a nossa inteligência não ser res-
peitada. E quando ocorre de nossa palavra ser “cassada” de tal forma que não possamos expressar nos-
sos sentimentos ou nossas idéias. Ou ainda, quando nossa experiência não é valorizada, por exemplo,
em um processo de seleção, ou quando iniciamos em uma nova situação profissional e nossa vivência
em outras empresas é minimizada ou não aceita.
Isso também pode ocorrer em casa ou com os amigos, não é privilégio apenas do ambiente em-
presarial. Aliás, as coisas se repetem em vários locais mudando apenas o “pano de fundo”.
Tenho certeza que, nessas situações, qualquer um de nós iria sentir-se “menos pessoa”, não é ver-
dade?
Talvez isso seja uma das origens de muitos comportamentos verdadeiramente irracionais que
por vezes encontramos em empresas e, aparentemente, não possuem uma procedência clara. Muitos
desses comportamentos são respostas à desumanização que por vezes as pessoas são submetidas nas
relações de trabalho.
Veja que começamos a responder a nossa segunda pergunta: para que serve? Pois é, creio que isto
já está se esclarecendo por si mesmo...
Os processos de gestão são fundamentais, uma vez que é justamente neles que vamos encontrar
grandes diferenças entre os resultados das empresas, visto que se soubermos trabalhar melhor com as
pessoas, certamente a efetividade organizacional será bem maior. Claro que também poderemos mini-
mizar ou mesmo evitar situações embaraçosas ou desgastantes.
Assim nossa terceira pergunta também fica respondida (onde se aplica?). É dentro das em-
presas, mais precisamente, dentro das funções gerais de recursos humanos, que vamos encontrar
a aplicação dos conceitos de gestão de pessoas. Aqui, na realidade, estamos nos preparando para
a nossa quarta estação.
Será neste “complexo turístico”, que é como o chamaremos, que vamos tratar sobre os processos de
recrutamento e seleção de pessoal, treinamento, motivação, plano de benefícios, avaliação de desempenho,
endomarketing, higiene, medicina e segurança no trabalho, e departamento de pessoal.
E assim estaremos respondendo a nossa quarta e última pergunta (como funciona?). Na realidade,
esta pergunta será respondida apenas em parte, pois o processo como um todo é bastante complexo e
amplo, e vai muito além dos objetivos e do tempo de nossa disciplina. Porém imaginamos que a respos-
ta que daremos aqui será suficiente para capacitar cada um de nossos companheiros de jornada. Tenho
a plena convicção de que as informações que faltarem serão conseguidas em sua prática profissional, e
fica desde já o convite e o desafio para que cada acompanhante desta viagem continue seu “vôo solo”,
pois isso é um dos segredos da competência: a capacidade de autogestão de cada um.
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Textos complementares
A regra é investir
(MALVEZZI, 2006)
canalRh – Como o senhor avalia o atual estágio do RH no Brasil? Ainda falta muito para ser estra-
tégico?
Sigmar Malvezzi – Uma pesquisa realizada há três anos mostrou que 25% estão na fase estra-
tégica e 50% ainda na fase técnica (Marai Tose, PUC/SP). Creio que estamos caminhando devagar
para o estratégico, porém ainda há empresas que assumem os empregados como inimigos. Você
percebe quem é quem, pelos resultados. O Brasil é um país de contrastes, há de tudo.
canalRh – Quais são as principais deficiências do profissional de RH e o que ele pode fazer para
melhorar essa situação?
Malvezzi – Ainda predomina uma visão tradicional, na qual o desempenho merece controle
externo (cartão de ponto, formalidades etc.). Falta reflexão sobre o mundo atual e a necessida-
de de exploração de novas potencialidades. Investe-se pouco em treinamento e capacitação.
No ano 2000, nos USA, as empresas investiram US$250 bilhões em capacitação. Pasme, o inves-
timento em treinamento militar foi superior a essa cifra. Daí você vê os resultados. Ainda não
vemos a realidade como processo. Não suportamos a gestação, queremos tudo para ontem.
Educar implica tempo.
Malvezzi – Não há esse risco. As empresas têm de investir e acompanhar o desempenho para
poderem garantir a qualidade que os resultados demandam. O outsourcing é ruim para o profis-
sional. No Rio, hoje, os subcontratados são quase maioria. Eles não recebem investimentos, são
apenas trocados por outros. Isso implica um processo de marginalização de muitas pessoas. Elas
não servem em um lugar, são trocadas e transferidas para outra empresa que, algum tempo depois,
também as rejeitam. As empresas de mão-de-obra não investem, trocam. Estamos criando um exér-
cito de marginais.
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porta de botequim acha que se faz regressão assim? E o pior: eu vi no Brasil, dias depois, um con-
sultor de RH dizendo em um programa de TV que está aplicando o método por aqui. Eles pegam as
grandes teorias, empacotam, enlatam e enviam para a credulidade dos países subdesenvolvidos. E
estes acreditam nisso, ingênua ou estupidamente, e aplicam esse pacote de degradação de teorias.
Isso tem um efeito devastador.
canalRh – Então, a fórmula da humanização é aliar benefícios a uma mudança de comportamento?
Mello e Souza – Os benefícios são necessários, mas o mais importante é fazer com que o ho-
mem participe do planejamento estratégico da empresa. E isso deve ocorrer em todos os níveis. É
preciso montar um esquema capaz de inserir todos no contexto e que faça com que conheçam a
empresa. Quem conhece se sente parte.
Atividades
1. Para consolidar nosso tema, vamos criar um case. Imagine que um diretor de sua empresa,
sabendo que você está fazendo este curso, o convida para dar uma palestra a respeito das
características atuais do mercado, suas transformações e conseqüências para a organização...
Você obviamente aceita, pois isso é uma grande deferência. Ele pede um resumo de duas
laudas (fonte arial, corpo 12, espaço 1,5, folha A4) da palestra... O que você entregaria a ele?
Ampliando conhecimentos
Como uma leitura complementar, sugiro a leitura da obra:
TOFLLER, Alvin. A Terceira Onda. 21. ed. Rio de Janeiro: Record, 1995.
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Auto-avaliação
1. Quais as principais características do mercado atual e como isso influencia diretamente sua
empresa e você?
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Tripé do trabalho
com pessoas
Eu morei alguns anos no interior do Rio Grande do Sul, portanto vou usar uma situação campeira
para iniciar este momento de nossa viagem. Você já participou ou pelo menos conhece uma roda de
chimarrão com fogo de chão? E o que isto tem a ver com nossa disciplina? Tudo.
Nesta cena campeira, a água é “aquentada”, normalmente, numa chaleira de ferro que fica em
uma estrutura de ferro com três pés que, quando abertos, dão o equilíbrio necessário para ela manter-
se no fogo.
E semelhantemente a esta simples – mas prática – estrutura, podemos dizer que há três processos
fundamentais para que um profissional tenha sucesso na Gestão de Pessoas: competência, ética e fatores
intervenientes, sendo o sucesso uma função dos três, portanto, se um não estiver presente, os outros
dois não serão suficientes.
Competência
Por competência, entendemos o conjunto de conhecimentos (técnicos ligados aos equipamen-
tos e às pessoas), habilidades e atitudes e comportamentos que permitem o desempenho eficaz de
uma tarefa em qualquer situação.
Conhecimento
Entendemos que conhecimento é o conjunto de informações necessárias para o adequado de-
sempenho em uma atividade ou situação. Normalmente, ele é adquirido por meio do acúmulo e apro-
priação de nossas experiências, da observação direta ou indireta das experiências dos outros, leituras,
cursos etc.
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O objetivo do curso que você está fazendo neste momento é ampliar o seu conhecimento sobre
as pessoas – indivíduos ou grupos – nas situações de trabalho.
Conforme vimos, ele é uma condição necessária, mas não suficiente, para nos tornarmos efetiva-
mente competentes.
Habilidades
Além do conhecimento, que normalmente tem um caráter basicamente intelectual e teórico,
apesar de em muitas vezes originar da prática, é necessária a possibilidade de transpor o que “literal-
mente está em nossa cabeça ou nos livros” para uma prática efetiva. As habilidades, em essência, são
a “condição de aprimoramento físico para fazer”, baseiam-se no conhecer e na repetição, se manifesta
principalmente pela ação, por exemplo pela movimentação das mãos para usar uma ferramenta, para
construir algo, para operar um equipamento simples ou sofisticado; ou das pernas para fazer um lança-
mento em profundidade ou realizar a cobrança perfeita de uma falta num jogo de futebol.
Atitudes e comportamentos
O que é uma atitude e o que é um comportamento?
No contexto em que estamos trabalhando, consideramos uma atitude como uma “pré-ação” ou
um “pré-comportamento”.
Vamos a um exemplo. Imagine a cobrança de um pênalti em um jogo de futebol: a torcida em
pé, o batedor preparado e o goleiro, o pobre goleiro, ali, esperando o pênalti ser batido. Corpo semicur-
vado, braços arqueados, pernas prontas para o pulo, olhos bem abertos. Pois bem, ele está em atitude
de defesa de sua meta, e isso não garante que ele vai defender o pênalti (comportamento), mas facilita,
certamente facilita.
Agora vamos falar das atitudes frente às pessoas. Alguém pode ser mais defensivo ou confiante,
o que vai acarretar em um comportamento mais aberto ou mais fechado, em uma conversa mais franca
ou mais policiada, em emoções mais ou menos transparentes. E isso vai certamente aparecer em atitu-
des simples, como falar em público, transmitir uma idéia ou sentimento, liderar, motivar etc.
Como ilustração da competência, imagine um profissional qualquer. Pode ser um colega de sua
(...) profissão. Ele deve ter conhecimento sobre os produtos ou serviços que deverá prestar, bem
própria
como sobre seu público-alvo, deverá ter habilidades físicas, mentais e sociais para conseguir colocar
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA
este conhecimento em ação. E, certamente, deverá ser orientado por valores éticos e morais (a seguir
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL.
voltaremos a este tema) para fazer
O DESENVOLVIMENTO DAde seu saber eCONTINUA
MATÉRIA de sua ação algo
PORútilMAIS
para a sociedade ou grupo a que
PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ
pertença.
OBTER
Se faltar http://www.acheiconcursos.com.br
EM conhecimento .
técnico, com certeza o produto ou serviço perderá em qualidade ou nem
mesmo poderá ser utilizado, mas a pessoa pode ser muito ética e uma excelente companheira para um
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