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YANN BRIAN CIPRIANO GOMES

RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Goiânia-GO
2019/2

YANN BRIAN CIPRIANO GOMES


RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Relatório de estágio supervisionado obrigatório


apresentado ao Curso de Engenharia Civil da FacUnicamps
como requisito para aprovação na Disciplina Estágio
Supervisionado I

Orientação do(a) Prof.° Mest. Jordana


Morais
Empresa: ALVES CONSTRUCOES
EIRELI

Goiânia-GO
2019/2
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

DADOS DA EMPRESA/ÓRGÃO
NOME DA EMPRESA: ALVES CONSTRUCOES EIRELI
ENDEREÇO: Avenida T8, Qd. 55,Lt.9
COMPLEMENTO: N.1080 BAIRRO: setor Marista
CIDADE/ESTADO: Goiânia-GO CEP:
CNPJ: 22.628.489/0001-83 matriz INSCRIÇÃO ESTADUAL:
ISENTO
SITE DA EMPRESA: FLAVIOS.ENG23@GMAIL.COM

DADOS DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO DA EMPRESA/ÓRGÃO


NOME DO SUPERVISOR: Flávio Dias Teixeira
PROFISSÃO: Engenheiro Civil REGISTRO PROFISSIONAL:
CREA 1018123300D-GO
CARGO: Engenheiro Residente

DADOS DO ESTÁGIO
CARGA HORÁRIA EFETIVA: 105 horas
ÁREA DE ATUAÇÃO: Supervisão
PROFESSOR ORIENTADOR: Jordana Morais
RESUMO

Com a chega da matéria de estágio supervisionado em um canteiro de obras,


incumbiu-se de desenvolver um relatório/projeto de estágio, tendo em vista diagnosticar
e desenvolver uma solução para problemas encontrados na edificação. A Locação, no
caso, são duas casas germinadas feitas em um mesmo lote.
Neste caso, o problema que decidiu-se abordar a carência em organização prévia
dos recursos dispostos em obra. Basicamente, os materiais que foram usados nas
construções eram estocados de forma pouco estratégica, onde esses eram depositados nas
duas residências aleatoriamente.
Logo, quando um material era necessário em uma residência, era preciso dar a volta
para buscá-los na outra residência. Para facilitar o processo, foi aberta uma passagem no
muro que dividia as casas germinadas. No entanto, em um certo momento foi necessário
fechar a passagem do muro, limitando muito o trânsito de materiais.
Ainda por cima, devido o bloqueio das passagens pela concretagem da entrada da
residência, durante um dia, a passagem de azulejos e massa corrida foi impedida. A
“solução” encontrada pelos funcionários foi passar os materiais por cima do muro,
arremessando os fardos e sacas por cima do muro de um servente para o outro, o resultado
foram dois fardos de azulejos quebrados (que felizmente não feriram ninguém).
Então, dada a situação limite e partindo dos estudos de organização de materiais
de construção em obras como “Aplicação de técnicas de controle e planejamento em
edificações” e “Aplicação de técnicas de controle e planejamento em um obra residencial”
do Daniel Lage, que falam justamente da perca de rendimento no progresso da obra e dos
perigos de segurança que a desordem pode causar em um canteiro.
Seguindo a metodologia de “Técnica de disposição de materiais em edificações
exemplifica em seu estudo” da Dalva Ferreira Sena, e aplicando a técnica nos materiais
dispostos na obra estagiada, redirecionando assim os materiais para que fossem locados
de forma proporcional entre as obras, evitando o transporte desnecessário dos materiais
entre as casas germinadas e otimizando assim a construção.
Por fim foi elaborada uma tabela de disposição dos materiais, de modo que ficasse
especificado a quantidade aproximada de cada material em cada obra baseando-se na área
total e relativa dos cômodos de cada uma. Assim, caso fosse seguida desde início as
proporções de disposição da matéria prima, os problemas identificados poderiam ser
evitados, e melhorando assim a obra como um todo.
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1 INTRODUÇÃO

Com o dever de se aprender na prática o funcionamento e aplicação dos métodos


de engenharia, foi designado o estágio supervisionado 1, no qual devia-se absorver o
conhecimento gerado em obra e aplicar os conhecimentos técnicos acumulados nos quase
4 anos de curso.
No entanto, para o mesmo, foi necessário encontrar uma vaga para a prática em
alguma empresa, e a empresa que se dispôs a ajudar foi a ALVES CONSTRUÇÕES
EIRELI, que designou uma atividade em campo de supervisão de obra. Nesta, o dever
incumbido era de observar e relatar o progresso da obra de duas residências locadas em
um único lote (também conhecidas como casas germinadas) encontradas próxima ao
cemitério parque, no setor Urias Magalhães.
Após a observação do progresso da edificação por alguns dias, percebeu-se um
problema de disposição dos materiais em meio ao canteiro, que envolvia a dificuldade em
transportar os materiais entre as casas germinadas. Este problema que de início atrasava
o progresso da construção, passou a gerar prejuízo e se não evitado, poderia causar ainda
mais problemas como a segurança dos funcionários. O problema no caso era o transporte
do material previamente estocado entre as casas, que a todo instante era necessário o
deslocamento de uma casa germinada a outra.
Após a identificação deste problema, combinado a relatos de outros alunos do curso
de engenharia civil que estagiavam em outras empresas, constatou-se que este tipo de
problema é inerente a construção civil e gera frustração em diversas áreas. Por isso decidi
me empenhar em solucionar o problema, buscando formas e métodos de melhor manejar
a localização dos materiais em campo.
Cabe então a este projeto desenvolver uma metodologia eficiente para se evitar o
deslocamento desnecessário dos materiais, evitando problemas como os destacados na
construção e simultaneamente tornando a edificação mais prática e eficiente.
Após o desenvolvimento do projeto, vemos a importante missão que é estagiar.
Além de aprender muito sobre construção civil e ver na prática o funcionamento da
edificação, estagiar força seja por meio do projeto de estágio a se desenvolver, seja o
senso crítico e observador com relação as deficiências existentes em campo.
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Este processo crítico combinado as instruções e lições empregadas pelos


engenheiros supervisores mostrou a importante missão de supervisão e solução de
problemas relacionados a engenharia civil, missão essa que é vital em uma obra, e seria
impossível de se obter ao se limitar a sala de aula.
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2 OBJETIVO DO ESTÁGIO

2.1 Objetivo Geral


Desenvolver na forma de relatório um projeto, visando a qualidade da obra para um
bom funcionamento.

2.2 Objetivos Específico


Gerar um método de estoque dos materiais para a otimização do uso dos mesmos
em obra. Gerando um ambiente melhor e mais seguro para se trabalhar.
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3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA (HISTÓRICO)

A Alves Construções Eireli está sediada em Goiânia, no setor Bueno, mas se estende
por todo o estado em suas construções que são realizados em diversos municípios, e
executando vários tipos de construção. Seu fundador trabalhou por muitos anos em
diversas áreas da engenharia civil, como pedreiro, mestre de obras e nos dias de hoje,
engenheiro civil.
Com está visão dos mais diversos pontos de vista da obra, a empresa enxerga a
construção como um todo, tendo cada estágio como uma peça importante para a execução
como um todo.

3.1 Missão

Desenvolver ao lado de nossos clientes, projetos na área da engenharia civil com


qualidade e transparência.

3.2 Visão

A Alves Construções Eireli é uma construtora que nasceu da visão de trabalhadores


que já estiveram em campo em diversas obras e ofícios da construção civil, e por isso tem
uma visão sólida da construção como um todo, trabalhando sempre de forma interpessoal
com nossos clientes para atender suas expectativas.

3.3 Valores

• Igualdade

• Transparência

• Trabalho em equipe

• Dedicação

• Versatilidade
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3.4 Organograma
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os primeiros artigos pesquisados “Aplicação de técnicas de planejamento em uma


obra residencial” e “Aplicação de técnicas de controle e planejamento em edificações
“Ambos do Daniel Lage Pires, que falam justamente estes aspectos logísticos da obra.
Daniel Laje fala justamente sobre que a organização melhora o trabalho em um canteiro
e ao mesmo tempo também fala que a organização previne acidentes em campo. Em meu
projeto podemos ver exemplos tanto a falta de organização logística do canteiro e o risco
de acidentes na atitude de arremessar fardos pelo muro.
Outro trabalho importante na elaboração relatório foi o livro “Engenheiros no
cotidiano “feito com base no relato pessoal de diversos autores e organizado por
Dominique Vink que fala justamente dessas situações onde problemas se aglomeram no
meio da engenharia. O livro observa os problemas em série que percorrem o meio da
engenharia, analisando os problemas que todos os projetos passam e demonstrando como
esses problemas são parte da jornada de se construir algo. O livro ainda instiga com
relatos de engenheiro a buscar formas criativas de resolver estes problemas ao mesmo
tempo que ele justifica certas atitudes que se mostram erradas, mas foram feitas na
esperança de melhorar algo.
No artigo da Dalva Ferreira Sena chamado “Gerenciamento de Obras:
Planejamento e Controle” é abordado também a importância do planejamento e
gerenciamento das obras, e ainda agrega ao assunto comentando que problemas deste tipo
estão ligados a falta de supervisão de obra. Dalva comenta que quando a esfera projetista
se aproxima da esfera de execução, a esfera de execução se comporta de forma mais
cautelosa justamente por sentir-se ameaçada.
Já no artigo científico "construção civil: importância do planejamento de obras"
de Adenar Anca e Bruno Gomes da Silva é abordado na forma de Intervista, um estudo
cujo objetivo é destacar a os pontos negligenciados em obra, e como eles atrasam as
construções. Como mostram os gráficos da equipe no Anexo 1, menos de um quarto das
construções conseguem ser entregues no prazo, e segundo os próprios engenheiros, a
maioria desses atrasos são ocasionados justamente por falta de planejamento.
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O professor Mario Nalon Queiroz diz em seu trabalho acadêmico "Programação e


Controle de obra" que os problemas da engenharia devem ser encarados com criatividade
para superar desafios, pois apesar da engenharia ser uma ciência exata, ela também se
trata de uma ciência administrativa e por conta disso exige que se saiba como lidar com
os indivíduos que permeiam a construção. Mario ainda enfatiza a falta de capacitação de
muitos que rodeiam a engenharia, e que o engenheiro como responsável oficial da obra
será imputado de resolver problemas provindos dessa incapacidade
Maria Luiza Zacharias em seu trabalho de conclusão de curso sobre "a importância
do gerenciamento do tempo em projetos de construção civil" diz que as formas mais
arcaicas na visão de se proceder na construção civil não se mostram mais atrativas, e que
a necessidade de se reinventar é imediata. Maria ainda diz que a criatividade em se
resolver os problemas de uma obra é um diferencial já que muitos se encontram em um
limiar de copiar o método de trabalho dos engenheiros mais antigos, o que pode levar ao
rápido desgaste da profissão com o passar dos anos.
No artigo de pós-graduação de Ricardo Mendes Junior "programação da produção
de edifícios de múltiplos pavimentos" o autor fala que a programação de obras é ideal
para evitar problemas derivados do imprevisível. Como ele mesmo cita, quando uma
edificação tem, por exemplo, seus azulejos padronizados do primeiro andar até o último,
é obrigatório o cuidado com a compra dos mesmos pois ao mesmo tempo que é importante
ter o material garantido ao mesmo tempo que se compra o mesmo em larga escala na
busca de diminuir seus custos, também é crucial ter onde locar os mesmos do início ao
fim da construção (pois ele deverá ficar em obra sujeito a riscos de fissuras e ao tempo
por um longo prazo).
Já no trabalho de conclusão de curso de Antônio Gil Nogueira Filho e Bruno da
Silva Andrade chamado "Planejamento e controle em obras verticais" e usado um modelo
de divisão de materiais aproximado com o intuito de separar os equipamentos por andares
usando simplesmente de regra de três, este por sua vez pôde ser adaptado para casas
germinadas e usado como uma das fontes de solução para a problemática abordada neste
documento, com a finalidade de assim se evitar transporte desnecessário entre locais da
obra.
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No trabalho "segurança do trabalho em indústrias de cerâmica " pelos autores Hilton


Ruoso júnior, Pedro Daniel da Cunha Kemerich, Éricklis Edson Souza e Ratieli Baptista
Mambrin é elaborado com precisão a periculosidade da cerâmica, sendo um material
cortante e frágil, que deve ser manipulado com cautela para evitar tanto quebra do
material, quanto para proteção dos trabalhadores que correm risco de ferimentos, atitude
está que nem se quer foi cogitada pelos trabalhadores ao manipular o mesmo sem
qualquer cuidado.
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5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Neste primeiro estágio supervisionado, foi estabelecida uma função de


supervisão em obra. Como não havia nenhum tipo de experiência prática, foi pedido que
observasse o andamento da obra e relatasse eventuais problemas na edificação.

Partindo da atividade designada, limitou-se durante o estágio em observar a


organização da obra, progresso da edificação e desempenho dos trabalhadores. Seguindo
dessa função, chamaram a atenção alguns problemas de andamento do trabalho, e a partir
deles observou-se uma carência na obra.

O que mais chamava atenção era a divisão do recinto: como a obra é uma
divisão de lote, teve de ser murada antes do início da construção. Com passar dos dias
notara-se que, apesar da obra ter como objetivo separar o lote em duas casas diferentes,
era um projeto (e consequentemente um levantamento) só, de forma que absolutamente
tudo transitava de uma parte da obra para a outra.
Os objetos menores e de uso mais simples não geravam um incomodo ao
transitar pelo local. Claro que, volta e meia, era necessário se deslocar para buscar um
objeto esquecido (como um nivelador, uma serra, uma espátula, etc.) Mas isso não era
algo que não ocorra, por exemplo, em uma edificação única que possua dois pavimentos
a serem trabalhados simultaneamente.
No entanto, quando se fala em estocagem de materiais, é um pouco mais
complicado. Como as obras são pequenas, e era necessário estocar diversos materiais,
parte deles foram colocados na Casa 1 enquanto outra parcela foi depositada na Casa 2.
Por exemplo, a seladora branca, a argamassa, as luvas de conexões do
encanamento, a massa PVA, os canos de esgoto e o cimento, eram depositados na Casa 1
(Figuras 5.1 a 5.3). Já os azulejos, porcelanatos, pisos e brita foram armazenados na casa
2 (Figuras 5.4 a 5.6).
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Figura 5.1- Argamassa (Casa 1)

Fonte: Original
Figura 5.2- Seladora e Massa PVA (Casa 1)

Fonte: Original
Figura 5.3- Luvas de Conexões e Cimentos (Casa 1)

Fonte: Original
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Figura 5.4- Azulejos (Casa 2)

Fonte: Original
Figura 5.5- Brita (Casa 2)

Fonte: Original
Figura 5.6-Azulejos e porcelanatos (Casa 2)

Fonte: Original
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O conflito de gestão começa quando materiais necessários e frágeis devem se


deslocar entre as casas. Como a brita estava depositada internamente na casa 2 (figura
5.5) em frente ao portão de entrada do carro, era impossível passar os materiais pelo
portão da garagem. Por isso então foi feito um buraco de passagem para os materiais entre
as casas.
A solução funcionou muito bem por bastante tempo, durante os 7 primeiros dias
supervisionados na construção, não houveram problemas. No entanto, no dia 8, como os
pedreiros não podiam mais adiar o fim da estadia da obra (os pedreiros trabalhavam pela
diária e eram necessários em outra edificação), foi necessário o bloqueio da passagem no
muro.
Quando o acesso foi fechado (Figura 5.7) e o muro foi erguido, a única ligação das
casas passou a ser a entrada da frente das residências (figura 5.8). Mas como as entradas
são portas estreitas (90 cm de largura) a passagem é dificultada (principalmente a
passagem do carrinho de mão para chegar à betoneira, que ficou estacionada na casa 2).

Figura 5.7- Muro recém-fechado

Fonte: Original
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Figura 5.8- Portão de acesso dos moradores

Fonte: Original

Agora com a passagem bloqueada, e a obra já no estágio de acabamento,


alguns materiais estacionados em suas casas se viram necessários na outra residência.
Para facilitar o processo, os pintores que precisavam da massa PVA (disposto
inicialmente na casa 1) na casa 2, o pintor arremessava a massa PVA por cima do muro
para o seu ajudante na segunda casa. Como não ouve problema algum, o azulejista fez o
mesmo processo da casa 2 para a casa 1 com o cimento para iniciar o processo do piso, e
mais uma vez não ocorreu problema algum. Porém, o azulejista também precisava na casa
2 do piso disposto na casa 1, e decidiu também arremessar os fardos de uma casa para
outra. O resultado estupefato foi a quebra de um fardo inteiro de piso, e depois ocorreu o
mesmo com um fardo de porcelanato para a parede.
Tendo esse excesso de problemas despontados por causa da logística na obra,
me voltei para essa deficiência de logística no canteiro e elaborar assim um processo que
pudesse evitar esses problemas.
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6 DIAGNÓSTICO

Após os acidentes de trabalho, constatei que a obra possuía uma deficiência


logística que de início não interferia no andamento da construção, mas que mais tarde se
mostrou um empecilho para o bom funcionamento do canteiro.
A falta de logística e de orientação (além da falta de bom senso dos operários)
quando levada a uma situação de empecilho, gerou uma quebra de matéria prima e
consequentemente a um prejuízo com a quebra dos azulejos (Figuras 6.1 a 6.3).
Figura 6.1- Azulejos quebrados

Fonte: Original
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Figura 6.2- Azulejos quebrados

Fonte: Original

Figura 6.3- Azulejos quebrados

Fonte: Original

Além disso, também poderia ter gerado algum acidente com o arremesso dos
fardos. Se um fardo acertasse um operário, poderia ferir o indivíduo com cortes profundos
causados pelo azulejo.
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7 PLANO DE AÇÃO – FERRAMENTAS DA QUALIDADE

Como o que gerou os problemas de logística foi a localização dos materiais, uma
forma que percebi que poderia ser usada para resolver o problema, seria desde o início os
materiais serem divididos proporcionalmente entre as duas casas (que possuem tamanhos
diferentes) os materiais que fossem frágeis (já que materiais mais duráveis não teriam
esse problema, como por exemplo fios de cobre)
Primeiro vamos contabilizar os materiais que devem ser separados entre as
casas:
•65 fardos de cerâmica 61 cm×61 cm (Figura 7.1)
Figura 7.1- 61cm× 61cm

Fonte: Original
•55 fardos de azulejos 31 cmX56 cm (Figura 7.2)
Figura 7.2 – 31cm×56cm

Fonte: Original
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•36 fardos de porcelanato 71,6 cmx71,6 cm (Figura 7.3)


Figura 7.3 – 71,6cm×71,6 cm

Fonte: Original

•42 fardos de porcelanato 80 cm x 80 cm (Figura 7.4)


Figura 7.4 – 80cm×80cm

Fonte: Original

•52 sacas de argamassa 20 kg (Figura 7.5)


Figura 7.5 – argamassa

Fonte: Original
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•43 sacas de CPV ARI 40 Kg (Figura 7.6)

Figura 7.6- CPV ARI

Fonte: Original

Após contabilizarmos, transformamos a área da residência na qual for usado


cada matéria, e transformamos em fatores proporcionais e somamos para ter a área da
casa. Em seguida, transformamos cada casa em uma porcentagem de área que precisa
daquele material, e multiplico essa porcentagem pelo total dos materiais para termos uma
média da quantidade de cada material que deve ficar em cada casa.
Por exemplo: a área dos banheiros da casa 1, é de 3,5 metros quadrados e a área
dos banheiros da casa 2 é de 5 metros quadrados e somamos ambos. Logo a área total dos
banheiros das casas é de 8,5 metros quadrados sendo que 41,18% da casa 1 e 58,9%
equivalem a casa 2, e multiplicando essas porcentagens das áreas dos banheiros pela
quantidade de porcelanatos usados no banheiro (55 fardos de porcelanato 60cm×60cm)
temos que aproximadamente 23 fardos vão pra casa 1 e aproximadamente 32 fardos vão
para casa 2.
Desta forma os materiais que estariam dispostos desde o início em sua casa final
evitando transporte desnecessário e quebra dos materiais. A pedido da empresa, a planta
baixa da edificação não pôde ser vinculada ao relatório, no entanto, não houveram
objeções para uso dos dados dos materiais, nem objeções para uso das dimensões e áreas
da obra.
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Agora com a tabela de informações construída (Anexo 2) temos as quantidades


aproximadas de matérias a serem locados em cada casa. Esse processo simples, se feito
desde o início, teria evitado o excesso de transporte de carga, além de tornar desnecessário
o arremessar de matérias entre os muros.
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8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de ser uma estimativa arredondada, as divisões dão uma ideia condizente da
quantidade de materiais a serem usados em cada lugar, e além de ganhar tempo
carregando os materiais de um lado para o outro durante a obra, também evitamos
deslocamento desnecessário de materiais que são frágeis e podem ser quebrados, gerando
um custo adicional a obra.
Além disso, mesmo não ocorrido nenhum acidente com relação aos funcionários,
a imprudência poderia ter gerado vítimas. Com a disposição correta dos materiais o
episódio não teria ocorrido, de modo que tanto os fatores de segurança, quanto os recursos
econômicos não estariam ameaçados. Com um trabalho simples de dispersão de materiais
e alguns instantes em levar cada material para sua residência de uso seriam assim mais
que suficientes para o andamento positivo da construção.
Porém se é possível extrair algo positivo do ocorrido é o aprendizado que será
levado tanto da experiência de escrita do relatório quanto a vivida em obra.
Mesmo com a intenção boa, a divisão proporcional não é algo definitivo,
principalmente a deste relatório, pois essa divisão foi feita em um estágio de finalização
da obra, sendo assim não é uma resposta definitiva para o problema, mas é um início e
uma forma viável de incentivar a pre locação consciente dos materiais em uma edificação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILHO, Antônio Gil Nogueira; ANDRADE, Bruno da Silva. Planejamento e controle


em obras verticais. Belém PA, 2010.

JUNIOR. Hilton Ruoso; MAMBRIN. Ratieli Baptista; KEMERICH. Pedro Daniel da


Cunha; BORBA.Willian Fernando; SOUZA. Éricklis Edson. Segurança do trabalho em
industrias de cerâmica. Pinhal ES, 2014

JUNIOR, Ricardo Mendes. Programação da produção de edifícios de múltiplos


pavimentos. Florianópolis SC,1999

PIRES, Daniel Lage. Aplicação de técnicas de planejamento em uma obra residencial.


CEFET MG. Belo Horizonte. 2011.

PIRES, Daniel Lage. Aplicação de técnicas de controle e planejamento em


edificações. Universidade Federal de Minhas Gerais, 2014.

QUEIROZ, Mario Nalon. Programação e controle de obra. Juiz de Fora, MG. 2001

SENA, Dalva Ferreira. Gerenciamento de Obras: Planejamento e Controle. Centro


universitário do Norte (UNINORTE) AM. Manaus. 2018

VINCK. Dominique. Engenheiros do cotidiano- Série TRABALHO E SOCIEDADE.


Belo Horizonte, MG. 2013

ZACHARIAS. Maria Luiza. A Importância do Gerenciamento do tempo em projetos


de construção civil. Rio de Janeiro, RJ. 2017

ZAFALON, Adenar Ança. SILVA, Bruno Gomes. Construção civil: Importância do


Planejamento de Obras. São José, SC. 2017
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ANEXO 1- GRAFICO SOBRE FALTA DE PLANEJAMENTO

CUMPRIMENTO DO CRONOGRAMA FISICO

Fonte: Construção civil: Importância do Planejamento de Obras.

JUSTIFICATIVA DE ATRASO

Fonte: Construção civil: Importância do Planejamento de Obras.


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ANEXO 2- TABELA DE DISPOSIÇÃO DOS MATERIAIS

Fonte: Original

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