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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA DESEMBARGADORA RELATORA DO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 8020291-40.2018.8.05.0000, QUARTA


CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA.

José Pinto de Oliveira Filho, já qualificado nos autos em


epígrafe, por meio de seu advogado in fine firmado, doravante
recorrido em Agravo de Instrumento com pedido de concessão de
efeito suspensivo, vem apresentar, nos termos do artigo 1.019,
II, do Código de Processo Civil, CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO VISANDO MANTER A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA
DETERMINAR A SUSPENSÃO DE PENALIDADES em face da AGÊNCIA
ESTADUAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE ENERGIA,
TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES DA BAHIA - AGERBA, também já
qualificado nos autos, representado por sua Procuradora Geral,
em razão dos fatos e dos fundamentos que serão expostos.

Nestes termos pede deferimento.

Conceição do Coité, 08 de outubro de 2018

Wagner Francesco
OAB/BA 58.110

Rua Manoel Ramos Gordiano, 54, Centro de Conceição do Coité – Bahia.


Telefone: 75 99957-6860
E-mail: wagnerfrancesco@gmail.com
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS


DE ENERGIA, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES – AGERBA.

AGRAVADO: JOSÉ PINTO DE OLIVEIRA

ORIGEM: VARA DOS FEITOS DAS RELAÇÕES DE CONSUMO, CÍVEIS E


COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO COITÉ/BA

PROCESSO DE ORIGEM: 8001442-59.2017.8.05.0063

RAZÕES DO AGRAVADO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

Alega a AGERBA que o agravado não apresentou a


probabilidade do direito para que lhe fosse concedida a
liminar suspendendo a cobrança da multa por suposta infração
de trânsito e que a autarquia agiu dentro da legalidade. Por
fim, defende que a decisão do juízo de 1º grau ora agravada
considerou ilegal a autuação como um todo, desprezando por
completo a presunção de legitimidade que dá supedâneo à pena
pecuniária de multa.

É o breve e necessário relatório.

I – DA TEMPESTIVIDADE

Da leitura dos autos, se verifica que a decisão fora


disponibilizada no Diário de Justiça Eletrônico em 26 de
setembro de 2018, com a publicação para o dia seguinte ,
iniciando aí a contagem do prazo para a apresentação desta
Contraminuta, nos termos do artigo 1.019, I, do CPC, o que

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implica na sua tempestividade, posto que apresentado antes do
término do prazo.

II – DA DECISÃO AGRAVADA

A relatora acertadamente assim decidiu sobre o pedido


liminar de suspensão dos efeitos da decisão de primeiro grau:

Contudo, pelo menos, nesta fase processual sumária,


própria do recurso de Agravo de Instrumento, observa-se
que, existe declarações de passageiros informando que
não se tratava de transporte intermunicipal e que teria
laços de parentesco com o condutor, bem como se trata de
veículo VW GOL pertencente atualmente a pessoa diversa,
sem característica ou estilo de veículo destinado a
transporte de passageiros. Como bem posto pelo juiz de
origem, tudo que dos autos consta, imprime dúvida sobre
a validade do auto de infração.

De fato, a decisão agravada não merece ser reformada, vez


que proferida dentro das normas legais, retratando as provas
constantes nos autos.

III – NO MÉRITO

As alegações da Agravante não encontram base de


sustentação.

Como defendido na Petição Inicial constante no processo


nº. 8001442-59.2017.8.05.0063, o auto de infração deve ser
nulo posto que irregular. Não houve transporte ilegal de
passageiros, mas carona para familiares do condutor.

O fato é que restou provado a probabilidade do direito,


pois, com provas robustas, ficou evidente que o condutor do
veículo transportava familiares para uma viagem e tudo isto,
nos autos, demonstrado mediante declarações assinadas pelas

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pessoas que estavam no veículo, o que não configura o ilícito
do transporte ilegal de passageiros.

Não bastasse isto, o auto de infração tem informações


abstratas, inconclusas e insuficientes, incapaz de enfrentar
as provas apresentadas pelo ora agravado.

Assim, contrariando a tese da agravante de que estão


ausentes o requisito da probabilidade do direito, a petição
inicial traz em seu corpo a seguinte afirmativa:

A situação descrita, onde se demonstrou que não houve


transporte rodoviário de passageiros, evidencia que o
autor praticou uma modalidade de transporte prevista no
ordenamento jurídico, diferenciando-se da infração
imposta. Portanto, os elementos indicativos de
legalidade do transporte, atacado por uma autuação
irregular, traz à tona circunstâncias de que o direito
aqui buscado muito provavelmente existe.

Desta maneira, fartamente comprovado, o juiz de


primeiro grau reconheceu, acertadamente, a existência do
requisito da probabilidade do direito, não prosperando deste
modo a alegação da Agravante.

Ainda mais, não há que se cobrar a multa pecuniária


imposta ao Agravado enquanto o processo não transitar em
julgado, pendente ainda a dúvida acerta da legalidade do auto
de infração. Isto porque, sendo suspensa a liminar, o Agravado
seria obrigado a pagar a multa cobrada e isto lhe traria
sérios prejuízos financeiros.

Sendo assim, desta maneira, a decisão do Juízo de


primeiro grau, concedendo a liminar e suspendendo a cobrança
da multa, deve ser mantida a fim de elogiar a justiça.

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DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja negado provimento ao


Agravo de Instrumento, mantendo a r.decisão por seus próprios
fundamentos, por ser de inteira justiça!!

Termos em que pede deferimento.

Conceição do Coité, 08 de outubro de 2018.

Wagner Francesco de Miranda Martins

OAB/BA 58.110

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