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NORMALIZAÇÃO
E QUALIDADE
INDUSTRIAL
BETIM
2005
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
Adásio José Ferreira
Unidade Operacional
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 04
1. NORMALIZAÇÃO TÉCNICA........................................................................................ 05
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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1 - NORMALIZAÇÃO TÉCNICA
INTRODUÇÃO
A nova ordem mundial, que está sendo implementada através de fatores como a
globalização, humanização e proteção ambiental, liberalização e integração econômica, está
levando as empresas a refletirem sobre o seu processo de obtenção de efetividade dos
negócios. Enfrentar a competitividade instalada, tornou-se mais do que nunca, fator de
sobrevivência.
A aplicação e formulação de normas, permite as empresas garantir o domínio de processos
produtivos e economicamente viáveis, assegurando a solução satisfatória de problemas de
custos, prazos e qualidade de produtos e serviços.
É fácil perceber que um produto ou serviço que não atenda, ou atenda parcialmente as
expectativas do cliente, será de difícil vendagem, mesmo que aparentemente barato e
disponível em qualquer ocasião. A maioria das empresas - industriais, comerciais ou
governamentais - incorporam os requisitos demandados dos clientes em especificações que,
visam garantir o atendimento consistente destes.
O objetivo da normalização de produtos ou serviços consiste em auxiliar a concepção de
projeto, facilitar a obtenção da produção, orientar a comprovação da qualidade produzida e
assegurar que o produto e/ou serviço após o fornecimento, não apresentará falhas, atendendo
aos propósitos do uso.
Por ação voluntária, por regulamentação ou necessidade contratual torna-se vital a qualquer
empreendimento a criação, implantação e utilização de normas,
viabilizando a formação de uma cultura dentro da empresa.
Os conceitos e princípios dos instrumentos normativos modernos são adequados a pequenas
ou grandes empresas, sendo empregados de forma mais simples ou mais complexa e/ou
utilizando mais ou menos recursos e infra-estrutura.
NORMALIZAÇÃO
DEFINIÇÕES
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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A mera publicação de uma norma é de pouco valor, a menos que ela possa ser
implementada. a implementação pode necessitar sacrifícios por parte da minoria em
benefício da maioria.
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DOMÍNIO (ASSUNTO)
A maioria das normas tem por assunto os produtos, tais como parafusos e porcas, tubos de
cobre, eletrodomésticos, instrumentos odontológicos e centenas de outros exemplos.
Mas há um grande número de assuntos abstratos, tal como limites de tolerância e ajustagem,
qualidade ou amostragem de minerais e medição de ruídos.
Há ainda letras e símbolos gráficos, como os de eletricidade, ou ainda os que se usam para
indicar rugosidade.
Como há uma grande variedade de assuntos a normalizar é conveniente agrupá-los em
diversos domínios. Um domínio da normalização é um grupo de assuntos correlatos.
ASPECTOS
O aspecto da normalização diz respeito a requisitos ou condições que devem ser satisfeitos
por um assunto e servem para a verificação da conformidade com a norma.
Há muitos aspectos e exemplificamos alguns: Especificação, Métodos de Análise, Ensaio,
Amostragem, Inspeção, Padronização, Terminologia, Simbologia, Classificação,
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Exemplos:
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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E) NÍVEL DE EMPRESA: São as normas publicadas por uma companhia (ou grupo de
companhias), elaboradas através de acordo com os diversos departamentos da companhia,
com o objetivo de traçar orientação para a fabricação, vendas ou compras e outras atividades.
Exemplos:
NORMAS PETROBRÁS
NORMAS CEMIG
NORMAS TELEMIG
NORMAS CNEN
NORMAS FIAT.
VANTAGENS DA NORMALIZAÇÃO
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- Aumento da clientela;
- Trabalho em equipe
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INSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO.
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PLENÁRIO
CÂMARAS
SETORIAIS
SECRETARIA
EXECUTIVA
PRESIDÊNCIA
CONMETRO
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INMETRO
Objetiva definir a relação de normas a serem elaboradas, suas prioridades, recursos a serem
alocados e respectivos cronogramas de acordo com o PNN
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OBJETIVOS DA ABNT
- Elaborar normas técnicas e fomentar seu uso nos campos científico, técnico, industrial,
comercial, agrícola, de serviços e outros correlatos, além de manté-las atualizadas;
- Colaborar com o estado no estudo e solução dos problemas que se relacionem com a
normalização técnica em geral;
- Intermediar junto aos poderes públicos os interesses da sociedade civil no tocante aos
assuntos de normalização técnica.
A ABNT é representante no Brasil das entidades de normalização internacional ISO
(International Organization For Standardization) e IEC (International Electrotechnical
Comission).
A ABNT foi reconhecida como uma entidade de utilidade pública pela Lei
n°4150 de novembro de 1962.
O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE NORMAS
Símbolos e abreviaturas
Requisitos
Técnico Amostragem
Método de ensaio
Classificação e designação
Marca, rotulagem e embalagem
Anexos normativos
Suplementares Anexos informativos
Notas de rodapé
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ELEMENTOS PRELIMINARES
FOLHA DE ROSTO
A folha de rosto deve ser preparada de acordo com o padrão da empresa, no caso da norma
brasileira ela obedecerá o padrão da ABNT.
SUMÁRIO
O sumário é um elemento preliminar opcional, mas necessário, quando permite uma visão
global da norma e facilita sua consulta.
PREFÁCIO
O prefácio deve constar de todas as normas. Ele consiste de uma parte geral, com as
informações relativas ao organismo responsável, e de uma parte específica que fornece
todas as informações pertinentes enunciadas a seguir:
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TÍTULO
O título deve ser escolhido com muito cuidado, devendo ser tão conciso quanto possível, de
modo a indicar sem ambigüidade, o assunto tratado pela norma, permitindo distinguí-la de
outras normas, sem entrar em detalhes desnecessários. Os complementos necessários devem
ser apresentados no objetivo.
Exemplo: IEC 747 - 1 Dispositivo semicondutores
Dispositivos discretos e circuitos integrados
Parte 1: Generalidades
OBJETIVO
Este elemento deve constar no início de cada norma a fim de definir, sem ambigüidade, o
assunto da norma e aspectos abrangidos, indicando ao mesmo tempo os limites de
aplicabilidade ou de partes específicas da norma. Não deve conter requisitos.
REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Este elemento deve fornecer uma lista de documentos normativos (na maioria dos casos
normas), com os títulos, cujas referências são feitas no texto de forma que as tornam
indispensáveis na utilização da norma.
DEFINIÇÕES
SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
Este elemento é facultativo e deve incluir uma lista de símbolos e abreviaturas necessárias
para a boa compreensão da norma.
REQUISITOS
Este elemento deve incluir todas as características relevantes para os aspectos dos produtos,
processos ou serviços cobertos pela norma, explicitamente ou sob forma de referência, os
valores - limites das características quantificáveis e para cada requisito, a referência ao
método de ensaio para determinar ou verificar os valores da característica, ou o próprio
ensaio.
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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AMOSTRAGEM
Este elemento especifica as condições e métodos para amostragem, bem como o método
para preservação das amostras.
MÉTODOS DE ENSAIO
Quando for pertinente, os ensaios devem ser identificados para indicar se são ensaios de
tipo, ensaios de rotina, ensaios de amostras, etc.
CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO
Este elemento pode constituir-se num sistema de classificação, designação e/ou codificação
de produtos, processos ou serviços que estão em conformidade com requisitos estipulados.
ANEXOS NORMATIVOS
Os anexos normativos são parte integrante da norma que, por conveniência, são colocados
depois de todos os outros elementos normativos.
ELEMENTOS SUPLEMENTARES
ANEXOS INFORMATIVOS
NOTAS DE RODAPÉS
As notas de rodapé apresentam informações adicionais, mas seu uso deve ser restrito. Não
devem conter requisitos. Obs: O presente extrato da diretiva - parte 3 apresentado tem
caráter estritamente didático. Para utilização profissional, recomendo consulta a norma
completa disponível na ABNT.
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• CB - 1 Mineração e metalurgia
Mineração, siderurgia, metalurgia dos não-ferrosos, terminologia e simbologia em geral,
metalurgia do pó, meio ambiente, corrosão.
• CB - 2 Construção civil
• CB - 3 Eletricidade
• CB - 4 Mecânica
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Segurança, estudos gerais, freio, trilho, aparelho de mudança de via, fixação e acessórios,
sinalização, vagão, locomotiva.
• CB - 7 Construção naval
• CB - 13 Alimentos e bebidas
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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• CB - 16 Transportes e tráfego
• CB - 17 Têxteis
• CB - 19 Refratários
• CB - 20 Energia nuclear
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• CB - 22 Isolação térmica
• CB - 28 Siderurgia
• CB - 29 Celulose e papel
Exemplos:
- Cálculo de...
- Contratação de...
- Emprego de...
- Execução de...
- Preparação de...
A NB-8 - Norma geral de desenho técnico, ilustra este tipo.
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Exemplos:
- Alumínio eletrolítico - NBR 9770 - NBR 12064
- Cabos nus de cobre - NBR 5349
- Fios de amianto - EB 162
- Transformadores para instrumentos - NBR 5356
- Plugues e tomadas para uso doméstico - NBR 6147
Padronização (PB): Fixa condições a serem satisfeitas e uniformiza características
geométricas, físicas ou outras, elementos de construções, aparelhos, produtos industriais,
desenhos, projetos.
Exemplos:
- Bitola de aço
- Formato de papel, etc
A NBR 7472 - Capacete de proteção para usuários de veículos automotores, ilustra este tipo.
Formas de terminologia:
- Glossário bilingüe
Exemplo:
- Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. NBR 7500 - Proteção contra
umidade.
- Material automobilísticos
- Madeiras brasileiras
- Fibras têxteis
Exemplos:
- Garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas
gasificadas - NBR 7840/41/42
NBR2 - Normas referendadas de uso obrigatório para o poder público e serviços públicos
concedidos.
Exemplo:
- Ouro refinado - Análise química - NBR 8000/8001
NBR3 - Normas registradas no Inmetro: São normas que seguem diretrizes e critérios
estabelecidos pelo Conmetro.
Exemplo:
- Normas voluntárias, destinadas de preferência ao setor industrial.
NBR4 - Normas probatórias: São normas em fase experimental, com vigência limitada.
Exemplo:
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INTRODUÇÃO:
Uma das formas de se iniciar a caminhada em busca da qualidade é através da prática dos
5S. Isto porque a prática dos 5S cria um ambiente agradável, seguro e produtivo, facilitando
o entendimento e a prática dos princípios, conceitos e ferramentas da qualidade total.
Se você já conhece, vai ter a oportunidade de repensá-lo e talvez, encará-lo de uma outra
maneira. Afinal, com o passar do tempo, a partir das experiências que vamos vivendo, torna-
se muito mais fácil trabalhar com o programa 5S.
Vantagens:
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- TRAZ maior senso de organização econômica, menor cansaço físico, maior facilidade de
operação.
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Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar. Ter o que é necessário, na quantidade
certa, na qualidade certa, na hora e lugar certos.
VANTAGENS:
VANTAGENS:
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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- NÃO existe exceção quando se trata de limpeza. O objetivo não é impressionar visitantes,
mas proporcionar o ambiente ideal para se obter a qualidade.
- AVISOS que ajudem as pessoas a evitar erros nas operações, em seus locais de trabalho.
- INSTRUÇÕES necessárias ao
trabalho.
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VANTAGENS:
6º SENSO – SHIDO(TREINAMENTO)
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7ºSENSO–SHIKARIYARO(DETERMINAÇÃO E UNIÃO)
Este senso tem como premissa a participação determinada da alta
administração em parceria com a união de todos os funcionários. o exemplo vem
da cúpula.
motivação, liderança e comunicação são as chaves deste senso.
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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O CEP é uma importante metodologia da qualidade usada para controlar as variações que
ocorrem nos processos produtivos. Estas variações podem comprometer a qualidade do
produto ou serviço. Exemplos:
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GESTÃO À VISTA
É toda informação que, pela sua importância e necessidade de uso constante, merece estar
exposta em local visível e de fácil acesso e principalmente no local de trabalho.
Os objetivos são:
-informar, incentivar, medir, dar objetividade e exatidão às decisões, despertar a
consciência dos objetivos comuns, manter presentes as prioridades, agir baseado em dados
confiáveis, manter as pessoas informadas do seu desempenho, facilitar a auto-avaliação,
auto-gestão e a auto-responsabilidade, incrementar o compromisso e a cooperação, manter
presente o desafio, etc.
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VANTAGENS:
-comprometimento das pessoas envolvidas com o problema, avanço do clima sócio
ambiental, surgimento de idéias originais, todos podem manifestar suas próprias idéias,
avanço do padrão qualitativo, produz um melhoramento contínuo, valoriza o homem.
O CEDAC implica fundamentalmente na participação de todos, na utilização de gráficos
de controle, na utilização do diagrama de causa e efeito, na priorização do problema
através do gráfico de pareto.
SISTEMA JUST-IN-TIME
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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O SISTEMA KANBAN
KANBAN significa “registro visível, placa visível ou cartão”. O SISTEMA KANBAN
emprega determinado cartão para avisar da necessidade de entregar certa quantidade de
peças, e outro cartão, semelhante, para avisar da necessidade de produzir maior quantidade
das mesmas.
No SISTEMA KANBAN, cada tipo de peça, ou cada item, tem sua caixa especial,
destinada a conter determinada quantidade(exata) de peças daquele item, de preferência
uma quantidade bem reduzida.
Dois são os cartões correspondentes a cada caixa, chamados KANBAN; o KANBAN
informa o código da peça, a capacidade da caixa e alguns outros dados. Um KANBAN, o
KANBAN da produção, destina-se ao centro produtor que fabrique a peça daquele código;
o outro o KANBAN de transporte, destina-se ao centro usuário. Cada caixa caminha do
centro produtor(e seu ponto de estocagem) para o centro usuário(e seu ponto de
estocagem) e depois volta, ocorrendo no caminho a troca de um KANBAN pelo outro.
KANBAN DE
KANBAN DA TRANSPORTE
PRODUÇÃO
CENTRO
CENTRO USUÁRIO
PRODUTOR
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REGISTRO DE PROCESSOS
CONCEITO DE UM PROCESSO:
ENTRADA SAÍDA
PROCESSO
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Um processo pode ser conceituado também como sendo um conjunto de causas que
provoca um ou mais efeitos.
Todo o processo tem entradas. As saídas são os resultados do processo. As saídas são
produtos tangíveis e intangíveis. O processo em si é (ou convém que seja) uma
transformação e/ou outras formas de recursos.
Uma saída pode ser por exemplo, uma fatura, um programa de computador, combustível
líquido, um instrumento cirúrgico, um serviço bancário ou um produto final ou
intermediário de qualquer categoria genérica. Há oportunidades para fazer medições nas
entradas, nas saídas e nos vários estágios durante o processo. Existem diversos tipos de
entradas e saídas.
EXEMPLOS:
A) RELACIONADOS AO PRODUTO
- Matérias-primas
- Produtos intermediários
- Produto final
- Produto amostrado
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B) RELACIONADOS À INFORMAÇÃO
- Requisitos de produto
- Informação das características e situação do produto
- Comunicações de funções-suporte
- Realimentação sobre o desempenho e as necessidades do produto
- Dados de medição do produto amostrado
A organização cria, melhora e proporciona qualidade consistente com seus produtos através
da rede de processos.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Materiais e equipamentos normalmente consistem de peças e ou conjuntos montados,
manufaturados, construídos ou fabricados, produto distinto e com forma definida.
aterial processado: produto gerado através de transformação de matéria-prima a um estado
desejado. O estado do material processado pode ser líquido, gasoso, materiais particulados,
lingote, filamento ou folha. Estes materiais processados são fornecidos, tipicamente em
tambores, sacos, tanques, cilindros, latas, dutos, etc.
-normas.
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Em geral, teremos então melhores resultados se atuarmos na barra mais alta do gráfico do
que nos embaraçando nas barras menores.
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Ex.: “Defeito A ocorreu X vezes nos últimos 6 meses” ou “Defeito B custou X nos últimos
6 meses” etc.
5 - Compare a freqüência ou o custo de cada categoria com relação a todas as outras
categorias.
Ex.: “Defeito A ocorreu 75 vezes; defeito B ocorreu 107 vezes; defeito C ocorreu 35 vezes”
etc. ou “defeito A custa $750,00 anualmente; defeito B custa $535 anualmente” etc.
• A partir do topo da maior barra e da esquerda para a direita, ascendendo, uma linha pode
ser adicionada representando a freqüência acumulada das categorias. Isto responderá a
questões tais como: “Quanto do total foi apurado nas três primeiras categorias?”
CICLO PDCA
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P(Plan) Planejamento: significa estabelecer o que fazer e como fazer em um prazo definido,
ou seja, Ter metas sobre os itens de controle e método para atingir as metas propostas.
FOLHA DE VERIFICAÇÃO:
O diagrama de causa e efeito foi desenvolvido para representar a relação entre o “efeito” e
todas as possibilidades de “causa” que podem contribuir para este efeito. O efeito ou
problema é colocado no lado direito do gráfico e os grandes contribuidores ou “causas” são
listados à esquerda. Comece tentando isolar o problema que está sob sua alçada ou área de
trabalho.
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O diagrama de causa e efeito é desenhado para ilustrar claramente as várias causas que
afetam um processo por classificação e relação das causas. Para cada efeito existem,
seguramente, inúmeras categorias de causas.
As causas principais podem ser agrupadas sob quatro categorias conhecidas como os 4M:
método, mão-de-obra, material e máquina. Nas áreas administrativas talvez seja mais
apropriado usar os 4P: políticas, procedimentos, pessoal e planta (layout). Lembre-se que
estas quatro categorias são apenas sugestões. Você pode usar qualquer classificação de
categorias principais que ressalte ou auxilie as pessoas a pensar criativamente.
2 - A pesquisa das causas para construção do diagrama de causa e efeito é feita por um dos
seguintes métodos:
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d) Para cada causa questione, “Por que isto acontece?”, relacionando as respostas como
contribuidores da causa principal.
4 - Interpretação
No sentido de pesquisar as causas básicas do problema.
a) Observe as causas que aparecem repetidamente.
b) Obtenha o consenso do grupo.
c) Colete os dados para determinar a freqüência relativa das diferentes causas.
HISTOGRAMA
Como já vimos no diagrama de Pareto, é de grande auxílio visualizar na forma de um
gráfico de barras a freqüência com que certos eventos ocorrem (distribuição de freqüência).
O diagrama de Pareto por seu turno, trata apenas de características de um produto ou
serviço, isto é, o tipo de defeito, o problema, riscos etc.(atributos). Um histograma envolve a
medição de dados, por exemplo, temperatura, dimensões etc, e mostra sua distribuição. Isto
é crítico, pois sabemos que todos os eventos repetitivos produzirão resultados que variam
com o tempo. Um histograma revela quanto de variação existe em qualquer processo. Um
histograma típico tem a seguinte forma:
Observe a curva superposta ao tradicional gráfico de barras. A curva mostrada aqui é a
“normal”, na qual a maioria das medidas concentra-se em torno da medida central e, a
grosso modo, um igual número de medidas situa-se de cada lado deste ponto. Várias
amostras aleatórias de dados sob controle estatístico seguem este modelo, conhecido como
“curva do sino”. Outras formas ocorrem, com um “acúmulo” de dados em pontos
afastados da medida central.
Tais distribuições são chamadas “inclinadas”. É importante relembrar que você poderá estar
tratando de distribuições aparentemente “normais” mas que na realidade não o são. Isto
também é válido para as distribuições inclinadas. Além da forma de distribuição, você
deverá observar:
a) Se a curva está atendendo a especificação. Se não quanto da curva está fora?
(variabilidade)
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b) Se a curva está centrada. A maioria dos itens está acumulada à direita ou à esquerda?
(inclinação)
Frequência
40
30
20
10
0
3,3 3,4 3,5 3,6 3,7
Espessura
número de classes (barras), os limites de classe etc.
Comece com uma tabulação desordenada dos números conforme abaixo:
9,9 9,3 10,2 9,4 10,1 9,6 9,9 10,1 9,8
9,8 9,8 10,1 9,9 9,7 9,8 9,9 10,0 9,6
9,7 9,4 9,6 10,0 9,8 9,9 10,1 10,4 10,0
10,2 10,1 9,8 10,1 10,3 10,0 10,2 9,8 10,7
9,9 10,7 9,3 10,3 9,9 9,8 10,3 9,5 9,9
9,3 10,2 9,2 9,9 9,7 9,9 9,8 9,5 9,4
9,0 9,5 9,7 9,7 9,8 9,8 9,3 9,6 9,7
10,0 9,7 9,4 9,8 9,4 9,6 10,0 10,3 9,8
9,5 9,7 10,6 9,5 10,1 10,0 9,8 10,1 9,6
9,6 9,4 10,1 9,5 10,1 10,2 9,8 9,5 9,3
10,3 9,6 9,7 10,1 9,8 9,7 10,0 10,0
9,5 9,5 9,8 9,9 9,2 10,0 10,0 9,7 9,7
9,9 10,4 9,3 9,6 10,2 9,7 9,7 9,7 10,7
9,9 10,2 9,8 9,3 9,6 9,5 9,6 10,7
do número de classes. Para o nosso exemplo, 125 valores podem ser divididos em 7 a 12
classes. Nós usaremos K - 10 classes.
H = R = 1,7 = 0,17
K 10
Neste caso, como na maioria deles, é conveniente arredondar H, levando o número para uma
casa decimal acima. Para o nosso propósito, 0,20 nos parece apropriado.
ETAPA 5: Determine o limite da classe ou os pontos limites. Para simplificar a
determinação do limite de classe tome a menor medida individual da tabulação.
Utilize este número ou arredonde-o para um valor apropriadamente menor. Este será o valor
inferior para a nossa primeira classe. Em nosso exemplo ele seria 9,0. Agora, adicione a este
número o valor do intervalo de classe, 9,00 + 0,20 = 9,20.
Então o limite inferior da próxima classe iniciará em 9,20. A primeira classe compreenderá
9,0 e acima, mas não incluirá 9,2 até 9,19! A segunda classe se iniciará em 9,20
compreendendo os valores acima mas não incluindo 9,40!
Isto faz cada classe mutuamente exclusiva, isto é, coloca cada um dos valores da tabulação
em apenas uma e somente uma, classe.
Finalizando, consecutivamente some 0,20 a cada limite de classe inferior até que o número
de classes escolhido, aproximadamente 10 que conterá a amplitude total dos valores da
tabulação, seja obtido.
ETAPA 6: Construa uma tabela de freqüência baseadas nos valores computados acima (ex:
números de classes, intervalos de classe, limites de classe).
A tabela de freqüências é um histograma em forma tabular. A tabela de freqüência das
espessuras medidas é mostrada abaixo:
Limites Ponto
classe de classe Médio Freqüência Total
1 9.00 - 9.19 9.1 I 1
2 9.20 - 9.39 9.3 IIII IIIII 9
3 9.40 - 9.59 9.5 IIIII IIIII IIIII I 16
4 9.60 - 9.79 9.7 IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII II 27
5 9.80 - 9.99 9.9 IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII I 31
6 10.00 - 10.19 10.1 IIIII IIIII IIIII IIIII III 23
7 10.20 - 10.39 10.3 IIIII IIIII II 12
8 10.40 - 10.59 10.5 II 2
9 10.60 - 10.79 10.7 IIII 4
10 10.80 - 10.99 10.9 0
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Frequência
40
30
20
10
0
9,0 9,2 9,4 9,6 9,8 10,0 10,2 10,4 10,6 10,8
Espessura
Como foi dito anteriormente, o histograma é uma importante ferramenta para diagnóstico
porque permite uma visão geral da variação de um conjunto de dados. Em nosso caso os
dados parecem ter uma tendência central em torno de 9,8 a 9,9. Parece também que os dados
criaram uma curva bastante normal. A especificação para a característica espessura, é de 7,5
a 10,5, com média 9. Então nós podemos ver que nosso histograma indica que o alvo do
processo é alto e que 3% podem estar acima do limite superior de especificação.
DIAGRAMA DE DISPERSÃO
O diagrama de dispersão é um gráfico utilizado para a visualização do tipo de
relacionamento existente entre duas variáveis.
O entendimento dos tipos de relações existentes entre as variáveis associadas a
um processo, contribui para aumentar a eficiência dos métodos de controle do
processo, para facilitar a detecção de possíveis problemas e para o planejamento
das ações de melhoria a serem adotadas. O diagrama de dispersão é uma
ferramenta muito simples que permite o estudo de algumas destas relações, e por
este motivo ele é amplamente utilizado.
Poderemos estar interessados, por exemplo, em saber como o rendimento de uma
reação química irá variar em função de mudanças sofridas pela temperatura do
reator. Em outra situação, o objetivo poderá ser controlar a resistência à tração de
peças de aço produzidas por uma indústria siderúrgica. Como o ensaio realizado
para medir a resistência à tração é destrutivo, é desejável substituir a medida de
resistência por uma medida de dureza, a qual pode ser avaliada por meio de
ensaios não destrutivos, mais rápidos e mais simples que o ensaio de tração. Para
que esta substituição possa ser realizada, será necessário conhecer a relação
existente entre a resistência e a dureza. O diagrama de dispersão é muito útil em
estudos deste tipo.
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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São instrumentos que distinguem a variação controlada (causas comuns) da não controlada.
(causas especiais). Diversos tipos de cartas de controle foram desenvolvidos tanto para
analisar atributos quanto para analisar variáveis; entretanto, todas essas cartas apresentam
duas funções primárias:
• Julgar e mostrar se um processo tem sido operado sob controle estatístico e assinalar a
presença de causas especiais de variação, para as devidas ações corretivas.
• Manter o estado de controle estatístico, entendendo-se os limites de controle como base
para decisões imediatas.
VARIÁVEL
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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ESTUDO DE CASO
1° CASO
Desejamos construir um gráfico para controlar o comprimento de uma peça produzida em
larga escala, cujos limites de especificação são LSE = 52 E LIE = 47 cm.
Foram coletadas dez amostras de cinco elementos conforme o quadro abaixo:
N° de X1 X2 X3 X4 X5 X R
amostras
1 47 47 54 47 53 49.6 7
2 49 48 51 48 49 49.0 3
3 46 53 46 51 50 49.2 7
4 49 51 51 52 47 50.0 5
5 50 50 51 49 52 50.4 3
6 49 50 49 48 49 49.2 4
7 49 49 48 53 52 50.2 5
8 48 49 47 49 51 48.8 4
9 51 47 48 53 51 50.2 6
10 49 52 52 49 49 50.2 3
Totais 496.8 47
= _
Médias X=49.68 R = 4.7
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Portanto, temos que ter a máxima atenção nos cálculos e marcação dos
pontos no gráfico. Temos que considerar a utilidade dessa exatidão no
preenchimento das cartas de controle, já que, com base na análise dessas
cartas, serão tomadas ações e decisões sobre determinado processo.
_
CARTAS DE MÉDIAS E AMPLITUDES ( X - R )
_
As cartas X - R são utilizadas em pares, sendo que a função básica da carta das médias
_
(X) é controlar a centralização e a estabilidade do processo, e a da carta das amplitudes
(R) é controlar a dispersão.
• A freqüência dependerá de cada caso, ou seja, cada 15 minutos, cada hora, cada turno,
cada dia, etc.
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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• Data e hora.
• Os dados.
• No verso do gráfico ou em formulário próprio, todos os fatos que por acaso ocorram
durante a coleta de dados.
_
c) Cálculo das médias ( X ) e amplitude ( R ) de cada amostra.
Média
_
X = X1 + x2 + X3 + X4 + X5
n
X1, X2, X3, X4, X5. (valores individuais de cada amostragem)
n = tamanho da amostra
AMPLITUDE
R = X máximo - X mínimo
= _ _ _
X = X1 + X2 + ...............+ Xk
K
=
X = média do processo
_ _ _
X1 + X2 + X3.....(soma das médias das amostras)
K = número de amostras
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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_
R = R1 + R2 + R3........Rk
K
_
R = média das amplitudes
K = número de amostras
c) Cálculo dos limites de controle.
= _
Após conhecidos os valores de X e R, vamos calcular os limites de controle para gráfico das
médias:
= _
Limite superior de controle: LSC = X + A 2x R
= _
Limite inferior de controle: LIC = X - A 2x R
= _
onde X e R foram calculados na última linha da tabela de dados do caso em estudo e valem
49,68 e 4,7 respectivamente.
A2 = constante que varia com o tamanho da amostra, conforme visto no quadro seguinte:
n 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A2 1,88 1,02 0,73 0,58 0,48 0,42 0,37 0,34 0,31
No nosso caso, n = 5, então A2 = 0,58
Logo: LSC = 49,68 + (0,58 . 4,7) LSC = 52,41
e LIC = 49,68 - (0,58 . 4,7) LIC = 46,95
d) Cálculo dos limites de controle para gráficos das amplitudes.
LSC = limite superior de controle
_
Limite superior de controle: LSC = D 4xR
_
Limite inferior de controle: LIC = D 3xR
_
Onde foi R calculado na última linha da tabela de dados do caso em estudo.
D3 e D4 - constantes que variam com o tamanho da amostra, conforme quadro a seguir:
N 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D3 0 0 0 0 0 0.08 0,14 0,18 0,22
D4 3,57 2,57 2,28 2,11 2,00 1,92 1,86 1,82 1,8
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Portanto, nosso limite de controle para amplitude será sempre zero, se utilizarmos amostras
de 5 elementos, constantemente.
4° passo - Traçar os limites de controle
a) Para gráfico das médias.
=
Traçar X no centro do gráfico.
=
Partindo de X, escolher a escala mais favorável, lembrando-se de que nunca devemos
utilizar todo o gráfico, ou seja, traçar os limites nos extremos, pois, caso ocorra um ponto
dos limites, não temos como projetá-lo.
b) Para gráfico da amplitude.
Traçar o LIC
Partindo do LIC, escolher a escala mais favorável e traçar R e LSC.
5° passo - Projeção das médias e amplitudes
Registrar as médias e amplitudes em seus respectivos gráficos, de acordo com a escala
adotada, conforme os valores calculados na tabela 1.
56
54
52
50
48
46
44
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Amostra
Média das amostras
LM-limite médio
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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• aproximadamente 2/3 dos pontos não contidos dentro do terço médio da região entre
limites de controle.
12
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Amostra
Média das amostras
LM-limite médio
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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CONCLUSÃO:
Caso não ocorra nenhum dos tópicos acima mencionados, teremos um processo estável.
A estabilidade é uma característica importante dos processos, mas não garante a sua
qualidade; é necessário que avaliemos a capacidade do processo.
HISTÓRICO
As questões da Qualidade têm existido desde que chefes tribais, reis e faraós
governavam. O código de Hammurabi, datado de 2150 a.C., estabelece que “se um
construtor erguer uma casa para alguém e seu trabalho não for sólido, e a casa desabar e
matar o morador, o construtor deverá ser imolado”. Inspetores fenícios eliminavam
quaisquer violações reincidentes de padrões de Qualidade amputando a mão do
fabricante do produto defeituoso. Inspetores aceitavam ou rejeitavam produtos e faziam
cumprir as especificações governamentais. Por volta de 1450 a.C., inspetores egípcios
conferiam a forma de blocos de pedra com um barbante, enquanto o cortador de pedras
observava. Os Astecas na América Central também usavam esse método. Essas
civilizações antigas enfatizavam a retidão do negócio e tratamento de reclamações.
Durante o século XIII, surgiram as Guildas, que eram corporações formadas por
negociantes e artesões, e desenvolveu-se a formação profissional baseada no ensino aos
aprendizes de ofícios. Os artesões eram tanto treinadores como inspetores. Eles
conheciam seus negócios, seus produtos e seus clientes e incorporavam Qualidade
naquilo que produziam. Eles se orgulhavam do seu trabalho e em treinar outros para
fazer um trabalho de Qualidade. O governo definia e estabelecia padrões ( por exemplo,
pesos e medidas), e, na maior parte dos casos, um único padrão de Qualidade. Este
estado idílico da Qualidade poderia prosperar em um mundo pequeno, localizado, porém
a população mundial crescente requeria mais produtos.
Com o surgimento da Revolução Industrial, a produção em massa de bens
manufaturados se tornou possível através da divisão do trabalho e da criação de peças
intercambiáveis. Entretanto, isso criou problema para aqueles que estavam acostumados
a ter seus bens feitos sob medida.
O moderno sistema industrial começou a emergir no final do século XIX. Nos EUA,
Frederick Taylor foi pioneiro em gerenciamento científico, retirando o planejamento do
trabalho da responsabilidade dos trabalhadores e supervisores, e colocando-o nas mãos
de engenheiros industriais. O século XX iniciou uma era técnica que possibilitou às
massas obter produtos anteriormente reservados aos ricos. Henry Ford introduziu a linha
de montagem em movimento no ambiente industrial da Ford Motor Company. A
produção em linha de montagem dividia operações complexas em procedimentos
simples que podiam ser executados por trabalhadores não habilitados, resultando em
produtos altamente técnicos a baixo custo. Uma parte desse processo era inspecionado
para separar produtos não – conformes. A qualidade era encarada como
responsabilidade exclusiva do Departamento de Fabricação.
Logo se tornou aparente que a prioridade do Gerente de Produção era cumprir os prazos
de produção em vez de se preocupar com a Qualidade. Ele perderia seu emprego se não
atendesse aos programas de produção, ao passo que seria somente repreendido se a
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Curso Técnico
53
NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Qualidade sofria por causa desse sistema, de forma que se criou uma função separadora
de inspetor- chefe.
Entre 1920 e 1940, a tecnologia industrial se transformou rapidamente a Bell System e a
Western Eletric, seu braço industrial, mostraram o caminho em controle da Qualidade,
instituindo um departamento de engenharia de inspeção para tratar de problemas criados
por defeitos em seus produtos e pela falta de coordenação entre seus departamentos.
George Edwards e Walter Shewhart, lideraram o processo, como membros desses
departamentos.
George Edwards afirmou que “existe controle da Qualidade quando artigos sucessivos
de comércio têm suas características mais próximas das dos meus semelhantes e mais
próximo da intenção do projetista do que ocorreria se o controle da Qualidade não
existisse. Para mim, qualquer procedimento, estatístico ou outro, que traga os resultados
que eu acabei de mencionar, é controle da Qualidade, e qualquer procedimento que não
traga esses resultados não é controle da Qualidade”. Edwards criou a expressão garantia
da Qualidade e defendeu a Qualidade como parte da responsabilidade da gerência.
Ele disse:
“ Esta abordagem reconhece que a boa Qualidade não é acidental e que não resulta de
mero desejo, mas sim de atividades planejadas e entrelaçadas de todas as áreas
organizacionais da companhia, que ela entra no projeto, engenharia, planejamentos
técnicos e da Qualidade, especificação, layouts de produção, normas tecnicas e até em
treinamento de pessoal administrativo, de supervisão e de produção. Esta abordagem
propõe colocar um dos funcionários da companhia como responsável pelo programa de
controle da Qualidade e uma posição no mesmo nível do controller ou dos fatores
intuitivos que no presente determinam tão intensamente a Qualidade dos produtos de
tantas companhias. Esta abordagem coloca um profissional à testa do programa de
controle da Qualidade em posição para estabelecer e tornar efetiva uma política para
toda a companhia com respeito à Qualidade, para dirigir as ações a serem executadas
onde necessárias e para atribuir responsabilidades, onde convenientes, em cada caso.”
ISO
ISO
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Em 1946 foi a vez do JAPÃO inaugurar a era do Controle da Qualidade Total, pelas
mãos dos Drs. William Edwards Deming e Juran. Neste período, após a derrota na 2ª
guerra mundial, os produtos japoneses competiam somente em preço no mercado
internacional. Com a colaboração dos Drs. Deming e Juran, a partir da década de 1950,
o Controle da Qualidade Total foi amplamente empregado no Japão, com o uso
intensivo de técnicas estatísticas, tais como: inspeção e gráficos de controle que
possibilitaram a recuperação das empresas japonesas bem como à participação de
todos os setores e
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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ESTÁGIOS DA QUALIDADE
RESPONSABI-
LIDADE DA AD-
MINISTRAÇÃO
INTERFACE
COM OS CLI-
ENTES
RECURSOS DE
ESTRUTURA
PE SSOAL E DE
DO SISTEMA
MATERIAL
DA QUALIDADE
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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As normas da família NBR ISO 9000, relacionadas abaixo, foram desenvolvidas para
apoiar organizações, de todos os tipos e tamanhos, na implementação e operação de
sistemas de gestão da qualidade eficazes.
0.1 Generalidades
As normas da família NBR ISO 9000, relacionadas abaixo, foram desenvolvidas para
apoiar organizações, de todos os tipos e tamanhos, na implementação e operação de
sistemas de gestão da qualidade eficazes.
A NBR ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e
estabelece a terminologia para estes sistemas.
A família NBR ISO 9000 distingue requisitos para sistemas de gestão da qualidade e
requisitos para produtos.
Requisitos para sistemas da gestão da qualidade são especificados na NBR ISO 9001.
Estes requisitos são genéricos e aplicáveis ás organizações de qualquer setor da indústria
ou econômico, independentemente da categoria do produto ofertado. A NBR ISO 9001
não estabelece requisitos para produtos.
Requisitos para produtos podem ser especificados pelos clientes ou pela organização,
antecipando-se aos requisitos do cliente, ou por requisitos regulamentadores. Os
requisitos para produtos e, em alguns casos, para os processos associados, podem estar
em, por exemplo, especificações técnicas, normas de produtos, normas de processos,
acordos contratuais e requisitos regulamentadores.
através de liderança e ações, a Alta Direção pode criar um ambiente onde as pessoas
estão totalmente envolvidas e no qual o sistema de gestão da qualidade pode operar
eficazmente. Os princípios de gestão da qualidade ode ser usados pela Alta Direção com
base de sua função, que conste em:
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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2.7 Documentação
Convém que a geração da documentação não seja um fim em si mesma, mas uma
atividade que agregue valor.
Auditoria são usados para determinar em que grau os requisitos do sistema de gestão da
qualidade foram atendidos. As constatações da auditoria são usadas para avaliar a
eficácia do sistema de gestão da qualidade e para identificar oportunidade de melhoria.
Auditorias de primeira parte são realizadas pela própria organização ou seu nome, para
propósitos internos, e podem formar a base para uma autodeclaração da conformidade
da organização.
Auditorias de Segunda parte são realizadas pelos clientes da organização, ou por outra
pessoas em nome do cliente.
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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2.8.4 Auto-avaliação
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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3 Termos e Definições
Partes
Responsabilidade
P da Interessadas
Partes
Interessadas direção Plan
Satisfação
Gestão de
Medição, análise e
Recursos
melhoria
Requisitos Realização do
Produto
produto
Entrada
Entrada Saída
Fluxo de informações
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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4.2.1 Generalidades
5 Responsabilidade da direção
A Alta Direção deve assegurar que os requisitos do cliente são determinados e atendidos
com o propósito de aumentar a satisfação do cliente.
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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A Alta Direção deve assegurar que os requisitos do cliente são determinados e atendidos
com o propósito de aumentar a satisfação do cliente.
5.4 Planejamento
5.6.1 Generalidades
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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As entradas para a análise crítica pela direção devem incluir informações sobre
a) resultados de auditorias,
b) realimentação de cliente,
c) desempenho de processo e conformidade de produto,
d) situação das ações preventivas e corretivas,
e) acompanhamento das ações oriundas de análises críticas anteriores pela direção,
f) mudanças que possam afetar o sistema de gestão da qualidade e recomendações para
melhoria.
5.6.3 Saídas da análise crítica
As saídas da análise crítica pela direção devem incluir quaisquer decisões e ações
relacionadas a
a) melhoria da eficácia do sistema da qualidade,
b) melhoria do produto em relação aos requisitos do cliente
c) necessidade de recursos
6 Gestão de recursos
6.2.1 Generalidades
O pessoal que executa atividades que afetam a qualidade do produto deve ser competente,
com base em educação, treinamento, habilidade e experiência apropriados.
6.2.3 Infra-estrutura
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Curso Técnico
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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7 Realização do produto
Nota - Em algumas situações, como vendas pela internet, uma análise crítica formal para
cada pedido é impraticável. Nesses casos, a análise crítica pode compreender as
informações pertinentes ao produto, tais como catálogos ou material de propaganda.
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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7.4 Aquisição
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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Quando for necessário assegurar resultados válidos, o dispositivos de medição deve ser
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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8.1 Generalidade
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NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
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A organização deve assegurar que produtos que não estejam conformes com os requisitos
do produto sejam identificados e controlados para evitar seu uso ou entrega não
intencional.
A organização deve tratar os produtos não-conformes por uma ou mais das seguintes
formas:
a) execução de ações para eliminar a não-conformidade detectada;
b) autorização do seu uso, liberação ou aceitação sob concessão por uma autoridade
pertinente e, onde aplicável, pelo cliente;
c) execução de ação para impedir o seu uso pretendido ou aplicação originais, devem ser
mantidos registros definidos em um procedimento documentado.
a) satisfação de clientes;
b) conformidade com os requisitos do produto;
c) características e tendências dos processos e produtos, incluindo oportunidades para
ações preventivas, e fornecedores.
8.5 Melhorias
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3- Referências Bibliográficas
Livros:
• BALCÃO, YOLANDA FERREIRA E CORDEIRO, LAERTE LEITE.
O COMPORTAMENTO HUMANO NA EMPRESA. EDITORA FGV- RJ.
• PENTEADO, J.R. WHITAKER.
TÉCNICA DA CHEFIA E LIDERANÇA. ED. PIONEIRA-SP.
• WEILL, PIERRE.
RELAÇÕES HUMANAS NA FAMÍLIA E NO TRABALHO. EDITORA
NACIONAL.
CHEFIA E LIDERANÇA
O PAÍS DO DESPERDÍCIO
TÁ LIMPO
JUST-IN-TIME
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