Émile Durkheim foi um sociólogo francês, sua obra era bastante pautada sobre o
movimento e o pensamento socialista vigente da época, porém o entendia de sua forma,
diferentemente de pensadores socialistas como o próprio Marx que defende a luta de classes e uma relação social que tem como base a luta e o poder, Durkheim procura dar mais enfoque a Solidariedade, para ele o curso da vida social deveria seguir um caminho que beneficiasse a vida coletiva da sociedade como um todo e não mais a si mesmo como ser individual, para ele a fonte da moral é o coletivo, é o coletivo quem deve limitar a liberdade do ser humano, ele explica que a sociedade é quem deve definir o que é uma conduta “normal” ou dentro dos padrões e “anormal” ou fora dos padrões, também definidos como patológicos. O órgão moderador das vontades humanas deve ser a sociedade, ela quem deve delimitar o instinto individualista natural do homem e fazê-lo considerar interesses que não sejam apenas os próprios. Pensar desse modo nos dias atuais é complicado pois já existe todo uma cultura em volta do homem que o incentiva cada vez mais a ser individualista, por isso Durkheim explica que esses conceitos de solidariedade devem ser introjetados no ser humano de maneira com que eles fiquem submissos as diretrizes de uma sociedade e que a educação seria uma maneira de controlar e ensinar o Homem a entender e resguardar os seus instintos apenas no seu interior. Durkheim também explica a que existem representações coletivas e que elas são normas e culturas particulares na mente de uma dada sociedade, elas são exteriores ao seres humanos e existem além da vida particular, porém coage o ser humano a agir segundos seus preceitos, uma exemplo disso é a religião. Durkheim também foi um importante pensador e pioneiro a respeito do suicídio e diferentemente de psicólogos ele usou um método bastante único para tentar entender porque o suicídio ocorre mais em certos grupos do que em outros, ele deixou de pensar no suicida como um ser individual como um ser integrante de uma coletividade, com isso ele chegou a conclusão que o suicídio ocorre mais em sociedades que o “solidariedade social” ou o grau de integração de uma sociedade é baixo, ou seja quanto maior a identificação de um indivíduo com um grupo, maior será seu apego à vida e menor serão as chances de um suicídio. Após essa análise ele pode constatar que as taxas de suicídio variam de acordo com o grau de integração religiosa, familiar e política, quantos mais o indivíduo estiver inserido nesses meios menos será as chances de tirar sua vida.