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Raça como marcador inerradicável de diferença social. “O que torna possível que
essa categoria atue dessa maneira?”; “qual é a natureza das diferenças sociais e
culturais, e o que lhes dá força?”
Como raça se liga a gênero e classe?
Entender tais questões para tentar explicar o investimento das pessoas em noções
de identidade, comunidade e tradição.
Brah coloca o essencialismo como um problema para essa compreensão. (noção
de essência ultima que transcende limites históricos e culturais). Ela se contrapõe
a esse conceito
“Em que ponto e de que maneiras, por exemplo, a especificidade de uma
experiência social particular se torna sinal de essencialismo?” p.3
Ela propõe que os feminismos negro e branco não sejam vistos como algo fixo e
oposto, mas sim como campos historicamente contingentes de contestação
“De modo semelhante, argumentarei que a análise das interconexões entre
racismo, classe, gênero, sexualidade ou qualquer outro marcador de “diferença”
deve levar em conta a posição dos diferentes racismos entre si.” P. 3
Sugere uma macroanálise que estude as inter-relaçõs das várias formas de
diferenciação social.
“pessoas de cor” foi por muito tempo não somente um termo descritivo, mas um
código colonial de dominação e subordinação. Código ressignificado pela Grã-
Bretanha do pós-guerra
“negro” surgindo como um termo politico envolvendo pessoa africanas-
caribenhas e sul-asiáticas
“classe” foi fundamental para constituição do negro como termo político. A
maioria dos negros eram trabalhadores (mão de obra barata). A importância da
associação de trabalhadores nesse processo
“O novo sujeito produzido pela política do “negro” transformou a política de
classe ao interrogar discursos políticos que afirmavam a primazia da classe.” p.6
“negro” também tinha ligação com “imigrantes” e “minoria étnica”
O movimento do Poder Negro nos EUA reivindicava uma herança africana
(ancestralismo), mas guardava sobretudo uma particularidade na versão dessa
herança
“O novo sujeito produzido pela política do “negro” transformou a política de
classe ao interrogar discursos políticos que afirmavam a primazia da classe.” p.8
Os problemas que afetam as mulheres não podem ser isolados de um debate
nacional e internacional.
As perspectivas feministas ocidentais ignoraram durante tempos, e até
recentemente, a racialização de gênero, classe e sexualidade
Cada racismo tem especificidades econômicas, politicas e culturais
Os discursos sobre feminismo e racismo centralizam raça, ignorando como o
gênero constitui essas mulheres (também no caso das brancas) permeando classe
e raça
Racismo não é uma forma independente de dominação
O sujeito politico do feminismo negro descentra o sujeito unitário e masculinista
do discurso eurocêntrico, a versão masculina de negro como cor política e a noção
de “mulher” como categoria unitária
Quem define a diferença?
“Diferença como experiência, diferença como relação social, diferença como
subjetividade e diferença como identidade.” p.31
A experiência como uma construção social; a experiência como um lugar de
contestação;
O “eu” e o “nós” não são entidades fixadas, e já existentes, mas são marcados por
práticas culturais e políticas cotidianas
Percepção segundo sua construção cultural
Como a diferença é organizada e constituída em relações sistemáticas através de
discursos econômicos, culturais políticos e práticas institucionais.