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IV SEMAGEO

RELATORIO DE CAMPO: LITORAL SUL DA PARAIBA


Danilo Coutinho da Silva UFPB;​ ​danilogeog@hotmail.com​,
Laciene Karoline Santos de França UFPB; ​laciene_22@hotmail.com,
Lindomar Barbosa de Lucena UFPB; ​lindinha19_00@hotmail.com

Eixo temático​ ​4: Dinâmicas da Natureza: apropriação e contradições.

Introdução
O presente relatório é resultado da aula de campo realizada na Microrregião do
Litoral Sul do Estado da Paraíba, que teve como objetivo “caracterizar os aspectos
fisicoambientais, biogeográficos e socioeconômicos dos municípios paraibanos da
Microrregião” como também observar como estão sendo geridas as Unidades de
Conservação (UC’s) localizadas na área e verificar os possíveis impactos originados
pelo crescimento urbano desordenado. Para tanto, – a partir da excursão que teve inicio
na APA de Jacarapé em João Pessoa e foi em direção a algumas praias dos municípios
do Conde e de Pitimbu (​Tabatinga, Coqueirinho, Tambaba, Praia Bela, Praia de
Pitimbu e Praia fluvial de Pontinha​) – foram averiguados os diferentes aspectos físicos
(tais como: paisagem, vegetação, diversidade das espécies), além da influência da ação
humana e suas conseqüências na conformação da paisagem.
Outro ponto tratado durante o estudo foram as Áreas de Preservação (APA’s);
Partindo do princípio que as mesmas se encontram dispersas por todo o território
estadual (se estendendo do Litoral ao Sertão), e que a maior parte delas concentram-se
na Mesorregião da Zona da Mata, foram analisados mapas com a distribuição das
mesmas pelo território paraibano, os quais constam com a classificação destas áreas de
acordo com as suas esferas de atuação, sejam elas, Federal, Estadual ou Municipal,
assim procuramos dar enfoque aquelas que se encontram na microrregião supracitada
(como é o caso da APA de Tambaba, localizada entre os municípios do Conde, Pitimbu
e Alhandra), subsidiando assim a presente investigação. Destacou-se também o
crescimento da cidade em direção ao município do Conde com a constante especulação
imobiliária visando atender a demanda da construção civil materializada através da
verticalização cada vez mais presente, desta forma nos deparamos com a falta de
aplicação da lei para intervir na degradação decorrente do crescimento urbano
desordenado.
Caracterização da Microrregião do Litoral Sul
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MAPA 1:​ Microrregião do Litoral Sul

Fonte: IBGE, adaptado por Laciene Karoline.

A Microrregião do Litoral Sul é oficialmente composta por quatro municípios,


são eles: Pitimbu, Alhandra, Caaporã e Pedras de Fogo que juntos ocupam uma área de
1.042,989 km² e possuem uma população de 82.425 habitantes de acordo com o ultimo
censo do IBGE. Esta microrregião faz parte da Mesorregião da Zona da Mata fazendo
divisa com a microrregião da Grande João Pessoa ao norte, com o estado de
Pernambuco ao sul e a oeste com a microrregião de Sapé.
O município do Conde como já foi citado anteriormente não pertence a essa
Microrregião, porém é popularmente inserido nela de maneira que o mesmo está no
percurso da aula de campo. A cidade do Conde faz parte da microrregião da Grande
João Pessoa e possui uma área total de 173 km² com uma população de 21 418 hab.
Está Microrregião têm sua economia voltada em grande parte para a área de
serviços, porém alguns dos municípios como, por exemplo, Pedras de Fogo e Pitimbu
destacam-se pela atividade agropecuária, outra atividade relevante é a atividade
industrial que completa a renda desses municípios. Vale salientar que as cidades do
Conde e de Pitimbu tem no turismo uma grande fonte de renda.
A Microrregião do Litoral Sul caracteriza-se por possuir belas praias, com a
presença de falésias vivas (que recebem a ação direta das ondas). As falésias são
originadas dos tabuleiros costeiros, que no sul do Estado avançam até o mar, nesta

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​Oficialmente o Município do Conde faz parte da Microrregião da Grande João Pessoa, porém popularmente suas
praias são denominadas como pertencentes ao litoral sul da Paraíba.
região eles encontram-se mais rebaixados. Os tabuleiros constituem o chamado Grupo
Barreiras. Os sedimentos da Formação Barreiras derivam basicamente dos produtos
resultantes da ação do intemperismo sobre o embasamento cristalino, localizado mais
para o interior do continente, no caso da Paraíba, este embasamento é composto pelas
rochas cristalinas do Planalto da Borborema.
A região é banhada pela bacia do rio Gramame. Como parte da região da Mata
Paraibana encontra-se em uma área de clima quente e úmido (As’), com temperaturas
médias de 26ºC e índices pluviométricos entre 1200 e 1800 mm. O Litoral Sul possui
vegetação típica de praia, predominantemente herbácea, adaptada a solos arenosos e as
condições de salinidade; vegetação de mangue (formação florestal perenifólia paludosa)
adaptada a solos encharcados e salinos, onde vivem animais como caranguejos (​Ulcides
cordatus​) e moluscos; além da Mata Atlântica (floresta perenifólia latifoliada costeira).
O município de Pitimbu apresenta a maior faixa litorânea do estado composta
por um conjunto de 13 praias (Praia de Pitimbu, Praia de Acaú, Praia Bela, Praia Azul,
Praia dos Mariscos, Praia do Pontal, Praia da Guarita, Praia de Santa Rita, Praia das
Falésias, Ponta de Coqueiros, Praia de Pontinhas, Barra do Abiaí e Barra do Graú) e um
farol lá encontra-se ainda uma planície de restinga.
Unidades de Conservação
As unidades de conservação é uma das maneiras encontradas para garantir a
preservação de áreas com grande biodiversidade, elas se apresentam como reservas
biológicas e extrativistas, parques nacionais, áreas de preservação entre outros. São
espaços com valor naturalístico que são delimitados e protegidos pelo poder público.
Estas áreas têm por objetivo preservar a biodiversidade da interferência humana assim
como conscientizar e evitar a ocupação indevida da área além de criar uma área para
pesquisa.
Pode-se dizer que no Brasil esta é uma pratica ainda recente se levarmos em
conta que a maioria das unidades foram criadas nos últimos 30 anos. O Brasil possui
atualmente 1.600 unidades entre reservas particulares, federais, estaduais e municipais
uma quantidade relativamente alta, porém não suficiente, pois o país ainda possui áreas
não protegidas. O SNUC foi regulamentado pela lei No 9.985, de 18 de julho de 2000.
As unidades de conservação estão divididas em dois grupos, ​Unidades de
Proteção Integral (Estações Ecológicas, Reservas Biológicas (REBIO), Parque
Nacional (PARNA), Monumentos Naturais, Refúgios de Vida Silvestre) e ​Unidades de
Uso Sustentável ​(Área de Proteção Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE), Floresta Nacional (FLONA), Reserva Extrativista (RESEX),
Reserva de Fauna (REFAU), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN)). Estes dois grupos podem ser geridos por três
esferas do poder público, Federal, Estadual e Municipal.
Unidades de Preservação na Paraíba
A Paraíba possui uma quantidade razoável de unidades de conservação que estão
em sua maioria localizadas na Mesorregião da Zona da Mata paraibana. Das unidades
existentes na Paraíba 7 são reservas particulares de patrimônio natural, 13 de
preservação estadual, 3 federais e 3 municipais. As unidades de preservação na Paraíba
se estendem do litoral ate o sertão. Estas áreas são protegidas não apenas por leis
federais como também pelos códigos estaduais e municipais de meio ambiente e
algumas em particular pelo plano diretor de cada município como é o caso da APA de
Jacarapé.
Crescimento Urbano
O avanço no processo de urbanização ocorrido no século XX, assim como o
avanço tecnológico e o consumismo incentivado pelo mesmo contribuíram para a
alteração nos padrões de vida da sociedade e isso provocou o aumento na demanda por
recursos naturais causando assim uma pressão sobre esses recursos.
O crescimento urbano do país nas últimas duas décadas causaram mudanças não
só na dinâmica social como também, na área política, cultural e econômica. Tal
crescimento afeta toda sociedade porem trazem consigo problemas principalmente na
área ambiental, pois tal crescimento afeta diretamente a biodiversidade que precisa ser
retirada para dar lugar às construções.
Expansão imobiliária na grande João Pessoa
O município de João Pessoa já se encontra bastante urbanizado e é em
decorrência dessa urbanização que a cidade vem se expandindo em direção ao
município do Conde. O crescimento de empreendimentos imobiliários na grande João
Pessoa é visível, a especulação imobiliária é crescente e para conseguir atender a
demanda a construção civil precisa de novas áreas.
A verticalização já é um fenômeno constante em toda grande João Pessoa
principalmente nos bairros próximos a orla. O Altiplano Cabo Branco é um exemplo
claro da influencia do Crescimento imobiliário O bairro que há anos era coberto por
vegetação hoje vive um “buum” imobiliário com a construção de condomínios de luxo.
É importante destacar que estas áreas aparecem na lei orgânica do município
como “Zonas” especiais de conservação.
Art. 26.​ São Zonas Especiais de Conservação do
Município:
II – Falésias do Cabo Branco, Falésias Vivas e
Mortas;
V –​ Mata do Cabo Branco;
VII –​ O Altiplano do Cabo Branco;
VIII –​ A Ponta e a Praia do Seixas;
X – Os Vales dos Rios: Jaguaribe, Cuia, Cabelo,
Gramame, Sanhauá...​(CÓDIGO AMBIENTAL DO
MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA)

Com o crescimento do potencial turístico e a criação da PB 008 que dá acesso ao


litoral sul do estado o litoral se tornou um área de interesse para construção civil que via
ali uma grande chance de crescimento e prova disso é que hoje o litoral sul paraibano
que antes contava com praias quase que desertas sofre com a construção de mansões,
pousadas e loteamentos que para serem construídos precisam devastar a mata local e
com a chegada de turistas estes espaços ficam sujeitos a ação antrópica.
Relato
Saímos da UFPB às 7h55min do dia 11de maio de 2011, com destino ao Litoral
Sul do Estado. O tempo estava nublado a parcialmente nublado. Primeiramente
pegamos a principal dos Bancários logo depois a estrada da Penha que da acesso a PB
008, no trecho da estrada da Penha é possível observar uma enorme quantidade de
condomínios horizontais de Luxo onde antes se encontrava vegetação agora da lugar a
expansão imobiliária, e as margens da PB não é diferente, de um lado resquícios de
mata beirando a pista e do outro alguns empreendimentos imobiliários de luxo. Mais a
frente quebrando a paisagem de mata, encontramos as obras do centro de convenções do
governo do estado. A cidade cresce em direção ao litoral sul do estado.
Parada 1: APA de Jacarapé
As 8h30min entramos na Área de Preservação de Jacarapé. Em meio à floresta
há algumas ocupações irregulares. E a estrada que leva ao rio Jacarapé é uma estrada de
barro de péssima qualidade. A mata se caracteriza como uma floresta de tabuleiro com a
presença de arvores de médio e pequeno porte, aos arredores existe algumas plantações
de subsistência. A ação antrópica no local é visível com a presença de espécies que não
são nativas, e pelo rastro de poluição deixado no local com a presença de garrafas
quebradas, sacos, entre outros.

Figura 1: Mata de Jacarapé. Fonte: Laciene. Figura 2: Residência em Jacarapé. Fonte: Lindomar.

Beirando o rio Jacarapé há vegetação fluvio-marinha, com raízes expostas. As


ocupações irregulares são casebres com teto de palha, provavelmente de pescadores, e
bares que atendem aos visitantes principalmente no fim de semana.

​Figura 3: Vista do Rio Jacarapé e dos bares ao


redor. Fonte: Laciene
Nesse trecho já há uma maior ação do homem com a presença de bares com
mesas que servem para as pessoas ficarem enquanto tomam banho de mar ou de rio, são
barracas simples sem infra-estrutura feitas de pedaços de madeira. Alem das barracas
também a casas com a mesma infra estrutura apesar destas casas serem um pouco
rústicas o local tem energia elétrica, postes e certa organização, mas não apresenta
saneamento básico.
Segundo o “Projeto Orla” não há conflitos nesse trecho, mais existe um pequeno
problema com relação às famílias que vivem da agricultura de subsistência e desmatam
a falésia para o plantio retirando a cobertura vegetal que antes protegia a falésia
deixando-a mais vulnerável aos agentes erosivos, acelerando o processo de degradação.
Atualmente, a situação de infra-estrutura implantada na
Praia de Jacarapé é precária Instalações irregulares se proliferam-se
e já totalizam 36 barracas. Essa intensificação da ocupação muda a
dinâmica da praia. O lazer, fator preponderante que caracteriza o
viés atrativo local, com o aumento do desemprego no Município,
passou a atrair instalações dirigidas para o funcionamento de bares,
que tem como objetivo atender aos freqüentadores da praia. Com os
bares, instalaram-se também, algumas residências fixas, que, por sua
vez, vêm atingindo a paisagem litorânea, em seus aspectos naturais e
estéticos. (SILVA 2003)
A área da costa do sol é em parte preservada devido ao seu difícil acesso mais
isso vem mudando aos poucos, está havendo uma ocupação por parte de algumas
comunidades próximas e com isso uma área que era quase deserta e com uma paisagem
quase que natural esta perdendo suas características, o trecho que ainda continua
preservado esta começando a ser ocupado e provavelmente será ocupado como foi à
praia da Penha.
Parada 2: Centro de convenções da Paraíba
(08h50min) Voltamos às obras do centro de convenções, é uma obra de grande
dimensão e que ocupa uma área extensa no pólo turístico do Cabo Branco. O Centro de
convenções é um projeto de 1988 no mandato do então governador Tarcisio Burity,
porém por não respeitar várias normas ambientais foi embargado durante todos esses
anos e só no ano de 2009 o governador em exercício o Senhor José Targino Maranhão
conseguiu liberar a construção do complexo que está orçado em R$ 104 milhões de
reais. O pólo turístico tem uma área projetada de 507 hectares, além de 147 hectares
destinados a expansão.

Figura 5 e 6: canteiro de obras do Centro de Convenções. Fonte: Lindomar Lucena

O que foi observado na aula de campo é que a obra está parada, trata-se de um
canteiro de obras gigante sem nenhum trabalhador, há alguns galpões provisórios
construídos provavelmente pelos próprios pedreiros, caminhões para carregar entulho,
porém em plena quarta-feira não havia ninguém trabalhando. No local tem muito
entulho jogado pelo enorme descampado que está cercado para ninguém invadir.
O centro de convenções sem duvida é um grande empreendimento para o setor
turístico e trará varias divisas para o estado, mas os danos ambientais causados com a
sua construção são enormes já que á área onde está localizado é um local onde ainda
existe uma considerável diversidade da fauna e da flora local.

O município do Conde vem sofrendo ​com a ocupação desordenada que contribui


para a degradação ambiental da área.. Os lotes são feitos, mas muitas vezes ficam
abandonados e não há cuidado com a conservação das construções. Como já foi citada
anteriormente a especulação imobiliária é um fenômeno comum, no município do
Conde, as áreas construídas estão com placas de vende-se ou aluga-se principalmente
para o período de veraneio.
Parada 3: Praia de Tabatinga
9h25min chegamos a Tabatinga, a ocupação nesta área também é grande. Por
uma estreita passagem chegamos até a área de praia, a ocupação imobiliária marca a
paisagem de Tabatinga, com casas de grande porte. A poluição é visível principalmente
próximo do Rio Tabatinga.

Figura7: Vista da Praia de Tabatinga,. Fonte Laciene

Como já foi citado o Rio Tabatinga apresentava muitos traços de poluição e


muito lixo ao redor mas mesmo assim havia pessoas A construção de casas na praia de
Tabatinga se diferencia das de Jacumã, as casas são bem maiores e se destacam na
paisagem, algumas, por exemplo, estão localizadas a cima da falésia.
Parada 4:Praia de Coqueirinho
10h15min chegamos a Coqueirinho, logo na chegada percebemos a grande
especulação imobiliária na área. A ocupação por imóveis e por empreendimentos
imobiliários contrastam com a bela paisagem natural da praia, beirada por casas de alto
padrão. Seguindo por uma estrada de barro chegamos há um grande restaurante, por trás
dele há o que chamam localmente de Cânion de Coqueirinho, este é uma grande fenda
com paredões sedimentares, possuindo vegetação em seu topo. Assim que se chega a
coqueirinho o turista é convidado a conhecer o “Cânion de Coqueirinho”, porém a pesar
de ser uma bela paisagem segundo geólogos que visitaram a área não se trata de um
cânion mais sim de uma grande voçoroca.

Figura 9: vista da praia de Coqueirinho. Fonte: Laciene . Figura 10: “Cânion de Coqueirinho. Fonte Laciene

O “cânion” apresenta uma coloração variada com rochas amarelas, vermelhas


entre outras cores. Próximo ao cânion se encontra um restaurante destinado aos turistas
já que coqueirinho é uma das praias mais visitadas no nosso litoral. É por seu potencial
turístico que coqueirinho hoje sofre com o crescimento imobiliário já que a praia é
procurada para construção de empreendimentos de luxo.
Parada 5: Praia de Tambaba
11h45min chegamos a Tambaba. A praia de Tambaba é considerada um dos
paraísos naturistas e esta entre um dos pontos turísticos mais visitados da Paraíba. A
praia de nudismo é gerida por uma associação que tem uma serie de Leis e regras
(código naturista) que visam uma convivência harmônica entre os banhistas comuns e
aqueles que são adeptos do naturismo.
Logo a sua entrada é ocupada por quiosques que vendem desde produtos
alimentícios, até artesanato e confecções. Descendo até a praia destacam-se as
concreções ferruginosas dento da água e a presença de vegetação sobre as rochas. A
faixa inicial da praia de Tambaba que é destinada aos banhistas que não querem praticar
o naturismo é uma faixa de terra pequena com áreas de preservação permanente.

Neste local é onde se encontra a Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual de


Tambaba, que engloba além do município do Conde partes de Pitimbu e Alhandra,
ocupando uma área de 114,46 km​2​. A APA de Tambaba foi criada pelo decreto nº
26.296 de 23/09/2005.
Parada 6: Praia Bela
12h45min chegamos a Praia Bela, localizada no Município de Pitimbu é uma das
praias mais procuradas do litoral sul paraibano. Praia Bela chama atenção pelo encontro
do Rio Mucatu com o mar, dentro do rio foi colocada pelos comerciantes do local
algumas sombrinhas de palha para atender aos turistas.

Figura 13: Praia Bela. Fonte: Lindomar Lucena.

Pela proximidade com o rio encontra-se em Praia Bela a vegetação de Mangue,


uma área verde em meio à água doce e salgada. Em meio a uma paisagem tão bonita a
paisagem é incrivelmente modificada pela presença das barracas que apesar de levar
comodidade ao turista trás consigo vários outros problemas como o crescimento
desordenado e com isso acaba marginalizando a área.
Parada 7: Praia de Pitimbu
14h30min chegamos a Pitimbu. A água da praia é turva por causa do rio Goiana
em Pernambuco que deságua no mar próximo a praia. Barcos de pesca pontuam toda a
visão da praia. Na areia restos de vegetação provavelmente trazida pelos pescadores. A
praia de Pitimbu é a praia mais urbana da cidade por estar localizada no centro do
município e também por este motivo acaba sendo a mais agredida do município de
Pitimbu.
As ocupações invadem a área da praia, a diferença na área ocupada daqui para a
das outras praias visitadas é a presença de via urbana, a Avenida Beira-mar, rua calçada
e que apresenta residências de porte pequeno a médio e estabelecimentos comerciais.
Dentre a s praias visitadas a única que esta localizada em perímetro urbano.

Figura 14: Av. Beira Mar em Pitimbu. Fonte: Laciene Figura 15: Barracas na praia de Pitimbu. Fonte Laciene

Parada 8: Praia Fluvial de Pontinha


Em Acaú fomos ver a balsa que faz a travessia do distrito de Acaú-Pb para o
estado de Pernambuco, no Município de Carne de Vaca. A travessia é feita por uma
balsa de pequeno porte que pertence à empresa Nordeste Navegações a mesma que faz a
travessia entre Cabedelo e Costinha.

Figura 16: Balsa de Pontinha. Fonte Lindomar Lucena.


Na Praia Fluvial de Pontinha a presença barcos de pesca utilizados pela
população local como fonte de renda, por se tratar de uma praia fluvial a tonalidade da
água era turva devido à água do rio.
Considerações Finais
Conhecer os problemas do nosso estado é o primeiro passo para acharmos uma
solução e o que tentamos mostrar é que apesar de ter um potencial turístico e econômico
essas precisam de atenção, pois o crescimento desordenado pode trazer problemas e o
que poderia ser uma alternativa econômica pode terminar em desastre ambiental.
Não há problema no crescimento, mas quando este começa a prejudicar outros
setores isto deve ser reavaliado. O crescimento urbano da Paraíba deve ser mais bem
formulado para que ele traga melhorias e não prejuízos. Quem mais sofre com isto é
natureza a flora e fauna local vão sendo devastadas para darem lugar a construções
monumentais. As áreas de preservação existentes no estado devem ser respeitadas e
tratadas como elas merecem, como uma área que precisa ser mantida e preservada e isso
não é uma função apenas governamental mais também social.

Referências
CRAVEIRO, Juliana Rodrigues Venturi. ​Caracterização das Unidades de
Conservação: Referências Sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza. 1​ º Simpósio de Pós – Graduação em Geografia do Estado de São Paulo. Rio
Claro – SP – 2008.
GOVERNO DO ESTADO. ​Atlas Geográfico da Paraíba​. João Pessoa, Graffset, 1985.
GUERRA, Antônio Teixeira. ​Dicionário Geológico-Geomorfológico.​ Rio de Janeiro,
IBGE, 1969.
MOREIRA, Emília de Rodat F. ​O espaço natural paraibano​. João Pessoa, 19_ _.
SEABRA, G. F. ​Turismo insustentável: degradação da cultura e do meio ambiente no
estado da Paraíba. Revista Paraibana de Geografia, João Pessoa, v. 2, n. 1, p. 89-100,
2000.
SILVA, L. M. T. et al. ​Uso e ocupação do litoral sul da Paraíba: o caso de Jacarapé.
Revista Cadernos do Logepa – Série Texto Didático. Ano 2, n.º 3, p. 34-43. 2003.

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