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por

Henrique José de Souza


EDITORIAL

Mudanças globais, mudanças climáticas, mudanças de gênero, são temas


apropriados para caracterizar a transição dos séculos vinte para vinte e um.
Tornaram-se disciplinas acadêmicas e assuntos em alta na mídia noticiosa e na
mídia científica quanto a investigações sobre causas e efeitos, avaliações sobre
impactos, vulnerabilidades e resiliências acerca das mudanças globais. São temas
vastos em abrangência e classificados como multi e transdisciplinares(1) pelas
academias contemporâneas.
Assim ressurgiu a ênfase por ADAPTAÇÂO (2), no século vinte e um devido
à irreversibilidade destas mudanças no contexto global, considerando que estão
posicionadas como resultado dos períodos ou eras industrial (3), e pós-industrial
(4) sobre a qual se estabeleceu um período de meio século de guerra fria baseada
num pseudo domínio militar e civil das tecnologias nucleares, a qual redundou
na sociedade da informação e do conhecimento (5). Atualmente continuam testes
com mísseis e ameaças de escaramuças nucleares num teatro tétrico e aberrante
de egos imperiais diabólicos. A “Sociedade do Conhecimento”, exige intensa e
qualificada capacitação quanto à adaptação do homem ao novo paradigma de
sociedade, dentre as quais a de se conectar em rede global de computadores e as
pertinentes ao domínio de softwares para que possa sobreviver em rede, mesmo
que como vítima de inúmeras contradições e equívocos embutidos naquela
concepção de que a tecnologia da informação traria um mundo de progresso
e desenvolvimento sem par na história recente, e o arremessou numa corrida
armamentista e espacial tresloucada, cuja ficção foi iniciada no século vinte
dentro dos institutos e agências espaciais do mundo moderno.
Por não haver um conhecimento completo e de longo termo acerca dos
efeitos e muito menos das causas das mudanças climáticas por parte das ciências
atuais e dos atores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (6) e,
por não haver entendimentos globais sobre uma agenda de relações internacionais
para uma nova Ordem Mundial que possa gerar sustentabilidade generalizada no
Planeta, há um chamamento radical por ADAPTAÇÂO às mudanças climáticas
intensas, extremas e rápidas. A compreensão para esta realidade está expressa em
diversos excertos de sabedoria eubiótica, dentre os quais cito:

“Transformar-se ou morrer é um dilema iniludível”, (7)

que vai muito além das condicionantes ambientais, sociais e políticas do nosso
tempo, porém atinge nossa consciência e realidade, posicionando um alerta
de nova era, novo século pertinente a novo ciclo evolucional. A transformação
mencionada é essencialmente MENTAL-ESPIRITUALISTA, que requer superação
aos atavismos religiosos, culturais e emocionais ligados à cultura materialista
do globalismo competitivo entre nações e seus blocos econômicos, que ao final
ergueram impérios de guerra e domínio continentais, e se acercaram de colonizar
planetas do sistema solar e extra-solar por entenderem que o planeta Terra já está
esgotado em seus recursos naturais e com uma sobre-população estimada em 9
bilhões de seres até 2050.

Esta edição está dedicada à nova visão de ciência conforme:
“Filosofias, ciências e religiões, valem por aquilo em que nos fizeram
mais úteis à Fraternidade Humana”;
e, traz elementos para reflexão e crítica da ciência no novo século, assim como
para a cultura de Adaptação e Transformação no Brasil, fundamentada na
Sabedoria Eubiótica:
“O Brasil participa das influências cíclicas terrestres, embora resguardado por uma
pretendida situação privilegiada. Este privilégio não existe. Admitindo-se mesmo,
por hipótese, a sua existência, ele só servirá para pôr em evidência, a precocidade
dos seus erros e dos seus vícios, que, como nação nova, imita inconscientemente
das mais velhas e decrépitas. A sua grandeza é apenas física, material, oriunda da
extensão e uberdade do seu território e das riquezas incalculáveis que ele encerra.
A discordância aparente entre a exuberância vital deste país e a fraqueza da
raça que o habita, não significa que esta seja indigna da casual oferta, mas que
a obrigatoriedade em praticar as virtudes relativas ao seu merecimento é a única
condição de posse, imposta previamente, ao povo assim favorecido.”
(Prof. HJS. Mensagem ao povo brasileiro. Dhâranâ Ano V – edição 18 - dezembro
de 2017 a março de 2018, pág.05.)

(1) http://www.gthidro.ufsc.br/arquivos/CARTA-DA-TRANSDISCIPLINARIDADE.pdf
(2) Adaptação se refere aos esforços da humanidade para sobrevivência e evolução segundo
macro-condicionantes globais, regionais e locais impostas pelo clima, geografia, conjunturas
político-econômicas e sociais, meio ambiente e disponibilidades de recursos naturais da
biodiversidade.
(3) https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_industrial
(4) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_pós-industrial
(5) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_do_conhecimento#Adaptação_do_homem_a_
um_novo_paradigma_de_sociedade
(6) https://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_Intergovernamental_sobre_Mudanças_Climaticas
(7) Pequeno Oráculo. Prof. Henrique José de Souza

REVISTA ON-LINE QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE


Ano Vl - Número 19: maio a agosto de 2018
Sumário
5
Teosofia e Ciência
por Henrique José de Souza

6
ATUALIDADE HUMANA

10
EXCERTOS DE
SABEDORIA EUBIÓTICA

15
OBSERVANDO O CLIMA,
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E
ADAPTAÇÕES NO SÉCULO XXI
POR RONALDO LYRIO BORGO
O Ocidente se acha atualmente muito mais inclinado às teorias materiais do universo, do que ao ser publicada em 1889,
pela primeira vez, a “Doutrina Secreta”. Sir James Jeans em The Mysterious Universe, novembro de 1930, diz: “Tais conceitos
reduzem o universo inteiro a um mundo de luz, potencial ou existente”... (pág. 77).
Todo ele parece assemelhar-se mais a um grande pensamento do que a uma grande máquina. A mente já não nos
aparece como um acidental intruso no reino material. Começamos a compreender que seria preferível saudá-la (a Mente)
como criadora e governadora desse mesmo reino: não nossas mentes individuais, mas aquela Mente em que os átomos, com
os quais as nossas foram formadas, existem como pensamentos. E mais adiante, à pág. 149: ...“Descobrimos que o universo
demonstra, evidentemente, um desígnio ou poder governante, que tem algo de comum com as nossas próprias mentes individuais.”
Compare-se tais ideias com o que expunha, quarenta anos atrás, H. P. B. na Doutrina Secreta: ...“o mineral, que em
si mesmo é luz cristalizada e imetalizada.” Vol. 11, 179. No vol.1, pág. 144: ...“As ideias existentes no Pensamento Divino são
impressas na Substância Cósmica como Leis da Natureza”.
Embora que não haja necessidade de crer na inspiração verbal da Doutrina Secreta manifesta-se claramente que, quem
quer que fosse, a houvesse escrito, Mestre ou discípulo, o fato é que, se empregou naquela ocasião um esforço para serem
descritos certos processos na natureza. Os moderno filósofos, cientistas e psicólogos procuram descrever a mesma realidade,
sendo dever para o estudante teósofo, adotar a mesma atitude para ambas as partes. Algo parecido com o que acabamos de
transcrever do News & Notes, reproduzimos do sábio alemão Prof. Einstein. Em uma de suas recentes declarações afirmou que
o universo não descansa em leis de energia ou de matéria, mas, de inteligência. O que equivale, em dizer que, o universo não
é matéria nem energia, e sim, inteligência. Tal pensamento foi expresso há milênios pelos sábios da Índia, ao dizerem que
“O universo é um pensamento de Deus”.
E pelos Iniciados de todas as épocas, que “O Universo é todo Akasha, vibração, palavra, luz, uma manifestação de Deus”...

Artigo original publicado


em: Dhâranâ nº 84
Abril a Junho de 1935
ANO X
Redator:
Henrique José de Souza

5
Para onde quer que volvamos o olhar, observamos que o atual estado de coisas na humanidade, é o seguinte: encontra-se
ela esmagada sob o peso do mais angustioso sofrimento, agravado por ver e sentir o erro de que foi vítima a respeito do passado,
quando sua visão simples lhe proporcionava, pelo menos, a consoladora esperança de uma felicidade celestial, embora “depois
da morte”, como prêmio de “boa conduta”, segundo os preceitos de sua fé. Atualmente, em troca, a progressiva intensidade da
“vulgarização científica” solapou a sua fé, tornando-a cada vez mais cética, destruindo-lhe paulatinamente a confiança em si
mesma, individual e coletivamente.
O “conhecimento” acadêmico, superficial e frio, só lhe serviu para ver o mal em tudo e em todos, ocasionando-lhe a
deprimente ideia de que tudo na vida, e a própria vida, nada mais é do que um jogo fatal do cego “destino”, sem fim algum, nem
superior propósito, e que a consciência não passa de uma “função” do corpo. Morto este, chega o fim do homem, e com isso,
a destruição da individualidade pensante. Portanto, esta vida “pessoal” é o princípio, o meio e o fim da existência. O homem
que aqui e agora não pudesse gozar, jamais o lograria; de modo que, deveria tratar de o fazer o mais que pudesse agora e, em
caso contrário, tanto pior para ele.

6
Relaxada, assim, a noção da “Moral”, destruída A “vida-consciência” humana jamais cessa nem pode
toda norma de Ética, abandonando o homem a sua cessar, pois, se o pudesse, jamais existiria. Contrariamente,
miséria e pequenez ao cego destino – segundo lhe ensina todas as leis da lógica seriam uma aberração. Que é a mesma
a “ciência” e corrobora a aparente observação sensorial “vida” humana, externa e sensorial, a única que o homem
e sua “experiência” externa, é – de certo modo – natural sente? Nada mais do que um “mistério”, entre outros
que se afunde na corrupção e que trate de tirar o melhor dois mistérios chamados “nascimento” e “morte”. Donde
proveito das circunstâncias que, para o gozo imediato procede, que é e para que é, pois, a consciência? Que origem
se lhe apresentem, ou conseguir os meios que lho e razão tem essa íntima noção de nossa indestrutibilidade?
proporcionem. Que importância pode ter o atirar-se à O fato é que, a vida jamais cessa e cada causador goza
louca e desenfreada carreira para satisfazer – como, onde ou sofre a reação de seu pensamento, desejo e ato, segundo
e quando possa, conforme a sua capacidade – suas paixões sua índole e nele se fecha o ciclo causal que ele mesmo
inferiores (“únicas” que sente direta e imediatamente e que abre. Se sabe e compreende a tremenda Responsabilidade
acredita constituir a sua essência), aumentadas por essa na elaboração de sua felicidade ou desgraça e de sua
vulgarização? participação na dos demais (2), poderá mitigar seu atual
É natural que, nesse estado, despreze toda opinião sofrimento e preparar um futuro mais ditoso para si. A
que lhe aconselhe a mudança de conduta; considerando-a vida é indestrutível; o homem é uma expressão evolutiva da
pueril sentimentalismo, quando não a qualifica de indivisivelmente Una Consciência do Ser. Essa Consciência
hipócrita. Nada o induz a restringir suas paixões, vítima indivisa, expressa ou manifestada nas formas (3), é que dá
como é, dos seus sentidos! Tudo, em troca, o compele a origem à “vida” que observamos onde quer que se seja.
uma crescente exacerbação passional, enquanto que O “homem” é um “raio” da Indivisivelmente Una
o poder de sua vontade construtiva, seu caráter e sua Consciência, por assim dizer; sua consciência individual
inteligência, se vão debilitando e destruindo, devido ao jamais cessa, desde que está indissoluvelmente unida à
seu mau uso. Nesse estado, o homem carece do Verdadeiro Consciência Una, Absoluta. Logo, a vida não pode ter
Conhecimento(1), porquanto, aquela referida vulgarização motivos opostos e finalidades contraditórias nem se reger
destruiu nele a fé. Logo, sua conduta é lógica em seu pela arbitrariedade ou pelo acaso.
modo de ver, o que não obsta que, em certos momentos Toda a Vida Universal está regida pela suprema Lei
(especialmente nos indivíduos mais adiantados) torturado da Harmonia, como é necessário que o seja, em vista da
pelo desespero angustioso de sua mente, renegue o seu Unidade de origem e do propósito. Porém, sendo pseudo
mais nobre poder, que é o Pensamento, como se fora este infinita a Manifestação e, portanto, as “condições” da
uma cruel e fatídica maldição e chegue até a invejar aos “expressão” da vida, cada grupo de especiais condições
demais a sua inferior condição. Penoso é tal estado de (graus, etapas, reinos, etc.), está regido por uma série de sub-
transição do reino anterior ao verdadeiramente humano, leis que relacionam esse grupo aos demais, harmonizando-
quando a “razão” começa a despertá-lo. É mui lentamente os em seus processos e atuações com os demais grupos,
que o vai deixando para se ir elevando gradualmente, para servindo assim à comum finalidade do Universo.
o excelso estado de consciência, inerente à sua essencial e Transformar a Consciência “latente” em “Ativa”,
indestrutível divindade interna. Neste estado de transição, tanto vale dizer, desenvolver Inteligência e Poder. Portanto,
se acha a maioria da presente humanidade e, por isso embora que em seu processo evolutivo incidam os estados
mesmo, no momento atual, caracterizado pelo sofrimento, de consciência no homem, esta permanece indestrutível.
tanto individual como coletivo. Porém, já começa a Neste fato se baseia a doutrina da Justiça que exige que
despontar a aurora de uma nova e renovada humanidade, todo aquele que perturbe a Harmonia deve repará-la ou
precisamente em nosso meio, neste bendito continente, restabelecê-la, à sua própria custa.
cujos países são um vasto crisol múltiplo dessa nova e mais Só sendo indestrutível o homem (como Consciência)
ditosa humanidade. pode cumprir-se a inflexível Lei. E ela não pode ser enganada
Nenhuma felicidade pode ser alcançada sem dor, com dádivas, nem sub-rogada por substituição alguma
mas em troca, nenhuma dor fica sem compensação. Tal é ou enganada com orações. “Colherás aquilo que tenhas
a Lei. Esta lei de Causalidade e único “luzeiro” capaz de semeado”, diz a Lei. Ai dos negligentes, que se abandonam
iluminar as trevas do sofrimento, se o homem se deixar à indiferença e vão para o embotamento! Eles rompem a
guiar por ele. Suprema Finalidade, recusando-lhe o seu concurso e com
A Verdadeira Razão, isto é, o são e reto discernimento eles a Lei será necessariamente cruel, desde que eles mesmos
à luz dessa Lei, lhe fará ver o mundo das causas e a suprema elaboram essa crueldade. Enterram nesciamente o mais
Harmonia que rege a manifestação da vida – não o cego precioso “talento que possuem, o tesouro mais excelso: o
acaso – e levarão ao seu coração o bálsamo do consolo, pensamento discernitivo, isto é, a razão harmonizadora e
originado, não em dogmática superstição, mas na verdade construtiva.
Suprema. Entretanto, nesse triste caso se encontra a maioria da
Não há efeito sem causa, nem causa sem efeito. No nossa humanidade, que se empenha em “volver” ao estado
Universo não existe o acaso, salvo como uma fácil e cômoda anterior, da triste animalidade, entregue ao instinto, porém,
“explicação” de nossa ignorância de certas leis e causas.
7
sequer, com a vantagem de não utilizar as faculdades
superiores – de que carecem os animais – para pervertê-lo e
depravá-lo, como faz o homem, especialmente o “civilizado”. Essa
tendência retrógrada indica certas forças atávicas, que o homem deve vencer e
transformar na presente etapa, antes de poder passar ao nível superior imediato.
Nossa época requer com urgência imperiosa uma modificação fundamental
da educação, que deve ser enobrecida e orientada mais para o indivíduo permanente,
em vez de converter o homem em uma fera erudita, provida de elementos intelectuais
para fazer mal aos seus semelhantes. O “conhecimento” inferior, essa pedante erudição
superficial dos “cascos” exteriores dos fenômenos que envolvem a vida humana, é um verdadeiro
açoite dantesco de nosso tempo “das luzes”. É ainda mais nocivo para o progresso humano do que a
simples e ingênua fé dos tempos passados.
Os céticos que produzem como frutos naturais, esses cultores do egoísmo inferior exclusivista,
tão apaixonado como estéril, causam a si mesmos – embora sem o saber – um terrível dano– como
aos demais, ao encerrarem-se na crosta de sua vaidade pessoal – única razão – do seu despeito e
indiferentismo para com o sofrimento de seu irmão humano. O afã de torpe satisfação, sempre mais
difícil, de suas paixões (chama-as “necessidades” depois de havê-las criado por artifício) depressa
os faz, enclausurar-se nessa crosta que acaba por torná-los impermeáveis a tudo o que é nobre e
a toda luz interna. Em nossa humanidade atual predominam estas vítimas do “atavismo”, vulgo
“cordas” e “práticos”, pessoas estas êmulas de Sancho Pança com todos os vícios deste (aumentados),
porém sem nenhuma de suas qualidades. Ou são verdugos de seus irmãos, a quem querem impor a
“felicidade”, ou simplesmente, um rebanho de covardes resignados.
Para tais gentes, que é a imensa maioria, há um só fator de progresso capaz de fazê-las sair do marasmo
ou de sua crosta de vaidade. Este fator se chama Dor em alguma ou várias de suas modalidades. A dor os
compele ao avanço para a auto-realização progressiva da própria natureza superior. Reação natural e necessária
de causas já amadurecidas, individuais e coletivas, a dor serve ao homem de alavanca elevadora para a sua
própria e verdadeira essência, isto é, para a sua própria AUTO-REALIZAÇÃO.
O iniciado apóstolo do Cristianismo escreveu em uma de suas epístolas... “deuses sois”. Verdadeiramente,
é a realização da própria divindade interna, para o que nos impele a dor, se soubermos tirar proveito do
ensinamento que ela nos oferece. A dor que satura toda manifestação não é no fundo outra coisa, senão, o
agente educativo do nosso próprio ser e o meio pelo qual nos orientamos para a verdadeira FELICIDADE.
Resultado de nossos erros, reação natural e necessária de causas geradas anteriormente, tanto na ordem
pessoal como coletiva, a dor é precisamente um dos nossos melhores mestres de positiva humanidade.
Talvez por conhecer nossos mais remotos passados esta verdade, é que se popularizou tanto a velha
sentença de que “a letra com sangue entra”. E é com sangue de nosso coração que aprendemos a discernir entre
o verdadeiro e o falso, entre o real e o ilusório, entre o fugaz e o permanente. E nada há mais permanente que a
nossa indestrutível essência divina, a VIDA UNA imperecível, o EU (Sou), isto é, o que os antigos designaram
sintética e alegoricamente com a palavra “THEOS”, que a nossa erudita e néscia humanidade depravou em
seu sentido e em sua forma, elaborando um “deus” com a agravante de fazê-lo “pessoal”, grosseiro arremedo
das mais vergonhosas misérias humanas, das quais o fez depositário e árbitro caprichoso. E como se isso fosse
pouco, um clero interesseiro fabricou uma série de dogmas sob sua invocação, com os quais pretende que o
homem está submetido à caprichosa arbitrariedade desse “deus”.
Não temos por que discutir aos “cristãos” o seu “deus” – torpe adaptação do Jehovah judeu. Não é
semelhante divindade, nem semelhante deus o que pode inspirar a um homem capaz, qualquer sentimento
nobre nem orientá-lo para os superiores níveis de sua própria natureza, pelo caminho do voluntário esforço
para eles.
A NOVA HUMANIDADE que assoma neste Continente, estará livre, assim o esperamos, de semelhante
tara, de fabricação espúria, imbuída nas massas da presente humanidade, através dos séculos de tirania
eclesiástica, exercida em um mundo de animalização do homem pelas “classes seletas” em seu exclusivo
proveito.

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Neste artigo vimos a ação que a Dor exerce a respeito do indivíduo. Em um próximo artigo analisaremos sua influência no
aspecto coletivo. Em resumo, podemos dizer com o inspirado Gotama: “A supressão da Dor é a razão do esforço inteligente”.
Essa é a verdadeira missão da “evolução”, enquanto que a “ciência” só nos proporciona novas dores ou novas formas da dor,
quando não resulta verdadeiramente assassina e destruidora; por isso mesmo, “criadora” de novas “necessidades” e de novos
obstáculos. Em troca de um aeroplano, nos ata à localidade mais do que a antiga dificuldade de comunicações; em lugar de
uma máquina multiplicadora de trabalho, cria a fome das massas, etc. Isto veremos num próximo artigo.
ARAUTON

(1) O das supremas Causas de que é ele mesmo o gerador, se bem que “agora” o ignore. – Nota do autor.
(2) Pois constitui parte indissoluvelmente solidária com toda a humanidade e demais formas em que se manifesta a Universal Vida-Consciência.
– Nota do autor.
(3) A soma total do seu pensamento concebendo a si mesma como “existindo”, isto é, como sendo “algo”, logo é distinta de si mesma. Tal Consciência,
cuja natureza é o ato inteligente, “Eu (sou)”, em um simples instante sem sucessão de tempo, um simples ponto sem espaço, é necessariamente o
“Absoluto”, pois é incondicionado e ilimitado enquanto que condiciona o limita seu próprio Ser; logo, tudo quanto pode existir, isto é, o “Relativo”,
é simplesmente o resultado de “Sua Ideação”. – Nota do autor.

O presente artigo foi escrito especialmente para DHÂRANÂ. Seu autor


preferiu conservar o anonimato. Versão para o português por TAG. (Nota do
Redator); Artigo original publicado em Dhâranâ nº 7 5 e 76 – Janeiro a Junho
de 1933 – ANO VIII. Redator: Henrique José de Souza

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I- Cenários e Atualidades de uma estação para outra, muitas vezes, o verão se
Está em curso uma odisseia romanesca nos palcos da confundindo com o inverno e vice versa, as repetidas
ONU para controlar o clima da Terra, com Convenções de inundações por toda a parte do globo, inclusive no Brasil.”
interesse em torno de uma nova ordem mundial, planejada (Prof. Henrique José de Souza, Comentários do Livro “O
pelos impérios do globalismo, baseada em economias de Rei do Mundo”- Capítulo II - Dhâranâ– abr/jun de 1945 –
baixa emissão de gás carbonico e em sistemas tecnológicos pág. 7 e 8.)
não emissores de gases de efeito estufa. A tal Odisseia O que está na base dos sistemas de produção e
lançou uma corrida de “Salva Planeta” no séc. XXI que consumo do mundo moderno, que se traduzem em
surgiu do Acordo Climático de Copenhagem/Dinamarca atividades humanas, ou de desenvolvimento das sociedades
(dezembro de 2009) para intensificar a promoção do humanas, que impactam brutalmente o clima do planeta?
paradigma da Economia de baixo carbono globalizada - As tecnologias de guerras e seus sistemas, e sobre isto os
Low Carbon Economy , nas energias limpas ou CO2 clean, representantes do Status Quo se calam nas Convenções
com ênfase nas tecnologias nucleares de última geração, do Clima Global. Há evidências muito claras de causas do
e nas renováveis: solar, eólica, hidrogênio, maremotrizes, aquecimento registrado na última metade do séc. XX, e
hidrelétricas e biomassas. sobre as variações climáticas repentinas, além de uma série
Os representantes do status quo das ciências de constatações sobre efeitos desastrosos em cascata que
oficiais e dos governos, o IPCC, através de custosas e estão mudando as características da atmosfera e da biosfera
melodramáticas batalhas diplomáticas em torno do (oceanos e continentes) do planeta, relatados por agências
controle do clima que atravessaram o século XX p/ o XXI, e institutos de ciência mundo afora. Tais evidências são
afirmam categoricamente que as causas do aquecimento encontradas na comparação de registros de milhares de
global estão nas atividades humanas. Estas causas tem sido testes nucleares realizados pelas potências bélicas entre
questionadas desde o século XX, perpassando a Convenção 1945 e 1998 , ou segunda metade do século XX, que
do Clima de Copenhagem - dez. 2009 , a Convenção de convergem com o gráfico de subida da temperatura média
Paris – 2015, Convenção de Fiji-Bonn –2017, até os dias global de aprox. 0.7 graus centígrados no período. Sabe-
atuais . se que explosões atômicas elevam extraordinariamente
Com o objetivo, a longo prazo, de manter a as temperaturas atmosféricas na ordem de dezenas de
temperatura média global inferior que 2°C acima dos níveis milhares de graus Celsius em grandes raios de destruição.
pré-industriais, foi assinado o protocolo da UNFCCC Porém a corrida nuclear não cessou de lá para cá. É notável
de Paris, em dezembro de 2015, onde os governos de que o registro de subida de temperatura média global do
195 países chegaram a um acordo histórico no sentido planeta se deu entre 1975 e 2000, após um período de
de reduzir emissões de gases estufa implementando máxima atividade de testes nucleares em função da guerra
economias de baixo carbono até 2050. Os países membros fria entre os impérios do ocidente e oriente entre 1951 a
signatários pretendem fortalecer seus níveis de resiliência 1990.
frente aos impactos das alterações climáticas fornecendo
USD$ 100 bilhões por ano para a adaptação dos países em
desenvolvimento até 2025. Este acordo foi ratificado por
vários países e pelo Brasil em outubro de 2016, embora o
maior emissor, os Estados Unidos da América, com o seu
novo governo e regime a partir de janeiro de 2017, não
garantiu a sua participação no esforço global, colocando
em cheque, pela sua importância geopolítica e econômica,
a vontade expressa de outras Nações, desenvolvidas e em
desenvolvimento.
Causas do Aquecimento Global no séc.XX estão
relacionadas com os testes nucleares e seus impérios de
guerras.
Do extenso manancial de ciências Eubióticas acerca
do Clima e das Mudanças Globais que vêm ocorrendo
desde o século XX, com ênfase na segunda metade que se
abrigou sobre a era pós-industrial, sobre a qual aconteceu
a corrida armamentista mundial que derivou na 2a. guerra
mundial e resultou na sociedade do pós-guerra, citamos:
“O degelo dos polos e consequente compressão
equatorial, por essa mesma razão, ou seja, a da GUERRA*,
concorre, por sua vez, para as perturbações climatéricas,
barométricas, etc .que estamos presenciando, já há tempo,
como sejam, por exemplo: a do avanço de dois e mais meses
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“Desde o primeiro ensaio nuclear em 1945 até ao último teste realizado pelo Paquistão em 1998, nunca houve um período
de mais de 22 meses sem qualquer teste nuclear. Assim, o período de junho de 1998 até ao momento actual tem sido, de longe,
o maior período desde 1945 sem testes nucleares declarados. O tratado sobre a proibição total de testes nucleares, adotado pela
ONU em 10 de setembro de 1996, colocaria, teoricamente, ponto final à lista de 2.047 testes nucleares contabilizados no mundo
desde 1945.Antes que a Coreia do Norte realizasse nesta segunda-feira seu primeiro teste atômico, as sete potências nucleares
do mundo procederam 2.047 testes nucleares desde a explosão da primeira bomba atômica no deserto do Novo México, Estados
Unidos, em 16 de julho de 1945.” (PARIS, 9 Out (AFP))
- Estados Unidos: 1050 testes (envolvendo 1125 engenhos), a maior parte deles na área de testes de Nevada e na zona de testes
do Pacífico nas Ilhas Marshall, com dez outros testes levados a cabo em vários pontos dos Estados Unidos, incluindo Alasca,
Colorado, Mississippi, e Novo México.
- União Soviética: entre 715 e 969 ensaios, a maioria na área de testes da Sibéria e Nova Zembla, e mais alguns em vários pontos
da Rússia, Cazaquistão, Turquemenistão e Ucrânia.
- França: 210 testes, a maior parte deles realizados em Reggane e Ekker, na Algéria, e Fangataufa e Moruroa, Polinésia Francesa.
- Reino Unido: 45 ensaios, 21 em território australiano, incluindo 9 no continente (Austrália do Sul, em Maralinga e Emu
Field), e muitos outros em território dos Estados Unidos, como parte da colaboração com este último.
- China: 45 testes (23 atmosféricos e 22 subterrâneos, todos conduzidos na Base de testes de Lop Nur, em Malan, Xinjiang)
- Índia: 5 ou 6 testes, em Pokhran.
- Paquistão: entre 3 e 6 testes, em Chagai Hills.

Áreas de explosões nucleares no


Globo
Wikipédia

A Adaptação ao Clima requer uma Nova Ordem Mundial


As maiores preocupações entre “gregos e troianos do clima” do século XXI é a de que é necessário adaptar os países para
os efeitos e impactos de eventos climáticos severos que já estão ocorrendo em escala global. Neste consenso de adaptação estão
envolvidos diversos agentes e formadores de opinião que pretendem com inovação tecnológica, mitigar CO2 e deter a escalada
de desastres climáticos. Os países pobres são destacados obviamente como os mais vulneráveis, e, parece evidente que os ricos
querem disparar uma corrida baseada em “transferência de tecnologia” para promover adaptação, o que lhes promoveria
fartos lucros e dividendos e a manutenção de seus impérios.

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Adaptação requer mudança radical de paradigmas, senão em todas as ciências, daí o imenso desafio para a humanidade
do presente ciclo no contexto de novo milênio para encontrar a tão propalada sustentabilidade, ou desenvolvimento sustentável.
Ademais, requer quebra de paradigmas nas ciências e tecnologias do nosso tempo , o que posiciona o maior dos maiores
desafios para as academias, centros de pesquisa e investigação, órgãos de governo e ong´s, sociedade civil e corporações.

Proposta para uma concertação entre o IPCC e Ñ-IPCC à favor de Nova Ordem Mundial
I.1-Fundamentar um Pacto Global de Adaptação às Mudanças Climáticas dentro de Nova Ordem Mundial baseada na Paz
e desarmamento nuclear, na diversidade cultural, religiosa e racial das nações, e na Unidade de Ações junto a ONU para
cumprimento dos Objetivos do Milênio, no médio prazo 2017-2030.
I.2- Implementar este Pacto Global baseado num Contrato Social Planetário, em torno de novos paradigmas das Ciências
como a Economia Ecológica , Conservação da biodiversidade, na Cultura da Paz, Solidariedade e Cooperação Internacional
entre nações, assim como em Energias Renováveis, tecnologias limpas e não destruidoras do meio ambiente.
A Concertação da UNFCCC a favor da Evolução da Humanidade pode abrir as vias para uma Nova Ordem Mundial
centrada na Cooperação solidária, Ciência e Adaptação ao Clima, ainda no séc.XXI e vias para uma Ordem Mundial Sinárquica,
como base sólida para a solução de todos os problemas políticos e sociais, que se acumularam através das guerras por eras,
de que é vítima a própria humanidade (*).

(*) Sinarquia é um sistema filosófico-politico de uma sociedade Perfeita governada por Sábios e não por uma classe politica corruptivel como a que
conhecemos atualmente. A visão dessa Sociedade futura foi desenvolvida por Saint-Yves d’Alveydre, figura impar considerado um dos luminares da
Teosofia, aclamado pelos Rosa-crucianos, um grande mestre proeminente na história do Ocultismo na França no século XIX.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinarquia) A Sinarquia como modelo de governo Espiritualista e Humanista, submete o Poder de Estado à Autoridade
da Ciência-Sabedoria.

Observando Mudanças Climáticas, Desastres e Adaptação no século XXI a fim de subsidiar


a construção de políticas públicas sócio-ambientais no Brasil.

I) Introdução
A necessidade de adaptação às mudanças climáticas globais e aos extremos do tempo e clima lançou as ciências de
risco de desastres numa verdadeira corrida internacional de médio prazo 2015-2030 em torno do framework de Sendai para
a redução de riscos de desastres , para sustentar e manter conquistas econômicas e sociais, assim como os domínios nacionais
e regionais. [16,19,20,21]. É importante lembrar que esse tipo de framework sempre recomenda políticas e ações dos países
signatários para a implementação de planos nacionais de adaptação, com foco local.

II) Acerca das Mudanças Climáticas


Há várias divergências teóricas e de interesses entre as diferentes correntes das Ciências Naturais e da Terra sobre as
verdadeiras causas das mudanças climáticas e conexões com os extremos do tempo e clima.
Os representantes das Ciências do Clima estão divididos, entre os aliados do Painel Internacional do Mudanças do Clima (IPCC),
de um lado, e os representantes do segmento de Ciência Natural e da Terra (os “céticos” não alinhados com o Aquecimento
Global do IPCC). O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) define a mudança climática como:
“Uma mudança no estado do clima que pode ser identificada (por exemplo, usando testes estatísticos) por mudanças na
média e/ou na variabilidade de suas propriedades, e que persiste por um período prolongado, normalmente décadas ou mais. As
alterações climáticas podem ser devidas a processos internos naturais ou forçamentos externos, ou a alterações antropogénicas
persistentes na composição da atmosfera ou no uso da terra”. [24]
Os cientistas aliados do IPCC sustentam a tese das mudanças climáticas antropogênicas baseadas na emissão de gases de
efeito estufa, com ênfase no CO2, com o planeta refém do “aquecimento global” antropogênico acima de 2 graus centígrados.
Construiram um “estado da arte” para as ciências do clima baseado na “atribuição de eventos” sobre as mudanças climáticas,
que interligam fortemente as variações nos fenômenos extremos hidro-climato-meteorológicos ao alto risco de desastres.
[22,23]
De outro lado, os representantes do segmento de Ciência Natural e da Terra (os “céticos” não alinhados com o Aquecimento
Global do IPCC) defendem a tese de que não há aquecimento global e que as mudanças climáticas não são antropogênicas,
e sim naturais, processando-se em ciclos temporais, e provavelmente derivadas dos ciclos solares associados a variação de
concentração de incidência de raios cósmicos na atmosfera, e dos movimentos e forças astronômicas que atuam sobre a Terra
[25,26,27,30]. O segmento também busca suporte numa grande diversidade de pesquisa em riscos de desastres baseados em
tópicos de ciências sobre os fenômenos naturais geológicos como sismos (earthquakes) [28,29], vulcões e tectônica continental;
nas ciências espacial,

18
astronomia e meteorologia, como: a dinâmica do circuito A geração de resiliências para adaptação tornou-se
elétrico entre o Sol e Terra (the Sun-Earth eletric coupling) um paradigma, e agrega complexidades com a necessidade
[30], as variações dos ciclos solares, das explosões solares de convergir todas as ciências, humanas e sociais, exatas
com ejeção de grandes volumes de plasma (coronal mass e naturais, engenharias e técnicas, saberes e práticas de
ejection) sobre a ionosfera, acarretando mudanças de coexistência e sobrevivência para promover redução de
estado na magnetosfera da Terra e na eletro-hidrodinâmica risco de desastres em nível local. Requer alto grau de
atmosférica, influenciando o clima espacial (the space investimentos em infraestruturas tecnológicas civis e
weather)[25,26,27], a maior ou menor concentração de redes de comunicação emergenciais para suporte à gestão
chuvas de meteoros na atmosfera terrestre, que direta de desastres. Mas passa também pelo aproveitamento de
ou indiretamente influenciam a dinâmica climática do soluções das comunidades tradicionais, aquelas que são
planeta [1]. mais adequadas a determinados ambientes, e que fazem
Com o objetivo, a longo prazo, de manter a uso de técnicas permaculturais. Como exemplo: lagos
temperatura média global inferior a 2°C acima dos níveis comunicantes e reservatórios dágua, as bio-construções
pré–industriais, foi assinado o protocolo de Paris da habitacionais, a agricultura orgânica, agro-florestas, e
UNFCCC, em dezembro de 2015, onde os governos de incluindo as técnicas de manejo florestal para conservação
195 países chegaram a um acordo histórico no sentido e preservação, recuperação ecológica de terras degradadas
de reduzir emissões de gases estufa implementando e reflorestamento.
economias de baixo carbono até 2050. Os países membros Mais além a visão de geração de resiliencias atinge
signatários pretendem fortalecer seus níveis de resiliência complexidade maior porque a Governança geral sob
frente aos impactos das alterações climáticas fornecendo pressões e choques disruptivos tornou-se normalidade
USD$ 100 bilhões por ano para a adaptação dos países em em todo o mundo. Está além do poder de qualquer
desenvolvimento até 2025[14]. Este acordo foi ratificado estado individual enfrentar os desafios demográficos,
por vários países, e pelo Brasil em outubro de 2016. climáticos, ambientais ou migratórios atuais, bem como
as consequências imprevisíveis de choques econômicos,
III – Acerca da Adaptação conflitos e extremismo violento.
A adaptação às mudanças climáticas está no cerne de Uma escalada de esforços em P&D e implementação
todos os processos civilizatórios da humanidade que têm de ações programáticas em C&T para subsidiar e prover
registro na história mundial, com acúmulo de experiências os países membros da ONU e sociedades tradicionais
e saberes arcaicos e modernos, e muitas vezes intuitivos. com plataformas de conhecimento, planos de Estado e
Um legado das gerações às seguintes, acerca da criação de redes de desenvolvimento de estratégias para Adaptação
resiliências para reduzir impactos de desastres relacionados às Mudanças Climáticas tomou conta do cenário global
às vulnerabilidades ambientais, sociais e culturais, e na primeira década do séc. XXI [17,18,19...]. A propósito,
visando alcançar certo grau de sustentabilidade. Tornou- o PNUD opera programas promovendo adaptação a
se um paradigma do conhecimento humano, baseado em eventos climáticos extremos em comunidades em todo o
ciências, técnicas, tecnologias e inovações convergentes mundo. Liderou os esforços da ONU em adaptação, com
e aplicadas, conforme a melhor retórica enunciada pelo uma carteira de projetos da ordem $ 1,3 bilhão em 140
Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento países em 2014, e seguindo uma lógica descrita como:
(PNUD) no início do século XXI . Citamos: “El manejo integrado del riesgo climático podría
“El aprendizaje adaptativo proviene del hacer, y hay proporcionar un marco que permita a La comunidad de
que aprender las lecciones de las prácticas más exitosas y desastre pasar más allá del todavía dominante enfoque
mejores que ya han sido implementadas. Es poco probable sobre La preparación y respuesta, y a La comunidad de
que la adaptación surja de una planificación a priori. La adaptación al cambio climático pasar más Allá del diseño
adaptación requerirá de continuos ajustes de las prácticas de estrategias hipotéticas futuras de adaptación. Si se quiere
del manejo de riesgos para resolver los cambiantes peligros proteger y avanzar en el desarrollo de países afectados por
climáticos y condiciones de vulnerabilidad.” riesgos climáticos, será necesario promover un enfoque
A visão modernista de Adaptação com foco na integrado de manejo del riesgo climático, que se desarrolle a
redução de vulnerabilidades busca promover capacitação partir de las propuestas exitosas dirigidas por La comunidad
para geração de resiliências sócio-econômicas, culturais de manejo del riesgo de desastres” .
e ambientais a nível local e regional. A ênfase reside As políticas e linhas de ação diante das mudanças
nas iniciativas de parcerias público-privadas para climáticas têm se concentrado fortemente nas atividades
empreendedorismo inovador em Adaptação [14], e na de mitigação dos gases de efeito estufa que encontram mais
corrida das corporações multinacionais de seguro em caso eco e tem ressonância nos países desenvolvidos, conforme
de desastres para geração de resiliência em infraestruturas fica claro nos documentos da COP (Conferência da
produtivas, em resposta aos impactos climáticos atuais ou Partes) de Paris de dezembro de 2015. A Adaptação toca
esperados [2]. mais de perto aos países em desenvolvimento que exigem
soluções locais para problemas locais, muitas vezes,

19
muito particulares de uma determinada região do planeta, e afetados de maneira diversa por distintos tipos de desastres. Por
isso, a adaptação conta mais com a implementação de programas de geração de resiliências regionais, estaduais, municipais e
locais, atuando sobre o quadro das vulnerabilidades climático/ambientais, e na prevenção de riscos de desastres naturais, com
consideráveis esforços de investimentos em infraestruturas tecnológicas de alerta antecipado com referência na observação/
monitoramento ambiental e na pesquisa sobre os fenômenos naturais.

III - A Escalada de Desastres e a Adaptação


A crescente escalada de desastres tendo como consequência imediata perdas e danos, e a corrida para a redução de
desastres demandam novos paradigmas de adaptação no século XXI baseados nas Ciências de Riscos e na Gestão de Riscos
de Desastres [1,3,9]. O crescimento expressivo de desastres (refa. Figura 01) tem desafiado a retórica política e sociológica
fundada no paradigma acadêmico do desenvolvimento sustentável e da globalização dos mercados estabelecidos nos anos
pós-guerra fria. Assim, torna-se essencial a inserção da adaptação às mudanças climáticas associada à gestão e redução de
desastres, na construção de novos modelos socio-econômicos na atualidade da sociedade do conhecimento. Tais desafios se
apresentam a governos, blocos econômicos e blocos políticos de Nações, em torno da procura por soluções a problemas que
não podem mais ser ignorados, e que têm na geração de resiliências para a adaptação, uma saída em busca austera para a
sustentabilidade [16].

Fig. 01 - Perda econômicas em 2016. 10 maiores catástrofes. www.aonbenfield.com/catastrophein-


sight

Estes desafios tem levado especialistas a discutir o assunto de maneira mais sistemática e global, em fóruns internacionais
promovidos pela Organização das Nações Unidas. A propósito, um manancial de conhecimentos, saberes e experiências
mundiais fundamentaram o “Hyogo Framework for Action” da “Estratégia Internacional para a Redução de Desastres das
Nações Unidas” (UNISDR) a partir de 2005. Atualmente, esta estratégia está incorporada aos programas e projetos nacionais
na linha da Prevenção/Redução de riscos climáticos para Adaptação às mudanças climáticas. Contudo, ainda são incipientes
os esforços de cooperação Norte-Sul e Sul-Sul para superar etapas e avançar com estratégias regionais para a Adaptação,
principalmente no âmbito da ALC (América Latina e Caribe), bem como a cooperação com as demais redes internacionais da
EU, dos USA e da Ásia-Pacífico.
O estudo de caso “Integração da Redução de Risco e Adapatação às Mudanças de Clima pra o Desenvolvimento
Sustentável” publicada no Policy Brief for Asian Regional Plan em Novembro de 2016, reafirma a necessidade de uma ligação

20
robusta e clara entre as políticas governamentais de redução de desastres e de adaptação às mudanças climáticas, contando com
a colaboração do governo e de organizações não governamentais. Esta é a estratégia utilizada por instituições internacionais
ao assistir países com grande risco de desastres naturais, e cujas ações são inclusive educativas, como a criação de estudos
ambientais que incorporem módulos de mudanças climáticas e de gestão de desastres, o que influencia positivamente o
aumento da resiliência de populações vulneráveis.
É fato confirmado pela multidisciplinaridade da ciência de riscos de desastres naturais e da transdisciplinaridade aplicada
à redução de riscos de desastres, o crescente número de desastres naturais e de fenômenos extremos de tempo e clima no início
do século XXI. Quadros atualizados sobre os desastres de origem antrópica e natural e vítimas, no período de observação de
45 anos (1970 a 2015) está mostrado nas fig. 02 e 03.

Figura 02: Desastres Antropogênicos e Catástrofes Naturais [2]

Fig.03: Número de Vítimas de Desastres Naturais e Antropogênicos[2]

Relatórios e estudos [2,5,17,18] mostram que a maioria dos desastres tem origem hidrometeorológica e climática, com
distribuição geográfica exibida na Fig. 04.

Figura 04: Número de desastres hidrometeorológicos e climáticos nos países de 1995 a 2015 [18]
21
O Brasil ocupa o primeiro lugar na América
do Sul em ocorrências de desastres de origem
hidrometeorológica e climatológica, e a segunda
posição no ranking global nos últimos 20 anos [18].
Iniciativas governamentais no Brasil que consideram
apenas as mudanças climáticas de origem antrópica, como
o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas,
não respondem satisfatoriamente aos desafios trazidos
pelos desastres. Os desastres naturais hidrometeorológicos
e climáticos resultam em enchentes e inundações,
deslizamento de terra e soterramento; e destruição
do patrimônio público e privado, gerando impacto
muito visível e de fácil constatação. Ademais, afetam a
economia, principalmente de países com agricultura
a céu aberto tendo principal item de sua balança de
exportação (agronegócio) commodities agrícolas, como o
Brasil, além de provocarem perdas humanas irreparáveis.
Dados quantificados e mostrados na Fig.05 mostram
o Brasil com 51 milhões de habitantes atingidos dentre
os dez países mais afetados com impactos de desastres
hidrometeorológicos e climatológicos no período de 1995
a 2015.
Fig. 05: Dez Países mais
afetados por desastres Hidro-climato-
meteorológicos.[18]

IV- Recomendações ao Governo Federal


Levando-se em consideração as dimensões continentais do Brasil e as complexidades e diferenças sócio-econômicas,
culturais e ambientais das cinco regiões administrativas do Brasil: Norte, Sul, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, torna-se
necessário construir uma Política de Estado para Adaptação às Mudanças Climáticas integrada com Redução de Riscos de
desastres, com visão de médio termo (2017 a 2030), além do plano de governo denominado Plano Nacional de Adaptação
2016 (PNA), elaborado como instrumento orientador em diretrizes gerais sobre estratégias setoriais de curto prazo [12].
Uma Política nacional deverá consolidar as contribuições e estratégicas regionais abrangentes sobre as realidades
regionais (estaduais, municipais e locais), refletindo o conhecimento e a experiência já alcançados na implementação de
diversas iniciativas de tripla hélice: governo, corporações públicas e privadas, e organizações da sociedade civil, além das
visões futuras, quanto à adaptação aos cenários de médio termo regionais e locais de mudanças climáticas.

22
V- Referências

[1] Borgo R.L., Silva D. H. 2015. An Overview 2015 on the International Cooperation Initiatives to Improve Disaster
Risk Science and Support the Disaster Reduction and Management Convergence. https://www.researchgate.net/
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Swiss Re Ltd Economic Research & Consulting P.O. Box 8022 Zurich Switzerland.
2016 Swiss Re. All rights reserved.

[3] NASA 2014. Climate Risk Management Plan: Managing Climate Risks & Adapting to a Changing Climate. National
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[4] ASUNCION DECLARATION. “GUIDELINES TOWARDS A REGIONAL ACTION PLAN FOR THE IMPLEMENTATION
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NIVEL SOBRE LA IMPLEMENTACIÓN DEL MARCO DE SENDAI PARA LA REDUCCIÓN DEL RIESGO DE DESASTRES
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[5] A. Ali, K. Daryioush 2015. “Mapping Disaster Risk Reduction (MapDRR). The “State of DRR at the Local Level”. A 2015
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[6] Borgo R.L. 2015. Toward a twenty-one century integrated technological framework to support disaster management
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[8] Borgo R. L. 2013. About the extreme climate changes adaptation and disaster risks management and reduction in the
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[9] - Sendai Framework for Disaster Risk Reduction 2015-2030. Third UNISDR World Conference in Sendai, Japan, on March
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[10] Cohen-Shacham, E., Walters, G., Janzen, C. and Maginnis, S. (eds.) (2016).
Nature-based Solutions to address global societal challenges. Gland,Switzerland: IUCN. xiii + 97pp.ISBN: 978-2-8317-1812-
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[11] Borgo R. L. 2015. About South-South International Scientific and Technological Cooperation to enhance UNASUR
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Regions. https://www.researchgate.net/publication/285548368, DOI: 10.5216/teri.v5i2.38773

[12] Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima. Volume I: Estratégia Geral .Grupo Executivo do Comitê
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Sumário Executivo.

[13] The World Bank. 2016 Emerging Trends in Mainstreaming Climate Resilience in Large Scale, Multi-sector Infrastructure
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Washington, DC 20433; Internet: www.worldbank.org

[14] Maia, Alexandre Gori et al, 2016. PROADAPTA SERTÃO: BUILDING CLIMATE RESILIENT FARMERS IN THE
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determinantes. Relatório Final, Abril 2016. Núcleo de Economia Agrícola e Ambiental, IE/UNICAMP. Projeto Parceria ONG
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23
[15] BRICS STI Framework Programme Coordinated call for BRICS multilateral projects – Pilot call 2016. Http://www.dst.
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[16] Borgo. R. L. 2016. About Disaster Risk Governance in the Americas and the Sendai DRR Framework 2015-2030.
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[17] The World Risk Report 2016. Alliance Development Works and United Nations University – Institute for Environment
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[19] Climate Change Adaptation Plan. Framework for Climate Change Adaptation (Appendix of 2014 Agency Sustainability
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[20] Overview of climate change adaptation platforms in Europe. EEA Technical report No 5/2015. European Environment
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[21] UNISDR ASIA &PACIFIC. “At the Crossroads.Climate Change Adaptation and Disaster Risk Reduction in Asia and
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[22] Herring, S. C., A. Hoell, M. P. Hoerling, J. P. Kossin, C. J. Schreck III, and P. A. Stott, Eds., 2016: Explaining Extreme
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[23] World Meteorological Organization, 2016 . (Un)Natural Disasters: Communicating Linkages Between Extreme Events
and Climate Change. The journal of the World MeteorologicalOrganization. Volume 65 (2) - 2016

[24] Climate Change Adaptation Planning for Cusco, Peru. Climate Change Adaptation Planning in Latin American and
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[25] NASA Science news. Lightningposition in storm may circle strongest updrafts.
https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/1999/essd11jun99_1

[26] Andy Hall. “Nature’s Electrode”; https://www.youtube.com/watch?v=wtpzK...

[27]Andy Hall. Extreme Earthly Weather in an Electric Universe; htttps://www.youtube.com/watch?v=4PvoIi_4JiU

[28] Carlos A. Vargas, Emanuel D. Kästle. Does the sun trigger earthquakes? Department of Geophysics, National University
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[29] KAHB LLC. Does the Sun Trigger Large Earthquakes?Potential Correlation Between +M8 Earthquakes and Solar Polar
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https://docs.google.com/document/d/13m-9vVVnwFOvSO1g9X4239hlJrRuemdBzBVBSQo8lAc/edit

[30] UCAR Center for Science Education. Frontiers of Earth System Dynamics. Earth’s Global Electric Circuit. Teacher’s
Guide. Frontiers of Earth System Dynamics. SciEd.ucar.Edu. 2012 University Corporation for Atmospheric Research

24
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Ano Vl – edição 19 - maio a agosto de 2018

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