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Aquecimento Global e

Mercado de Carbono
Bruno Von Sperling
Gabriel Teles Noronha
Maria Luísa Camargos
Mateus Santos
Thiago Santa Rosa
Introdução
Nosso objetivo é discutir as divergências sobre
o aquecimento global e suas causas, o que
implicou no surgimento do mercado de carbono.
O aquecimento global e o mercado de carbono
são hoje assuntos polêmicos, já que envolvem
além da mudança da temperatura global,
interesses de países desenvolvidos e periféricos.
O Protocolo de Kyoto continua não sendo
obrigatório, enquanto pequenas ilhas no Pacífico
sofrem o avanço do oceano, e faz-se pressão na
comunidade internacional.
Materiais e Métodos
Seleção de artigos, livros e websites sobre aquecimento
global

Análise de gráficos e tabelas, e dos métodos utilizados


pelos autores nas confecções das mesmas

Elaboração de crítica acerca das vertentes céticas e


afirmativas do tema
Desenvolvimento

Primeiras Evidências
John Tyndall (1859) – Avalia capacidade de absorção de ondas longas por H2O
(vapor) e CO2, mais tarde denominados gases de efeito estufa, junto a outros
gases.

Svante Arrhenius (1896) - Correlação concentração de gás carbônico com a


temperatura global.
Estimativa: Dobro de CO2 na atmosfera provocaria um aumento de 5°C na
temperatura média do globo

Desde o meio do séc XVIII, com a revolução industrial na Inglaterra, através da


queima de combustíveis fósseis para obtenção de energia, o homem vem
liberando enormes quantidades de CO2 as quais não conseguem ser fixadas pelo
ciclo natural do carbono com a mesma grandeza

População mundial mais que dobra na segunda metade do século XX,


industrialização se expande para países subdesenvolvidos e em desenvolvimento
Medições obtidas de concentração de gás carbônico observadas em
análise contínua em diversas partes do globo, entre março de 1958 e
dezembro de 2009, sinalizam aumento de 314 ppm para 388 ppm.
Desenvolvimento
Aquecimento Global:
antropogênico?
1972 Estocolmo - Reconhecido por nações de todo o mundo os riscos do
meio ambiente e da necessidade de um esforço coletivo dos governos e
dos setores produtivos
1979 Genebra - Conferência Internacional sobre o Clima da WMO e
preocupação com a expansão das atividades humanas e influência no
clima
1988 – PNUMA cria IPCC, com o objetivo analisar as informações
cientificas que estavam surgindo, melhor compreender os riscos e abrir
discussões entre os governos de minimização e mitigação de efeitos
prováveis

WMO – World Meteorological Organization – Organização Mundial de Meteorologia


PNUMA - Programa Ambiental das Nações Unidas e a Organização Meteorológica Ambiental
IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change, Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas
Desenvolvimento
Direita: Mapa das anomalias
térmicas anuais médias entre
2002-2012 em comparação
ao período 1951-2012
confeccionado através dos
dados do GISS (Disponível
em:http://data.giss.nasa.gov/
gistemp/maps/)

Abaixo: Calota de gelo ártica


atinge menor extensão já
observada por satélites ou
fotos aéreas. (Fonte: NASA,
2012)
Desenvolvimento

Século XXI, primeira década

Esquerda: A temporada de furacões no Atlântico Norte em Despreendimento da plataforma Larsen-A em 1995,


2005 foi recorde, tanto em número de tempestades tropicais, e colapso da Larsen-B, em 2002. Caso a tendência
furacões e os chamados "major" hurricanes (F5). Os consiga provocar o mesmo na Larsen-C, teremos
furacões Wilma, Rita e Katrina, respectivamente, foram os uma área maior do que o estado do Rio de Janeiro
1º, 4º e 6º sistemas com menor pressão já registrada na em deriva do continente antártico.
superfície do AN.
Desenvolvimento

Século XXI, no Brasil

Menino caminha sobre o leito exposto do Rio Negro na


Cientistas japoneses com o simulador meteorológico Earth
maior seca testemunhada na bacia amazônica (2010. O
Simulator CNTR (2002) já haviam calculado que o
Rio Negro bateu a marca de 1963 e registrou a cota
aumento na temperatura global provocaria surgimento de
mínima de 13,63m, menor marca desde que começaram
furacões no atlântico sul, como de fato ocorreu em março
os registros do nível d’água em 1902.
de 2004, o furacão Catarina, equivalente a categoria 2 na
escala Saffir-Simpson
Desenvolvimento

Fonte: BRANDO, P. (2011)


Mapa mostra déficit de água na Amazônia nos anos de 2005 e 2010 em
relação à média dos anos. Em 2005 a seca anunciada como catástrofe
teve núcleo no sudoeste amazônico. Já em 2010 ela teve 3 epicentros
diferentes na Amazônia. Desta vez a seca severa atingiu 3 milhões de
km quadrados, em comparação a 1,9 milhão de km2 em 2005.
Desenvolvimento

Século XXI, previsões

Variação na temperatura da superfície terrestre, segundo IPCC (2010)


Desenvolvimento

Cenários de Hansen (1988) para as mudanças térmicas


globais. Já em vermelho e preto temos as observações
realizadas até 2011.

Podemos observar a faixa limite comum às eras interglaciais


e máxima no período eemiano, entre 130 000 e 115 000
anos atrás. Como não chegamos em tal estágio, torna-se
difícil prever e dizer, tanto que iremos parar e retroceder a
temperatura, bem como excede-la gravemente (como as
previsões do IPCC sugerem)

Estimativa de James Hansen et. al. (2008) para a influência de


fatores no balanço energético terrestre (a) e a somatória deles (b)
Desenvolvimento

Contra-argumentação
Johann Newberry et al. (2007) afirmam que o aumento dos furacões não foi repentino,
pois antigamente a técnica de medição e a precisão dos métodos não estavam bem
desenvolvidas, o que daria a impressão do aumento das anomalias climáticas nos
últimos tempos.

Marengo (2009) alerta que muitos eventos extremos testemunhados recentemente não
são confirmadamente consequências do aquecimento global. Podem ser advindos de
sistemas meteorológicos sazonais acrescidos por variações decanais e multidecanais
oceânicas, por exemplo, como o La Niña e El Niño e períodos intensos da Alta
Subtropical do Atlântico Sul e Norte (ASAS e ASAN, respectivamente).

Maruyama (2009) defende que não é o aumento dos teores de gás carbônico a causa
principal do aumento da temperatura, e sim o oposto. Junto ao físico Tsuchida e o
meteorologista Nemoto (2006), Maruyama explica a defasagem entre as curvas de
CO2 e temperatura com um desencadeamento no coeficiente de solubilidade. Assim
sendo, um aumento interglacial da temperatura afeta grandes áreas oceânicas que
passam a expulsar mais do gás estufa para a atmosfera.
Desenvolvimento
Aquecimento, global?
Esquerda: Neste gráfico as
anomalias nas temperaturas
coletadas globalmente estão
separadas em intertropicais (entre
30°N e 30°S) e áreas extratropicais
dos hemisférios sul e norte. Somente
a linha azul, relativa às temperaturas
nas áreas temperadas e polares do
HN, apresenta claro aumento
ininterrupto na última década.
Fonte: CHEETAM, A.

Direita: Previsão final de


Allan Cheetam para as
anomalias globais até 2130.
Desenvolvimento

Mercado de Carbono
De forma a efetivar e potencializar os efeitos do
Protocolo, tem-se como fator determinante o Mercado de
Carbono, que visa justamente a compensação das
grandes taxas de emissão de GEE’s dos países
industrializados, através da compra de créditos de
emissão, pertencentes a nações em desenvolvimento
que não atingiram seus índices permitidos,
proporcionando um certo equilíbrio nessa relação
Desenvolvimento

Mercado de Carbono
Mercado de Carbono
Mesmo com a não transparência nas negociações
de credito de carbono, os compradores públicos são
obrigados a divulgar os valores, sendo estes
estabelecidos de acordo com as bases contratuais
acertadas entre as partes.

Essa variação dos preços gera uma difícil fixação


do Mercado de Carbono no cenário global, mesmo
com sua importância para a redução de emissões.
Conclusão
O grupo concluiu que por se tratarem de cientistas do clima
unicamente, a teoria cética tem maior embasamento.

A questão econômica ainda apresenta-se como um entrave para a


verdadeira discussão ambiental.

Porém, não se nega a fragilidade da natureza e a importância de se


preocupar com que o meio em que vivemos não seja alterado
drásticamente.

Ainda não há uma conclusão firme no meio acadêmico, logo, essa


discussões se fazem mais do que necessárias.
Conclusão
Diminuir a dependência atual da humanidade de combustíveis
fósseis independe de uma postura incriminatória do dióxido de
carbono como verdadeira causa do aquecimento global, em breve
as reservas energéticas se escassearão e a demanda mundial
demorará a se estabilizar.
Referências Bibliográficas
O Eco: Cientistas encontram gelo de período interglacional. Disponível em:
<<http://www.oeco.com.br/blog-trajetoriafumaca/24222-cientistas-encontram-gelo-de-periodo-interglacial 02 12 2012>>
Acesso em 02/12/2012.

Revista Brasileira de Meteorologia. In: MOLION, L. C. B. Aquecimento global: Uma visão crítica.Disponível em:
<<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/revistaabclima/article/viewFile/25404/17024>> Acesso em 28/11/2012

Divulgação dos estudos sobre a seca na Amazônia. Disponível em:


<http://www.ipam.org.br/uploads/conteudos/d21c682d4c09b3e2b80c8d15cc2f84414bc8ad8f.pdf>. Acesso em: 19/11/2012

Viñas, Maria-José. Arctic sea ice hits smallest extent in satellite era. Disponível em
<http://www.nasa.gov/topics/earth/features/2012-seaicemin.html>. Acesso em: 20/11/2012

Tempo e Clima no Brasil In: Marengo, José A. Mudanças Climáticas: detecção e cenários futuros para o Brasil até o final do
século XXI

S.M. Enzles MSc. History of the greenhouse effect and global warming. Disponível em:
<http://www.lenntech.com/greenhouse-effect/global-warming-history.htm>. Acesso em: 25/11/2012.

Maslin, M. Global Warming, a very short introduction. Oxford University Press, Oxford 2004
Disponível em: <http://data.giss.nasa.gov/gistemp/maps/#inputelements>. Acesso em: 15/11/2012.
Referências Bibliográficas
Maruyama, Shigenori. Aquecimento Global? São Paulo: Oficina de Textos, 2009.

FELICIO, Ricardo; ONÇA, Daniela. “AQUECIMENTO GLOBAL”, “MUDANÇAS CLIMÁTICAS” E “CAOS AMBIENTAL”
JUSTIFICANDO O FALSO “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”: A TEORIA DA TRÍADE. Documentárias: Forum
ambiental da alta paulista, v.6, 2010.

ANDRADE, José; COSTA, Paulo. MUDANÇA CLIMÁTICA, PROTOCOLO DE


KYOTO E MERCADO DE CRÉDITOS DE CARBONO: DESAFIOS À GOVERNANÇA
AMBIENTAL GLOBAL. o&s, v.15, n.45, abr/jun., 2008

PORTO, George Power. EL CALENTAMIENTO GLOBAL Y LAS EMISIONES DE CARBONO. Revista Ingeniería Industrial,
p. 101-122, 2009

LOPES, Andréa Regina U.; PORTUGAL, Heloísa Helena A.; CARDOSO, Sergio. INVESTIMENTOS EM CRÉDITO DE
CARBONO: POSSIBILIDADE DE
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA.

Guenther, P.R., A. Bollenbacher, C.D. Keeling, and D. Moss. 2002. Technical Report: Infrared Analyses of NOAA Primary
CO2-in-Air Reference Gas Standards at SIO, 1991-1999.

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