DISCIPULADO PLENITUDE DE VIDA

MÓDULO II - PRINCÍPIOS DE VIDA DO REINO DE DEUS

Estudo 2 – Meu objetivo na caminhada

Texto áureo: Mateus 4:17

Introdução

O Evangelho de Mateus registra, a partir do Jesus, pois,

capítulo 5, o que se convencionou chamar de O Sermão vendo as
do Monte. Trata-se de um conjunto de ensinos dados multidões,
por Jesus aos seus discípulos. Havia uma grande subiu ao
multidão, mas os ensinos foram direcionados aos monte; e,
discípulos. Não se trata aqui apenas do grupo dos doze tendo se
apóstolos. Discípulos eram todos aqueles dentre as assentado,
multidões que se dispunham a seguir a Jesus com o aproximaram
compromisso de aprenderem, de estarem no Reino. -se os seus
Esses eram os discípulos. discípulos, e
Nos capítulos de 5 a 7, Mateus apresenta este ele se pôs a
ensiná-los,
grande bloco de ensinos do Senhor – o Sermão do
dizendo:
Monte, a Nova Lei, os Princípios do Reino e as Mateus 5:1-2
instruções para os Cidadãos do Reino.
É impressionante que no capítulo 4 o diabo trava
uma batalha com Jesus que visava, em última análise, desviar o Senhor
Jesus da criação do Reino de Deus. Mais tarde, ainda no capítulo 4 de
Mateus, Jesus vai anunciar a chegada do Reino dos Céus:

“Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer:

Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. –
Mateus 4:17

Este Reino, que Jesus anunciava como tendo chegado, implica o

estabelecimento de uma nova ordem de coisas. Era o Reino dos Céus, o que
indica a sua origem e também que os princípios deste reino não são desta
terra, mas celestiais. Um novo reino exige uma nova ordem de coisas, nova
legislação e novo legislador. E aqui estava Jesus, como o novo legislador,
apontando os novos princípios do novo reino. É Reino dos Céus porque sua
origem, seus objetivos, seus princípios, como também o seu Rei, têm
origem divina.
A par de tudo isto, vamos encontrar o Senhor Jesus, não somente
instituindo novos princípios, mas, em alguns casos, dando uma nova
interpretação a normas já existentes e que eram entendidas de modo
completamente equivocado pelos ensinos judaicos até então. A mensagem
 “Arrependei-vos” era a mesma pregada pelo precursor de Jesus, seu primo 2
João Batista, como vemos em Mateus 3:2.
O termo arrepender vem do grego metanoia (μετάνοια) e significa
literalmente mudança de mente. João Batista, e depois Jesus, estava
pregando uma mudança de mente em função da proximidade do reino dos
céus. Para compreendermos os princípios do reino é necessária uma
profunda mudança de mente – de mente natural para mente espiritual,
conforme aprendemos no estudo passado.

A Vida no Reino “Produzi, pois,

frutos dignos de
Se a chegada do Reino dos Céus implica a arrependimento”
mudança de mente – arrependimento – naqueles que Mateus 3:8
pretendem ser cidadãos do reino, a permanência no
Reino exige a demonstração na prática de que houve realmente uma
mudança. Cidadãos do Reino são pessoas comuns que tiveram as suas
mentes mudadas e estão sendo mudados a cada dia, tornando-se novamente
à imagem e semelhança de Deus. Lembram-se do estudo passado?
A exortação de João Batista foi dirigida aos fariseus e saduceus que
iam ao rio Jordão para serem batizados por ele. Fariseus e saduceus eram
grupos religiosos e políticos da época de Jesus. Os saduceus eram mais
ligados à política. A questão sobre eles é que não estavam dispostos a
mudarem de mente – não tinham a pretensão de se arrependerem
genuinamente, embora quisessem demonstrar publicamente que tinham se
arrependido, que estavam contritos, que eram religiosos sinceros. Pura
farsa.
Esse é o ponto. Aqueles que querem entrar no Reino dos Céus
precisam de arrependimento verdadeiro. No dizer de João, cidadãos do
reino precisam produzir frutos dignos de alguém que já teve a sua mente
mudada – já passou pela experiência do arrependimento. Os princípios
expostos por Jesus indicam que o que se espera dos cristãos tem tanto a ver
com os motivos quanto com os atos exteriorizados, praticados. Assim é
que, quando Jesus ensina, por exemplo, sobre adultério traz um novo
enfoque. Até então o adultério tinha a ver com o ato exteriorizado, o ato
levado a efeito. Para Jesus, adultério abrange também o ato ainda não
exteriorizado, ainda na esfera do pensamento, os motivos.
E a questão do fruto está relacionada tanto à questão de que os frutos
devem ser bons, quanto à questão de que não podemos estar no Reino sem
produzir nada. Jesus, ainda no Sermão do Monte fala sobre frutos.

“Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se,

porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos
abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos;
 porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não 2
pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” Mateus
7:16,17,18,20

A árvore boa refere-se figuradamente àquele que já experimentou o

verdadeiro arrependimento. Que frutos ele deve dar? Bons frutos, dado que
saídos de uma boa árvore. E mais. Cada árvore dá frutos dentro de sua
própria espécie. Assim, não se colhem uvas de espinheiros e nem figos dos
abrolhos. Qual é o fruto de sua vida? Eles demonstram que você já passou
pelo verdadeiro arrependimento produzido na conversão?
Mais tarde, Jesus enfatiza com seus discípulos, ainda mais uma vez, a
questão de dar frutos. O Apóstolo João registrou a seguinte exortação de
Jesus a respeito de dar frutos:

Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a

vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o
vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto
pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. João 15:16
Para aqueles que entram no Reino dos Céus através do novo nascimento,
tendo experimentado o verdadeiro arrependimento – mudança de mente –
Jesus exorta a dar frutos que permaneçam. Fomos escolhidos e designados
para dar frutos permanentes.
Na parábola dos lavradores maus, registrada em Mateus 21 lemos
uma solene advertência de Jesus que deveria ficar muito bem gravada em
nossas mentes.

“Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles

lavradores? Responderam-lhe eles: Fará perecer
miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a
outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os
frutos.Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino
de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos.” Mateus
21:40, 41, 43

Isto é muito sério. A vida no Reino dos Céus precisa ser confirmada
com frutos. Não dar frutos é problema. Evidencia falta de vida, porque dar
frutos é consequência natural da árvore boa, saudável. Árvores más não dão
frutos e, quando dão, são frutos maus. Qualidade de frutos é, portanto,
imprescindível. Não se espera que aqueles que estão no Reino dos Céus
apresentem maus frutos.
 Jesus espera que você dê: 2

Frutos;
Frutos bons;
Frutos que permaneçam.

Vida autêntica

Em parte, a crítica de João Batista aos fariseus e aos saduceus, era

em função de uma vida mascarada vivida por eles. No Sermão do Monte,
Jesus vai apresentar duras críticas a eles e todas em razão de eles viverem
uma vida de aparências. Várias foram as vezes que Jesus os chamou de
hipócritas.
Em Mateus capítulo 15, Jesus está respondendo aos fariseus e aos
escribas que questionaram o motivo de os discípulos transgredirem a
tradição dos anciãos de lavar as mãos na hora das refeições. Os discípulos,
ao que tudo indica assentavam-se para comer sem lavar as mãos. Jesus
aproveitou a ocasião para confrontá-los com algo muito mais importante
que lavar as mãos.
A questão era mais profunda “E assim por causa da
para Jesus. E ainda é hoje. vossa tradição
Podemos dizer que hipócritas são invalidastes a palavra de
pessoas de duas caras, pessoas Deus. Hipócritas! bem
mascaradas. Possuem dois pesos e profetizou Isaias a vosso
duas medidas. Dizem uma coisa e respeito, dizendo: Este
fazem outra. Impõem um povo honra-me com os
determinado comportamento a lábios; o seu coração,
porém, está longe de
outros, mas não praticam a mesma
mim. Mas em vão me
coisa.
adoram, ensinando
A vida no Reino dos Céus doutrinas que são
deve ser uma vida autêntica. Do preceitos de homem.”
contrário, podemos afirmar que, Mateus 15:6-9
alguém pode até estar na igreja e
ser membro ativo, obreiro ou líder, mas se não vive uma vida autêntica – é
hipócrita – então não está no Reino dos Céus.
A Igreja é a agência do Reino dos Céus. Mas, por ser instituição
composta de seres humanos até pode abrigar aqueles que não pertencem ao
Reino dos Céus. No entanto, no Reino dos Céus não são admitidos os
hipócritas. A vida no Reino é autêntica. O estilo de vida no Reino deve
refletir a mudança de mente e não as tradições ou o chamado
“politicamente correto”. Não existe isto de politicamente correto no Reino.
 Jesus dirigiu as suas mais severas críticas aos líderes espirituais de 2
sua época. A acusação era de hipocrisia que se encontrava profundamente
arraigada nos conceitos, princípios, vida e práticas, religiosas ou não, dos
escribas e fariseus.

“Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e

observai; mas não façais conforme as suas
obras; porque dizem e não praticam. Pois atam
fardos pesados e difíceis de suportar, e os
põem aos ombros dos homens; mas eles
mesmos nem com o dedo querem movê-los.
Todas as suas obras eles fazem a fim de serem
vistos pelos homens; Assim também vós exteriormente pareceis
justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e
de iniquidade.” Mateus 23:3, 4, 5 e 28

A dinâmica da vida no Reino precisa ser diferente. Pesquisas

mostram que muitas das pessoas que estão fora da igreja hoje foram
vítimas da hipocrisia de alguém de dentro da igreja.

Conclusão

O objetivo que propomos para a caminhada no Reino segue um

padrão:

ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO
FRUTOS
VIDA AUTÊNTICA.

O desafio de viver no Reino dos Céus é para você hoje. Se fosse feita
uma pesquisa em que se comparasse a vida, comportamento, valores e
estilos de não crentes com a sua vida, qual seria o resultado?
Em que sua vida difere da vida de não crentes? Eis algumas coisas
que podem fazer diferença:

Freqüentar igreja;
Dar dízimo;
Ler a Bíblia.

Oh, mas as diferenças não podem parar por aí. Esses são alguns
fatores religiosos. Mas nos fatores não religiosos há diferença entre sua
vida e a de não crentes? Bom, o convite é para vivermos uma vida de 2
frutos, permanentes e bons frutos e, além disso, vivermos uma vida
autêntica.
Sinta-se desafiado. Você aceita o desafio?
Você topa? Então vamos continuar a caminhar juntos nestes dias.

Minhas anotações