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04/05/2019 Hermann Göring – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hermann Göring
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hermann Wilhelm Göring (ou Goering[nota 1]); (12 de janeiro de 1893
– 15 de outubro de 1946), foi um militar alemão, político e líder do Partido Hermann Göring
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). Veterano da
Primeira Guerra Mundial, em que participou como piloto de aeronaves,
atingindo o estatuto de Ás da aviação, recebeu a cobiçada condecoração
Pour le Mérite. Foi o último comandante da unidade Jagdgeschwader 1,
anteriormente comandada por Manfred von Richthofen, "o Barão
Vermelho".

Membro do Partido Nazi, NSDAP, desde os primeiros dias, Göring ficou


ferido, em 1923, durante o golpe falhado que ficou conhecido como Putsch
de Munique. Devido aos seus ferimentos, desenvolveu dependência de
morfina. Em 1933, fundou a Gestapo. Göring foi nomeado para
comandante-chefe da Luftwaffe, a força aérea alemã, em 1935, uma
posição que manteve até ao final da Segunda Guerra Mundial. Em 1940,
Göring encontrava-se no auge do seu poder e influência; como ministro
encarregado pelo Plano de Quatro Anos, ele era responsável por uma
grande parte do funcionamento da economia alemã na preparação para a Göring em 1934.

Segunda Guerra Mundial. Adolf Hitler promoveu-o ao posto de Presidente do Reichstag


Reichsmarschall, o mais elevado em relação aos outros comandantes da Período 30 de agosto de 1932
Wehrmacht e, em 1941, Hitler nomeou-o como seu sucessor e assessor em até 24 de abril de 1945
todos os gabinetes. Presidente Paul von Hindenburg
Adolf Hitler (Führer)
A posição de Göring perante Hitler ficou substancialmente enfraquecida a Antecessor Paul Löbe
partir de 1942, devido à incapacidade da Luftwaffe de cumprir com os seus Sucessor cargo abolido
Objectivos, e de o desempenho alemão na guerra ter decaído em ambas as Ministro da Aviação da Alemanha
frentes. Göring retirou-se, quase por completo, da cena política e militar e
Período 5 de maio de 1933
concentrou-se na compra de propriedades e de arte, grande parte das quais até 24 de abril de 1945
retiradas às vítimas judaicas do Holocausto. Informado a 22 de Abril de Presidente Paul von Hindenburg
1945 que Hitler tencionava cometer suicídio, Göring enviou um telegrama Adolf Hitler (Führer)
a Hitler solicitando assumir o controlo do Reich. Hitler decidiu, então, Sucessor Robert Ritter von Greim
retirar Göring de todas suas funções, expulsá-lo do partido e ordenar a sua Ministro da Economia da Alemanha
prisão. Depois da Guerra, Göring foi culpado de crimes de guerra e crimes Período 26 de novembro de 1937
contra a humanidade nos Julgamentos de Nuremberga. Foi condenado à até 15 de janeiro de 1938
morte por enforcamento, mas cometeu suicídio ingerindo cianeto na noite Führer Adolf Hitler
anterior à sua execução. Antecessor Hjalmar Schacht
Sucessor Walther Funk
Ministro-presidente da Prússia
Índice Período 11 de abril de 1933
até 24 de abril de 1945
Infância e adolescência Antecessor Franz von Papen
Primeira Guerra Mundial Sucessor cargo abolido
Pós-guerra Dados pessoais
Início da carreira Nazi Nascimento 12 de janeiro de 1893
Incêndio no Reichstag Rosenheim, Império Alemão
Segundo casamento Morte 15 de outubro de 1946 (53 anos)
Nuremberga, Alemanha
Potentado nazi
Nacionalidade Alemã
Segunda Guerra Mundial
Sucesso em todas as frentes Cônjuge Carin von Kantznow (1921-1931,
falecida)

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Declínio em todas as frentes Emmy Sonnemann (1935-1946)


Guerra sobre a Alemanha Filhos Edda Göring
Fim da guerra
Partido NSDAP
Julgamento e morte Religião Luterano
Bens pessoais Profissão Militar
Cumplicidade no Holocausto Assinatura
Notas
Referências
Serviço militar
Bibliografia
Leitura adicional Lealdade Império Alemão
Alemanha Nazista
Ligações externas
Anos de serviço 1912-1945
Graduação Reichsmarschall
Infância e adolescência Unidade Luftwaffe
Batalhas/guerras Primeira Guerra Mundial
Göring nasceu no dia 12 de Janeiro de 1893 no Sanatório de Marienbad, Segunda Guerra Mundial
em Rosenheim, Baviera. O seu pai, Heinrich Ernst Göring (31 de Outubro Condecorações Ordem do Sol Nascente
de 1839 – 7 de Dezembro de 1913), antigo oficial de cavalaria, foi o Ordem da Espada
primeiro governador-geral do protectorado alemão da África Ocidental, Ordem Real Húngara de Santo
Estêvão
atual Namíbia.[1] Heinrich teve cinco filhos de um casamento anterior. Ordem dos Santos Maurício e
Herman era o quarto filho de cinco, do casamento de Heinrich com a sua Lázaro
Crachá Dourado do Partido Nazi
segunda esposa, Franziska Tiefenbrunn (1859–15 de Julho de 1923), uma Ordem Suprema da Santíssima
camponesa bávara. Os irmãos mais velhos de Hermann eram Karl, Olga e Anunciação
Paula; o mais novo chamava-se Albert. Quando Göring nasceu, o seu pai Ordem de Miguel, o Valente
Ordem da Rosa Branca da
era cônsul-geral no Haiti, e a sua mãe tinha regressado à Alemanha, por Finlândia
pouco tempo, para dar à luz. A sua mãe deixou-o, com seis semanas de Cruz de Danzig
Cruz de Cavaleiro da Cruz de
vida, com uma amiga, na Baviera, e só passado três anos o voltou a ver, Ferro
quando ela e Heinrich regressaram à Alemanha.[2] Grande Cruz da Cruz de Ferro
Cruz de Ferro
O padrinho de Göring era o Dr. Hermann Epenstein, um médico abastado, Cruz de Honra da Guerra
Mundial
e homem de negócios, que o seu pai conheceu na África. Epenstein era um Cruz de Ferro
cristão de origem judaica cujo pai era cirurgião no exército. Epenstein Ordem do Sangue
Pour le Mérite
acolheu a família Göring, que vivia da pensão de Heinrich, num pequeno
Cruz de Danzig
castelo chamado Veldenstein, perto de Nuremberga. A mãe de Göring Ordem do Leão de Zähringer
tornou-se amante de Epenstein, e assim permaneceu durante quinze anos. Ordem de Frederico
Ordem da Casa de
Epenstein recebeu o título de Ritter (Cavaleiro) von Epenstein pelos Hohenzollern
serviços e donativos à Coroa.[3]

Atraído pela carreira militar desde novo, Göring brincava com soldadinhos de chumbo e vestia um
uniforme de Boer que o seu pai lhe tinha dado. Göring foi enviado para um colégio interno com onze
anos, onde a comida era de má qualidade, e a disciplina era dura. Para regressar a casa, vendeu o seu
violino para comprar o bilhete de comboio, e meteu-se na cama fingindo estar doente, até lhe
dizerem que não teria de voltar àquela escola.[4] Göring continuou a brincar aos jogos de guerra,
fingindo estar a cercar o castelo de Veldenstein, e a estudar as lendas e histórias teutónicas. Tornou-
se alpinista, escalando os picos na Alemanha, no Maciço do Monte Branco e nos Alpes austríacos.
Com dezasseis anos é enviado para uma academia militar em Lichterfelde, uma localidade em
Berlim, onde se formou com distinção. Göring juntou-se ao Regimento do Príncipe Wilhelm (112.º
Regimento de Infantaria) do exército prussiano em 1912. No ano seguinte, a sua mãe teve um
desentendimento com Epenstein, e a família teve de deixar Veldenstein para se mudar para
Munique; pouco tempo depois, o pai de Göring faleceu. Quando a Primeira Guerra começou em
Agosto de 1914, Göring estava colocado em Mulhouse com o seu regimento.[5]

Göring em 1907, com 14


anos de idade. Primeira Guerra Mundial
Durante o primeiro ano da Guerra, Göring prestou serviço com o seu regimento na região de
Mulhouse, uma cidade a cerca de 1,6 km da fronteira francesa. Foi hospitalizado com reumatismo resultante da humidade existente nas
trincheiras. Enquanto recuperava, o seu amigo Bruno Loerzer convenceu-o a mudar-se para a Luftstreitkräfte ("força aérea") do

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exército alemão, mas o pedido de transferência foi recusado. Mais tarde nesse ano, Göring
voou com Loerzer como observador no Feldfliegerabteilung 25 (FFA 25) – Göring tinha-se
auto-transferido, de forma informal. Esta atitude foi detectada e foi condenado a três
semanas de confinamento no quartel. No entanto, esta condenação nunca foi cumprida, uma
vez que regularizara sua situação junto de Loerzer. Ambos foram colocados no FFA 25, do
5.º Exército do Príncipe Guilherme. Efectuaram missões de bombardeamento e de
reconhecimento e, por estas missões, receberam a Cruz de Ferro, de primeira classe, das
mãos do Príncipe.[6]

Depois de ter terminado a sua formação como piloto, Göring foi colocado na Jagdstaffel 5. Video de Göring na cabina de um
Depois de ter sido gravemente ferido na anca - ficando quase um ano a recuperar - passou Fokker D.VII durante a Primeira
para a Jagdstaffel 26, comandada por Loerzer, em Fevereiro de 1917. Começou, então, a Guerra Mundial.
destacar-se com as suas vitórias até que, em Maio, recebeu o seu primeiro comando, a
Jagdstaffel 27. Prestando serviço nas Jastas 5, 26 e 27, continuou a acumular vitórias. Para além da Cruz de Ferro, recebeu a Ordem do
Leão de Zähringer, com espadas, a Ordem de Frederico, a Ordem da Casa de Hohenzollern, com espadas, terceira classe, e, em Maio, de
1918, a cobiçada Pour le Mérite.[7] De acordo com Hermann Dahlmann, um oficial da força aérea que conhecia ambos os homens,
Göring teve a ajuda de Loerzer para obter a condecoração.[8] Quando a Guerra terminou, Göring tinha obtido 22 vitórias
confirmadas.[9]

A 7 de Julho de 1918, após a morte do piloto Wilhelm Reinhard, sucessor de Manfred von Richthofen, Göring foi nomeado comandante
do famoso "Circo Voador", Jagdgeschwader 1.[10] Devido à sua arrogância, Göring não era popular entre os homens da
Jagdgeschwader 1.[11]

Nos últimos dias da guerra, Göring recebeu repetidas ordens para retirar o seu esquadrão, primeiro para o aeródromo de Tellancourt, e
depois para Darmstadt. A dada altura, recebeu instruções para entregar o seu equipamento aos Aliados, mas recusou; os seus pilotos
preferiram efectuar aterragens forçadas, destruindo as aeronaves, em vez de as entregar ao inimigo.[12] Como muitos outros alemães,
Göring era um proponente da "Lenda da Punhalada pelas Costas", uma hipótese que defende que o exército alemão não perdeu a
guerra, tendo antes sido traída pela população, pelos marxistas e, em especial, pelos republicanos, que derrubaram a monarquia.[13]

Pós-guerra
Göring permaneceu na aviação depois da guerra. Tentou fazer espectáculos de acrobacias aéreas e trabalhou por um curto período, na
Fokker. Em 1919, Göring mudou-se para a Dinamarca onde viveu quase um ano. Mudou-se para a Suécia onde se juntou à Svensk
Lufttrafik, uma companhia aérea sueca. Göring era contratado, habitualmente, para voos privados. Durante o Inverno de 1920–1921, foi
contratado pelo conde Eric von Rosen para efectuar uma viagem de avião desde Estocolmo até ao seu castelo. Convidado a passar ali a
noite, é provável que tenha sido aqui que Göring tenha visto a cruz suástica pela primeira vez, a qual von Rosen tinha colocada na
chaminé, como distintivo da sua família.[14][nota 2]

Também foi a primeira vez que Göring viu a sua futura esposa: o conde apresentou-lhe a sua cunhada, baronesa Carin von Kantzow
(nascida Freiin von Fock, 1888–1931). Afastada do seu marido há dez anos, o barão Niels Gustav von Kantzow, um oficial sueco, ela
tinha um filho de oito anos de idade. Göring ficou apaixonado, e convidou-a para um encontro em Estocolmo. Encontraram-se em casa
dos seus pais, e passaram muito tempo juntos ao longo de 1921, quando Göring deixou Munique para ir estudar Ciência Política na
universidade. Carin divorciou-se, partiu para Munique e casou-se com Göring a 3 de Fevereiro de 1922. A sua primeira residência foi
uma cabana de caça em Hochkreuth, nos Alpes Bávaros, perto de Bayrischzell, a 80 km de Munique.[15] Depois de Göring conhecer
Adolf Hitler, e de se juntar ao Partido Nazi, em 1922, mudaram-se para Obermenzing, um subúrbio de Munique.[16]

Início da carreira Nazi


Göring entrou para o Partido Nazi em 1922, tendo-lhe sido dado o comando da Sturmabteilung (SA), como Oberster SA-Führer (Líder
Supremo das SA), em 1923.[17] Mais tarde é nomeado SA-Gruppenführer (Tenente-general), posto em que ficará até 1945. Por esta
altura, Carin — que simpatizava com Hitler — fazia de anfitriã em encontros de dirigentes nazis, incluindo o seu marido, Hitler, Rudolf
Hess, Alfred Rosenberg e Ernst Röhm.[18] Hitler recordou mais tarde sobre Göring:

Gostava dele. Fiz dele chefe da minha SA. Ele é o único dos dirigentes que geriu a SA como deve de ser. Dei-lhe um
conjunto de pessoas desorganizadas. Em pouco tempo, ele organizou uma divisão de 11 000 homens.[19]

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Hitler e o Partido Nazi organizaram manifestações em massa em Munique, e em outros locais, durante este período, tentando angariar
apoiantes numa tentativa de obter poder político.[20] Inspirado pela Marcha sobre Roma de Benito Mussolini, os nazis fizeram uma
tentativa de conquistar o poder entre 8 e 9 de Novembro de 1923, num golpe fracassado conhecido como o Putsch de Munique. Göring,
que estava ao lado de Hitler na frente da marcha em direcção ao Ministério da Guerra, foi atingido num perna por um disparo. Catorze
nazis e quatro polícias foram mortos; muitos dos dirigentes de topo nazis, incluindo Hitler, foram presos.[21] Com a ajuda de Carin,
Göring fugiu às escondidas para Innsbruck, onde foi operado e lhe deram morfina para as dores. Ele ficou no hospital até 24 de
Dezembro.[22] Este foi o início da sua dependência de morfina, que durou até à sua prisão em Nuremberga.[23] Entretanto, as
autoridades em Munique declararam que Göring era um homem procurado. Os Göring, com pouco dinheiro e a depender da ajuda de
simpatizantes nazis no exterior, foram para Veneza. Em Maio de 1924, visitaram Roma, Florença e Siena. Göring conheceu Mussolini,
que expressou o seu interesse em se encontrar com Hitler, que se encontrava preso.[24]

Os problemas pessoais continuaram a aumentar. Em 1925, a mãe de Carin adoeceu. Os Göring, com dificuldade, juntaram dinheiro, na
Primavera de 1925, para uma viagem à Suécia através da Áustria, Checoslováquia, Polónia e Danzig (actual Gdańsk). Göring estava cada
vez mais viciado em morfina; a família de Carin estava chocada pela sua decadência. Carin, que sofria de epilepsia e do coração,
autorizou que médicos tratassem de Göring; o seu filho foi então levado pelo pai. Os médicos diagnosticaram que Göring se tinha
tornado um toxicodependente violento, e foi colocado num asilo em Långbro, a 1 de Setembro de 1925.[25] O seu estado era tão violento
que lhe tiveram de vestir uma camisa-de-forças, mas o seu psiquiatra achava que ele era mentalmente são; o seu estado era apenas o
resultado da morfina.[26] Livre da droga, pouco tempo depois deixou o asilo, mas teve de regressar para mais tratamentos. Voltou à
Alemanha depois de uma amnistia em 1927, e continuou a trabalhar na indústria das aeronaves.[27] Hitler, que escreveu Mein Kampf
enquanto estava na prisão, foi libertado em Dezembro de 1924.[28] Carin Göring, doente com epilepsia e tuberculose,[29] morreu de
uma paragem cardíaca a 17 de Outubro de 1931.

Entretanto, a NSDAP encontrava-se num período de reorganização e espera. A economia estava a recuperar, o que não era bom para os
objectivos nazis - a mudança. A SA foi reorganizada, mas com Franz Pfeffer von Salomon como seu líder, em vez de Göring, e a
Schutzstaffel (SS) foi fundada em 1925, inicialmente como guarda pessoal de Hitler. Os membros do partido aumentaram de 27 000 em
1925, para 108 000, em 1928, e para 178 000, em 1929. Nas eleições de Maio de 1928, o partido só alcançou 12 lugares de um total de
491.[30] Göring foi eleito como representante da Baviera.[31] A Terça-Feira Negra de 1929, fez cair a economia alemã de forma
desastrosa, e, na eleição seguinte, o NSDAP recebeu 6 409 600 votos e 107 lugares no Reichstag.[32] Em Maio de 1931, Hitler enviou
Göring numa missão ao Vaticano, onde se encontrou com o futuro Papa Pio XII.[33]

Incêndio no Reichstag
No dia 27 de Fevereiro de 1933, ocorreu um incêndio no Reichstag. Göring foi um dos primeiros a chegar ao local. Marinus van der
Lubbe, um comunista radical, foi detido e declarou ser o único responsável pelo fogo. Göring aproveitou o ocorrido para dar início a
uma perseguição aos comunistas.[34]

Os nazis aproveitaram o incêndio para apresentar os seus objectivos políticos. O Decreto do Incêndio do Reichstag ou, formalmente,
Decreto do Presidente do Reich para a Protecção do Estado e do Povo (em alemão: Verordnung des Reichspräsidenten zum Schutz von
Volk und Staat), publicado no dia seguinte por insistência de Hitler, suspendeu direitos básicos e permitiu detenções sem julgamento.
As actividades do Partido Comunista alemão foram suprimidas, e cerca de 4000 membros do partido foram detidos.[35] Göring exigiu
que os detidos fossem fuzilados, mas Rudolf Diels, chefe da polícia política da Prússia, ignorou a ordem.[36] Vários investigadores,
incluindo William L. Shirer e Alan Bullock, são da opinião de que a própria NSDAP terá sido responsável pelo incêndio.[37][38]

Nos Julgamentos de Nuremberga, o general Franz Halder testemunhou que Göring admitiu a responsabilidade por ter iniciado o
incêndio. Ele disse que, no almoço de aniversário em casa de Hitler em 1942, Göring afirmou, "O único que sabe sobre o Reichstag sou
eu, pois fui eu quem lhe ateou fogo!"[39] No seu testemunho no julgamento, Göring negou esta história.[40]

Segundo casamento
No início da década de 1930, Göring estava, por várias ocasiões, na companhia de Emmy Sonnemann (1893–1973), uma actriz de
Hamburgo.[41] Casaram-se a 10 de Abril de 1935, em Berlim; o casamento foi celebrado de forma grandiosa. Na noite anterior, deram
uma enorme recepção na Deutsche Oper Berlin. Aviões de caça sobrevoaram o local na noite da recepção e no dia da cerimónia.[42] A
filha de Göring, Edda, nasceu a 2 de Junho de 1938.[43]

Potentado nazi

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Quando Hitler foi nomeado Chanceler da Alemanha em Janeiro de 1933, Göring foi designado para ministro sem pasta, ministro do
Interior para a Prússia e Comissário do Reich para a Aviação.[44] Wilhelm Frick foi escolhido para ministro do Reich do Interior. Frick e
o líder da Schutzstaffel (SS), Heinrich Himmler, esperavam criar uma força policial unificada para toda a Alemanha mas, 30 de
Novembro de 1933, Göring estabeleceu uma força policial prussiana, com Rudolf Diels no seu comando. Esta força recebeu o nome de
Geheime Staatspolizei, Gestapo. Göring, achando que Diels não era suficientemente duro para gerir eficazmente a Gestapo como força
alternativa à SA, entregou o comando da Gestapo a Himmler, a 20 de Abril de 1934.[45] Por esta altura, a SA tinha cerca de dois milhões
de membros.[46]

Hitler estava bastante preocupado com a possibilidade de Ernst Röhm, chefe da SA, estar a planear um golpe. Himmler e Reinhard
Heydrich planearam, juntamente com Göring, usar a Gestapo e a SS para destruir a SA.[47] Alguns membros da SA souberam do plano,
e milhares deles foram para a rua em violentas demonstrações, na noite de 29 de Junho de 1934. Furioso, Hitler ordenou a prisão do
líder da SA. Röhm foi executado na sua cela quando se recusou a cometer suicídio; Göring, pessoalmente, analisou a lista de detidos,
vários milhares, e decidiu quem mais seria executado. Pelo menos 85 pessoas foram executadas no período de 30 de Junho a 2 de
Julho, período que ficou conhecido por Noite das Facas Longas.[48] Hitler admitiu, no Reichstag, a 13 de Julho, que as mortes tinham
sido ilegais, mas que havia um plano em curso para derrubar o Reich. Um decreto-lei, com efeitos retroactivos, foi emitido para tornar
as acções legais. Os críticos foram presos.[49]

Um dos termos do Tratado de Versalhes, que estava em prática desde o fim da Primeira Guerra Mundial, estabelecia que a Alemanha
não podia ter uma força aérea. Depois da assinatura do Pacto Kellogg-Briand (Pacto de Paris), as aeronaves da polícia eram permitidas.
Göring foi nomeado ministro do Tráfego Aéreo em Maio de 1933. A Alemanha começou a acumular aeronaves violando o Tratado e, em
1935, a existência da Luftwaffe foi formalmente reconhecida,[50] com Göring como ministro da Aviação do Reich.[51]

Durante uma reunião ministerial em Setembro de 1936, Göring e Hitler anunciaram que o
programa de rearmamento alemão tinha que ser acelerado. A 18 de Outubro, Hitler nomeou
Göring como plenipotenciário do Plano de Quatro Anos para realizar aquela tarefa. Göring
criou uma nova organização para gerir o Plano, e chamou os ministros da Agricultura e do
Trabalho, que ficaram sob a sua autoridade. Passou por cima do ministro da Economia no
respeitante às decisões políticas, para desapontamento de Hjalmar Schacht, o ministro
responsável. Foram feitas despesas consideráveis no rearmamento, apesar do crescimento
do défice.[52] Schacht demitiu-se a 8 de Dezembro de 1937,[53] e Walther Funk foi para o seu
lugar e para administrador do Reichsbank. Desta forma, ambas as instituições ficaram a ser Göring em Berlim, em 1937.
controladas por Göring, sob o auspício do Plano dos Quatro Anos.[54]

Em 1938, Göring esteve envolvido no Caso Blomberg–Fritsch, que levou à demissão do ministro da Guerra, marechal-de-campo Werner
von Blomberg, e do comandante do exército, general von Fritsch. Göring foi testemunha do casamento de Blomberg com Margarethe
Gruhn, uma dactilógrafa de 26 anos, em 12 de Janeiro de 1938. Informações obtidas pela polícia revelaram que a jovem era
prostituta.[55] Göring sentiu-se na obrigação de dizer a Hitler, mas também viu a situação como uma oportunidade de se livrar de do
marechal-de-campo. Blomberg foi forçado a demitir-se. Göring não quis que Fritsch fosse nomeado para aquela posição e, assim, se
tornasse o seu superior. Alguns dias mais tarde, Heydrich revelou um ficheiro sobre Fritsch com alegações de que ele era estava
envolvido em actividades homossexuais e chantagem. Mais tarde, as acusações foram consideradas falsas, mas Fritsch tinha perdido a
confiança de Hitler, e foi forçado a demitir-se.[56] Hitler usou as demissões como uma oportunidade para reforçar a liderança dos
militares. Göring pediu para ser nomeado para a posição de ministro da Guerra, mas foi-lhe recusado; foi designado para o posto de
marechal-de-campo. Hitler ascendeu a comandante supremo das forças armadas e criou postos subordinados para cada um dos ramos
das forças.[57]

Como ministro responsável do Plano dos Quatro Anos, Göring ficou preocupado com a falta
de recursos naturais na Alemanha, e começou a pressionar a integração da Áustria no Reich.
A província de Styria era rica em depósitos de ferro, e o país, num todo, tinha mão-de-obra
qualificada que podia ser útil. Hitler sempre teve o desejo de unificar a Alemanha com a
Áustria, o seu país-natal. Reuniu-se com o chanceler austríaco em 12 de Fevereiro de 1938,
Kurt Schuschnigg, ameaçando-o de invasão caso ele não quisesse uma unificação pacífica. O
Partido Nazi foi tornado legal na Áustria para obter uma base de poder, e foi agendada um
referendo sobre a reunificação, para Março. Quando Hitler teve conhecimento do texto do
plebiscito, não concordou e Göring telefonou a Schuschnigg, e ao chefe-de-estado Wilhelm
Adolf Hitler com Göring, em 16 de
Miklas, para pedir a demissão de Schuschnigg, ameaçando de invasão, pelas tropas alemãs,
Março de 1938.
e revolta civil pelos membros austríacos do Partido Nazi. Schuschnigg demitiu-se no dia 11
de Março e o referendo foi cancelado. Na manhã seguinte, pelas 5 h 30 min, as tropas
alemãs entraram na Áustria, sem encontrar qualquer resistência.[58]

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Embora Joachim von Ribbentrop tenha sido escolhido para ministro dos Negócios Estrangeiros em Fevereiro de 1938, Göring
continuou o seu envolvimento nas relações com o exterior.[43] Em Julho, contactou o governo britânico com o objectivo de fazer uma
visita oficial para discutir as intenções germânicas para a Checoslováquia. Neville Chamberlain concordou com a reunião com base num
pacto a ser assinado entre O Reino Unido e a Alemanha. Em Fevereiro de 1938, Göring visitou Varsóvia para neutralizar rumores de
uma possível invasão da Polónia. Teve conversações com o governo húngaro também, naquele Verão, para discutir sobre o potencial
papel daquele país numa invasão da Checoslováquia. Nas convenções do Partido Nazi em Nuremberga, em Setembro, Göring e outros
intervenientes apontaram os checos como uma raça inferior que tinha de ser conquistada.[59] Chamberlain encontrou-se com Hitler
numa série de reuniões que culminaram na assinatura do Acordo de Munique (29 de Setembro de 1938), que entregava o controlo da
Sudetenland à Alemanha.[60]

Segunda Guerra Mundial

Sucesso em todas as frentes


Göring, e outros oficiais superiores, estavam preocupados com o facto de a Alemanha ainda não estar preparada para a guerra, mas
Hitler insistiu em avançar assim que possível.[61] A invasão da Polónia, o começo da Segunda Guerra Mundial, deu-se no dia 1 de
Setembro de 1939.[62] Mais tarde, nesse dia, discursando no Reichstag, Hitler indicou Göring como seu sucessor "se alguma coisa me
acontecer."[63]

De início, as vitórias alemãs sucederam-se, umas atrás das outras. Com a ajuda da Luftwaffe, a Força Aérea Polaca foi derrotada numa
semana.[64] Os Fallschirmjäger tomaram vários aeroportos na Noruega e capturaram o Forte Eben-Emael, na Bégica. A Luftwaffe de
Göring teve um papel fundamental nas batalhas dos Países Baixos, Bélgica e França, na primavera de 1940.[65]

Depois da derrota da França, Hitler condecorou Göring com a Grã-Cruz da Cruz de Ferro pela sua bem sucedida liderança. Por decreto
de 19 de Julho de 1940, Hitler promoveu Göring ao posto de Reichsmarschall des Grossdeutschen Reiches (Marechal do Reich do
Grande Reich Alemão), uma posição especial que fez dele o oficial superior de todos os marechais-de-campo do exército e da
Luftwaffe.[66] Göring já tinha recebido, anteriormente, a 30 de Setembro de 1939, a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro por ser
comandante-chefe da Luftwaffe.[67]

A Grã-Bretanha declarou guerra à Alemanha logo após a invasão da Polónia. Em Julho de 1940, Hitler começou os preparativos para
uma invasão à Grã-Bretanha. Parte do plano era a neutralização da Royal Air Force (RAF). De seguida, começaram os
bombardeamentos às instalações aeronáuticas, às cidades e aos centros industriais.[68] Embora confiante que a Luftwaffe conseguia
derrotar a RAF em poucos dias, Göring, tal como o almirante Erich Raeder, comandante-chefe da Kriegsmarine (Marinha),[69] estava
pessimista sobre o sucesso da invasão planeada (nome de código Operação Leão Marinho).[70] Göring esperava que uma vitória aérea
forçaria a assinatura da paz sem uma invasão. Contudo, a campanha fracassou e a operação Leão Marinho foi definitivamente adiada, a
17 de Setembro de 1940.[71] Depois da derrota na Batalha da Grã-Bretanha, a Luftwaffe tentou derrotar os britânicos através de
bombardeamentos estratégicos. No final do ano, o moral britânico não tinha sofrido com o Blitz alemão, embora os bombardeamentos
tenham continuado até Maio de 1941.[72]

Declínio em todas as frentes


Apesar do Pacto Molotov-Ribbentrop, assinado em 1939, a Alemanha nazi deu início à Operação Barbarossa — a invasão da União
Soviética - a 22 de Junho de 1941. De início a Luftwaffe estava em vantagem, destruíndo milhares de aeronaves soviéticas no primeiro
mês de combates.[73] Hitler, e o seu estado-maior, tinham a certeza de que a campanha terminaria pelo Natal, e não se preveniram com
abastecimentos para os seus homens e equipamentos.[74] Em Julho, os alemães só tinham 1000 aviões na operação e as baixas
ascendiam a 213 000 homens. Foi tomada a decisão de concentrar o ataque numa parte específica da frente; os esforços seriam
direccionados para a captura de Moscovo.[75] Este esforço fracassou por causa das terríveis condições atmosféricas, falta de combustível
e linhas de abastecimentos muito pressionadas; a 5 de Dezembro, o Exército Vermelho lançou uma contra-ofensiva. Hitler não permitiu
qualquer retirada até meados de Janeiro de 1942; por esta altura, as baixas eram semelhantes às da invasão francesa da Rússia em
1812.[76]

Hitler decidiu que a campanha de Verão de 1942 seria concentrada a sul. O objectivo era capturar os campos de petróleo no Cáucaso.[77]
A Batalha de Estalinegrado, um dos principais pontos de viragem da guerra,[78] teve início a 23 de Agosto de 1942 com uma ofensiva de
bombardeamento da Luftwaffe.[79] As forças alemãs na cidade mas, dada a sua posição na linha frente, ainda era possível para os
soviéticos cercar os alemães e apanhá-los sem reforços ou mantimentos. Quando a cidade foi cercada, no final de Dezembro, Göring
prometeu que a Luftwaffe seria capaz de entregar 300 toneladas de alimentos, por dia, aos soldados alemães debaixo de cerco. Com
base neste pressuposto, Hitler deu ordem para não haver qualquer retirada; deviam lutar até ao último homem. Embora alguns aviões

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tivessem conseguido passar, o total de provisões entregues por via aérea nunca ultrapassou as 120 toneladas por dia.[80][81] Aqueles que
sobreviveram do 6.º Exército alemão - cerca de 91 000 soldados, de um total de 285 000 — renderam-se no início de Fevereiro de 1943;
apenas 5000 destes lograram sobreviver aos campos de prisioneiros de guerra russos.[82]

Guerra sobre a Alemanha


Entretanto, a força das frotas de bombardeiros americanos e britânicos aumentou. Baseados
em solo britânico, deram início a operações contra alvos alemães. O primeiro raide dos
Aliados - cerca de 1000 aviões - ocorreu a 30 de Maio na cidade de Colónia.[83] Os ataques
aéreos continuaram a partir da Grã-Bretanha depois de terem sido instalados tanques
auxiliares de combustível nos caças americanos. Göring recusou acreditar nos relatórios que
diziam que havia caças americanos abatidos a uma distância tão distante como Aachen, no
Inverno de 1943. A sua reputação começou a cair.[84] O P-51 Mustang americano, com uma
autonomia de 2 900 km, começou a escoltar os bombardeiros, em grande número, até, e
Göring com Adolf Hitler e Albert
desde, a zona-alvo, no início de 1944. Daqui para a frente, a Luftwaffe começou a sofrer Speer, 10 de Agosto de 1943
baixas nas tripulações, as quais não conseguia substituir. Tendo por alvos refinarias e
caminhos-de-ferro, os bombardeiros Aliados acabaram com o esforço de guerra alemão no
final de 1944.[85] A população civil culpou Göring pelo fracasso ao não ser capaz de proteger ao seu país.[86] Hitler começou a excluí-lo
de reuniões, mas manteve-o como chefe da Luftwaffe e como plenipotenciário do Plano dos Quatro Anos.[87] Ao perder a confiança de
Hitler, Göring começou a passar mais tempo nas suas casas.[88] No Dia D, a 6 de Junho de 1944, a Luftwaffe só tinha 300 caças e um
pequeno número de bombardeiros na zona de aterragens; os Aliados tinham um total de 11 000 aviões.[89]

Fim da guerra
À medida que as tropas soviéticas se aproximavam de Berlim, os esforços de Hitler para organizar a defesa da cidade eram em vão.[90]
O seu último aniversário, celebrado no Führerbunker, em Berlim, a 20 de Abril de 1945, foi a ocasião para a retirada de cena de muitos
nazis do topo da hierarquia, incluindo Göring. Por esta altura, Carinhall tinha sido evacuada e o edifício destruído,[91] e todos os
objectos de arte transportados para Berchtesgaden e outros locais.[92] Göring chegou à sua propriedade em Obersalzberg a 22 de Abril,
no mesmo dia em que Hitler, num lento discurso violento contra os seus generais, admitiu pela primeira vez que a guerra estava
perdida e que pretendia cometer suicídio.[93] Göring estava profundamente preocupado com o facto de que o seu rival, Martin
Bormann, iria lutar pelo poder depois da morte de Hitler, e que o mandaria matar como traidor. Reviu o decreto de 29 de Junho de
1941, onde o seu nome era indicado como sucessor de Hitler, e decidiu enviar uma mensagem para Berlim pedindo permissão para
assumir o comando do Reich.[94] O telegrama foi interceptado por Bormann, que convenceu Hitler que Göring era um traidor. Hitler
anulou o decreto, retirou Göring dos seus gabinetes e títulos, e mandou-o prender e ficar confinado em sua casa, em Obersalzberg.[95]
Bormann anunciou, via rádio, que Göring se tinha demitido por razões de saúde.[96]

A 26 de Abril, as instalações de Obersalzberg ficaram debaixo de fogo dos Aliados, e Göring teve que se mudar para o seu castelo em
Mauterndorf. No seu testamento, Hitler tirou Göring de membro do Partido Nazi, e nomeou Karl Dönitz para presidente do Reich e
chefe das forças armadas. Hitler e a sua companheira, Eva Braun, suicidaram-se a 30 de Abril de 1945. Göring foi libertado a 5 de Maio
por uma unidade da Luftwaffe, e partiu para as linhas norte-americanas esperando que aceitassem a sua rendição, em vez de se
entregar aos russos. Foi preso, perto de Radstadt, a 6 de Maio.[97]

Julgamento e morte
Göring foi levado para Mondorf-les-Bains, no Luxemburgo, para um local de prisioneiros de
guerra temporários, no Hotel Palácio. Aqui, foram-lhe retirados os comprimidos de codeína
– ele tomava o equivalente a entre 260 a 320 mg de morfina por dia — e imposto um rígido
regime de dieta; perdeu 27 quilos. Outros oficiais nazis de topo foram transferidos em
Setembro para Nuremberga, que seria o local de uma série de tribunais militares, que
começariam em Novembro.[98]

Göring era o segundo oficial com o posto mais alto, julgado em Nuremberga, logo a seguir ao
Presidente do Reich (anterior almirante), Karl Dönitz. A acusação apontou quatro crimes,
Göring (na primeira fila, primeiro a incluindo um de conspiração; um de guerra de agressão; crimes de guerra, onde se incluía a
contar da esquerda) no Julgamento pilhagem e o roubo de obras de arte, e outros bens; e crimes contra a humanidade, incluindo
em Nuremberga o desaparecimento de políticos e outros oponentes sob o decreto Nacht und Nebel ("Noite e
Nevoeiro"); tortura e falta de tratamento médico de prisioneiros de guerra; e o assassinato e

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escravatura de civis, como os 5 700 000 de judeus (número estimado). Sem permissão para um discurso, Göring declarou-se "não
culpado das acusações apresentadas".[99] O julgamento teve uma duração de 218 dias; a acusação apresentou as suas alegações entre
Novembro e Março, e a defesa de Göring — a primeira a ser apresentada — entre 8 e 22 de Março. As sentenças foram lidas a 30 de
Setembro de 1946.[100] Göring, forçado a manter silêncio, comunicou as suas opiniões usando gestos, abanando a sua cabeça ou rindo.
Tomava notas de forma contínua, murmurava com os outros réus e tentava controlar o comportamento instável de Hess, sentado a seu
lado.[101] Durante os intervalos no processo, Göring tentou dominar os outros réus, e acabou por ser isolado dos outros quando tentou
influenciar o seu testemunho.[102]

Em entrevistas com psiquiatra Leon Goldensohn, na prisão, Göring refletiu sobre a ascensão do nazismo, repisou a tese da inferioridade
de outros povos, como os russos, e declarou ser o maior opositor do comunismo na Alemanha.[103] O capitão Gustave Gilbert, um oficial
e psicólogo americano de informações, que falava alemão, entrevistou Göring,e os outros, na prisão, durante o julgamento.[101] Gilbert
tinha um diário, que mais tarde publicaria com o título de Nuremberg Diary. Neste livro, Gilbert descreve Göring, na noite de 18 de
Abril de 1946, quando o julgamento foi interrompido, por três dias, durante a Páscoa:

Suando na sua cela, à noite, Göring estava na defensiva e enfraquecido, e pouco contente com a direcção que o julgamento
estava a tomar. Ele disse que não tinha controlo nas acções ou na defesa dos outros, e que ele próprio não era anti-semita,
não acreditava nas atrocidades e que vários judeus se tinham oferecido para testemunhar a seu favor.[104]

Em várias ocasiões no decurso do julgamento, a acusação exibiu filmes dos campos de concentração nazis e de outras atrocidades.
Todos os presentes acharam as imagens chocantes, incluindo Göring; ele afirmou que os filmes deviam ser falsos, mas ninguém
acreditou. Testemunhas, como Paul Koerner e Erhard Milch, tentaram descrever a personalidade de Göring como pacífica e moderada.
Milch referiu que era impossível opôr-se a Hitler ou desobedecer às suas ordens; se o fizesse, seria executado, ou alguém da sua família
também o sería.[105] Quando testemunhou a seu favor, Göring expressou a sua lealdade para com Hitler, e insistiu que não sabia nada
sobre o que tinha acontecido nos campos de concentração, que estavam sob a supervisão de Himmler. As suas respostas eram
complexas e evasivas e tinha desculpas plausíveis para todas as suas acções durante a guerra. Utilizou o banco de testemunhas como um
local para expor, de forma prolongada, o seu próprio papel no Reich, numa tentativa de se mostrar como um pacificador e diplomata
antes do início da guerra.[106] Durante o interrogatório, o responsável pela acusação, Robert H. Jackson, leu, em voz alta, o relatório de
uma reunião havida pouco antes da Noite dos cristais', uma enorme pogrom, em Novembro de 1938. Nessa reunião, Göring propôs
roubar os bens dos judeus no início do pogrom.[107] Mais tarde, David Maxwell Fyfe provou que era impossível que Göring não tivesse
conhecimento dos assassinatos de Stalag Luft III — a execução de 50 aviadores que tinham sido recapturados depois de fugirem de
Stalag Luft III — a tempo de os ter evitado.[108] Também apresentou provas em como Göring sabia do extermínio dos judeus
húngaros.[109]

Göring foi considerado culpado nas quatro acusações, e foi condenado à morte por enforcamento. A
sentença referiu:

Nada há a dizer para atenuar a acusação. Göring era, quase sempre, a força
mobilizadora, logo a seguir ao seu líder. Ele era o elemento agressor principal, tanto
como político como líder militar; ele era o director do programa de trabalho com
escravos e o criador do programa opressivo contra os judeus e outras raças, tanto na
Alemanha como fora do país. Todos estes crimes foram por ele admitidos. Em algumas
situações mais específicas, poderá ter havido alguma contradição no testemunho, mas,
em termos gerais, o que ele admitiu é mais do que suficiente para concluir da sua
culpa. A sua culpa é única na sua enormidade. Os registos revelam que não há qualquer
Göring no julgamento de
desculpa para este homem.[110]
Nuremberga

Göring pediu para ser executado como um soldado em vez de enforcado como um vulgar criminoso,
mas o tribunal recusou.[111] Desafiando a sentença imposta pelo tribunal, suicidou-se com uma cápsula de cianeto de potássio na noite
anterior a ser enforcado.[112] Uma teoria sobre a forma como Göring obteve o veneno, passa pelo tenente do exército norte-americano
Jack G. Wheelis, que estava a prestar serviço no julgamento, e que terá retirado a cápsula dos bens confiscados a Göring pelo
Exército.[113] Em 2005, um soldado veterano, Herbert Lee Stivers, que tinha prestado serviço no 26.º Regimento de Infantaria da 1.ª
Divisão de Infantaria dos Estados Unidos — a guarda de honra dos Julgamentos de Nuremberga — afirmou ter dado um
"medicamento" a Göring, dentro de uma caneta de tinta permanente, que uma mulher lhe tinha pedido para fazer entrar na prisão.[114]
O corpo de Göring foi exposto no local da execução para que fosse visto pelas testemunhas das execuções. Os corpos foram cremados e
as cinzas espalhadas em um rio desconhecido na Alemanha.[115][116]

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Bens pessoais
A confiscação de bens dos judeus deu a Göring uma oportunidade de juntar a sua fortuna pessoal.
Alguns dos bens foi ele próprio que se apropriou; outros adquiriu a um preço irrisório. Em outros
casos, obteve-os à custa de subornos permitindo que roubassem os bens judeus. Esteve envolvido em
situações de corrupção política, com empresários que aprovavam as suas decisões do Plano dos
Quatro Anos, e recebeu dinheiro ao fornecer armas aos espanhóis republicanos da Guerra civil
espanhola através de Pyrkal, na Grécia (embora a Alemanha apoiasse Franco e os nacionalistas).[117]

Göring foi nomeado Mestre Reich do Hunt em 1933, e Mestre das Florestas Alemãs, em 1934.
Instituiu reformas às leis das florestas e legislou para proteger espécies em perigo. Por esta altura,
ganhou interesse na reserva natural de Schorfheide-Chorin, onde limitou 400 km² como parque do
Estado, e que ainda se mantém. Aqui, construiu um complexo alojamento de caça, Carinhall, em
memória da sua primeira mulher, Carin. Em 1934, o seu corpo foi transladado para este local e
colocado em um jazigo na propriedade.[118] O alojamento principal tinha uma grande galeria de arte Bastão de Reichsmarschall
onde Göring expunha trabalhos pilhados de colecções privadas e museus europeus, após e revólver Smith & Wesson
de Göring. À esquerda, o
1939.[119][120] Göring trabalhou com o Einsatzstab Reichsleiter Rosenberg (Grupo de Trabalho
livro de recepção de
Reichsleiter Rosenberg), uma organização especializada na apropriação de arte e outro material convidados encadernado a
cultural, de colecções judaicas, bibliotecas e museus por toda a Europa. Coordenada por Alfred prata, de Carinhall. (Museu
Rosenberg, o grupo estabeleceu a sua sede em Paris. Cerca de 26 000 carruagens, cheias de objectos de West Point)
de arte, mobiliário e outros bens roubados, foram enviadas para a Alemanha desde França. Göring
visitou regularmente os escritórios de Paris para supervisionar os bens apropriados e escolher aqueles que deviam ir, num comboio
especial, para Carinhall e outras residências pessoais.[121] O valor estimado das suas colecções - cerca de 1500 peças - era de 200
milhões de dólares.[122]

Göring era conhecido pelos seus gostos extravagantes e roupas vistosas. Tinha vários uniformes
especiais para cada posto que detinha;[123] o seu uniforme de Reichsmarschall incluía um bastão
com pedras preciosas incrustadas. Hans-Ulrich Rudel, um piloto-aviador, de topos, de Stuka,
recordou ter-se encontrado duas vezes com Göring vestido com roupas estranhas: de uma das vezes,
com uma roupa de caça medieval, a praticar tiro com arco com o seu médico; da outra, vestido com
uma toga vermelha presa com uma fivela dourada, a fumar um cachimbo muito grande. O ministro
italiano dos Negócios Estrangeiros, Galeazzo Ciano, referiu que uma das vezes que viu Göring, este
vestia um casaco de peles que parecia o que "uma prostituta de luxo veste quando vai à ópera."[124]

Göring era conhecido pelo seu patrocínio à música, em especial a ópera. Era habitual organizar
grandes e sumptuosas festas do seu próprio aniversário.[125] De cada vez que uma parte da residência
de Carinhall era construída, Göring dava uma enorme festa, mudando de roupa várias vezes ao longo
da noite.[126]

O desenho do estandarte Reichsmarschall, num fundo


azul-claro, exibia uma águia alemã dourada, a agarrar
uma grinalda em que estavam dois bastões e uma cruz
suástica por cima destes. O reverso da bandeira tinha
escrito Großkreuz des Eisernen Kreuzes ("Grã-Cruz da
Cruz de Ferro"), rodeado por uma grinalda entre quatro
Uniforme de Göring em
águias da Luftwaffe. A bandeira era carregada por um
exposição no
Luftwaffenmuseum der porta-bandeiras pessoal em todas as ocasiões públicas.
Bundeswehr.
Embroa ele gostasse de ser chamado de "der Eiserne" (o
Homem de Ferro), aquele piloto arrojado e musculado
piloto, tornou-se corpulento e pesado. Era o único líder nazi que não se ofendia com piadas
Estandarte, em exibição no Musée
sobre ele, "mesmo que fossem mal-educadas"", tomando-as como um sinal de popularidade. de la Guerre nos Les Invalides, em
Os alemães gozavam sobre o seu ego, dizendo que ele devia vestir um uniforme de almirante Paris
quando tomava banho; e sobre o seu peso, dizendo que "ele se senta sobre o seu
estômago".[127] Uma piada alegava que ele teria enviado um telegrama a Hitler depois da sua
visita ao Vaticano: "Missão cumprida. Papa destituído. Tiara e vestes pontificais servem perfeitamente."[128]

Cumplicidade no Holocausto
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Goebbels e Himmler eram mais anti-semitas que Göring, o qual adoptou aquela postura
apenas porque o partido assim o exigia. O seu assistente pessoal, Erhard Milch, tinha um
familiar judeu. No entanto, Göring apoiou as Leis de Nuremberga de 1935, e, mais tarde,
tomou medidas económicas desfavoráveis aos judeus.[129] Göring exigiu que, de acordo com
o Plano dos Quatro Anos, todos os bens dos judeus tinham que estar registados, e ficou
irritado, numa reunião depois da Kristallnacht, porque o ónus financeiro para as perdas dos
judeus teria de ser compensada por empresas de seguros alemãs. Göring propôs que os
judeus fossem multados em um bilião de marcos.[130] Na mesma reunião, foi discutida a
forma de gestão dos bens judaicos e dos próprios judeus. Os judeus seriam segregados e
confinados a guetos, ou encorajados a emigrar, e os seus bens seriam confiscados num
programa de arianização. A compensação para os bens confiscados seria baixa, ou mesmo
nenhuma.[130] Os detalhes do memorando desta reunião, e de outros documentos, foram
lidos no julgamento em Nuremberga, demonstrando, assim, o seu conhecimento e
cumplicidade na perseguição aos judeus.[107] Göring disse a Gilbert que ele nunca teria
apoiados aquelas medidas antijudeus se ele soubesse o que iria acontecer. "Pensei apenas
que íamos eliminar os judeus das altas posições nos negócios e no governo," afirmou ele.[131]
Carta de Göring para Reinhard
Em Julho de 1941, Göring enviou um memorando a Reinhard Heydrich dando-lhe ordens Heydrich datada de Julho de 1941.
para organizar as acções práticas para uma solução para a "questão judaica". Na altura em
que esta carta foi escrita, já muitos judeus tinham sido mortos na Polónia, Rússia e em outros locais. Na Conferência de Wannsee, seis
meses mais tarde, Heydrich anunciou formalmente que o genocídio dos judeus na Europa era agora uma política oficial do Reich.
Göring não foi à conferência, mas esteve presente em outras reuniões onde o número de pessoas mortas foi discutido.[132]

Notas
1. "Göring" é a grafia alemã, mas o nome é habitualmente transliterado como "Goering", em outras línguas, utilizando ‹oe› para
substituir o umlaut em ‹ö›.
2. A suástica era um emblema que o conde, e alguns amigos, adoptaram na escola, e ele adoptou-o como distintivo da família.
Manvell 2011, pp. 403–404.

Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Hermann Göring», especificamente desta
versão (http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Hermann_G%C3%B6ring&oldid=526725687).

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04/05/2019 Hermann Göring – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ligações externas
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