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o que não integraliza, ainda que parcialmente, o montante por ele subscrito (prometido),
correspondente às suas quotas, em prazo e for-ma (dinheiro ou bens suscetíveis de
avaliação) previstos no contrato social.
Ocorrendo a inadimplência, a sociedade deverá notificar o sócio remisso para, no prazo de
trinta dias, realizar suas contribuições, sob pena de ser constituído em mora. Vencido o
prazo e não satisfeita a obrigação, a socie-dade poderá optar entre: fazer com que o sócio
remisso responda pelos da-nos emergentes da mora
ou, por deliberação da maioria dos demais sócios, excluir o sócio remisso da sociedade ou
reduzir suas quotas ao montante das contribuições porventura já realizadas, ocorrendo,
em am-bas as hipóteses, a correspondente redução do capital social, salvo se os de-mais
sócios suprirem o correspondente valor (
O artigo ora comentado, específico das sociedades limitadas, sem prejuízo da aplicação
dos dispositivos supramencionados, acrescenta as seguintes opções, no intuito de evitar a
redução do capital so-cial: por deliberação dos demais sócios, esses poderão tomar para si
as quo-tas não integralizadas, pagando-as
ou transferi-las a terceiros interessados em adimplir os respectivos valores.
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quan tias retiradas, a
qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se
distribuírem com prejuízo do capital.
Mesmo que autorizados pelo contrato social, e independentemente da ocor-rência de má-
fé ou dolo, os sócios não poderão, por motivo algum, distribuir ou retirar quantias da
sociedade de forma a acarretar prejuízo ao capital so-cial, sob pena de serem obrigados à
reposição de referidos lucros ou retiradas.
Da Administração
a administração da sociedade limitada, realizada por seus diretores, administradores ou
gerentes
Deveres dos administradores e validade dos atos praticados por eles, em violação ao
contrato social ou em extrapolação do objeto social, serão determinados em conformidade
com os dispositivos de aplicação su-pletiva (sociedade simples ou sociedade anônima)
judicados, por culpa no desempenho de suas funções,
a validade dos atos praticados por ad-ministradores, em violação do contrato ou em
extrapolação ao objeto social, encontra-se disciplinada no parágrafo único do art. 1.015 do
CC. Nota-se que o inciso III do referido parágrafo, na contramão da jurisprudência do-
minante anteriormente, que acatava a teoria da aparência, inspirou-se na teoria ultra vires,
pois permite serem opostas a terceiros todas as operações evidentemente estranhas ao
objeto social
Todavia, o Enunciado n. 11, da I Jor-nada de Direito Comercial do mesmo CJF, estatui que o
parágrafo único do art. 1.015 do CC deve ser interpretado à luz da teoria da aparência e do
pri-mado da boa-fé objetiva,
O STJ posicionou-se no sentido de que, a partir do CC/2002, o Direito brasileiro adotou
expressamente a ultra vires doctri ne no que concerne às sociedades limitadas regidas,
supletivamente, pelas normas das sociedades simples (
Em relação às sociedades anônimas, o STJ tem mantido a aplicação da Teo-ria da
Aparência, adotando o entendimento de que, desde que o ato pratica-do por diretor de
sociedade anônima não seja estranho ao seu objeto social, as limitações estatutárias à
prática de atos, em princípio, constituem maté-ria interna corporis, inoponíveis a terceiros
de boa-fé que com a sociedade venham a contratar
1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no
contrato social ou em ato separado
as sociedades limitadas serão administradas por pessoas – sócias ou não
ter se tornado vedada a administra-ção por pessoa jurídica, sendo necessário o seu
exercício por pessoa natural – sócia ou não
A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito
aos que posteriormente adquiram essa qualidade
para que o novo sócio adquira o status de administrador, juntamente com os demais
sócios, será ne-cessária a expressa menção na alteração contratual devidamente
formalizada.
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da
unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois
terços), no mínimo, após a integralização.
O administrador não sócio não é considerado empregado (
Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investirseá no cargo mediante
termo de posse no livro de atas da administração.
para investidura do adminis-trador designado no contrato social, não existe qualquer
formalidade com-plementar,
o Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta se tornará sem
efeito.
Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua
nomeação no registro competente
nda, não bastarem existência do termo de posse no livro de atas da administração e
respectiva assinatura no prazo de trinta dias, sendo ne-cessário, também, no prazo de dez
dias contados da investidura, o adminis-trador requerer averbação de sua nomeação no
registro competente (no Re-gistro Público de Empresas Mercantis, caso seja sociedade
empresária, ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, se for sociedade simples
Art. 1.063. O exercício do cargo de administrador cessa pela destitui ção, em qualquer
tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não
houver recondução.
§ 1o Tratandose de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se
opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital
social,
Até o advento da Lei n. 13.792/2019, a destituição de sócios administra-dores nomeados
no contrato social dependia da deliberação de titulares de
quotas correspondentes a, no mínimo, dois terços do capital social, salvo pre-visão
diversa. Com a nova redação, o quórum de deliberação exigido para a destituição de
sócios administradores nomeados no contrato, salvo na hipó-tese de previsão contratual
diversa, igualou-se ao estipulado para a destitui-ção de administradores-sócios ou não
nomeados em ato separado e de ad-ministradores não sócios nomeados no contrato
social: titulares de quotas representativas de mais da metade do contrato social (
A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser aver bada no registro
competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência.
ainda que não aver-bada, a destituição terá eficácia perante a sociedade limitada e seus
sócios.
A renúncia de administrador tornase eficaz, em relação à socie dade, desde o momento em
que esta toma conhecimento da comunica ção escrita do renunciante; e, em relação a
terceiros, após a averbação e publicação.
Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que
tenham os necessários poderes.
O administrador poderá representar, ativa ou passivamente, a sociedade e assinar em seu
nome
No silêncio do contrato social, pressupõe-se que todos os administrado-res tenham
poderes de representação
Art. 1.065
O exercício social poderá – ou não – coincidir com o ano civil; e, quando não coincidente, o
contrato social deverá especificar o término daquele
O artigo em comento estabelece a obrigatoriedade que os administrado-res têm, ao
término do exercício social, de prestar contas da administração, elaborando, para tanto,
inventário, balanço patrimonial e balanço de resul-tado econômico
Conselho fiscal é o órgão societário que possui, como função, o exercício da fiscalização e
do controle dos atos dos administradores. Em relação às so-ciedades por ações, a
instituição do conselho fiscal é sempre obrigatória, sen-do facultativo, apenas, seu
funcionamento
Quanto às sociedades limitadas, a instituição do conselho fiscal é faculta-tiva, mas, se for
instituído pelo contrato social, deverá desempenhar as fun-ções que são de sua
competência exclusiva.
Art. 1.066
Quando instituído o conselho, sua composição, que deverá ser expressa no contrato social,
abrigará, no mínimo, três membros e respectivos suplen-tes. Os membros e os suplentes
do conselho fiscal deverão, necessariamente, residir no Brasil e poderão ser sócios ou não
e serão eleitos na assembleia anual ordinária
São inelegíveis para o conselho fiscal,
as “pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ain-da que
temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimen-tar, de prevaricação,
peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a eco-nomia popular, contra o sistema
financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a pro-priedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação
membros dos demais órgãos da sociedade limitada ou de outras empresas por ela
controladas (
empregados da sociedade ou de outras por ela controladas ou dos respectivos
administradores, e cônjuge ou parente desses até o terceiro grau.
os minoritários que representarem, no mínimo, 20% do capital social poderão eleger, em
separado, um dos mem-bros do conselho fiscal e o respectivo suplente. Dessa
Art. 1.067.
uma vez instituído, a sociedade deverá possuir, entre os livros obrigatórios, o Livro de Atas
e Pareceres do Conselho Fiscal. O man-dato dos membros do conselho fiscal e
respectivos suplentes será até a as-sembleia anual seguinte, salvo em caso de cessação
anterior. A investidura dos membros e suplentes eleitos em suas funções somente se dará
após assi-natura desses no Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal,
Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes ao da eleição, esta se tornará sem
efeito.
Art. 1.068.
A função de conselheiro fiscal é remunerada; e, em consequência, a assem-bleia de sócios
que os eleger deverá, anualmente, fixar a competente remu-neração.
Art. 1.069.
competência privativa do conselho fiscal
constituem, obri-gatoriamente, atribuições – individual ou conjuntamente –
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2. 27 de Abr de 2019
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o estatui, ainda, que os conselheiros analisem o balan-ço patrimonial e o de resultado
econômico. Com fundamento na referida análise, deverão lavrar, no livro supramencionado,
parecer sobre negócios e operações sociais do exercício examinado, apresentando-o à
assembleia or-dinária dos sócios.
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Caso a diretoria retarde por mais de trinta dias a convocação da assembleia ordinária, os
membros do conselho fiscal têm obrigação de convocá-la. E mais: deverão convocar
assembleia extraordinária sempre que ocorram mo-tivos graves e urgentes.
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8. 27 de Abr de 2019
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Art. 1.070.
Art. 1.070.
O CC
deliberações dos sócios são aquelas decisões por eles tomadas sobre matéria de
interesse da sociedade, por intermédio de vota-ção.
deliberações dos sócios são aquelas decisões por eles tomadas sobre matéria de
interesse da sociedade, por intermédio de vota-ção.
enumeração
caso as contas, apesar de irregulares, sejam aprovadas pelos sócios, esses serão,
também, responsabilizados.
o quorum de deliberação
s administradores-sócios
35. 27 de Abr de 2019
o quorum
O quorum de deliberação
O quorum de deliberação
contratual será o estatuído no art. 1.076, I, (no mínimo, 3/4 do capital so-cial),
(maioria de votos dos presentes, caso o contrato social não exija maioria mais elevada)
o pedido de concordata.
O quorum de deliberação,
a sociedade limitada seja composta por até dez sócios, poderá optar, no contrato social,
entre a adoção de assembleia ou reunião de sócios para a tomada de deliberações.
Entretanto, se o núme-
A convocação da assembleia
deverá ser publicada por três vezes, ao menos, no órgão oficial da União ou do Estado e
em jornal de grande circulação. Deverá haver, entre a data da pri-meira publicação e a da
realização da assembleia, no mínimo, oito dias, tratan-do-se da primeira convocação, e
pelo menos cinco dias, para as convocações posteriores (
Art. 1.073. A
conselho fiscal é
caberá a ele convocar a assembleia (ou reunião) de sócios sempre que a di-retoria deixar
de fazê-lo, dentro de trinta dias, contados do vencimento do prazo de quatro meses
subsequentes ao término do exercício social, ou sem-pre que ocorram motivos graves e
urgentes.
Art. 1.074. A assembleia dos sócios instalase com a presença, em primeira convocação,
de titulares de no mínimo três quartos do capital social, e, em segunda, com qualquer
número.
O sócio pode ser representado na assembleia por outro sócio, ou por advogado, mediante
outorga de mandato com especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento ser
levado a registro, juntamente com a ata.
Nenhum sócio, por si ou na condição de mandatário, pode votar matéria que lhe diga
respeito diretamente.
Votos proferidos por sócio ou procurador sobre matéria que lhes diga respeito,
diretamente, ficarão eivados de nulidade.
Art. 1.075. A assembleia será presidida e secretariada por sócios esco lhidos entre os
presentes.
Dos trabalhos e deliberações será lavrada, no livro de atas da assembleia, ata assinada
pelos membros da mesa e por sócios partici pantes da reunião, quantos bastem à validade
das deliberações, mas sem prejuízo dos que queiram assinál
Cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, será, nos vinte dias
subsequentes à reunião, apresentada ao Registro Público de Empresas Mercantis para
arquivamento e averbação.
Art. 1.076
o só-cio que participa da administração societária não pode votar nas deliberações acerca
de suas próprias contas,
Os votos serão contados segundo o valor das quotas de cada sócio, ou seja, consoante a
participação de cada um no capital social. Foram adotadas três formas: quorum
qualificado (no caso, 3/4 do capital votante); quorum de maioria absoluta do capital social
(50% mais um do capital social); e quo rum de maioria representativa do capital social
presente à reunião ou à assem-bleia, permitindo, porém, o contrato social adotar quorum
mais elevado.
I – pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, nos casos
previstos nos incisos V e VI do art. 1.071;
II – pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos previstos
nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071;
O § 1o do art. 1.063, com a redação que lhe foi dada pela Lei n. 13.792/2019 reduziu o
quórum ante-riormente exigido para destituição de administradores-sócios nomeados no
contrato (2/3 de sócios representativos do capital social, salvo disposição con-tratual
diversa) para o de titulares de quotas correspondentes a mais da me-tade do capital social
(
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da socie dade, incorporação de
outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissen tiu o direito de retirarse da sociedade, nos
trinta dias subsequentes à reunião, aplicandose
Art. 1.078. A assembleia dos sócios deve realizarse ao menos uma vez por ano, nos quatro
meses seguintes ao término do exercício social, com o objetivo de:
Instalada a assembleia, os documentos citados serão lidos e, após, serão submetidos, pelo
presidente, a discussão e votação.
(mais da metade do capital social presente à assembleia, salvo se o contrato social não
estipular quorum mais elevado)
As sociedades que possuam número superior a dez sócios, obrigatoriamente, deverão to-
mar as respectivas decisões em assembleias; aquelas que possuam até dez só-cios
poderão optar, no ato constitutivo, entre a tomada de deliberações em assembleias ou em
reuniões de sócios. A
aso o contrato social da sociedade limitada com até dez sócios, cujo ato constitutivo tenha
optado pelas deliberações em reuniões, seja omisso quan-to à matéria, aplicar-se-ão,
obrigatoriamente, os mesmos procedimentos exi-gidos para as assembleias
Diante de tal dispositivo, é de vital importância que o sócio que se queira exonerar da
responsabilidade pessoal decorrente de tais deliberações fique atento para fazer constar
da ata da reunião ou assembleia sua discordância quanto à aprovação da deliberação.
134. 29 de Abr de 2019
Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o
capital aumentado, com a correspondente modifica ção do contrato.
a cada au-
a cada au-
Até trinta dias após a deliberação, terão os sócios preferência para participar do aumento,
na proporção das quotas de que sejam titulares.
Este parágrafo aplica-se ao aumento de capital efetivado por meio de subscrição de novas
quotas e não ao aumento efetivado por intermédio da incorporação de lucros ou reservas.
Este parágrafo aplica-se ao aumento de capital efetivado por meio de subscrição de novas
quotas e não ao aumento efetivado por intermédio da incorporação de lucros ou reservas.
Não exercido o direito de preferência, as quotas poderão ser subscritas pelos de-mais
sócios interessados, na proporção das respectivas quotas ou, inexistin-do estes, por
terceiros, conforme o caso. A
Após subscrição das quotas e homologação das preferências, salvo no caso de micro e
pequenas empresas (art. 70 da LC n. 123/2006), será necessária uma nova assembleia ou
reunião para a correspondente alteração contra-tual, com majoração do capital social da
sociedade limitada.
Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspon dente modificação do
contrato:
A redução do ca-pital social tem como objetivo coadunar o capital social ao patrimônio so-
cial ou ao objeto da sociedade e dá-se mediante diminuição do valor nomi-nal das quotas.
Para realização da redução, o Código determina, igualmente, necessidade de alteração
contratual. Em razão de tal exigência, esposa-se o entendimento de, nesse caso, ser
necessário o quorum de 75% dos votos re-presentativos do capital social
chamada redução efetiva, visto que, ao contrário da redução contábil, acarreta diminuição
patrimonial da sociedade. Em de-corrência de tal característica, vislumbra-se um risco
maior de prejuízo aos credores, motivo pelo qual se sujeita às formalidades do art. 1.084,
.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a redução do capital será realizada com a
diminuição proporcional do valor nominal das quotas, tornandose efetiva a partir da
averbação, no Registro Públi co de Empresas Mercantis, da ata da assembleia que a tenha
aprovado.
caso já integralizado o capital so-cial, mediante a restituição de parte do valor das quotas
aos sócios, com re-dução proporcional dos respectivos valores nominais; caso ainda não
inte-gralizadas as quotas subscritas, por meio da dispensa de prestações
vincendas, também, nessa hipótese, com diminuição proporcional do valor das quotas.
quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender
que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de
atos de inegável gravidade, poderá excluílos da sociedade, mediante alteração do contrato
social, desde que prevista neste a exclu são por justa causa.
A exclusão de que trata o art. 1.030 (também aplicável às sociedades limi-tadas) opera-se
por via judicial mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, ocorrendo falta grave no
cumprimento das obrigações ou incapaci-dade superveniente do sócio excluído. O art.
1.030 faz menção ao art. 1.004 e a seu parágrafo único, que permite a exclusão
extrajudicial do sócio remis-so (aquele que não integralizou, total ou parcialmente, o valor
das quotas por ele subscritas). Há, ainda, a hipótese de exclusão de pleno direito de só-cio,
em caso de sua falência ou, ainda, no caso em que suas quotas forem li-quidadas a pedido
de credor se houver aplicação supletiva dos dispositivos da sociedade simples (parágrafo
único do art. 1.030). O artigo ora analisado prevê mais uma hipótese de exclusão de sócio
ao inserir permissão para que as sociedades limitadas, em seus contratos so-ciais, façam
previsão expressa de exclusão de sócio por justa causa.
Ressalvado o caso em que haja apenas dois sócios na sociedade, a exclusão de um sócio
somente poderá ser determinada em reunião ou assembleia especialmente convocada
para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o
exercí cio do direito de defesa.
181. 29 de Abr de 2019
Art. 1.087. A sociedade dissolvese, de pleno direito, por qualquer das causas previstas no
art. 1.044.
Como visto, há duas formas de dissolução de uma sociedade: de pleno di-reito, ou seja,
extrajudicialmente (
(vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido esse e sem oposição do sócio, não
entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
pelo consenso unânime dos sócios, caso a sociedade seja por prazo determinado; pela
deliberação da maioria absoluta dos sócios, caso a sociedade seja por prazo
indeterminado; pela falta de pluralidade de sócios, caso essa não seja restituída, no prazo
de 180 dias; pela extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar) e pela falência,
caso seja em-presária
DA SOCIEDADE ANÔNIMA
A sociedade anônima, também denominada companhia, possui seu capital so-cial dividido
em ações.
Seu capital social é dividido em ações, possuindo duas espécies de sócios acionistas: os
que par-ticipam da administração da sociedade e, em consequência, respondem, de forma
solidária (com os demais acionistas administradores), ilimitada e sub-sidiariamente
(depois de exaurido o patrimônio da sociedade), pelas obri-gações da sociedade; e os que
não participam da administração da socieda-de e, por conseguinte, têm sua
responsabilidade limitada ao preço das ações subscritas ou adquiridas.
Ao contrário das companhias, que só podem operar mediante de-nominação (art. 1.160), a
sociedade em comandita simples pode optar por operar mediante uso de firma ou
denominação
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como
diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Art. 1.092. A assembleia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o
objeto essencial da sociedade, prorrogarlhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o
capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias.
SOCIEDADE COOPERATIVA
ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum sem objetivo
de lucro. O
serem “sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil,
não sujeitas a fa-lência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se
das demais sociedades”. O
CC, no art. 982, parágrafo único, classifica a coopera-tiva como sociedade simples; e, por
força do art. 998, o respectivo registro deveria ocorrer ante o Registro Público de Pessoas
Jurídicas. O
o capital social, além de ser variá-vel, pode, até mesmo, ser dispensado. No caso de
dispensa do capital social
III – limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;
. Assim, para se instalar a assembleia ge-ral ou para nela deliberar sobre qualquer matéria,
será contado o número dos sócios presentes na ocasião e não o percentual do capital
social que eles porventura representem, pois a cada sócio cabe apenas um voto.
VI – direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade,
e qualquer que seja o valor de sua participação;
Nos outros tipos societários, os sócios terão seus votos de forma proporcional à
respectiva participação no capital social.
istribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio
com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
O fundo de reserva
Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou
ilimitada.
em casos nos quais o capital social for inexistente, restará ape-nas a responsabilidade
ilimitada dos sócios,
Art. 1.097. Consideramse coligadas as sociedades que, em suas rela ções de capital, são
controladas, filiadas, ou de simples participação
participação de uma socie-dade no capital social de outra. Consoante a Lei das S.A., as
sociedades coli-gadas são aquelas em que uma participa, com o percentual de 10% ou
mais do capital da outra sociedade, sem, contudo, controlá-la.
O § 2o do art. 243 da Lei n. 6.404/76 conceitua sociedade controlada como aquela na qual
a controladora, diretamente ou por meio de outras controla-das, seja titular de direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanen-te, preponderância nas deliberações sociais
e o poder de eleger a maioria dos administradores.
sociedade cujo patrimônio é constituído por ações ou quotas de outras sociedades (as
quais, assim, são por ela controladas), cujo controle é sua prin-cipal atividade.
– a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas
deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores
ocorre uma relação direta entre controladora – geralmente uma holding – e controlada.
controle indireto. A sociedade não exerce, por si, o con-trole sobre uma determinada
sociedade, ou seja, não possui, diretamente, a maioria dos votos nas deliberações nem
possui o poder de eleger a maioria dos administradores desta. Nesse caso, detém o
controle direto sobre outras sociedades, as quais, por sua vez, controlam aquela.
251. 29 de Abr de 2019
Art. 1.099. Dizse coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa
com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlála.
Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua
menos de dez por cento do capital com direito de voto.
a sociedade não pode par ticipar de outra, que seja sua sócia, por montante superior,
segundo o balanço, a
vedando a participação recíproca entre sociedades na qual uma seja sócia da outra por
montante superior, se-gundo seu balanço, ao das próprias reservas
provado o balanço em que se verifique ter sido excedido esse limite, a sociedade não
poderá exercer o direito de voto correspondente às ações ou quotas em excesso, as quais
devem ser alie nadas nos cento e oitenta dias seguintes àquela aprovação.
258. 29 de Abr de 2019
DA LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE
A dissolução
A liquidação
O liquidante poderá ser destituído a qualquer tempo, nas seguintes hipó-teses: mediante
deliberação dos sócios
O liquidante, que não seja administrador da socieda de, investirseá nas funções, averbada
a sua nomeação no registro próprio.
Se forem des-
Se forem des-
Dissolvida a so-ciedade e iniciada a liquidação, torna-se necessário que fiquem sob a guar-
da do liquidante. Não há como desempenhar as funções atinentes à liquida-ção sem se
inteirar de bens, livros e documentos relativos à sociedade.
Dissolvida a so-ciedade e iniciada a liquidação, torna-se necessário que fiquem sob a guar-
da do liquidante. Não há como desempenhar as funções atinentes à liquida-ção sem se
inteirar de bens, livros e documentos relativos à sociedade.
III – proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a assistência, sempre
que possível, dos administradores, à elaboração do inventário e do balanço geral do ativo e
do passivo;
o liquidante deverá exigir dos quotistas a realização do capital subscrito não integralizado,
seja a responsabilidade dos sócios da sociedade em liquidação limitada ou ilimitada. Já a
segunda obrigação so-mente será aplicável aos sócios que possuem responsabilidade
ilimitada, os quais respondem, subsidiariamente, de forma solidária e ilimitada, pelas obri-
gações sociais. Assim, insolvente a sociedade, os sócios responderão pelas perdas
sociais, proporcionalmente à respectiva participação societária. Res-tando insolvente
algum sócio, a respectiva parte será repartida entre os só-cios solventes. Quanto às
sociedades de responsabilidade limitada, cujo ca-pital já se encontre integralizado, o
patrimônio pessoal dos sócios somente
convocar assembleia dos quotistas, cada seis meses, para apre sentar relatório e balanço
do estado da liquidação, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, ou
sempre que necessário;
– finda a liquidação, apresentar aos sócios o relatório da liquida ção e as suas contas
finais;
alerta-se dever prevalecer a responsabilidade pessoal do liquidante nos casos em que ele
agir com culpa, dolo ou em violação à lei ou ao contrato social
. Sem estar expressamente autorizado pelo contrato social, ou pelo voto da maioria dos
sócios, não pode o liquidante gravar de ônus reais os móveis e imóveis, contrair
empréstimos, salvo quando indispensáveis ao pagamento de obrigações inadiáveis, nem
prosseguir, embora para facilitar a liquidação, na atividade social
não especifica a ordem de preferência para o pagamento dos credores. A maioria dos
autores esposa o entendimento de a ordem de pre-ferência ser a mesma estabelecida para
os créditos, na falência (art. 83 da Lei n. 11.101/2005): créditos derivados da legislação do
trabalho, limitados a 150 salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de
trabalho; cré-ditos com garantia real até o limite do bem gravado; créditos tributários, ex-
cluídas as multas tributárias; créditos com privilégio especial; créditos com privilégio geral;
créditos quirografários; multas contratuais e penas pecuniá-rias por infração das leis
penais ou administrativas, incluindo as multas tri-butárias; créditos subordinados.
Se o ativo for superior ao passivo, pode o liquidante, sob sua responsabilidade pessoal,
pagar integralmente as dívidas vencidas.
Art. 1.107. Os sócios podem resolver, por maioria de votos, antes de ultimada a liquidação,
mas depois de pagos os credores, que o liquidan te faça rateios por antecipação da
partilha, à medida em que se apurem os haveres sociais.
Antes de finalizada a liquidação e desde que todos os credores tenham sido integralmente
pagos, faculta-se aos sócios, em deliberação tomada por maio-ria de votos em reunião ou
assembleia, determinarem que o liquidante faça rateios dos haveres sociais (direitos que
comporão o ativo da sociedade em liquidação), em antecipação da partilha, na medida em
que forem sendo apurados. O rateio atenderá, primeiramente, à devolução do capital
integra-lizado, a cada sócio, de forma proporcional. Caso haja algum sócio que não tenha
integralizado todas suas quotas, ser-lhe-á descontado o respectivo mon-tante, com a
correspondente diminuição de sua participação no capital so-cial. Devolvido o capital, e
ainda havendo remanescente a partilhar, esse tam-bém será distribuído entre os sócios, na
proporção da participação societária de cada um deles
Art. 1.110. Encerrada a liquidação, o credor não satisfeito só terá di reito a exigir dos
sócios, individualmente, o pagamento do seu crédito, até o limite da soma por eles
recebida em partilha, e a propor contra o liquidante ação de perdas e danos.
Entende-se, porém, tal limitação não poder ser aplicada em caso de constatação de fraude
por parte dos sócios.
rt. 1.112. No curso de liquidação judicial, o juiz convocará, se neces sário, reunião ou
assembleia para deliberar sobre os interesses da liqui dação, e as presidirá, resolvendo
sumariamente as questões suscitadas.
O ato de transformação consiste na operação por meio da qual uma so-ciedade altera seu
tipo societário para outro.
Exemplo: uma sociedade inicialmente constituída sob a forma de limitada, com seu capital
social dividido em quotas, ao transformar-se em sociedade por ações, deverá aprovar um
estatuto social com divisão do capital social em ações e obediência aos demais requisitos
exigidos na lei especial
Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos
dos credores.
falência produz efeitos em relação aos sócios da empresa falida de acor-do com o tipo
societário adotado. Por exemplo: os sócios de uma sociedade limitada, falida, não
respondem pessoalmente pelas obrigações da massa fa-lida, salvo nos casos de
desconsideração da personalidade jurídica
; já os sócios de uma sociedade em nome coletivo, falida, res-ponderão com seus bens
particulares, se os da massa falida não forem sufi-cientes para satisfazer os débitos
sociais. Em consequência, no caso de falên-cia da sociedade transformada, há de se
distinguir entre credores anteriores e posteriores à transformação.
Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprovála,
337. 30 de Abr de 2019
O Enunciado n. 232, aprovado na III Jornada de Direito Civil promovi-da pelo CJF, estatui
que nas fusões e incorporações entre sociedades regu-ladas pelo CC, é facultativa a
elaboração de protocolo firmado pelos sócios ou administradores das sociedades;
havendo sociedade anônima ou co-mandita por ações envolvida na operação, a
obrigatoriedade do protocolo e da justificação somente a ela se aplica.
Art. 1.117. A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da
operação e o projeto de reforma do ato constitutivo.
que deverá ser distribuído, de forma proporcional, aos anteriores sócios da incorporada
t. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar
sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
Art. 1.120. A fusão será decidida, na forma estabelecida para os res pectivos tipos, pelas
sociedades que pretendam unirse.
Em reunião ou assembleia dos sócios de cada sociedade, delibe rada a fusão e aprovado o
projeto do ato constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuição do capital
social, serão nomeados os peritos para a avaliação do patrimônio da sociedade.
A fusão importará na aglutinação dos sócios das sociedades fusionadas, bem como na
dos respectivos patrimônios líquidos. Assim, os sócios de cada sociedade envolvida
deverão, em reunião ou assembleia, previamente deli-berar sobre a fusão, aprovar o projeto
do ato constitutivo da nova sociedade (contrato social ou estatuto), aprovar o plano de
distribuição do capital so-cial e, ainda, nomear peritos para avaliação do patrimônio da
sociedade
É vedado aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da sociedade de que façam
parte.
somente poderão deliberar sobre os laudos das outras sociedades envolvidas na operação
de fusão. O quorum de delibe-ração, nessa reunião ou assembleia conjunta, será separado
Art. 1.122. Até noventa dias após publicados os atos relativos à incor poração, fusão ou
cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação
deles.
a o instituto da cisão seja mencionado no início deste capítulo, inexiste, aqui, qualquer
conceito ou norma específica relativos a tal forma de reorga-nização societária.
Cisão consiste na operação pela qual a sociedade transfere parcelas de seu patrimônio
para uma ou mais sociedades constituídas para esse fim ou já existentes. Pode ser total,
se houver extinção da companhia cindida, com a versão de todo seu patrimônio para as
demais, ou parcial, quando ocorrer divisão de seu capital social, restando à companhia
cindida parte de seu pa-trimônio social, pelo que essa ainda conservará personalidade
jurídica e so-frerá, apenas, uma redução em seu capital social
A sociedade, para elidir a anulação pleiteada por credor que se sinta pre-judicado por
fusão, incorporação ou cisão, poderá efetuar consignação em pagamento de importância
suficiente para cobrir o crédito reclamado e seus acréscimos
Art. 1.124. Na falta de prazo estipulado em lei ou em ato do poder público, será
considerada caduca a autorização se a sociedade não entrar em funcionamento nos doze
meses seguintes à respectiva publicação.
Da Sociedade Naciona
Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que
tenha no País a sede de sua administração.
Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações da sociedade
anônima revestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da
sociedade, na sua sede ficará arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da
na cionalidade dos sócios.
todas as ações devem ser nominativas seja qual for a nacionalidade de seus sócios.
Art. 1.127. Não haverá mudança de nacionalidade de sociedade bra sileira sem o
consentimento unânime dos sócios ou acionistas.
ou subscrição pública
e o prospecto
O dispositivo apresenta uma única exceção: não será submetida à prévia autorização do
Po-der Executivo a alteração de estatuto ou contrato social em virtude de aumen-to de
capital derivado de utilização de reservas ou de reavaliação do ativo. Alerta-se para o fato
de, ocorrendo outras hipóteses de aumento de capital (como mediante subscrição de
quotas ou de ações), também ser necessária prévia autorização do Poder Executivo
federal.
A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do
Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados,
podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade
anônima brasileira.
VI – último balanço.
Art. 1.135. É facultado ao Poder Executivo, para conceder a autori zação, estabelecer
condições convenientes à defesa dos interesses na cionais.
Art. 1.136. A sociedade autorizada não pode iniciar sua atividade an tes de inscrita no
registro próprio do lugar em que se deva estabelecer
416.
417.
418.
419.
420.
421.
422.
data e número do decreto de autorização
423.
424.
425.
426.
427.
428.
429.
Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará su jeita às leis e aos
tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil
430.
A sociedade estrangeira funcionará no território nacional com o nome que tiver em seu
país de origem, podendo acres centar as palavras “do Brasil” ou “para o Brasil”.
431.
432.
433.
434.
435.
Art. 1.140. A sociedade estrangeira deve, sob pena de lhe ser cassada a autorização,
reproduzir no órgão oficial da União, e do Estado, se for o caso, as publicações que,
segundo a sua lei nacional, seja obrigada a fazer relativamente ao balanço patrimonial e ao
de resultado econômi co, bem como aos atos de sua administração.
436.
437.
Sob pena, também, de lhe ser cassada a autorização, a sociedade estrangeira deverá
publicar o balanço patrimonial e o de resultado econômico das sucursais, filiais ou
agências existentes no País.
438.
439.
440.
441.
442.
art. 1.134, § 1o (“I – prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu país;
II – inteiro teor do contra-to ou do estatuto; III – relação dos membros de todos os órgãos
da adminis-
443.
444.
Tais documen-tos deverão ser autenticados de conformidade com a lei nacional da socie-
dade requerente; ser legalizados no consulado brasileiro da respectiva sede; vir
acompanhados de tradução em vernáculo e, ainda, ser acrescidos da pro-va da realização
(integralização) do capital social
445.
Poder Executivo poderá impor as condições que julgar conve nientes à defesa dos
interesses nacionais.
446.
447.
DO ESTABELECIMENTO
448.
449.
O estabelecimento principal, quando não for deter-minado pelo respectivo ato constitutivo,
será aquele no qual haja centraliza-ção da chefia, de lá emanando as ordens, e onde se
realizem as operações mais intensas da atividade organizada pela sociedade
450.
451.
o Código atribui a existência de estabelecimen-to à empresa (atividade exercida por
empresário ou sociedade empresária), e não à sociedade simples (não empresária).
452.
453.
454.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
455.
456.
457.
Dessa forma, podem ser objeto de relações jurídicas próprias, tais como atos translativos
ou consti-tutivos, desde que esses sejam compatíveis com a natureza do estabelecimen-to
e que sejam obedecidas as formalidades exigidas.
458.
459.
460.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a tercei ros depois de averbado à margem da
inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
461.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a
eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou
do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua
notificaçã
462.
se o cre-dor não se opuser, formalmente, no prazo de trinta dias, será presumida sua
anuência tácita.
463.
464.
na alienação (trespasse), a complexidade de bens – corpóreos ou incorpóreos – utilizados
no exercício do objeto social é transferida a outrem. Nessa complexidade de bens estão
incluídos o ativo e o passivo relativos ao estabelecimento. Portanto, o adquirente do
estabeleci-mento ficará solidariamente responsável pelos débitos anteriores à transfe-
rência desde que tenham sido contabilizados. O alienante, por sua vez, fica-rá
solidariamente responsável pelos débitos vencidos e vincendos, existentes à época do
trespasse, pelo prazo de um ano.
465.
quanto aos débitos já vencidos à época do trespasse, a partir da data da publicação do ato
de trespasse no Registro Público de Empresas Mercan-tis; quanto às dívidas existentes e
ainda não vencidas, a partir dos respecti-vos vencimentos.
466.
467.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabe lecimento não pode
fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
468.
469.
470.
471.
472.
Essa substituição (sub-rogação) somente não ocorrerá em duas hipóteses: quando houver
cláusula contra-tual, expressa, vedando a sub-rogação; e quando os contratos firmados
pelo alienante com terceiros para exploração do estabelecimento tiverem caráter pessoal.
Contratos de caráter pessoal são aqueles nos quais, em virtude das características
próprias do alienante do estabelecimento, cabe a este, exclu-sivamente, satisfazer a
obrigação contratada
473.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento trans ferido produzirá
efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da
transferência, mas o devedor ficará exone rado se de boafé pagar ao cedente.
474.
475.
DO REGISTRO
476.
e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às
normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de
sociedade empresária.
478.
479.
480.
481.
482.
icará à margem das prerrogativas que lhe são próprias, trazendo impedimentos ao
exercício da atividade, sob pecha de irregular com restrições de ordem administrativa,
processual e mercantil, como sanções indiretas pela não inscrição: não po-derá requerer
sua recuperação judicial, extrajudicial ou falência de outro, nem obter o enquadramento de
microempresa
483.
484.
ou contratar com o poder público, por falta do registro nos ca-dastros de contribuintes
fiscais – CNPJ, sujeitando-se, em caso de falência, aos crimes tipificados do CP
485.
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no arti go antecedente será
requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou
qualquer interessado.
486.
Os efeitos do registro são distintos, conforme a pessoa que realiza os atos: quando
elaborados por declaração do empresário individual, concede prote-ção jurídica e gozo das
prerrogativas que lhe são próprias; se tratar de peque-
487.
488.
O registro dos atos sujeitos a formalidade exigida no art. 1.150 deverá ser requerido por
pessoa com obrigação legal para fazê-lo, como administrado-res ou diretores das
sociedades empresárias, que, não o fazendo no prazo de trinta dias a contar do ato,
responderão por perdas e danos. No caso de demo-ra ou omissão de mais de trinta dias
poderá ser requerido por qualquer só-cio ou interessado.
489.
490.
o Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somen te produzirá efeito a
partir da data de sua concessão.
491.
O lapso temporal determinado por lei é de trinta dias seguintes à consti-tuição da
sociedade para ser requerida a inscrição do contrato social. Nada impede, porém, ser ela
requerida fora desse prazo. No entanto, findo tal pra-zo, os efeitos decorrentes do registro
somente terão início com sua conces-
492.
são pela Junta. Observe-se, porém, a ata de reunião ou assembleia dos sócios, na
sociedade limitada, dever ser registrada em prazo mais exíguo, vinte dias após a realização
do conclave, tratando-se, assim, de exceção à regra.
493.
Art. 1.152. Cabe ao órgão incumbido do registro verificar a regulari dade das publicações
determinadas em lei,
494.
Have-rá uma Junta em cada unidade da Federação, com sede na capital e jurisdi-ção na
área da circunscrição territorial respectiva.
495.
496.
o Salvo exceção expressa, as publicações ordenadas neste Livro serão feitas no órgão
oficial da União ou do Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e
em jornal de grande circulação.
497.
As publicações das sociedades estrangeiras serão feitas nos órgãos oficiais da União e do
Estado onde tiverem sucursais, filiais ou agências.
498.
o O anúncio de convocação da assembleia de sócios será publicado por três vezes, ao
menos, devendo mediar, entre a data da primeira in serção e a da realização da
assembleia, o prazo mínimo de oito dias, para a primeira convocação, e de cinco dias, para
as posteriores.
499.
Exceção a esta regra ocorre em reuniões em que compareçam todos os sócios, ou quando
estes se declararem, por escrito, cientes de local, data, hora e ordem do dia
500.
501.
Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o caso,
poderá sanálas
502.
503.
Art. 1.154. O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não pode,
antes do cumprimento das respectivas formalidades, ser oposto a terceiro, salvo prova de
que este o conhecia.
504.
505.
O terceiro não pode alegar ignorância, desde que cumpridas as referidas formalidades.
506.
507.
DO NOME EMPRESARIAL
508.
509.
510.
511.
512.
marca tem por função distinguir produtos ou serviços de seu titular, na concepção
moderna, representada pela economia sem fronteiras, ultrapassa a representação de
sinais visualmente perceptíveis, para representar uma sé-rie de outras funções, capazes de
determinar a preferência dos consumido-res como a garantia de qualidade e até mesmo a
possibilidade de ostentação, obtida pelo uso de uma marca de alto renome.
513.
514.
515.
516.
517.
518.
520.
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado,
aditandolhe, se quiser, designação mais preci sa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
521.