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Pesquisas em Geociências, 40 (1): 05-19, jan./abr.

2013 ISSN 1518-2398


Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil E-ISSN 1807-9806

Depósito de Cu-Zn Pojuca Corpo Quatro: IOCG ou VMS?

Marcelo SCHWARZ1 & José C. FRANTZ2

1
Programa de Pós-graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gon­çalves,
9.500, CEP 91.501-970, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: mrspirita@yahoo.com.
2
Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gon­çalves,9.500, CEP 91.501-970, Porto Alegre, RS, Bra-
sil. E-mail: jose.frantz@ufrgs.br.

Recebido em 12/2011. Aceito para publicação em 12/2012.


Versão online publicada em 06/09/2013 (www.pesquisasemgeociencias.ufrgs.br)

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Resumo - Este trabalho trata do depósito de Cu-Zn designado como Pojuca Corpo Quatro, localizado na Provín-
cia Mineral de Carajás, e procura estabelecer parâmetros para definir seu modelo metalogenético. O Depósito

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Pojuca Corpo Quatro está hospedado em rochas metavulcanossedimentares do Grupo Igarapé Pojuca, correla-
cionáveis às rochas do Grupo Grão Pará, de idade arqueana. A história metalogenética do depósito é complexa.
Duas formas diferentes de ocorrência caracterizam os minerais de minério do depósito: uma mineralização

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stratabound, coerente com o bandamento das rochas hospedeiras e considerada primária, e um minério em
brechas, vênulas e disseminado, aqui descrito como minério remobilizado ou secundário. As características

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das diferentes tipologias de minério sugerem duas fases de mineralização: mineralização primária, strata-
bound, cuja paragênese é constituída de calcopirita, pirrotita e esfalerita, considerada neste trabalho como
sendo do tipo VMS, e a mineralização secundária ou remobilizada, de paragênese formada por pirrotita, calco-

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pirita e molibdenita, descrita como sendo produto de eventos hidrotermais posteriores do tipo IOCG.
Palavras-Chave: IOCG, VMS, Pojuca Corpo Quatro, Cobre, Zinco, Carajás.

Abstract- Cu-Zn Pojuca Corpo Quatro Deposit: IOCG or VMS?. This paper deals about the Pojuca Corpo

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Quatro Cu-Zn deposit, located in Carajas Mineral Province, in order to establish parameters to define its metal-
logenic model. The Pojuca Corpo Quatro Deposit is hosted in Igarapé Pojuca Group metavolcanossedimentary

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rocks, which correlates to Grão Pará Group rocks of Archean age. The metallogenic history of this deposit is
complex. Two different types of ore occurrence characterize the deposit, a stratabound mineralization, consis-
tent with the host rock banding and considered primary, and another occurring in breccias, veinlets and dis-
seminated, as described here as a remobilized or a secondary ore. The characteristics of these different types
of ore suggest two phases of mineralization, the mineralization is stratabound or primary ore, with paragene-
sis composed of chalcopyrite, pyrrhotite and sphalerite, is considered here as being VMS type, and remobilized
or secondary ore, formed by pyrrhotite , chalcopyrite and molybdenite, described as the product of IOCG ype
subsequent hydrothermal events.
Key words: IOCG, VMS, Pojuca Corpo Quatro, Copper, Zinc, Carajás.

1 Introdução dos dados coletados e gerados pela empresa Vale S.A.,


que realizou pesquisa na área desde a década de 70,
O Depósito Pojuca Corpo Quatro teve suas reser- totalizando 15.163,46 m de sondagem distribuídos em
vas estimadas em 58 milhões de toneladas de minério, 54 furos. Para o atual estudo, serão considerados os
com teor médio de 0,87% de Cu e 0,90% de Zn, com dados da seção -300E (furos F24, F31, F38 e F56). Os
quantidades expressivas de Au, Ag e Cd. O depósito dis- furos foram feitos utilizando sondas rotativas diaman-
ta cerca de 35 km do Núcleo Urbano da Vale S.A., inseri- tadas, testemunhando com diâmetro HQ (96,40 mm)
do na Floresta Nacional de Carajás, na porção norte da na cobertura intemperizada, geralmente até 100m, e
Província Mineral de Carajás, município de Parauape- NQ (76,20 mm) em rocha fresca.
bas, sudeste do Estado do Pará, Brasil. O conhecimento geológico regional da Província
Este trabalho tem por objetivo a caracterização Mineral de Carajás iniciou-se nas décadas de 20 e 30
dos processos metalogenéticos do Depósito Pojuca por pesquisadores do Serviço Geológico e Mineralógi-
Corpo Quatro, assim como o seu posicionamento no co Brasileiro. Em meados da década de 50, o conheci-
tempo geológico. mento da região foi impulsionado principalmente pelo
Para atingir os objetivos propostos, foram utiliza- levantamento aerofotogramétrico do sudeste do Pará
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sob contrato do Departamento Nacional de Produção mentares e metavulcanossedimentares arqueanas e


Mineral e, a partir dos anos 60, as litologias foram agru- paleoproterozóicas, as quais constituem o Supergrupo
padas em unidades estratigráficas com base nos traba- Itacaiúnas. Granitóides anorogênicos de idade paleo
lhos de Barbosa et al. (1966), Ramos (1967) e Almeida a mesoproterozóicas representam intrusões que cor-
et al. (1968) (in Araújo & Maia, 1991). tam todas as unidades do Supergrupo Itacaiúnas, bem
Na década de 70, a Vale, já detentora das jazidas de como as rochas da Formação Águas Claras. As unidades
ferro e manganês, desenvolveu trabalhos sistemáticos de cobertura fanerozóica são correlacionáveis ao Gru-
de pesquisas por meio de suas subsidiárias, mais par- po Serra Grande.
ticularmente a DOCEGEO. Atualmente, várias empresas Do ponto de vista metalogenético, essa província
de diferentes portes desenvolvem trabalhos de explo- mineral constitui uma das mais bem estudadas regiões
ração mineral na província, prospectando Fe, Mn, Cu, do Cráton Amazônico, englobando importantes depósi-
Au, Ni, Pt e Pd. tos de Fe, Cu, Ni, Au e Mn.
A Província Mineral de Carajás tem inúmeras pro-
2 Geologia Regional postas de colunas estratigráficas devido ao constante
aporte de novos dados [(Lindenmayer (1990), Araú-
A Província Mineral de Carajás, onde está situa- jo & Maia (1991), Costa et al. (1993), Pinheiro & Hol-
do o Depósito Pojuca Corpo Quatro (Fig. 1), é limitada dsworth (1995) e Barros (1995 e 1997)]. As principais
a leste pelos rios Araguaia-Tocantins, a oeste pelo rio tentativas de sistematização do conhecimento regional
utilizadas pelas empresas em atuação na região são as

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Xingu, a norte pela Serra do Bacajá e a sul pela Serra
dos Gradaús (Hirata et al., 1982). Baseado no contexto de Hirata et al. (1982), e a proposta por geólogos da
Vale (DOCEGEO, 1988 – Relatório Interno), conforme

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geotectônico, a Província de Carajás está localizada no
Escudo do Brasil Central e inserida na porção sudeste figura 3.Trabalhos mais recentes têm dado ênfase à
da Província Amazônia Central, limitada pela Provín- evolução tectonoestratigráfica, petrogênese, metalo-

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cia Transamazônica ou Maroni-Itacaiúnas (Tassinari & gênese e, principalmente, a geocronologia das rochas
Macambira, 1999) a norte e pela Faixa Araguaia a leste, da Província Mineral de Carajás como, por exemplo, os

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conforme mostra a figura 2. de Pinheiro & Holdsworth (2000), Althoff et al. (2000),
A litoestratigrafia proposta para a Província Mine- Pidgeon et al. (2000), Barros et al. (2001), Barbosa
et al. (2001), Macambira et al. (2001), Leite (2001) e

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ral de Carajás é consequência de um conjunto de tra-
balhos realizados na região a partir da década de 60. Villas & Galarza (2001), dentre outros.
Foram definidas diversas unidades pré-cambrianas e
agrupadas, por suas características, em embasamento 3 Estratigrafia e evolução tectonoestratigráfica

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cristalino arqueano subdividido em complexos Xingu e
Pium e Suíte Plaquê, esta última constituída por gra- As principais unidades litoestratigráficas ocorren-

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nitóides arqueanos de associação TTG e sequências tes na região da área em estudo e arredores estão in-
metavulcanossedimentares do tipo greenstone belt. cluídas dentro do Supergrupo Itacaiúnas, sintetizadas
Também, foram distinguidas sequências metassedi- adiante, e que podem ser observadas no mapa geológi-

Figura 1. Localização e vias de acessos do Depósito Pojuca Corpo Quatro, Província Mineral de Carajás, Pará.

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Figura 2. Compartimentação tectônica do Cráton Amazônico.

co regional apresentado na figura 4. e 2742 Ma (U/Pb, Machado et al., 1991). Estas rochas,
O Supergrupo Itacaiúnas está em contato discor- descritas no depósito de Cu-Au do Salobo inicialmen-
dante com os granitóides, gnaisses e migmatitos do te como metamórficas (Lindenmayer, 1990), foram
Complexo Xingu. Este supergrupo engloba todas as se- reinterpretadas como provenientes de processos de
quências de rochas supracrustais da Província Mineral alteração hidrotermal que acompanharam a deposição
de Carajás, que diferem em grau metamórfico e compo- dos sulfetos de cobre (Lindenmayer & Teixeira, 1999).
sição das sequências de greenstone belts do Supergru- Rochas vulcânicas andesíticas são interpretadas como
po Andorinhas. Desse modo, foram agrupados, da base provenientes de magmas cálcio-alcalinos, com geoquí-
para o topo, os grupos Igarapé Salobo, Igarapé Pojuca, mica análoga a de magmas de arcos magmáticos (ƐNd
Grão-Pará, Igarapé Bahia e Buritirama. (T) = -1,8) (Lindenmayer et al., 2001).

3.1 Grupo Igarapé Salobo 3.2 Grupo Igarapé Pojuca

O grupo compreende uma faixa deformada, de O Grupo Igarapé Pojuca, objeto do presente estu-
direção WNW, composta por anfibolitos, xistos, forma- do, tem ampla distribuição nas bordas do “Sinclinório
ções ferríferas, metagrauvacas depositados entre 2732 Carajás”, abrangendo sequências de rochas metavulca-
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Figura 3. Coluna estratigráfica da Província Mineral de Carajás, modificada de DOCEGEO (1988), Fonte: Villas & Santos (2001).

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Figura 4. Mapa geológico da Província Mineral de Carajás, mostrando a localização do depósito Furnas Cu-Au e os principais depósitos de
Fe, Mn e Cu-Au, simplificado de DOCEGEO (1988), Araújo Maia (1991) e Barros & Barby (1998).

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nossedimentares, de fácies xistos verdes a anfibolito, 3.4 Grupo Igarapé Bahia


orientadas segundo direção geral WNW-ESE com mer-
gulhos variando de 50° NE a 60° SW. A seção-tipo foi O Grupo Igarapé Bahia, de ocorrência restrita à
definida na área que abriga os depósitos de Cu-Zn e Cu- área da mina de ouro do mesmo nome, é considerado
-Au-Mo e descrita por DOCEGEO (1988) como rochas por DOCEGEO (1988) como sobreposto às rochas do
metavulcânicas básicas a intermediárias (muitas vezes Grupo Grão Pará. Compreende uma sequência de ro-
alteradas hidrotermalmente para cordierita-antofilita, chas vulcanossedimentares de baixo grau metamórfico
anfibólios, sílica, biotita), anfibolitos, gnaisses, cherts, (hidrotermalismo), contendo mineralização primária
formações ferríferas bandadas (BIFs) e xistos de com- de Cu, associado a Au, Mo e Ag, e mineralização se-
posições diversas. Foi caracterizada a Formação Corpo cundária de Au em gossans. As rochas deste grupo são
Quatro, que abriga depósito homônimo e caracteriza- metassedimentares, pelitos e ritmitos, e metavulcano-
-se por dois grupamentos litológicos principais: rochas clásticas félsicas a máficas intercaladas, com intrusivas
bandadas e rochas com fragmentos. As rochas banda- máficas (DOCEGEO, 1988) que afloram em uma janela
das correspondem a sedimentos químicos com sulfetos estrutural situada na porção centro-oeste da região de
(pirrotita, calcopirita, esfalerita), níveis descontínuos Carajás. Nas zonas de minério, há um domínio de bre-
de chert e/ou formação ferrífera bandada fácies óxido, chas hidrotermais bem caracterizadas e preferencial-
bem como vários níveis de sulfeto maciço. As rochas mente hospedadas na interface entre rochas vulcânicas
com fragmentos apresentam disseminações de pirro- e rochas piroclásticas/ritmitos do pacote.

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tita, calcopirita e, eventualmente, esfalerita. O meta-
morfismo das rochas do Igarapé Pojuca foi datado por 3.5 Grupo Buritirama
Machado et al. (1991) como ocorrido em 2740 - 2730

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Ma pelo método U-Pb em zircões. O grupo é representado por um pacote de rochas
As mineralizações de Cu-Zn são consideradas metassedimentares clásticas e químicas de direção

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singenéticas e relacionadas à fácies sulfeto dos BIFs, N55W, que aflora na serra homônima, na porção norte
enquanto a mineralização de Cu-Au-Mo adjacente, co- da Província Mineral de Carajás. O pacote corresponde,

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nhecida como Depósito Gameleira, está provavelmen- da base para o topo, a quartzitos bandados, quartzitos
te relacionada a processos de remobilização tardia em micáceos e xistos variados. Contém reservas de Mn, as

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stockwork. quais vêm sendo explotadas desde 1979 e foram ava-
liadas, nessa época, em 17,730 milhões de toneladas
3.3 Grupo Grão-Pará com teor médio de 47% de MnO2.

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O Grupo Grão Pará (Beisiegel et al., 1973) é for- 3.6 Formação Águas Claras
mado por três unidades, da base para o topo: Forma-

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ção Parauapebas (DOCEGEO, 1988), Formação Carajás Essa formação foi sugerida por Araújo et al. (1988)
(Beisiegel et al., 1973) e a Sequência Paleovulcânica e descrita por Nogueira (1995), anteriormente correla-
Superior (Beisiegel et al., 1973; DOCEGEO, 1988), esta cionada por DOCEGEO (1988) ao Grupo Rio Fresco. Ela
última correspondendo a Upper Metasedimentary Se- compreende rochas sedimentares marinhas a fluviais,
quence de Gibbs et al. (1986). cortadas por sills e diques de rochas máficas (Soares
A Formação Parauapebas é constituída por basal- et al., 1994) e está repousando de forma discordante
tos, basaltos andesíticos, shoshonitos e riolitos, corta- sobre as rochas do Supergrupo Itacaiúnas.
dos por corpos quartzo-dioríticos (Gibbs et al., 1986;
Teixeira, 1994), metamorfisados na fácies xistos verdes 3.7 Modelo tectonoestratigráfico
e pouco deformados. No topo da Formação Parauape-
bas dominam rochas vulcânicas félsicas, traquiandesi- Os três principais modelos tectonoestratigráficos
tos e riolitos, cuja efusão deu-se entre 2743 ± 11 Ma propostos para a Provícia Mineral de Carajás são os de
(U-Pb, zircão, Trendall et al., 1998) e 2759 ± 2 Ma (U/ Araújo & Maia (1991), Costa et al. (1995) e de Pinheiro
Pb, Machado et al., 1991). Estes dados indicam sincro- (1997), sendo o último adotado no presente trabalho.
nicidade entre a Formação Parauapebas e a deposição Pinheiro (1997) sugere que a evolução tectônica
do Grupo Salobo-Pojuca. de Carajás teve início com o estabelecimento de uma
A Formação Carajás abriga as formações ferríferas zona de cisalhamento dúctil arqueana, de direção E-W
bandadas fácies óxido e carbonato, que representam o (Zona de Cisalhamento Itacaiúnas), responsável pelo
protominério dos depósitos de ferro supergênicos. Sua desenvolvimento de uma fábrica milonítica de alta
idade mínima é determinada por um sill máfico datado temperatura gerada por transpressão sinistral nas ro-
de 2740 ± 8 Ma. (U-Pb, zircão, Trendall et al. ,1998). chas do embasamento, seguida pela instalação sobre o
A Sequência Paleovulcânica Superior compreende embasamento representado pelas rochas do Grupo Iga-
rochas vulcânicas, metagrauvacas, siltitos tufáceos, fili- rapé Pojuca. As rochas do grupo foram deformadas por
tos, arenitos, com derrames basálticos, tufos e arenitos transpressão e, sobre estas, os litotipos do Grupo Grão
tufáceos (Gibbs et al. ,1986). Pará (2,7 Ga) foram posicionadas. De forma discordan-
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te, sobre o Grupo Grão Pará, foram depositados os se- vulcânicos, como esperado em sistemas VMS. Na por-
dimentos da Formação Águas Claras. Posteriormente, ção sudeste do Depósito Pojuca Corpo Quatro, ocorrem
um evento transtensional dextral gerou uma geome- metassedimentos de baixo grau compostos por areni-
tria sigmoidal alongada, com trend E-W, fortemente tos, conglomerados e siltitos, que estão em contato tec-
controlada pela geometria das zonas de cisalhamento tônico com os metabasaltos do footwall.
pretéritas. A Falha Carajás marca o limite de desloca- A Formação Corpo Quatro, que hospeda as mine-
mento dextral transtensivo da Estrutura de Carajás, a ralizações de Cu-Zn, tem espessura média de 100m.
qual foi invadida por um enxame de diques e sills má- Trata-se de uma unidade composta por sedimentos
ficos por volta de 2,6 Ga. Um episódio de transpressão clasto-químicos divididos em dois grupos litológicos
sinistral entre 2,6 Ga e 2,0 Ga reativou a Falha Carajás, principais: rochas com fragmentos e rochas bandadas.
deformando as rochas situadas no interior da estrutu- As rochas com fragmentos, cuja mineralogia principal
ra e, no contexto do Sistema Transcorrente Cinzento, é representada por quartzo, almandina e biotita ou
dando origem a estruturas sidewall ripout. Um último hornblenda, também podem ser hospedeiras de mine-
episódio deformacional, controlado por uma extensão ralização, por vezes apresentando disseminações de
E-W a NE-SW ocorrida durante o Proterozóico Inferior calcopirita, pirrotita e esfalerita. O nome desta unidade
e o início do Mesoproterozóico, no Cráton Amazônico, provém da presença de agregados alongados de quart-
deu origem a fraturas e falhas regionais de direção N-S zo sub-arredondados a angulares, por vezes com apa-
e permitiu a intrusão de corpos graníticos (granitos rência fragmental, clástica e interpretados como sendo

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Carajás, Cigano, dentre outros) e, possivelmente, novas de origem sedimentar, que representariam clastos in-
injeções de diques máficos. trabasinais (Winter, 1994).

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4 Geologia do Depósito 5 Mineralização

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A mineralização do Depósito Pojuca Corpo Quatro A mineralização do Depósito Pojuca Corpo Quatro,
está associada a uma faixa estreita (variável de 1 a 3 sob o ponto de vista estrutural e composicional apre-

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km) de rochas metavulcanossedimentares inseridas no senta diferenças que permitem interpretar o depósito
Grupo Igarapé Pojuca (DOCEGEO, 1988) de direção ge- como originado a partir de duas situações geológicas

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ral NW situada entre rochas do Complexo Xingu a norte e correspondendo a duas formas de distribuição da
e rochas sedimentares da Formação Águas Claras a sul. mineralização: a primeira bandada, stratabound, é in-
O Granito Pojuca, anorogênico proterozóico, corta as terpretada como primária e, a segunda, presente em
sequências do depósito (Fig. 5). rochas brechadas, vênulas e disseminações, é interpre-

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O Bloco Pojuca corresponde à extremidade W do tada como remobilizada ou secundária.
bloco norte individualizado pela Falha Carajás duran- A mineralização primária ocorre, principalmente,

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te sua movimentação sinistral devido à convergência nas rochas bandadas, com características de exalitos,
NE. Os lineamentos e falhamentos associados à falha formadas por níveis milimétricos a centimétricos de
principal são de orientação NW-SE. Outras direções de sedimentos químicos com anfibólio, quartzo, sulfetos
fraturamentos subordinadas são NE-SW, NS, EW, todos de Fe, Cu e Zn, e magnetita, intercalados com níveis pe-
subverticais. A deformação nas rochas é heterogênea, lito-químicos com anfibólio, almandina, biotita, quart-
ocorrendo faixas mais deformadas. zo, magnetita e, subordinadamente, sulfetos. Níveis de
As rochas metavulcânicas presentes na área apre- chert e de formação ferrífera bandada ocorrem próxi-
sentam, no domínio do depósito, uma foliação de di- mos à base da unidade rochas bandadas (Figs. 7 e 8).
reção preferencial NW-SE, com mergulhos de 60-80° A mineralização secundária ou remobilizada ocor-
para SW quando próximas ao contato com a Formação re sobre as rochas com fragmentos, assim como sobre
Águas Claras e mergulhos de 50-60° para NE naquelas as rochas encaixantes metavulcanossedimentares. A
próximas ao limite norte, em contato com o Complexo forma de ocorrência desta fase mineralizante varia de
Xingu. As rochas vulcânicas correspondem predomi- disseminações a veios de quartzo ou carbonato, sendo
nantemente a metabasaltos e metabasaltos andesíticos correlacionada a eventos tardios, sejam estes novos
metamorfisados à fácies anfibolito com texturas grano- aportes de fluido responsáveis pela entrada de mais
básticas, xenoblásticas e subidioblásticas, e hidroter- carga metálica no sistema, e/ou pela simples remobi-
malizadas (Fig. 6). O basalto de footwall encontra-se lização de sulfetos já presentes nas rochas da região
localmente hidrotermalizado, com paragênese forma- (Figs. 9, 10 e 11).
da por antofilita-cordierita-granada, hospedando ou O somatório das espessuras médias dos corpos
não veios centimétricos e vênulas de calcopirita. Já o mineralizados do Depósito Pojuca Corpo Quatro che-
metabasalto do hangwall, considerado por alguns au- ga a 70 m e possui extensão total de 2,6 km. Os corpos
tores como um sill gabróico em função da sua granu- mineralizados têm formas lenticulares e/ou tabulares
lometria grossa, é interpretado neste trabalho como concordantes com o bandamento das rochas hospe-
parte da sequência vulcânica, não apresentando sinais deiras, podendo ser irregulares e às vezes até mesmo
de hidrotermalismo característico da base de sistemas anastomosados, com espessuras variando entre 5 e 35 m.

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Figura 5. Mapa do Depósito Pojuca Corpo Quatro e adjacências.

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Figura 6. Fotomicrografias da rocha metavulcânica hidrotermalizada encaixante do minério: (A) luz transmitida, nicóis cruzados, mostran-
do biotita e clorita com xenoblastos de anfibólio, marcando a foliação, porfiroblastos de granada com inclusões de ilmenita, e plagioclásio
hidrotermalizado; (B) luz transmitida, nicóis paralelos, mostrando cristais zonados de turmalina, biotita, agregados granoblásticos de
quartzo e fraturas preenchidas por clorita; (C) luz transmitida, nicóis paralelos, mostrando turmalina zonada, xenoblastos de quartzo em
fraturas e clorita orientada definindo a foliação principal; (D) rocha metavulcânica básica a intermediária, luz transmitida, nicóis cruza-
dos, mostrando anfibólio primário, substituído por anfibólio acicular secundário e clorita, lamelas de biotita, xenoblastos de plagioclásio
hidrotermalizado e ilmenita disseminada.

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Figura 7. Feições macroscópicas do minério primário: (A) formação ferrífera bandada, hidrotermalizada, com magnetita, quartzo, anfi-
bólio, biotita e calcopirita; (B) com granada; (C) intercalada com chert; (D) martitizada; (E e F) brechada com in fills tardios de anfibólio.

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Figura 8. Seções delgadas de formações ferríferas bandadas fácies óxido/silicato: (A) na fácies óxido, luz refletida, ocorre magnetita,
ilmenita, calcopirita e pirita como xenoblastos, e inclusões de ilmenita em magnetita; (B) bandas milimétricas da fácies silicato, com
xenoblastos de quartzo e anfibólio com substituição parcial por biotita; (C) detalhe da rocha bandada na porção quartzosa, luz refletida,
com massas anédricas de calcopirita associadas a pirrotita, pirita e esfalerita, com ouro muito fino incluso na pirita; (D) xenoblastos de
plagioclásio e de anfibólio, com substituição por biotita e epidoto.

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Figura 9. Feições macroscópicas das rochas encaixantes e do minério remobilizado: (A, B e C) em rocha vulcânica básica anfibolitizada,
com veios tardios de clorita e quartzo; (D) rocha com fragmentos de anfibólio, granada e magnetita; (E) rocha com fragmentos de anfibó-
lio, granada e biotita, com brechas tardias com carbonato e magnetita; (F) anfibolitização com grãos grossos e remobilização de sulfetos.

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Figura 10. Fotomicrografias: (A) Vênula mineralizada a calcopirita, em massas anédricas, com xenoblastos de esfalerita; (B) rocha com
agregados granoblásticos de quartzo, xenoblastos de plagioclásio alterados a epidoto com agregados de biotita; (C) pirita inclusa e corro-
ída em massas anédricas de calcopirita; (D) rocha metavulcanossedimetar hidrotermalizada com porfiroblastos de granada, plagioclásio
hidrotermalizado, anfibólio, biotita e agregados xenoblásticos de quartzo.

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Figura 11. Fotomicrografias da rocha metavulcanossedimentar com forte alteração hidrotermal: (A, B e C) com agregados granoblásticos

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de quartzo, biotita e granada com substituição parcial por clorita, anfibólio e aglomerados xenoblásticos de calpirita e pirrotita, com ilme-
nita; (D, E e F) anfibólio e quartzo com pirrotita e calcopirita como disseminações e como agregados.

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Os mesmos estão dispostos segundo direção NW-SE através de análises geoquímicas, resultaram da coleta
(Figura 5), com mergulhos tanto para SW (predomi- de amostras de 1 m, utilizando ¼ de testemunho, cujos
nante) como para NE. elementos e métodos analíticos utilizados no Depósito

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No Depósito Pojuca Corpo Quarto, a mineralização Pojuca Corpo Quatro são explicitados no Quadro 1.
ocorre principalmente associada às rochas bandadas,
e geralmente é concordante com as rochas encaixan-
tes. A mineralização primária, nesse caso, é formada
por calcopirita, pirrotita e esfalerita. Gahnita também
pode ser encontrada em níveis mineralizados a Zn. Nas
zonas remobilizadas, ocorre pirita, com pentlandita,
molibdenita, covelita, bornita e Au. A mineralização do
Depósito Pojuca Corpo Quatro, quando condicionado
às rochas exalativas bandadas, tem geometria strata-
bound, podendo ocorrer também em string e em veios
e vênulas de quartzo-biotita-turmalina. A mineraliza-
ção mais típica tem bandas maciças milimétricas a cen-
timétricas recorrentes de calcopirita e pirrotita, alter-
nadas com bandas de quartzo e de anfibólio. De forma
subordinada, a mineralização também pode ocorrer
disseminada ou em vênulas e veios ou até mesmo na Quadro 1. Elementos e métodos analíticos utilizados na pesquisa
forma de grãos esqueletais seguindo a clivagem dos do Depósito Pojuca Corpo Quatro.
anfibólios. Não foi registrada uma correlação forte da
mineralização sulfetada com o Au, que é encontrado As discussões quanto às características dos flui-
aleatoriamente, raramente excedendo 1,0 g/t. Os teo- dos responsáveis pela mineralização do Depósito Po-
res de Ag variam de 5 a 10 g/t e o Mo é encontrado na juca Corpo Quatro têm concluído que estes seriam de
faixa de 30 a 70 ppm. Nos níveis mineralizados a Zn natureza sódico-cálcica, e que os metais carreados
também podem ocorrer comumente altos valores de por estes fluidos estariam sob a forma de complexos
Cd, variando de 200 a 300 ppm. Tais dados, obtidos clorídricos. Segundo estudos realizados pela VALE, o
14
Pesquisas em Geociências, 40 (1): 05-19, jan./abr. 2013

estágio inicial da mineralização (pirrotita-calcopirita


± esfalerita) associa-se a fluidos aquosos ricos em Na-
-Ca-(K), de moderada salinidade, e o segundo estágio
da mineralização esteve fortemente relacionado à for-
mação de veios de quartzo-biotita, e foi gerada a baixa
temperatura e alta salinidade, rica em fluidos Na-Ca-K-
-Fe (VALE, 2009).
Recentemente, foi proposto pela equipe de explo-
ração mineral da VALE que a sequência clasto-química
do Grupo Igarapé Pojuca (BIF, chert bandado e rocha
fragmentada) seja revista em função da inexistência de
rochas siliciclásticas no âmbito do depósito homôni-
mo, particularmente no Corpo Quatro. A proposta é de
que este pacote seja considerado como exalativo com Figura 12. Gráfico comparativo de Ce x Cu para os depósitos de Iga-
intercalações de peperitos (rocha com fragmentos). Es- rapé Bahia (brechas e magnetititos) e Pojuca Corpo Quatro (strata-
sas rochas apresentam uma polaridade quanto ao ta- bound). (modificado de CVRD, 2005, relatório interno).
manho dos fragmentos, que aumentam em direção ao
contato com os exalitos (rochas bandadas). Individualizando-se o Depósito Pojuca Corpo Qua-
Um aspecto importante sobre o depósito, em es- tro (com minério stratabound e minério remobilizado)

O
pecial suas relações genéticas referem-se às idades dos dos depósitos adjacentes, outras características corro-
eventos. Neste sentido, uma fração de zircões (9 cris- boram a ideia de que este tenha uma história metaloge-

L
tais) separados de anfibolito do Corpo Quatro fornece nética diferenciada dos demais depósitos cupríferos da
uma idade U-Pb concordante de 2732 ± 2 Ma (Machado Província Mineral de Carajás: (1) enquanto depósitos

E
et al., 1991). Essa idade é interpretada pelos autores IOCG caracterizam-se por enriquecimento em elemen-
como a idade de cristalização do anfibolito. O Granito tos como Fe, K e Na, o Depósito Pojuca Corpo Quatro é

R
Pojuca, que ocorre nas proximidades, fornece uma ida- empobrecido em álcalis (Na e K); (2) depósitos IOCG
de de 1874 ± 2 Ma baseada em uma discórdia de 3 fra- caracterizam-se por paragêneses de minerais de mi-
ções de zircões (Machado et al., 1991).

P
nério como calcopirita, bornita e calcocita, e também
Os metabasaltos encaixantes do depósito, a N e a teores razoáveis de Au, ao passo que em Pojuca Corpo
S, têm idade, geoquímica e origem semelhantes as das Quatro a paragênese é dada por calcopirita, pirrotita e
rochas do Grupo Grão Pará (Olszewski et al., 1989 e esfalerita, além de também possuir teores médios infe-

O
Machado et al., 1991). Nesse contexto, a melhor esti- riores aos característicos dos depósitos do tipo ferro-
mativa de idade para as rochas hospedeiras do Depósi- -óxido que em média têm teores de Cu de aproximada-

N
to Pojuca Corpo Quatro é a idade de 2,7 Ga da sequên- mente 1%; (3) Pojuca Corpo Quatro é um depósito de
cia de metabasaltos e gabros cogenéticos, que também 58 Mt, diferente dos padrões IOCG, geralmente maiores
hospedam o Depósito Gameleira adjacente. Neste últi- que 250 Mt; e, (4) o minério do Depósito Pojuca Corpo
mo, Pimentel et al. (2002) obtiveram idades isocrôni- Quatro é bandado e disseminado em um corpo minera-
cas Sm-Nd de 2719 ± 80 Ma (MSWD=3.0) ( Nd(T) de lizado de forma tabular com forte mergulho, enquanto
-1.4) para metandesitos, que são parte das rochas en- em depósitos IOCG, via de regra, a mineralização ocor-
caixantes juntamente com os gabros. Quando plotados re disseminada em brechas e/ou magnetititos/hemati-
juntos, as rochas metavulcânicas e gabros associados titos de forma circular a lenticular.
indicam a idade de 2757 ± 81 Ma (1 ) ( Nd(T) de -0.8). As características e comparações citadas acima
Essa idade é interpretada como representativa da épo- sugerem que o minério stratabound do Depósito Poju-
ca de cristalização das rochas vulcânicas encaixantes ca Corpo Quatro assemelhe-se a um depósito do tipo
do depósito Gameleira. Os eventos diretamente ligados VMS, por sua paragênese primária, seu condicionamen-
à mineralização do Depósito Pojuca Corpo Quatro ain- to stratabound, volume de minério, concordância com
da não estão devidamente datados, mas por correlação, sequências vulcanogênicas e presença de alteração hi-
sugere-se que as idades sejam similares. drotermal apenas na base do horizonte mineralizado.
O modelo VMS proposto para o Depósito Pojuca Já o minério secundário (remobilizado) foge do padrão
Corpo Quatro ainda não tem boa aceitação pela comu- VMS, distribuído de forma disseminada em anfibolitos,
nidade, no entanto, uma série de características leva a em brechas e vênulas de quartzo ou carbonato, conten-
crer em uma origem metalogenética primária vulcâni- do magnetita e ilmenita, que podem ser interpretados
ca. Quando comparados dados geoquímicos de Ce x Cu como parte de um sistema similar ao de um modelo
de depósitos descritos e aceitos como IOCG, brechas e genético do tipo ferro-óxido, considerando que estas
magnetititos maciços, também hospedados em rochas características são comuns em depósitos do tipo IOCG.
metavulcanossedimentares na mesma Província de Ca- A proximidade de outros dois depósitos bastante
rajás, estes apresentam características muito distintas estudados a ESE, Gameleira e Grota Funda, pode ex-
das de mineralizações stratabound (Fig. 12). plicar essas características identificadas para o miné-

15
Schwarz & Frantz

rio remobilizado. A presença de turmalina, mudança do Grupo Igarapé Pojuca com o vulcanismo do Grupo
de paragênese e o enriquecimento em Fe de parte das Grão Pará, de idade Arqueana, sugere-se que o minério
rochas encaixantes remete ao Depósito Pojuca Corpo primário (stratabound) desse depósito seja correlacio-
Quatro características que são presentes naqueles de- nável aos episódios vulcanogênicos de idade 2,7 Ga.
pósitos circunvizinhos. Já as brechas, vênulas e disseminações de sulfetos
A Província Mineral de Carajás é interpretada características do minério remobilizado presentes no
como tendo três principais eventos mineralizantes. O Depósito Pojuca Corpo Quatro, assim como as paragê-
primeiro destes, associado ao vulcanismo do Grupo neses com presença de (rara) molibdenita e turmalina,
Grão Pará, é responsável pelos depósitos de Fe e Mn de são sugestivas de resultarem de alterações hidroter-
Carajás e Azul, de idade aproximada de 2,7 Ga; depósi- mais similares às responsáveis pela gênese dos depó-
tos tipo IOCG, gerados por um grande aporte de fluidos sitos vizinhos de Gameleira e Grota Funda, mesmo que
por volta de 2,5 Ga (depósitos de Sossego, Salobo, Iga- em posição mais distal.
rapé Bahia, Grota Funda); e, finalmente, depósitos de Ao interpretar as grandes unidades rochosas da
remobilização precipitados em stockwork e correlacio- área do Depósito Pojuca Corpo Quatro, tomando como
náveis a intrusões de idade aproximada de 1,8 Ga, IOCG exemplo a seção vertical -300E, e correlacionando-as
ou não, tendo como maior representante o Depósito aos teores de um furo que corta todo este pacote de li-
Gameleira. tologias nesta mesma seção (F38), é possível facilmen-
Levando-se em conta a proximidade geográfica e te encaixar este depósito no modelo tipo VMS, como
a possibilidade do encadeamento dos eventos minera- explicitado na figura 13, com efeitos de remobilização

O
lizantes descritos, e a correlação das rochas vulcânicas por eventos hidrotermais posteriores.

E L
P R
N O

Figura 13. Esquema correlacionando tipos litológicos e teores da seção -300E do Depósito Pojuca Corpo Quatro com o modelo metaloge-
nético do tipo VMS.

16
Pesquisas em Geociências, 40 (1): 05-19, jan./abr. 2013

5 Conclusões 1988. A megaestruturação arqueana da Folha Serra dos


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vas estimadas em 58 milhões de toneladas de minério,
2001. Geologia e Geocronologia do Stock Granítico Gela-
com teor médio de 0,87% de Cu e 0,90% de Zn, está
dinho, região de Parauapebas, Província Mineral de Cara-
hospedado em rochas que permitem uma correlação jás. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7.,2001,
com as rochas do Grupo Grão Pará. Belém. CD-ROM, Resumos Expandidos. Belém: SBG-NO,
A paragênese do minério stratabound, suas ca- 2001. v. 7. p. 12-15.,
racterísticas texturais e químicas, volume da minerali- Barbosa, O., Ramos, J.R. de A., Gomes, F. de A. & Helmbold, R.
zação e a forma do corpo de minério, permitem inter- 1966. Geologia estratigráfica, estrutural e econômica da
pretar o depósito como sendo um depósito de origem área do “Projeto Araguaia”. DGM, Rio de Janeiro, 94p.
e gênese vulcânicas, modelo VMS, de 2,7 Ga, conforme Barros, C.E.M. 1997. Pétrologie et struture du Complexe Gra-
discutido nos parágrafos anteriores. nitique Estrela (2.5 Ga) et de son encaissant métavolcano-
-sédimentaire (Province Métallifère de Carajás, Brésil).
A paragênese do minério secundário, suas carac-
Nancy, 316p. Tese de Doutorado, Université Henri Poin-
terísticas texturais e químicas indicam contribuições e
caré, França.
modificações geradas por eventos hidrotermais poste- Barros, C.E.M., Dall’agnol, R., Vieira, E.A.P. & Magalhães, M.S.
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As características do minério secundário do De- metalogenético para estanho com base em estudos da

O
pósito Pojuca Corpo Quatro permitem estabelecer uma borda oeste do corpo. Série Ciências da Terra, 7: 93-123.
correlação com o minério dos depósitos Grota Funda Barros, C.E. M. 1991. Evolução petrológica e estrutural do
Gnaisse Estrela, Curionópolis, PA. Belém, 134p. Disserta-

L
e Gameleira, ambos definidos como do tipo IOCG, con-
forme sua associação com zonas brechadas que acom- ção de Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Geociên-
panham intrusões e suas paragêneses compatíveis com cias, Universidade Federal do Pará.

E
sistemas intrusivos oxidados. Barros, C.E. M., Dall’agnol, R., Soares, A.D.V. & Dias, G.S. 1994.
Metagabros de Águas Claras, Serra dos Carajás: Petrogra-
Os depósitos IOCG deste distrito têm idades su-

R
fia, Geoquímica e transformações metamórfico-hidroter-
geridas de 2,5 e de 1,8 Ga, sendo que estas idades são mais. Acta Geologica Leopoldensia, 17(40): 31-70.
sugestivas para representarem os efeitos de remobili- Barros, C.E.M. & Barbey, P. 1998. A importância da granito-

P
zação observados no Depósito Pojuca Corpo Quatro. gênese tardi-arqueana (2,5 Ga.) na evolução tectono-me-
O entendimento da complexidade dos processos tamórifca da província mineral de Carajás – O Complexo
envolvidos na gênese do Depósito Pojuca Corpo Quatro Granítico Estrela e sua auréola de contato. Revista Brasi-
demanda estudos mais aprofundados para aperfeiçoa- leira de Geociências. 28(4): 513-522.

O
mento do modelo do depósito, em especial de técnicas Barros, C.E.M., Macambira, M.J.B. & Barbey, P. 2001. Idade
que envolvam datação direta de zonas de alteração hi- de zircão do Complexo Granítico Estrela: relações entre

N
drotermal e de minério e de suas paragêneses. Sugere- magmatismo, deformação e metamorfismo na Província
Mineral de Carajás. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-
-se que seja utilizado o método Re-Os para sulfetos,
ZÔNIA, 7., 2001, Belém, Anais... Belém, SBG. 1 CD-ROM.
datando pirita e calcopirita do minério stratabound e Beisiegel, V. de R., Bernardelli, A.L., Drummond, N.F., RUFF,
calcopirita e molibdenita presente em vênulas de mi- A.W. & Tremaine, J.W. 1973. Geologia e recursos minerais
nério remobilizado. da Serra dos Carajás. Revista Brasileira de Geociências, 3:
215-242.
Agradecimentos - Os autores agradecem a VALE pela Brodie, K., Fettes, D., Harte, B. & Schmid, R. 2004. Towards a
oportunidade de realizar o presente estudo em uma unified nomeclature of metamorphic petrology. Structu-
de suas áreas de exploração mineral, aos gerentes de ral terms including fault rock terms. Recommendations
exploração pela liberação do artigo para publicação, by the IUGS Subcommission on the Systematics of Meta-
ao editor-chefe da revista e aos revisores pela acurada morphic Rocks. IWeb version.
Caputo, M.V. & Lima, E.C. 1984. Estratigrafia, idade e cor-
análise do trabalho, oportunas críticas e importantes
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