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Curitiba, 09 de maio de 2019 – A RUMO S.A. (B3: RAIL3) (“Rumo”) anuncia hoje seus resultados do primeiro
trimestre de 2019 (1T19), composto por janeiro, fevereiro e março. Os resultados são apresentados de forma
consolidada, de acordo com as regras contábeis brasileiras e internacionais (IFRS). As comparações realizadas
neste relatório levam em consideração o 1T19 e 1T18 Proforma*, exceto quando indicado de outra forma.
• No 1T19, o EBITDA da Rumo foi de R$ 802 milhões, 12,7% superior ao 1T18 proforma. A margem
EBITDA alcançou 49%.
• O volume total transportado no 1T19 foi de 13,3 bilhões de TKU, 12,5% maior na comparação com 1T18,
impulsionado pela antecipação da safra de soja que permitiu o transporte recorde no mês de janeiro e
pelo volume de fertilizantes na Operação Norte, que segue em ascensão.
• O volume de elevações nos terminais da Rumo no Porto de Santos (SP) no 1T19 foi de 2,8 milhões de
toneladas, 14% acima do volume do 1T18, principalmente pelo aumento da contribuição de grãos.
• A Rumo apresentou lucro líquido de R$ 27 milhões, refletindo a boa performance operacional e a melhora
do resultado financeiro. A alavancagem fechou o trimestre em 2,1x dívida líquida abrangente/EBITDA.
• No 1T19, o Capex atingiu R$ 535 milhões, em linha com o plano de investimentos da Companhia.
Senha: RUMO
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Relatório de Resultados
1T19
1. Carta do Presidente
É com muita satisfação que uso esse espaço pela primeira vez para dividir com nossos acionistas e stakeholders
uma primeira reflexão sobre a Rumo.
Ao longo dos últimos meses tivemos uma série de eventos importantes para a Companhia. No mês de março
fizemos nosso evento com investidores onde apresentamos para o mercado o plano para os próximos 5 anos.
Trata-se de um plano ambicioso, com investimentos significativos e níveis de retorno excepcionais, que permitirá
a empresa dobrar seus resultados no período.
Ainda neste trimestre, vencemos o processo de licitação da ferrovia Norte-Sul, ampliando a área de atuação da
Rumo, trazendo sinergia entre as malhas e consolidando a Companhia na região centro-oeste do Brasil. Já
estamos trabalhando para operacionalizar o quanto antes esta ferrovia, sem tirar o foco dos resultados de nossas
operações atuais.
Ao mesmo tempo, o processo de renovação da Malha Paulista avançou. A área técnica do TCU - Tribunal de
Contas da União, reconheceu a importância e as vantagens da renovação dessa concessão para o país.
Seguimos confiantes e esperamos em breve concluir o processo de renovação.
Não tenho dúvida que o futuro da Companhia é muito promissor. O Brasil tem forte vocação agrícola, e a Rumo
conecta as principais regiões produtoras de grãos aos principais portos exportadores. Mas a Companhia vai além
do transporte de produtos agrícolas. Estamos também ampliando nossa operação de fertilizantes, celulose e a
nossa operação de contêineres, que reduz a distância entre áreas com diferentes níveis de industrialização.
Por fim, antes de seguirmos com a apresentação dos resultados, quero deixar também minha expectativa quanto
ao ano de 2019. Fizemos um bom 1º trimestre e sabemos que o 2º trimestre deverá ser mais desafiador devido
ao cenário de redução de exportação da safra de soja, porém com a expectativa de uma excelente safra de
milho. Em paralelo, estamos fazendo nossa parte: aumentando nossa eficiência e volumes transportados com
contratos comerciais, em linha com o planejado.
Obrigado.
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Relatório de Resultados
1T19
2. Implementação do IFRS 16
A partir de 01 de janeiro de 2019 a Companhia implementou a Norma Contábil CPC 06 (R2)/IFRS 16, que
introduziu um modelo único de contabilização de arrendamentos no balanço patrimonial de arrendatários. Como
arrendatária, a Companhia reconheceu os ativos de direito de uso que representam seus direitos de utilizar os
ativos subjacentes e os passivos de arrendamento que representam sua obrigação de efetuar pagamentos de
arrendamento. No resultado das operações, a Companhia deixa de registrar despesas de arrendamento pelas
parcelas incorridas/pagas e passa a registrar despesas de amortização do direito de uso e encargos financeiros
de juros sobre os passivos de arrendamento.
A Companhia optou por utilizar a abordagem retrospectiva modificada, na qual o efeito cumulativo da adoção
inicial é reconhecido como um ajuste no saldo de abertura dos lucros acumulados em 1º de janeiro de 2019,
como demonstrado no quadro a seguir:
Balanço Patrimonial
Registro inicial em 1º de janeiro de 2019
(Valores em R$ MM)
Ativos de direito de uso 1.074
Impostos diferidos ativos 46
Passivos de arrendamento (1.652)
Total do efeito em lucros acumulados (532)
Dada a opção pela abordagem retrospectiva modificada, a informação comparativa de 2018 não foi
reapresentada nas demonstrações financeiras. Para garantir a comparabilidade das informações neste relatório,
a Companhia apresentará resultados Proforma de 2018, nas mesmas bases dos critérios adotados em 2019.
A reconciliação das informações reportadas em 2018 e a informação Proforma está resumida na tabela a seguir:
Demonstração do resultado do
exercício 1T18 2018
(Valores em R$ MM)
Reportado IFRS 16 Proforma Reportado IFRS 16 Proforma
Receita líquida 1.397 - 1.397 6.585 - 6.585
Custo de produtos e serviços (1.001) 29 (972) (4.466) 121 (4.345)
Lucro bruto 396 29 424 2.119 121 2.241
Margem bruta (%) 28,4% - 30,4% 32,2% - 34,0%
Despesas comerciais, gerais e
(74) - (74) (313) - (313)
administrativas
Outras receitas (despesas) op. e eq.
(3) - (3) (56) - (56)
Patrimoniais
Lucro operacional 319 29 348 1.751 121 1.872
Depreciação e amortização 331 33 364 1.419 137 1.555
Previsão para impairment Malha Oeste - - - 72 - 72
EBITDA 650 61 711 3.242 258 3.500
Resultado financeiro (349) (30) (379) (1.209) (118) (1.327)
IR/CS (28) 1 (28) (269) 2 (267)
Lucro (prejuízo) líquido (58) (1) (59) 273 5 278
Margem líquida (%) -4,2% - -4,2% 4,1% - 4,2%
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Relatório de Resultados
1T19
O volume transportado pela Rumo no 1T19 cresceu 12,5% na comparação anual, atingindo 13,3 bilhões
de TKU. O resultado refletiu a maior capacidade viabilizada pelo plano de investimentos, com destaque para o
volume de soja de janeiro, mês tradicionalmente impactado pelos efeitos da entressafra, e os volumes de
fertilizante na Operação Norte que, conforme o esperado, seguem crescendo. Em fevereiro o volume foi afetado
por restrições operacionais decorrentes de quedas de barreiras na Serra de Santos (SP), em razão das fortes
chuvas que atingiram a região naquele período. No mês de março o volume voltou a crescer, em linha com o
esperado.
A Rumo alcançou o EBITDA de R$ 802 milhões no 1T19, 12,7% superior ao 1T18 proforma, refletindo os
maiores volumes transportados. No 1T19 o custo variável apresentou crescimento superior à expansão do
volume, apesar da contínua redução no consumo de combustível (Litros/TKB: -4,6%). Esse resultado foi
impactado principalmente por: (i) maior custo logístico com o transporte de açúcar por caminhões, em
decorrência dos altos volumes de soja em janeiro e das quedas de barreiras em fevereiro; (ii) reconhecimento
de obrigações decorrentes dos contratos de take or pay em fevereiro, em função da não performance dos
volumes e (iii) reconhecimento de menores créditos fiscais em relação ao ano anterior. Com isso, a Companhia
apresentou margem EBITDA de 49%.
A Rumo segue aumentando seu volume de grãos para o Porto de Santos (SP). No 1T19, a Companhia
entregou crescimento de 13% no volume transportado ao Porto de Santos, 8 p.p acima dos 5% de aumento das
exportações por referido porto, evidenciando ganho de market share que atingiu 51%, crescimento de 3 p.p. se
comparado ao mesmo período de 2018, o que revela a capacidade da Companhia em continuar ganhando
mercado, sendo a solução logística mais eficiente.
A Operação Sul ganhou 13 p.p. no market share do transporte de grãos aos portos de Paranaguá (PR) e
São Francisco do Sul (SC), atingindo um total de 46% no 1T19. O volume transportado pela Rumo no 1T19
cresceu 23%, enquanto o volume de exportações por estes portos reduziu 12% na comparação com o 1T18.
Este resultado evidencia o aumento da capacidade da Companhia, o que permite o crescimento de volume e
ganhos de oportunidade de transporte, mesmo em períodos de retração do volume total escoado.
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Relatório de Resultados
1T19
O resultado do 1T19 foi positivo, apresentando um lucro líquido de R$ 27 milhões. O resultado se deu em
função do aumento nos volumes transportados e da evolução do resultado financeiro, que é reflexo dos contínuos
esforços nas iniciativas de redução do custo médio da dívida.
O cenário em 2019 se mostra desafiador para a soja, com perspectivas positivas para o milho. A AgRural,
em suas estimativas de safras de 2019, aponta leve queda de 4% na safra de soja no Brasil, dadas as condições
não tão favoráveis para o plantio no sul do país, com queda de apenas 1% no estado do Mato Grosso, coração
do agronegócio brasileiro. Com relação às exportações, o cenário é mais desafiador daqui em diante, com a
previsão de que parte do volume não seja exportado em função do excesso de oferta global e da menor demanda
da China, cenário que vem pressionando o preço da commodity em Chicago. Entretanto, os impactos no ano
para a Rumo tendem a ser limitados, já que boa parte dos volumes de soja estão travados por contratos de take
or pay. Já para a safra de milho, os números são positivos, com aumento na produção nacional e no estado do
Mato Grosso, em 23 % e 14%, respectivamente, o que representa um volume adicional de aproximadamente 20
milhões de toneladas, que será em grande parte destinado à exportação.
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Relatório de Resultados
1T19
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Relatório de Resultados
1T19
Unidades de Negócio
As unidades de negócio (segmentos reportáveis) estão assim organizadas:
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Relatório de Resultados
1T19
Operação Norte
O volume total transportado na Operação Norte no 1T19 foi 14,2% superior ao mesmo período do ano
anterior, alcançando 9,4 bilhões de TKU. O mês de janeiro apresentou crescimento de 46% nos volumes
transportados, em razão da safra antecipada de soja. Em fevereiro, em decorrência da queda de barreiras na
Serra de Santos (SP), os volumes recuaram 4%. Já em março, a Operação retomou a normalidade, e, a partir
do aumento da capacidade, entregou um crescimento de 10% nos volumes transportados.
No 1T19, ainda houve expressivo aumento no volume de fertilizantes e o volume de produtos industriais cresceu
12,8%, principalmente em função da operação de transporte de celulose. A operação de elevação portuária
apresentou aumento de 14% se comparado ao mesmo período do ano anterior, principalmente pelo aumento da
contribuição de grãos, já que os volumes de açúcar se apresentaram abaixo do esperado.
Dados Financeiros
1T19 1T18 Proforma Var. %
(Valores em R$ MM)
Receita operacional líquida 1.240 1.053 17,9%
Transporte 1.005 881 14,1%
Produtos agrícolas 917 807 13,6%
Produtos industriais 88 73 20,5%
Elevação portuária 72 62 17,7%
Outras receitas4 163 111 48,3%
Custo dos serviços prestados (714) (591) 21,2%
Custo variável (304) (217) 40,2%
Custo fixo (161) (141) 15,6%
Depreciação e amortização (249) (233) 7,0%
Lucro bruto 526 463 13,7%
Margem bruta (%) 42,3% 43,9% -1,6 p.p.
Despesas com comerciais, gerais e administrativas (59) (54) 9,5%
Outras (despesas) receitas op. e eq. patrimoniais (17) 1 >100%
Depreciação e amortização 251 235 6,8%
EBITDA 700 645 8,5%
Margem EBITDA (%) 56,4% 61,2% -5 p.p.
Nota4: Inclui a receita pelo direito de passagem de outras ferrovias, receita do transporte de açúcar utilizando outras ferrovias ou o modal
rodoviário e receita por volumes contratados e não realizados conforme acordos comerciais (take or pay).
O EBITDA totalizou R$ 700 milhões no 1T19, crescimento de 8,5% em relação ao 1T18. Os maiores volumes,
aliados à melhoria na eficiência em custos, contribuíram para esse resultado. O custo variável apresentou
crescimento maior do que a expansão do volume, principalmente devido aos (i) custos adicionais com transporte
de açúcar pelo modal rodoviário e outras ferrovias, no mês de janeiro e fevereiro, que somaram aproximadamente
R$ 20 milhões; (ii) às obrigações nos contratos de take or pay, pelas restrições operacionais em fevereiro, que
somaram R$ 20,5 milhões e (iii) o aumento anual do custo unitário do combustível em 3,1%, embora compensado
pela melhora na eficiência no consumo das locomotivas em 3,1% (Litros/TKB).
O custo fixo apresentou aumento de 15,6% em relação ao 1T18, principalmente em função de R$ 13 milhões
de créditos fiscais reconhecidos no 1T18. A margem EBITDA atingiu 56,4%, 5 p.p. inferior ao 1T18 Proforma.
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Relatório de Resultados
1T19
Operação Sul
A Operação Sul apresentou crescimento de 6,1% no volume transportado no 1T19, alcançando 3,3 bilhões
de TKU. A antecipação da safra de soja impulsionou o volume de grãos transportados no período. Por outro
lado, a baixa disponibilidade de açúcar na safra anterior limitou a exportação neste trimestre. Os produtos
industriais apresentaram crescimento de 4,1%, com boa contribuição do transporte de combustíveis e celulose.
Dados financeiros
1T19 1T18 Proforma Var. %
(Valores em R$ MM)
Receita operacional líquida 328 288 13,9%
Transporte 320 283 12,9%
Produtos agrícolas 215 182 18,1%
Produtos industriais 105 101 3,7%
Outras receitas5 9 5 67,9%
Custo dos serviços prestados (358) (310) 15,4%
Custo variável (82) (79) 4,3%
Custo fixo (126) (118) 7,0%
Depreciação e amortização (149) (113) 31,9%
Prejuízo bruto (29) (22) 34,4%
Margem bruta (%) -8,9% -7,6% -1,4 p.p.
Despesas com comerciais, gerais e administrativas (17) (15) 19,5%
Outras receitas (despesas) op. e eq. patrimoniais - (6) -99,6%
Depreciação e amortização 149 113 31,8%
EBITDA 103 71 45,2%
Margem EBITDA (%) 31,2% 24,5% 6,7 p.p
Nota5: Inclui a receita por volumes contratados e não realizados conforme acordos comerciais (take or pay).
O EBITDA da Operação Sul totalizou R$ 103 milhões no 1T19, com crescimento de 45,2% em relação ao
mesmo período de 2018. A receita operacional líquida 13,9% maior na comparação anual reflete os ganhos em
volume e tarifa. O custo variável período apresentou crescimento menor do que a expansão do volume,
principalmente em função do ganho em eficiência no consumo de combustível de 6,6% (Litros/TKB).
Mesmo com o fim da desoneração da folha em setembro de 2018, que gerou impacto de R$ 17 milhões no
trimestre, o custo fixo apresentou aumento de apenas R$ 8 milhões em relação ao 1T18. A margem EBITDA
atingiu 31,2% no trimestre, 6,7 p.p. acima do mesmo período de 2018, refletindo os maiores volumes e o ganho
de eficiência em custos.
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Relatório de Resultados
1T19
Operação de Contêineres
Dados financeiros
1T19 1T18 Proforma Var. %
(Valores em R$ MM)
Receita operacional líquida6 67 55 20,5%
Custo dos serviços prestados (82) (71) 15,4%
Custo variável (32) (24) 34,4%
Custo fixo (27) (31) -12,4%
Depreciação e amortização (22) (16) 40,9%
Prejuízo bruto (15) (16) -2,8%
Margem bruta (%) -22,8% -28,3% 5,5 p.p
Despesas com comerciais, gerais e adm. (9) (7) 39,7%
Outras receitas (despesas) op. e eq. patrimoniais 1,1 2,0 -44,7%
Depreciação e amortização 23 16 41,1%
EBITDA (1) (4) n.a.
Margem EBITDA (%) -1,1% -7,7% 6,5 p.p
Nota6: Inclui receita das unidades de serviço.
A Operação de Contêineres apresentou no 1T19 EBITDA superior ao mesmo período do ano anterior,
com uma variação de R$ 3 milhões. A qualificação das operações refletiu no aumento da receita líquida em
20,5%. O custo variável apresentou aumento superior à expansão do volume em TKU devido ao crescimento
no preço do combustível. A venda de algumas unidades de serviços deficitárias permitiu a redução do custo fixo
em 12,4% na comparação anual, devido à adição de imobilizado.
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Relatório de Resultados
1T19
Custos consolidados
1T19 1T18 Proforma Var. %
(Valores em R$ MM)
Custos consolidados (1.153) (972) 18,6%
Custos variáveis (418) (319) 31,1%
Combustível e lubrificante (227) (208) 9,4%
Custo logístico próprio7 (67) (47) 42,4%
Custo de frete terceiros8 (101) (65) 57,0%
Outros Custos variáveis9 (23) - n.a.
Custos fixos (315) (291) 8,0%
Manutenção (34) (28) 21,3%
Custos com pessoal (184) (167) 10,6%
Arrendamento e concessão (2) - >100%
Arrendamento operacional (3) (1) >100%
Serviço com terceiros (40) (60) -33,1%
Outros custos de operação (52) (36) 45,0%
Depreciação e amortização (421) (362) 14,0%
Nota7: Custos logísticos próprios incluem areia, direito de passagem, terminais e outros custos variáveis.
Nota8: Custos de frete com terceiros incluem contratações de fretes rodoviários e ferroviários com outras concessionárias.
Nota9: Custos principalmente com take or pay.
Os custos variáveis totalizaram R$ 418 milhões no 1T19, crescimento de 31,1% em relação ao 1T18. O
crescimento de 12,5% no volume transportado entre os trimestres contribuiu para o aumento nos custos
variáveis. O incremento de 3% no custo médio do diesel foi compensado pelos ganhos de eficiência no consumo
das locomotivas (Litros/TKB: -4,6%). Os crescentes volumes de fertilizantes na Operação Norte influenciaram o
aumento nos custos logísticos próprios. O custo de frete com terceiros aumentou 57% devido à baixa
disponibilidade da ferrovia em janeiro e fevereiro. Observa-se ainda impactos em referidos custos em razão das
obrigações nos contratos de take or pay em fevereiro.
Os custos fixos atingiram R$ 315 milhões no 1T19, 8,0% acima na comparação com o 1T18. O resultado
alcançado reforça a estratégia da Companhia de alavancagem operacional e diluição de custos. A variação no
custo com pessoal se deve à perda do benefício da desoneração da folha (R$ 17 milhões) e menores créditos
fiscais reconhecidos no ano (R$ 13 milhões no 1T18). Adicionalmente, os custos referentes à depreciação e
amortização apresentaram aumento de 14% na comparação anual.
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Relatório de Resultados
1T19
Resultado Financeiro
Resultado Financeiro 1T18
1T19 Var.%
(Valores em R$ MM) Proforma
Custo da dívida bancária10 (224) (258) -13,2%
Encargos sobre arrendamento mercantil (15) (82) -81,3%
Encargos sobre certificados e recebíveis imobiliários - (2) -100,0%
Rendimento de aplicações financeiras 33 56 -40,6%
(=) Custo da dívida abrangente líquida (206) (287) -28,1%
Variação monetária sobre os passivos de concessão (49) (45) 7,5%
Juros sobre contingências e contratos (27) (24) 10,2%
Demais despesas financeiras (43) (23) 90,0%
(=) Resultado financeiro (325) (379) -14,3%
Nota10: Inclui juros, variação monetária, resultado líquido de derivativos e outros encargos da dívida.
O resultado financeiro do 1T19 foi uma despesa líquida de R$ 325 milhões, 14,3% inferior ao 1T18. O custo
da dívida apresentou redução como reflexo do pré-pagamento de determinadas operações, substituição de
dívidas mais caras por outras com custo mais baixo e pela queda do CDI entre os trimestres. Os encargos sobre
arrendamento mercantil apresentaram expressiva queda devido às amortizações ocorridas neste instrumento. O
rendimento de aplicações financeiras apresentou queda de 40,6% em virtude da redução do caixa médio e queda
do CDI entre os trimestres. A variação monetária sobre os contratos de arrendamento e concessão reflete a
correção (SELIC) dos valores não pagos das outorgas das Malhas Oeste e Paulista, atualmente em discussão
judicial. As demais despesas financeiras incluem custos com fianças bancárias e outras operações financeiras.
Como reflexo dos esforços realizados ao longo de 2018 e no 1T19, a Companhia reduziu em 13,2% seu custo
financeiro, e em 28,1% o custo da dívida abrangente líquida.
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Relatório de Resultados
1T19
6. Empréstimos e Financiamentos
O endividamento abrangente bruto ao final do 1T19 foi de R$ 11,1 bilhões, 0,2% inferior ao 4T18. A
alavancagem se manteve em 2,1x (dívida abrangente líquida/EBITDA LTM). O saldo da dívida líquida
abrangente atingiu R$ 7,5 bilhões, 3,8% superior ao 4T18.
Abaixo segue composição dos itens que tiveram impacto na movimentação da dívida consolidada da Rumo.
A Rumo está sujeita a determinadas cláusulas contratuais restritivas referentes ao nível de alavancagem e
cobertura do serviço da dívida em alguns dos seus contratos. As disposições mais restritivas possuem verificação
anual ao fim do exercício e referem-se ao endividamento abrangente líquido. Este inclui as dívidas bancárias,
debêntures, arrendamentos mercantis, Certificados de Recebíveis Imobiliários e instrumentos de derivativos
vinculados a operações de crédito, deduzidos de títulos e valores mobiliários, bem como caixa e equivalentes de
caixa. Para 31/12/2018 os covenants foram definidos para uma alavancagem máxima de 4,0x (dívida líquida
abrangente/ EBITDA LTM), índice de cobertura de juros mínimo de 1,4x EBITDA/ Resultado financeiro, e
composição mínima de 0,25x (Patrimônio líquido/ Ativo total).
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Relatório de Resultados
1T19
7. Capex
Investimento 1T18
1T19 Var.%
(Valores em R$ MM) Proforma
Investimento total 535 484 10,6%
Recorrente 219 214 2,3%
Expansão 316 269 17,3%
No 1T19, o capex totalizou R$ 535 milhões, 10,6% superior ao ano anterior, em linha com o guidance
divulgado. O capex recorrente atingiu R$ 219 milhões, aumento de 2,3% na comparação com o mesmo período
no ano anterior, refletindo os dispêndios com manutenção mecânica e de via permanente. O capex de expansão
foi 17,3% superior ao 1T18, atingindo R$ 316 milhões. Os principais investimentos em aumento de capacidade
realizados neste trimestre foram: (i) revitalização da via-permanente, com substituição de trilhos e dormentes; (ii)
aquisição vagões, locomotivas e equipamento de mecanização de via; (iii) melhorias em infraestrutura, buscando
eliminar restrições e (iv) reformas em pátios e terminais, a fim de reduzir o tempo de permanência dos trens,
aumentando a produtividade da operação.
8. Fluxo de Caixa
Abaixo demonstramos o fluxo de caixa consolidado da Rumo, Os títulos e valores mobiliários foram considerados
como caixa nesta demonstração.
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Relatório de Resultados
1T19
Indicadores de desempenho operacional e financeiro 1T18 1T19 Var. % 2017 2018 Var. %
Consolidado
Operating ratio17 77% 76% 1,3% 76% 73% -3,9%
Consumo de diesel (litros/ '000 TKB) 4,35 4,15 -4,6% 4,48 4,16 -7,1%
Acidentes ferroviários (MM Trem/Km) 14,2 16,1 13% 15,4 14,5 -5,8%
Acidentes pessoais (MM Acidentes/ HHT) 0,33 0,22 -33% 0,38 0,25 -34%
Operação Norte
Grãos de Rondonópolis (MT) ao porto de Santos (SP)
Ciclo de vagões (dias) 9,9 11,1 12,1% 9,8 10,2 4,1%
Operação Sul
Grãos dos terminais no norte do Paraná aos portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC)
Ciclo de vagões (dias) 7,6 8,1 6,6% 7,2 7,6 5,6%
Nota17: Considera apenas os custos variáveis das operações ferroviárias.
Operating Ratio: O indicador, que representa a parcela de custos e despesas como percentual da receita líquida,
melhorou 1,3% no trimestre, refletindo redução nos custos fixos e variáveis (unitários), a partir do aumento da
capacidade e do volume transportado.
Consumo de diesel: A melhora de 4,6% no indicador no 1T19 frente ao 1T18 reflete a consistência nos esforços
para a melhora da eficiência energética, principalmente pela renovação das locomotivas e investimentos na via
permanente.
Acidentes ferroviários: O indicador, que mede a quantidade de acidentes por milhões de quilômetros,
apresentou aumento na comparação com o 1T18, refletindo o aumento no número de acidentes envolvendo
terceiros, mesmo com os esforços e investimentos da Companhia para aumentar a segurança ferroviária.
Acidentes pessoais: O indicador, que aponta a quantidade de acidentes com afastamento, apresentou melhora
de 27% em relação ao 1T18, refletindo os esforços da Companhia na redução de acidentes pessoais, com um
índice que já atinge patamares de ferrovias internacionais.
Ciclo de vagões: O aumento no indicador foi reflexo dos menores volumes de açúcar transportados neste
trimestre, fato que adicionou frota de vagões para grãos, para além do seu crescimento em volume.
Adicionalmente, o indicador foi impactado em ambas as operações em função (i) das chuvas acima das médias
históricas que impactaram tanto as operações portuárias quanto a circulação de trens, e (ii) intervalos para
execução de obras de expansão.
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Relatório de Resultados
1T19
10. Guidance
Essa seção contém o guidance por faixa de variação de alguns parâmetros chave que influenciam os resultados
consolidados da Rumo para 2019. Além disso, as demais partes deste Relatório de Resultados também podem
conter projeções, que são apenas estimativas e indicações, não sendo garantia de quaisquer resultados futuros.
Curto Prazo
2019
Guidance
EBITDA (R$ MM) 3.850 ≤ ∆ ≤ 4.150
Rumo Capex Total (R$ MM) 2.000 ≤ ∆ ≤ 2.200
Volume 62,0 ≤ ∆ ≤ 64,0
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Relatório de Resultados
1T19
11. Anexos
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