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Pela leitura global do texto, pode-se se dizer que essa “terceira margem” corresponde a
um lugar de:
2. O conto evidencia o contraste entre a atitude do pai, que se encontra no rio, e a de todos
os demais membros da comunidade retratada (familiares, conhecidos, habitantes da
região), que estão em terra firme.
3. “Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais...
O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu
lugar, do senhor, na canoa!...”
No trecho destacado, é possível notar a busca do narrador por convencer seu pai a sair da
canoa em definitivo.
4. “Seja até, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que disseram: que
constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação ao homem que para
ele aprontara a canoa.”,
(A) causalidade
(B) temporalidade
(C) conformidade
(D) consequência
5. “Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento
desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além.”
(A) conclusão
(B) temporalidade
(C) finalidade
(D) causa
6. “(...) tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia para a
outra banda (...)”
(A) explicação
(B) adversidade
(C) temporalidade
(D) condicionalidade
7. “Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi,
para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos.”
(A) personificação
(B) sinestesia
(C) paradoxo
(D) metáfora
8. (...) “Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se
falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então,
todos.”
Para justificar a resposta ao seu questionamento, o narrador desenvolve um raciocínio
com a seguinte estrutura: (1) nenhum ser humano é doido; (2) eu sou um ser humano; (3)
logo, eu não sou doido.
(A) indutivo
(B) dialético
(C) dedutivo
(D) eufemístico
9. “E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito
um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos!”
O ato do pai, ao ouvir os argumentos lançado pelo narrador, configura-se como uma
comunicação intrinsecamente relacionada à função conhecida como:
10. Uma das características das narrativas de Guimarães Rosa é a criação de neologismos.
Em qual dos trechos a seguir há um exemplo de neologismo?
(A) “Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava
envelhecida”
(B) “Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de
algum meu bom procedimento”
(C) “se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de
repente, com a memória, no passo de outros sobressaltos.”
12. “O senhor, por exemplo, que sabe e estuda, suponho nem tenha ideia do que seja na
verdade — um espelho?”
(A) “O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia
de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma.”
(B) “E era — logo descobri... era eu, mesmo! O senhor acha que eu algum dia ia esquecer
essa revelação?”
(C) “Temi-os, desde menino, por instintiva suspeita. Também os animais negam-se a
encará-los, salvo as críveis excepções.”
(D) “Sou do interior, o senhor também; na nossa terra, diz-se que nunca se deve olhar em
espelho às horas mortas da noite, estando-se sozinho.”
14. No conto O Espelho, um episódio marca a virada de uma narrativa quase impessoal
para uma experiência concreta do narrador-personagem, fundamental para a compreensão
da personagem em relação aos espelhos.
(A) “Note que meus reparos limitam-se ao capítulo dos espelhos planos, de uso comum.
E os demais — côncavos, convexos, parabólicos — além da possibilidade de outros, não
descobertos, apenas, ainda?”
(B) “Rimo-nos, nas barracas de diversões, daqueles caricatos espelhos, que nos reduzem
a mostrengos, esticados ou globosos.”
(C) “E as máscaras, moldadas nos rostos? Valem, grosso modo, para o falquejo das
formas, não para o explodir da expressão, o dinamismo fisionômico. Não se esqueça, é
de fenômenos sutis que estamos tratando.”
(D) “— Foi num lavatório de edifício público, por acaso. Eu era moço, comigo contente,
vaidoso. Descuidado, avistei... Explico-lhe: dois espelhos — um de parede, o outro de
porta lateral, aberta em ângulo propício — faziam jogo.”
15. “Dou-lhe razão. Há, porém, que sou um mau contador, precipitando-me às ilações
antes dos fatos, e, pois: pondo os bois atrás do carro e os chifres depois dos bois.”
18. As figuras de linguagem são recursos estilísticos que contribuem para a expressiva.
A passagem do conto O espelho que apresenta um enunciado metafórico é:
(A) “Mas, com o comum correr quotidiano, a gente se aquieta, esquece-se de muito.’
(B) E, então, eu teria que, após dissociá-los meticulosamente, aprender a não ver, no
espelho, os traços que em mim recordavam o grande felino.
(C) “Os olhos, por enquanto, são a porta do engano; duvide deles, dos seus, não de mim.”
(D) “Eu era moço, comigo contente, vaidoso. Descuidado, avistei...”
19. “(...) na nossa terra, diz-se que nunca se deve olhar em espelho às horas mortas da
noite, estando-se sozinho. Porque, neles, às vezes, em lugar de nossa imagem, assombra-
nos alguma outra e medonha visão”
(A) consequência
(B) oposição
(C) conformidade
(D) explicação
20. “À medida que trabalhava com maior maestria, no excluir, abstrair e abstrar, meu
esquema perspectivo clivava-se, em forma meândrica, a modos de couve-flor ou bicho de
boi, e em mosaicos, e francamente, cavernoso, como uma esponja”
a) comparação
b) metáfora
c) metonímia
d) elipse
GABARITO
Parte 2 Parte 4
(A terceira margem do rio) (O espelho)
1) C 6) A 11) C 16) C
2) B 7) C 12) B 17) B
3) A 8) C 13) B 18) C
4) B 9) B 14) D 19) D
5) D 10) D 15) B 20) A