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diretrizes na prevenção
e tratamento da
osteoporose
Secretária Municipal de Saúde
Equipe de Formulação
Grupo Técnico da Atenção Básica
Grupo técnico da Atenção Especializada
Divisão de Assistência Farmacêutica
2014
Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo
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Ficha Catalográfica
Brasil. Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo.
Secretaria de Saúde. Coordenação do Departamento de
Apoio a Gestão do SUS.
Protocolo clínico e diretrizes na prevenção e
tratamento da osteoporose – Exames de Apoio
Diagnóstico: endoscopia digestiva alta e colonoscopia.
Vol. 01 - 1º edição. São Bernardo do Campo, 2014.
Protocolo clínico e diretrizes na prevenção
e tratamento da osteoporose
Apresentação 7
Introdução 8
Fatores de risco 9
Causas Secundárias 10
Diagnóstico 10
Critérios de inclusão 12
Critérios de exclusão 12
Cuidados especiais 12
Tratamento 12
Contra-indicações e precauções 15
Benefícios esperados 15
Monitoração do tratamento e critérios de suspensão de tratamento 15
Monitoração do tratamento 16
Acompanhamento pós-tratamento 16
Solicitação e dispensação dos medicamentos 17
Falha terapêutica 17
Referências bibliográficas 18
Formulário para dispensação de medicamentos 20
Fluxograma 21
APRESENTAÇÃO
Potencialmente modificáveis:
Tratamento com corticosteroides*
Insuficiência estrogênica: amenorreia superior a 1 ano ou menopausa precoce (antes dos
45 anos de idade)*
Baixo peso (< 56,7kg) ou IMC < 19
Baixa ingestão de cálcio ( ao longo da vida)
Tabagismo*
Alcoolismo
Redução visual (apesar de usar óculos)
Quedas frequentes
Baixa capacidade física
Saúde comprometida/fragilidade**
3. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da osteoporose pode ser clínico quando indivíduos com fatores de risco
apresentam fratura osteoporótica. O diagnóstico também é estabelecido pela medida de baixa
densidade mineral óssea pela densitometria óssea (DMO) por área (g/cm²).(10). Quando a DMO
do paciente é comparada a de adultos jovens normais do mesmo sexo, obtém-se o escore T
(Quadro 1), e, quando comparada com aquela esperada para pessoas normais da mesma idade e
sexo, obtém-se o escore Z.
Categoria Escore T
Normal até -1
Osteopenia entre -1 e -2,5
Osteoporose < -2,5
Osteoporose estabelecida < -2,5 associada à fratura de fragilidade
4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Devem ser incluídos neste protocolo de tratamento, mulheres no período pós-menopausa e
homens com idade igual ou superior a 50 anos apresentando uma das condições abaixo:
5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Devem ser excluídos deste protocolo pacientes que apresentarem hipersensibilidade ou
intolerância aos medicamentos preconizados.
6. CASOS ESPECIAIS
Na osteoporose glicocorticoide-induzida a suplementação de cálcio 1,0g ao dia e vitamina D 400-
800UI ao dia, via oral, ajudam na prevenção da perda óssea, devendo ser iniciados desde o início de
tratamentos com glicocorticoides que possam durar mais de 3 meses. Homens e mulheres com
deficiência de esteroides sexuais devem fazer a reposição hormonal concomitante. Para os pacientes
com densitometria óssea abaixo da normal (escore T < -1,0) , deve-se iniciar um bisfosfonado (13).
“O uso de carbonato de cálcio associado a Vitamina D está indicado para pacientes portadores
do vírus HIV com comprovação de osteopenia ou ostoporose”
7. TRATAMENTO
Para indivíduos com risco de desenvolver osteoporose, medidas de intervenção devem ser
adotadas para prevenir a doença ou tratar aqueles que já apresentam baixa densidade mineral óssea ou
fraturas, a fim de prevenir uma perda óssea adicional e assim, reduzir o risco da primeira ou segunda
fratura.
O tratamento da osteoporose consiste de medidas não-medicamentosas e medicamentosas.
9. BENEFÍCIOS ESPERADOS
O tratamento da osteoporose tem como objetivo reduzir a incidência de fraturas osteoporóticas
vertebrais, não-vertebrais e de quadril, e as complicações advindas destas.
- Pior que a basal (com redução significante do escore): manter tratamento e repetir
densitometria em 1 ano
10.1 - Monitorização de Efeitos Adversos: Dentre os vários efeitos adversos possíveis das drogas
utilizadas no tratamento da osteoporose, alguns merecem atenção especial:
1. Assessment of fracture risk and its application to screening for postmenopausal osteoporosis. WHO Technical
Report Series – 843, Geneva, 1994
2. NIH Consensus Development Panel. Osteoporosis Prevention, Diagnosis and Therapy. JAMA 2001;285:785-95.
3. Addinoff AD, Hollister JR. Steroid-induced fractures na dbone loss in patients with asthma. N Engl J Med 1983;
309: 265-8
4. Michel BA, Bloch DA, Wolfe F, Fries JF Fractures in Rheumatoid Arthritis: na evaluation of of associated risk
factors. J Rheumatol 1993; 20: 1666-9
5. Physycian's Guide to prevention and treatment of osteoporosis National Osteoporosis Foundation, 1998
Washington, D.C.,USA
6. Manolagas SC, Weinstein RS New developments in the pathogenesis and treatment of steroid-induced
osteoporosis. J Bone Miner Res 1999; 14: 1061-1066
7. Chapuy MC, et al, Vitamin D3 and calcium to prevent hip fractures in elderly women. N Engl J Med
1992;327(23):1637-42
8. Dawson-Hughes B, et al. Effect of calcium and vitamin D supplementation on bone density in men and
women 65 years of age or older. NEJM 1997;337(10):670-6
9. Van Staa TP, Leufkens HGM, Abenhaim L, Zhang B Cooper C Use of oral corticosteroids and risk of fractures. J
Bone Miner Res 2000;15: 993-1000
11.WHO Scientific Group on the Prevention and Management of Osteoporosis. Prevention and management of
osteoporosis: report of a WHO scientific group (WHO technical report series; 921; 2003). Disponível em
http://whqlibdoc.who.int/trs/who_trs_921.pdf, acessado em 26/9/2012.
12. Recommendations for the prevention and treatment of Glucocorticoid-induced Osteoporosis -2001 update
American College of Rheumatology Ad Hoc Committee on Glucocorticoid-Induced Osteoporosis. Arthritis
Rheumat 2001;44:1496-1503
14. Day L, Fildes B, Gordon I, Fitzharris M, Flamer H, Lord S 2002 Randomised factorial trial of falls prevention
among older people living in their own homes. Bmj 325:128
15.Brandao CM, Lima MG, Silva AL, Silva GD, Guerra AA, Jr., Acurcio Fde A 2008 Treatment of postmenopausal
osteoporosis in women: a systematic review. Cad Saude Publica 24 Suppl 4:s592-606
16.Jackson C, Gaugris S, Sen SS, Hosking D 2007 The effect of cholecalciferol (vitamin D3) on the risk of fall and
fracture: a meta-analysis. Qjm 100:185-192
18.Avenell A, Gillespie WJ, Gillespie LD, O'Connell D 2009 Vitamin D and vitamin D analogues for preventing
fractures associated with involutional and post-menopausal osteoporosis. Cochrane Database Syst
Rev:CD000227
19.Kothawala P, Badamgarav E, Ryu S, Miller RM, Halbert RJ 2007 Systematic review and meta-analysis of real-
world adherence to drug therapy for osteoporosis. Mayo Clin Proc 82:1493-1501
20.Wells GA, Cranney A, Peterson J, Boucher M, Shea B, Robinson V, Coyle D, Tugwell P 2008 Alendronate for the
primary and secondary prevention of osteoporotic fractures in postmenopausal women. Cochrane Database
Syst Rev:CD001155.
2 3
DESINTOMETRIA DESINTOMETRIA
ÓSSEA ÓSSEA
-1,1 a -1,49 -1,5 a -2,49
NÃO
- EXERCÍCIOS - EXERCÍCIOS
- ORIENTAÇÃO - ORIENTAÇÃO
NUTRICIONAL NUTRICIONAL
- EXPOSIÇÃO SOLAR - EXPOSIÇÃO SOLAR
- EVITAR FUMO - PREVENÇÃO DE
E ÁLCOOL QUEDAS
- EVITAR FUMO E
ÁLCOOL
NÃO
MANTER
4 OSTEOPOROSE CONDUTA E
MONITORAR
SIM
Alendronato
de sódio: dose
de 70mg/semana
por via oral
e MONITORAR
MONITORAÇÃO DO TRATAMENTO
[5]
fraturas ou alterações
degenerativas lombares e nos MONITORAÇÃO
idosos deve-se valorizar as
medidas do colo do fêmur e
fêmur proximal total
ADESÃO E
MANEJO DE
EVENTOS
ADVERSOS
CALCIÚRIA ANUALMENTE
A CADA CALCEMIA E
DESINTOMETRIA ÓSSEA 6 MESES FUNÇÃO RENAL
E SE CALCIÚRIA
NO FINAL DO PRIMEIRO ANO [5]
MANTER
TRATAMENTO HIPERCALCIÚRIA
REPETIR FALTA DE INGESTÃO
DE CÁLCIO,
DESINTOMETRIA
MÁ ABSORÇÃO
EM 1 ANO INTESTINAL
OU
RESISTÊNCIA REDUZIR AS
À VITAMINA D DOSES DE
CÁLCIO E
VITAMINA D