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Escola Clássica:

A Escola clássica buscava beneficiar todos, pois com o crescimento da riqueza e a distribuição
natural que acontecia (por meio do lucro, salários e rendas de terras), todos iriam se
beneficiar. Porém das diferentes classes envolvidas na produção (donos de terras, donos de
capital e trabalhadores), foram os comerciantes e industriais donos de capital que mais foram
beneficiados, pois as ideias clássicas incentivaram a indústria e crescimento do comércio,
enquanto que os trabalhadores foram os que menos se sentiram beneficiados, pois tinham
salários baixos e enormes cargas horárias de trabalho.
Os dogmas que se tornaram contribuintes duradouras incluem, mas não se limitam: (1) à lei
de rendimentos decrescentes, (2) a lei da vantagem comparativa, (3) a noção de soberania do
consumidor, (4) a importância do acumulo de capital para o crescimento econômico e (5) ao
mercado como um mecanismo para reconciliar os interesses dos indivíduos com os interesses
da sociedade.

Smith:
Para Smith existem quatro fases históricas das sociedades. Elas são: a fase de caça, a de
pastoreio, a de agricultura e a de comércio. Nem todas as sociedades iriam passar toda essas
fases, assim como também é possível que uma sociedade se encontre uma fase de transição
entre duas fases, tendo assim características de ambos os estágios. Além disso, duas
sociedades na mesma fase não serão exatamente iguais, devido a fatores geográficos e
culturais. Assim Smith não é muito rígido em relação à forma como as sociedades evoluíam.
Em cada fase, as relações de poder e propriedade mudam. Na primeira fase, a de caça, não
existe propriedade privada e acúmulo de capital. Não há desigualdade, pois todos vivem em
igual estado de miséria. Na segunda fase, uma forma de riqueza acumulada surge, que é o
gado. Aquele que possui maior quantidade de gado é quem irá deter o poder. É nessas
sociedades que surge o governo civil, cuja finalidade é proteger o direito à propriedade.
A terceira fase é a da agricultura, no qual a Europa teria vivido por séculos. Nessa fase surge a
propriedade de terras, que passa a ser o principal fator de diferenciação entre as classes. As
pessoas passam a viver em um só lugar e vivem da agricultura, e aqueles que possuem terras
irão possuir o poder econômicos.
A ultima fase é a sociedade comercial. Com o crescimento das cidade e das trocas de
produtos, o comércio cresce e a busca de riqueza entre as diferentes classes faz o crescimento
da produção. Nessa fase existem três classes, cada uma relacionada à propriedade que
possuem e usam para conseguir riqueza: os donos de terra que vivem da renda de suas terras,
os donos de capital que vivem de lucros e por fim os trabalhadores que são donos de sua
própria força de trabalho e vivem de salários.

A divisão de trabalho ocorre pela natural inclinação da natureza humana pela troca. Uma
pessoal sozinha dificilmente irá ser capaz de produzir sozinha tudo que necessita, assim ela irá
trocar o que possui em excedente pelo que outra pessoa possui também em maior quantidade
do que precisa. À medida que as sociedades se desenvolvem e o mercado cresce, a divisão de
trabalho aumenta, permitindo que as pessoas se especializam em uma função e assim
produzam em maior quantidade. Logo existe uma relação entre uma maior especialização e
uma maior produção.
O que faz com que as pessoas se especializem uma ocupação para assim produzirem em
excedente é o auto interesse. Como dizia Adam Smith: “não é da benevolência do cervejeiro,
do açougueiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm
pelo seu próprio interesse”.
A divisão de trabalho gera um aumento de produção, com cada trabalhador produzindo muito
mais do que necessita, criando assim a riqueza de uma nação que se estende entre as
diferentes classes. Logo as sociedades onde existe a divisão de trabalho são onde existe uma
maior produção e bem estar da sociedade em geral.
A divisão do trabalho gera então um maior desenvolvimento econômico, além de aumentar o
bem estar da população em geral que usufruir da riqueza produzida.
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Smith defende que em sociedades primitivas o valor real de um produto era definido pela
quantidade de trabalho que era necessária para a obtenção desse trabalho. Da mesma forma se
pode dizer que o preço real do produto é o quanto de quantidade de trabalho precisa ser
trocada para se obter o produto.
Em sociedades avançadas, porém, o trabalho não é o único fator que determina o valor real.
Um produto vale a soma do trabalho (representado pelos salários pagos), mais o lucro do
empregador e renda paga. Assim o preço real de um produto é o mínimo necessário para que
ele possa se manter no mercado.

Malthus:
Para Malthus, a população quando sem restrições, crescia muito rapidamente, dobrando de
número a cada geração, enquanto a produção de alimentos não seguiria tal ritmo. Ele chega a
afirmar que a população cresce geometricamente, enquanto a produção de alimentos de forma
aritmética. A conclusão de tal ideia é que em certo momento a quantidade de alimentos
produzidos não será capaz de sustentar a população.
Assim são necessários controles do crescimento populacional. Esses controles são de dois
tipos: preventivos e positivos. O controle preventivo (ou seja, que previne o aumento da
natalidade) defendido por Malthus é o celibato. As pessoas pobres deveriam evitar terem
filhos, se casando mais tarde ou até mesmo nem casando. Por motivos religiosos e morais,
Malthus era contra a prostituição e métodos de controle de natalidade mecânicos.
Já os controles positivos são os que restringem o aumento populacional por meio do
crescimento da mortalidade. Assim, fome, doenças e guerras serviam para regular o tamanho
da população. Apesar disso, não se pode pensar que Malthus incentivava o assassinado de
pobres diretamente. Na verdade se deveria deixar a “natureza” eliminar o excesso da
população, sem o governo interferir ou no máximo piorando a situação dos pobres para deixar
eles mais expostos, seja piorando as condições de vidas ou então impedindo a criação de
remédios contra pestes.
Por causa desse pensamento, Malthus era claramente contra as leis dos pobres, pois elas iriam
contra a natureza, pois beneficiava os pobres a quem Malthus considerava culpados pela
própria pobreza, além de que se a situação dos mais miseráveis melhorasse com ajuda do
governo, esses mesmos iriam logo se alimentar mais e terem mais filhos, aumentando assim o
problema do consumo de alimentos.

Ricardo – Capital fixo vs Capital Circulante

Smith vs Ricardo
A primeira diferença entre Smith e Ricardo em relação ao valor é que enquanto Smith
reconheceu a diferença entre valor de uso e valor de troca, mas logo após reconhecer que eles
não são proporcionais (na verdade, em muitos casos são até contrários), Smith se foca no
valor de troca e ignora o de uso. Nesse ponto Ricardo acrescenta que toda mercadoria para ter
valor de troca, necessariamente precisa ter valor de uso, caso contrário ninguém irá trocar
nada por essa mercadoria.
Ricardo divide as mercadorias em dois tipos: as reprodutíveis e as não-reprodutíveis. As
mercadorias não-reprodutíveis são a minoria no mercado, por causa disso Ricardo não se
estende muito sobre elas. Essas mercadorias teriam seu valor definido não pelo trabalho
necessário para produzir, mas pela sua escassez e demanda. Por exemplo, um quadro de um
pintor, tem seu alto preço devido a sua raridade e as pessoas que o desejam comprar estarem
dispostas a pagar um alto preço.
O mesmo não vale às mercadorias reprodutíveis (que são a maioria no mercado). Nesse ponto
Smith e Ricardo concordam que o preço natural de um produto é equivalente à quantidade de
trabalho necessária para por

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